O que significa ter uma casa e uma família? Quanto vale ter amigos? Quase todos crescemos sabendo que pertencemos a um lugar, que estamos rodeados por quem gosta de nós e nem pensamos nisso. Mas essa não é a história do rapaz que voou até ao mar…
Naquela noite, o rapaz fugiu de casa. Ainda não sabia que não seria a última vez. Veloz, na sua bicicleta, atravessa a ponte e pedala até à casa do Jonas. Procura o amigo, um lugar seguro para se refugiar.
De que foge o rapaz que quer aprender a voar? Por quantas casas, quantas aventuras e desventuras terá de passar para encontrar o seu lugar? Conseguirá descobrir a verdade sobre os pais, sobre ele próprio?
Contada na primeira pessoa, esta é a história de um rapaz - que podia ser qualquer um de nós - à procura de si mesmo, de uma casa e de uma família. É a história de como a amizade, o amor e a esperança estão sempre de mãos dadas com as coisas boas da vida. E de como nunca devemos desistir de tentar voar sem limites, até ao infinito, até ao mar.
Conceição Dinis Tomé nascida em Vila Nova de Famalicão, em 1970, Conceição Dinis Tomé licenciou-se em Ensino de Português-Francês, na Universidade do Minho, e doutorou-se em Estudos Portugueses, na Universidade Aberta. É professora bibliotecária, investigadora e autora de livros infantojuvenis. Venceu o Prémio Literário Centro Cultural do Alto Minho, em 2009, e o Prémio Literário Maria Rosa Colaço, na categoria juvenil, em 2012.
“O que significa ter uma casa e uma família? Quanto vale ter amigos? Quase todos crescemos sabendo que pertencemos a um lugar, que estamos rodeados por quem gosta de nós e nem pensamos nisso. Mas essa não é a história do rapaz que voou até ao mar."
A história é narrada por um rapaz, na primeira pessoa, como um relato de memórias dirigindo-se a Nini, uma personagem que só no final do livro descobrimos quem é.
"É a história de como a amizade, o amor e a esperança estão sempre de mãos dadas com as coisas boas da vida. E de como nunca devemos desistir de tentar voar sem limites, até ao infinito, até ao mar”, lê-se na sinopse de ‘O Rapaz que Voou Até ao Mar’.
Acompanhamos as inquietações e as dúvidas de uma criança em crescimento, que não compreende a violência do pai alcoólico, a passividade e a doença da mãe, o declínio progressivo da família e a razão porque foi parar a uma casa de acolhimento de jovens, onde terá de lidar com a realidade de outras crianças e adolescentes.
Gostei muito deste livro mais dirigido ao público jovem. É um livro que nos fala da violência doméstica, das marcas que deixa nas crianças que crescem marcadas pelo abandono, da delinquência, da desesperança e da adopção mal sucedida, mas também da amizade, da esperança e do amor. Bem bonito 💙
Acho que acabou de passar a ser um dos meus livros preferidos. Acabei a chorar e a sentir tudo o que ele estava a contar à Nini. Leiam, sem dúvida! "Somos feitos de pedaços de abismo, mas também de pó de estrelas, afirmaste um dia, no alpendre."
Questionei-me várias vezes como podia este livro ser classificado de “juvenil”. Não só pela descrição crua de certos cenários e conceitos, nomeadamente violência doméstica, adoção, solidão…, como pela realidade tão que me puxava constantemente a pensar num rapazinho abandonado assim no mundo. Como pode uma criança de 12/13 anos ler isto e não ficar de coração nas mãos, como eu fiquei? Apesar disto, é um livro cheio de lições e passagens bonitas. “Quando se perde a esperança, perde-se o medo.”
Até hoje, 6/3/2023 foi este o melhor livro do ano pois além de "brincar" com os sentimentos de nós, leitores, também conseguiu unir-nos bastante aos personagens e sentir realmente o que acontece à nossa personagem . Um livro que fala de uma criança como qualquer outra, mas que teve o azar de nascer numa familia problematica ser retirado à mesma e ficar com um futuro inserto. Leitura que recomendo aa todos os jovens entre os 11-15 anos
Definitivamente nao é um livro juvenil , descricoes de actos violentos, solidao , abandono , e um rapazinho que nao vive sobrevive a uma serie de atrocidades , nao sei o que tirar destas descricoes mas nao gostei
Este livro fez-me quebrar o meu coração, remendá-lo e voltar parti-lo uma e outra vez. Ensinou-me principalmente que deve-mos dar valor às pequenas coisas e que essas são as mais importantes.
"Somos feitos de pedaços de abismo, mas também de pó de estrelas."
O meu coração partiu-se, remendou-se e voltou a quebrar, vezes e vezes sem conta a ler este livro. Meu deus, quão triste e tão cheio de esperança ao virar de cada esquina.