Em março de 1809 inicia-se a segunda invasão francesa e o marechal Soult entra com as tropas de Napoleão por Chaves e dirige-se para o Porto, lançando o terror no Norte de Portugal. Com receio de que a sua quinta em Amarante seja também assaltada, as sete filhas ilegítimas do general Galopim regressam à casa onde sempre viveram para a defenderem dos franceses.
Vindas de Lisboa, onde tentavam convencer o pai a perfilhá-las, as sete marias - Maria do Céu, Maria dos Anjos, Maria das Dores, Maria da Fé, Maria da Glória, Maria do Amparo e Maria Madalena - preparam-se para lutar, enquanto o pai, o general Galopim, é colocado no Porto a chefiar os exércitos portugueses, acompanhado da bela Francisca, uma antiga criada por quem se apaixonou. Porém, apesar dos esforços das tropas nacionais, junto das quais lutam o capitão Lobo, Frei António e milhares de populares, o Porto não resiste ao poderoso exército francês.
Derrotados, enquanto esperam pela chegada dos ingleses, os portugueses têm de fugir das pilhagens e dos massacres que fustigam as povoações do Norte, executados pelo mais cruel dos generais franceses, Loison, o célebre Maneta, que já aterrorizara Portugal durante a primeira invasão, e que é ajudado por um famoso assassino de mulheres, o Príncipe de Salm. E será em Amarante, que Loison tenta conquistar e que Salm aterroriza, onde as sete marias, ajudadas por Francisca, pelo capitão e pelo frade, irão ficar célebres por terem defendido a sua terra com bravura, matando a tiro muitos soldados napoleónicos e resistindo com tremenda coragem aos assassinos franceses que as perseguem
Domingos Freitas do Amaral nasceu a 12 de Outubro de 1967, em Lisboa. Depois de se ter formado em Economia, pela Universidade Católica Portuguesa, e de ter feito um mestrado em Relações Internacionais, na Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, decidiu seguir a sua carreira como jornalista. Actualmente, é o director da revista Maxmen, desde o seu lançamento, em Março de 2001. Colabora também com o Diário Económico e a revista Grazia. Antes, trabalhou no jornal O Independente durante 11 anos, além de ter colaborado com outras publicações, como o Diário de Notícias, Grande Reportagem, City, Invista e Fortuna. Colaborou também com a Rádio Comercial e com a SIC. É casado, tem dois filhos - uma rapariga e um rapaz - e vive em Lisboa. Enquanto Salazar dormia...(2006) é o seu quarto livro de ficção publicado pela Casa das Letras, depois de Amor à Primeira Vista (1998), O Fanático do Sushi (2000) e Os Cavaleiros de São João Baptista (2004). Fonte:Webboom
Mais uma vez Domingos Amaral não desilude. Neste livro, que fala da vida de sete irmãs e também de uma Francisca durante as segundas invasões francesas, o autor mantém a história a um ritmo entusiasmante que torna difícil pousar o livro. Com personagens bem desenvolvidas, um enredo que cativa e pormenores históricos reais, é um livro que recomendo vivamente.
A história centra-se nas sete filhas ilegítimas do General Galopim, um militar de idade cobarde e mulherengo, e em Francisca, uma linda jovem por quem os homens se perdem de amores, e com quem Galopim quer casar à força. Mas quando as tropas de Napoleão invadem Portugal pela segunda vez e um militar francês volta com desejo de vingança e em procura de Francisca, a vida dos personagens passa a girar em torno da casa das sete Marias em Amarante, onde a população, incentivada em parte pela coragem como as irmãs enfrentam os invasores, resiste o mais que pode. No entanto as tropas inglesas vêm em auxílio de Portugal e expulsam os franceses, mas a vida das sete irmãs é irremediavelmente abalada pela guerra e também Francisca, depois de muito sofrimento, se liberta dos homens que abusavam dela.
Comecei este livro a medo, dada a desilusão com o seu antecessor. Mas surpreendeu-me positivamente! Pazes feitas com o autor :P A história, que começa lenta e algo repetitiva, acaba por fluir facilmente, levando-nos numa aventura pela 2a invasão francesa, desta vez muito mais centrada nos corajosos portugueses que os enfrentaram. Leitura muito fácil e agradável, muito melhor que o anterior
A escrita de Domingos Amaral não me era estranha, tendo me iniciado com os seus romances "Assim nasceu Portugal".
Fiquei muito curiosa com este livro assim que li o título! Efetivamente é um título bastante apelativo e com fundo de verdade na história, contudo o palco central deste livro é uma personagem que não tem pelo nome de Maria mas sim de Francisca! O livro tem personagens bastante bem desenvolvidas e cada Maria tem o seu papel, mas o protagonismo excessivo que foi dado a uma personagem que, na minha opinião, não é das melhores, tornou o livro demasiado repetitivo... Como se Francisca fosse uma ninfa que quem lhe mete os olhos em cima fica automaticamente encantado e não sabe o que fazer da vida...
Sobre a escrita, o autor tem uma escrita bastante agradável e impactante! Definitivamente que quero ler todos os seus outros livros. Domingos Amaral sabe fazer um contrabalanço entre descrição e contextualização histórica e o desenvolvimento da história em si. (e já senti que deveria de ter lido o livro "Napoleão vem aí antes deste livro")
O palco histórico deste livro insere-se nas segundas invasões francesas, tendo estas tido um maior impacto no norte do nosso país. Daí estas Marias defenderem a sua quinta em Amarante contra os invasores jacobinos.
Recomendo imenso a quem quer saber mais sobre esta temática e não quer ler livros massudos, pois este livro é muito fácil de se ler.
Este foi o primeiro livro que li do autor e não gostei. Talvez não tenha sido a melhor escolha para primeira vez, mas, apesar de ter gostado da estrutura do livro e de ele ser de fácil compreensão, não me senti cativada pelas personagens nem pela história.
Avisos de gatilho/trigger warnings: - guerra/war - violência física e sexual/physical and sexual assault
O livro tem como ponto de partida acontecimentos reais e que marcaram a história de Portugal: as invasões francesas. É muito focado nesta temática, descrevendo situações violentas com algum detalhe.
Tendo em conta a época (século XIX) e o contexto (Portugal, em especial o rural Norte, durante uma guerra), há uma grande objetificação da mulher, sendo tratada como inferior ao homem, cujo único proveito que tira delas é a procriação, a satisfação sexual e a lida da casa.
Ao mesmo tempo, o autor personifica as mulheres (na sua grande maioria), como seres imaturos, histéricas, pouco inteligentes e com fraca capacidade de ponderação. Isso vê-se na forma como as mulheres lidam com as constantes violações e na cegueira que têm em relação aos soldados e generais franceses, por exemplo. No entanto, são estas mulheres que vão desempenhar o papel de heroínas e resolver a história.
Apesar de o livro estar escrito de forma a fácil compreensão, a forma como as personagens estão construídas, a sua personalidade, a forma como reagem perante a adversidade, a temática escolhida, a forma como os eventos se desenrolam e a descrição que é feita deles, faz com que o livro se torne difícil de ler por ser enfadonho e por criar no leitor uma certa sensação de revolta e asco.
A história passa-se durante a 2ª invasão Francesa e centra-se nas 7 filhas ilegítimas do General Galopim, um militar de idade cobarde e mulherengo, também pai da filha legitima Ana, que morreu durante a 1ª invasão Francesa, contada no livro “Napoleão vem aí”. Francisca a ex empregada de Ana e do ministro Miguel, vive contrariada com o general Galopim que tem uma obsessão por ela. Quando as tropas de Napoleão invadem Portugal pela 2ª vez, com a participação do Príncipe de Salm que recuperou dos ferimentos da 1ª invasão, causam muitas mortes e destruição, mas unem o povo Português na luta, incluindo a participação de várias mulheres. As sete irmãs, são obrigadas a defender a casa delas em Amarante, onde estão enterrados os tesouros do pai, para escapar ao roubo dos franceses, lutando a tiro contra os exércitos franceses, durante várias semanas. A população, incentivada pela coragem com que as 7 irmãs enfrentam os invasores, também se junta na luta e resiste o mais que pode. Mais tarde as tropas inglesas vêm em auxílio de Portugal e expulsam os franceses, mas a vida das 7 irmãs é abalada pela guerra e também Francisca, depois de muito sofrimento, se liberta dos homens que abusavam dela. Domingos Amaral faz uma boa descrição e contextualização histórica, mas acho que é importante ler o 1º livro da 1ª invasão Francesa.
Para as pessoas que vão á espera de um bom romance histórico para passar o tempo, esqueçam este e escolham outro. Andava para ler Domingos Amaral há anos e parece que escolhi o pior ara começar. O enredo move-se em volta de dois temas, um deles completamente desnecessário, a meu ver. Para além de que o autor repete a mesma coisa várias vezes por capítulo, e em todos os capítulos, como se estivesse a assumir que o leitor tem problemas de memória e por isso necessita ser relembrado constantemente de quem é este personagem, o que lhe aconteceu, ontem, quem lhe fez o quê, etc. Pronto, acho que deu para perceber que não fiquei fã. 👏🏻 PRÓ👏🏻XI👏🏻MO 👏🏻
+ primeiro livro que li do autor e fui positivamente surpreendida + gostei do humor que encontrei em toda a história + leitura muito fluida, muito simples e viciante + os acontecimentos decorrem a grande velocidade o que faz com q nao queiramos parar a leitura + adorei as 7 marias e a francisca, gostei da personagem do frade António, que era viciado em matar franceses e mt mulherengo + as marias eram todas diferentes e cada uma com seus defeitos + gostei do final, as marias mataram soult e ficaram com os tesouros do parvalhao do pai
- gostava de saber o final da Francisca - preferia q nenhuma maria tivessse morrido
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Trata-se de uma obra intensa, que mistura ficção e história, e reinterpreta as invasões francesas em Portugal. Domingos Amaral apresenta uma narrativa emocionante, que destaca a força e a resiliência feminina em tempos de guerra. Ao mesmo tempo oferece uma reflexão sobre o impacto da resistência e da identidade Nacional.
Domingos Amaral desapontou um bocadinho neste livro. A história é contada muito rapidamente, com várias repetições e sem beleza lírica. Além disso, a história não é assim tão cativante uma vez que nem temos tempo de conhecer bem as personagens.
Um pouco melhor do que a 1ª parte... Mas, ainda assim aquém de outros livros a que o autor nos habituou. Tudo muito repetitivo, com vários diálogos iguais, e sem grandes emoções nem personagens pelas quais consigamos nutrir muita empatia.
A continuação de "Napoleão vem aí!", desta vez acompanhando os dissabores da segunda invasão francesa (comandada por Soult) focando-se na resistência heróica do povo que tanto sofreu por conta das atitudes intempestivas do temível "maneta"...
Leva-nos à altura da revolução francesa onde nem toda a gente está contra os nossos invasores. Achei um pouco confuso a maneira como estava contada a história mas aprendi alguns episódios interessantes.
Foi o livro com que comecei 2023. Adoro este género de livro, ficção histórica. É muito fácil de ler, uma leitura muito acessível. Já andava a querer ler Domingos Amaral há imenso tempo e de facto não desiludiu. A história de 5 irmãs bastardas que tem de aprender a viver sozinhas. Quando nos apercebemos que aos poucos elas vão morrendo e se separando é uma facada no coração, mas todas as mortes foram necessárias para o decorrer da história.
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