No início dos anos 90, um aposentado chileno aterrissa em Moscou com um plano tão heroico quanto estapafú derrotar os maiores enxadristas do mundo. E nas idas e vindas entre seu singelo quarto de hotel e o parque onde veteranos russos praticam xadrez, o quixotesco Emanuel Moraga trilha uma jornada onírica, com toques de melancólica ironia, pela minguada paisagem do pós-Guerra Fria soviético.
Cuando nos adentramos en una vida que pareciera irse en la rutina de un jubilado, que ha perdido hace algunos años a su señora y tiene un hijo que tiene muy poca comunicación con él, y más encima en la ciudad austral de Punta Arenas: lo único que podemos esperar es un viaje a Moscú para medirse con los maestro del ajedrez de la antigua URSS. ¿O no? Parece inverosímil el argumento de este relato que nos atrapa desde un primer momento, Gonzalo Maier rescata el arte de contar una buena historia sin grandes aspavientos, sino que el puro goce de saber que se tiene un buen relato entre sus páginas. Otra novelista rusa nos parece de una verosimilitud implacable en la manos de este escritor chileno. Una lectura sencilla y rápida que nos ayuda a sortear los avatares del tiempo y el desasosiego. La puedes leer de un solo “tirón”.
Toda una joyita. Nuestro protagonista se ve sumergido en la aventura de su vida, de la que sale siendo absolutamente patético. No me esperaba el final, ha sido encantador.
Un llibre que té unes 60 primeres pàgines bones per a que tingui un final que sigui una fumada d unes proporcions bíbliques que si serà tota la metàfora que tu vulguis però això no treu que volia saber que passava realment amb Moraga
Num universo trivial descrito com esperteza, Gonzalo Maier nos apresenta a Emanuel Moraga, chileno entusiasta do xadrez, cujo sonho é vencer um russo, numa espécie de catarse política individual (de alguma forma uma metáfora da Guerra Fria reduzida ao tabuleiro do xadrez). Moraga parece considerar a Rússia gloriosa e - por causa de seu patriotismo chileno - se vencer os melhores, seu país será o melhor, em sua lógica.
Sua estratégia, então? Ir a Moscou e jogar contra os já uma vez melhores enxadristas do mundo, reduzidos aos jogos triviais já reduzidos ao espetáculo turístico, numa uma praça moscovita. É esse limiar entre o triunfo e o banal, o extraordinário e a indiferença que Gonzalo Maier explora.
E agora, sobre o nome: “outra novelinha russa”, com triplo sentido.
Não importa o quão patética a aventura de Moraga pareça no final, devido à sua banalidade e falta de destaque mundial, para ele pode ser o esplendor, ainda que apenas naquele microcosmo da praça, e isso bastará.
COMENTÁRIO Sinto que me falta contexto histórico a respeito do Chile para entender mais camadas da história, principalmente os paralelos entre Chile e Rússia. Ainda sim, minha única questão com o texto foram os soluços narrativos que Maier cometeu, as vezes se apressando em relatar alguma coisa
Foi o primeiro livro que li de uma vez só. Como ele não tem capítulos, acabou sendo dificil parar de ler. A história em si é bem envolvente e o Gonzalo Maier escreve de uma forma tão gostosa que fica fácil acompanhar a história de Moraga, um ex arquiteto, viúvo e amargurado por não ter vivido o seu sonho de enxadrista. Não vou contar a história aqui para não desanimar a leitura, mas posso dizer que valeu a pena. O livro é pequeno e conta a felicidade que Moraga sente ao ir para Moscow, uma cidade cinzenta e deprimente, só para ir jogar xadrez com russos em mesinhas no parque. Acho que o que esse livro tem para mostrar é que o Moraga não ligava se o hotelzinho dele estava caindo aos pedaços, se ele não entendia a língua ou se a cidade estivesse mal cuidada, contanto que ele jogasse seu xadrez no parque com os russos. As vezes na vida a gente acaba não aproveitando os momentos por detalhes que as vezes não merecem a nossa atenção ou que não deveriam influenciar na experiência que você está vivendo. E assim, temos Moragasky.
Cuando Don Moraga de Punta Arenas se da cuenta a inicios de la década de 1990, que la Unión Soviética está dando sus últimos estertores en el marco de la Perestroika, se percata que corre peligro su único sueño: vencer al comunismo. Es entonces que, abandonándolo todo, Moraga (ahora Moragavsky) se interna en las plazas de Moscú. Ante la debilidad de su cuerpo y sus talentos, el protagonista, docto en la ciencia del ajedrez, se enfrenta en solitario contra la potencia y los genios que allí habitan.
Un chiste que poco a poco se alarga hasta lograr casi 90 páginas. El gambito chilensis.
En algún puesto de la pasada Feria del Libro de Ñuñoa me recomendaron “Otra novelita rusa”, una breve novela del escritor chileno Gonzalo Maier publicada por Mínúscula el año 2019. A ese vendedor, a la distancia, le agradezco mucho. En sus menos de 100 páginas vemos la hilarante historia de Emanuel Moraga, jubilado y viudo que en la lejana Punta Arenas a comienzos de los 90’s decide emprender el gran desafío de su vida: viajar a Moscú para enfrentar en pleno Paseo Tverskoy a los mejores ajedrecistas del mundo. Un plan elaborado paso a paso que toma las estrategias propias del ajedrez para provocarnos mucha risa.
“Claro que a diferencia del día anterior no sentía nerviosismo, sino pura convicción. Era una roca de certezas. Y golpeado por un rayo de lucidez similar al que lo atravesó hacía pocos meses, cuando supo que debía viajar a Rusia, le dijo a Pamela que era un hombre nuevo, que gracias a ese parque no estaba condenado a seguir siendo el Moraga que ella conoció. En un arrebato de confianza, lo dijo en voz alta: Moragavsky, Moragavsky”.
Sobre o contexto do Chile no final da guerra fria: ainda na ditadura, como vários outros países latino-americanos.
Na verdade, a grande ironia do livro é: o que o Moraga considerava uma praga do comunismo em Moscou acontecia no seu país também em uma escala mil vezes maior. Sabe aquele papinho de gente do interior que a ditadura era boa porque não viu as verdadeiras crueldades? Então, nosso personagem principal é o reflexo disso. Pra quem não sabe, Punta Arenas é uma cidadezinha bem no final do Chile, longe da capital do país.
Recomendo ler com o mínimo de conhecimento de história de ditaduras da América do Sul, porque aí não pega a ironia e acha que o texto é na verdade uma crítica ao comunismo igual uns comentários daqui.
Mas, no final, o livro é o que projeta ser. Uma novelinha banal sobre um sonho ridículo que já foi almejado por outros. Do que terá sido Moraga?
Como o título deixa claro, essa "novelinha" de Gonzalo Maier é como um delicioso petisco. Ele vai ocupar entre uma e duas horas da sua tarde, transportá-lo para o início dos anos 90 em Moscou e deixá-lo se perguntando o que aconteceu com o chileno aposentado que vendeu sua casa pela chance de derrotar jogadores de xadrez russos.
Eu não conhecia Guztavo Maier antes de comprar este livro num sebo, atraída pela adorável capa. Mas adorei a maneira como Maier escreve, cheio de apartes e devaneios, e onde escolheu terminar seu "outra novelinha russa".
Não entra nas minhas piores leituras do ano, mas com certeza está na lista de decepções. Não que o livro tenha prometido muito, mas as ilustrações, o título e a descrição me fizeram acreditar que eu leria algo que mudaria minha vida ou me faria questionar muitas coisas. Não foi o caso. Ainda assim, é uma boa leitura.
Una nouvelle que relata el periplo de un provinciano que viaja de Punta Arenas a Moscú para cumplir su sueño de batirse a duelo con los grandes del ajedrez. Maier construye una peculiar epopeya donde hace desplante de un agudo sentido del humor que se refugia en el patetismo de su tan poco heroico protagonista.
"Era un viaje en el tiempo desde un país que se reconocería en un jaguar que rugía desde el culo del mundo a un hotel que se caía a pedazos en el centro de una ciudad sitiada por el capitalismo y un par de tanques que amenazaban con echar abajo la Casa de los Soviets."