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Vou sumir quando a vela se apagar
Em seu romance de estreia, Diogo Bercito narra uma emocionante história de amor e autodescoberta ambientada no início dos anos 1930
Yacub passa os dias na companhia de Butrus no vilarejo da Síria onde vivem. Os dois são inseparáveis e se deixam encostar casualmente enquanto colhem folhas de uva ou fumam no gramado, mas uma agonia crescente toma conta de Yacub quando essa proximidade é ameaçada. Butrus recebera um convite do tio para emigrar para o Brasil e aproveitar as muitas oportunidades de um futuro próspero no país. A perspectiva do distanciamento não é forte o suficiente para que os dois verbalizem seus sentimentos, mas permite que finalmente se toquem. O ato consumado, no entanto, é seguido de uma tragédia. O que para os médicos é cólera, para Yacub é a ação do lendário jinni que habita o poço de uma casa abandonada, que estava aberto quando os jovens cederam aos seus desejos.
Esse é o ponto de virada da narrativa, que passa então a ter como cenário a vibrante São Paulo do início da década de 1930, uma cidade em transformação, ponto de atração de pessoas de diferentes partes do mundo. Em um ambiente marcado pela vontade de se estabelecer e pela infinidade de possíveis futuros, o passado cisma em se fazer presente para o imigrante, que começa a ter sonhos cada vez mais vívidos tendo o jinni como figura persecutória.
Em seu romance de estreia, Diogo Bercito narra com delicadeza e admirável domínio da escrita uma história na qual o que não está dito salta aos olhos a cada página. Vou sumir quando a vela se apagar trata de afetos, com um protagonista que tem no diálogo constante com o jinni a expressão de seus medos e o impulso da fuga de si. Uma trama atemporal, sobre as dificuldades de lidar com os desejos e a capacidade de tomar para si o próprio destino.
Yacub passa os dias na companhia de Butrus no vilarejo da Síria onde vivem. Os dois são inseparáveis e se deixam encostar casualmente enquanto colhem folhas de uva ou fumam no gramado, mas uma agonia crescente toma conta de Yacub quando essa proximidade é ameaçada. Butrus recebera um convite do tio para emigrar para o Brasil e aproveitar as muitas oportunidades de um futuro próspero no país. A perspectiva do distanciamento não é forte o suficiente para que os dois verbalizem seus sentimentos, mas permite que finalmente se toquem. O ato consumado, no entanto, é seguido de uma tragédia. O que para os médicos é cólera, para Yacub é a ação do lendário jinni que habita o poço de uma casa abandonada, que estava aberto quando os jovens cederam aos seus desejos.
Esse é o ponto de virada da narrativa, que passa então a ter como cenário a vibrante São Paulo do início da década de 1930, uma cidade em transformação, ponto de atração de pessoas de diferentes partes do mundo. Em um ambiente marcado pela vontade de se estabelecer e pela infinidade de possíveis futuros, o passado cisma em se fazer presente para o imigrante, que começa a ter sonhos cada vez mais vívidos tendo o jinni como figura persecutória.
Em seu romance de estreia, Diogo Bercito narra com delicadeza e admirável domínio da escrita uma história na qual o que não está dito salta aos olhos a cada página. Vou sumir quando a vela se apagar trata de afetos, com um protagonista que tem no diálogo constante com o jinni a expressão de seus medos e o impulso da fuga de si. Uma trama atemporal, sobre as dificuldades de lidar com os desejos e a capacidade de tomar para si o próprio destino.
216 pages, Paperback
First published July 18, 2022
12 people are currently reading
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About the author
Diogo Bercito
8 books28 followersDiogo Bercito nasceu em São Paulo em 1988. Foi correspondente da Folha de S.Paulo em Jerusalém e em Madri. Sua HQ "Rasga-Mortalhas" foi finalista do prêmio Jabuti de 2017. Mestre em estudos árabes pela Universidade Georgetown, onde cursa o doutorado. Publicou em 2021 o livro "Brimos: Imigração sírio-libanesa no Brasil e seu caminho até a política". "Vou sumir quando a vela se apagar" é seu romance de estreia.
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Community Reviews
Displaying 1 - 30 of 114 reviews
February 19, 2023
Entrou pro top livros da vida. Certamente no melhores do ano já.
July 1, 2023
Eu adorei essa leitura! É uma belíssima história sobre o amor entre dois homens, a experiência imigrante, a formação da identidade e o peso do luto e do silêncio. Li em um final de semana e quero conhecer mais do autor.
Read
January 22, 2024Eu adorei o jeito como o livro mostra a vida de imigrantes que vieram para o Brasil na década de 1930. A promessa de um novo mundo, a comunidade dando a mão pra quem acabou de chegar, a saudade de um lugar que você sabe que também é cheio de problemas, a dúvida entre continuar tentando no Brasil ou voltar pro seu país e admitir que não deu certo...
É um livro muito sensível, e já estou curiosa pelos próximos do autor!
* * *
"— Se você se importa tanto com o Líbano, por que não quer voltar?
Yacub também já tinha feito aquela pergunta a si mesmo, e esperou pela resposta de Jurj.
— Eu quero voltar, sim — disse. Mas quero voltar para um Líbano que ainda não existe."
"A história de Francisco desmontou o sorriso de Jurj, que parecia paralisado. Yacub pensou na carta de Michel, o filho do velho Adil que queria voltar logo para casa. Pensou no tio Mikhail também, com vergonha de voltar para a Síria sem ter enriquecido. Onde estão os tesouros do Brasil, pensou, e por que é tão difícil achá-los?"
"Yacub e Remédios se apoiaram na parede e, fumando, observaram a rua. Remédios propôs um jogo: que tentassem adivinhar de onde vinham as pessoas que passavam por ali. Yacub imaginou que seria uma tarefa simples. Quando começou a inspecionar os rostos que caminhavam por São Paulo, porém, ele se perdeu. Para mim todo mundo é sírio, pensou ele, para mim toda essa gente podia muito bem ter vindo do vilarejo. Disse isso para a espanhola, que riu dele. Disse que, para ela, nenhum deles tinha cara de espanhol."
"Yacub riu de como ela tomava Jurj por Jorge e de como o j dela era pronunciado como o kh dos árabes, arranhando o céu da boca. Ele perguntou o que era esse tal de bienmesabe e que gosto tinha — de amêndoas, explicou ela. Yacub também perguntou por que é que Remédios tinha de imaginar a mãe preparando bienmesabe na vila. Por que não imaginava que voltaria para casa agora, em São Paulo, e encontraria a mãe na cozinha? Por que precisava ser na vila?
— A minha mãe que fazia bienmesabe ficou na Espanha. Era a mãe que sorria, que sabia o nome de todos os passarinhos e gostava de dançar em casa. Essa é outra. É a mesma, é claro, mas é outra."
"As palavras da canção eram quase impossíveis de entender. Era português, Yacub sabia, mas também não era. A canção em si soava claríssima. Uma ferida aberta pelos dedos do homem, por sua garganta, a história de uma seca que forçou alguém a deixar a própria casa e viajar para o sul. A história de gente que bebe a água recolhida pelas folhas côncavas das árvores, que rói a carne no osso do lagarto, que na fome come até mesmo poeira. É a história da Síria, pensou Yacub, da Síria que existe também no Brasil, e da gente que é tão triste quanto eu sou."
É um livro muito sensível, e já estou curiosa pelos próximos do autor!
* * *
"— Se você se importa tanto com o Líbano, por que não quer voltar?
Yacub também já tinha feito aquela pergunta a si mesmo, e esperou pela resposta de Jurj.
— Eu quero voltar, sim — disse. Mas quero voltar para um Líbano que ainda não existe."
"A história de Francisco desmontou o sorriso de Jurj, que parecia paralisado. Yacub pensou na carta de Michel, o filho do velho Adil que queria voltar logo para casa. Pensou no tio Mikhail também, com vergonha de voltar para a Síria sem ter enriquecido. Onde estão os tesouros do Brasil, pensou, e por que é tão difícil achá-los?"
"Yacub e Remédios se apoiaram na parede e, fumando, observaram a rua. Remédios propôs um jogo: que tentassem adivinhar de onde vinham as pessoas que passavam por ali. Yacub imaginou que seria uma tarefa simples. Quando começou a inspecionar os rostos que caminhavam por São Paulo, porém, ele se perdeu. Para mim todo mundo é sírio, pensou ele, para mim toda essa gente podia muito bem ter vindo do vilarejo. Disse isso para a espanhola, que riu dele. Disse que, para ela, nenhum deles tinha cara de espanhol."
"Yacub riu de como ela tomava Jurj por Jorge e de como o j dela era pronunciado como o kh dos árabes, arranhando o céu da boca. Ele perguntou o que era esse tal de bienmesabe e que gosto tinha — de amêndoas, explicou ela. Yacub também perguntou por que é que Remédios tinha de imaginar a mãe preparando bienmesabe na vila. Por que não imaginava que voltaria para casa agora, em São Paulo, e encontraria a mãe na cozinha? Por que precisava ser na vila?
— A minha mãe que fazia bienmesabe ficou na Espanha. Era a mãe que sorria, que sabia o nome de todos os passarinhos e gostava de dançar em casa. Essa é outra. É a mesma, é claro, mas é outra."
"As palavras da canção eram quase impossíveis de entender. Era português, Yacub sabia, mas também não era. A canção em si soava claríssima. Uma ferida aberta pelos dedos do homem, por sua garganta, a história de uma seca que forçou alguém a deixar a própria casa e viajar para o sul. A história de gente que bebe a água recolhida pelas folhas côncavas das árvores, que rói a carne no osso do lagarto, que na fome come até mesmo poeira. É a história da Síria, pensou Yacub, da Síria que existe também no Brasil, e da gente que é tão triste quanto eu sou."
October 2, 2022
"— A gente pensa que ninguém mais no mundo é um poço profundo. Que ninguém tem as dúvidas que a gente tem. — Jurj falava com seriedade atípica, apetando o braço por trás de Yacub. — Vejo você chorar de noite, cobrindo a boca com a mão. Vejo você chorar mesmo quando não está chorando. E você não vê que eu também choro."
Absurdamente lindo, sensível e potente, com uma prosa incrivelmente rica, personagens dolorosamente humanos e um pézinho no realismo fantástico que deixa tudo ainda mais interessante. Mas pô, Diogo, precisava mesmo desse final dessa forma?
July 22, 2022
Que feito o do Diogo neste romance de estreia: uma narrativa sensível, complexa em suas camadas e envolvente ao apresentar personagens que não apenas tocam o leitor durante a leitura, mas que com ele permanecem mesmo depois de fechado o livro.
January 4, 2025
lindo demais por favor leiam
October 22, 2024
talvez eu não tenha entendido a proposta ou talvez a história só não seja pra mim
embora seja um livro curto, demorei pra terminar porque achei meio cansativo e não tive muito interesse pelo personagem principal
embora seja um livro curto, demorei pra terminar porque achei meio cansativo e não tive muito interesse pelo personagem principal
December 8, 2022
Sabe quando você vê só a capa de um livro e se conecta imediatamente com tudo que ele pode passar? Foi o que aconteceu comigo e 'Vou Sumir Quando a Vela Se Apagar'.
Dito isso, mesmo já sabendo desde o início que eu ia amar nunca esperei que essa fosse ser uma história tão importante para o momento da vida em que eu estou agora.
São contextos beeem diferentes, eu sei. Mas é impossível ver as minhas inseguranças e incertezas e não me espelhar nas de Yacub ao ver seu mundinho arrancado de si de forma abrupta e de repente estar em um mundo totalmente novo do qual ele não conhece nada enquanto ainda tenta lidar com os sentimentos e o apego do seu passado.
Mais do que uma história de recomeços, essa é uma história que dialoga muito sobre como, por mais que você tente, é impossível fugir do que te conecta ao mundo e faz com que você viva um dia de cada vez - até mesmo quando não quer.
É sobre expressar seus medos e inseguranças, ser ouvido, ouvir e perceber como tudo na sua volta possui uma função minimamente ligada a quem você é mesmo quando você sequer sabe disso. 'Vou Sumir Quando a Vela Se Apagar' é angustiante, aperta o nosso coração, extrai sangue - é delicioso! Uma experiência como nenhuma outra, com uma narrativa fluida e imersiva que te transporta facilmente de um vilarejo na Síria ao Brasil dos ano 30 e em momento algum perde o fôlego.
Dito isso, mesmo já sabendo desde o início que eu ia amar nunca esperei que essa fosse ser uma história tão importante para o momento da vida em que eu estou agora.
São contextos beeem diferentes, eu sei. Mas é impossível ver as minhas inseguranças e incertezas e não me espelhar nas de Yacub ao ver seu mundinho arrancado de si de forma abrupta e de repente estar em um mundo totalmente novo do qual ele não conhece nada enquanto ainda tenta lidar com os sentimentos e o apego do seu passado.
Mais do que uma história de recomeços, essa é uma história que dialoga muito sobre como, por mais que você tente, é impossível fugir do que te conecta ao mundo e faz com que você viva um dia de cada vez - até mesmo quando não quer.
É sobre expressar seus medos e inseguranças, ser ouvido, ouvir e perceber como tudo na sua volta possui uma função minimamente ligada a quem você é mesmo quando você sequer sabe disso. 'Vou Sumir Quando a Vela Se Apagar' é angustiante, aperta o nosso coração, extrai sangue - é delicioso! Uma experiência como nenhuma outra, com uma narrativa fluida e imersiva que te transporta facilmente de um vilarejo na Síria ao Brasil dos ano 30 e em momento algum perde o fôlego.
February 9, 2024
Esse livro é para os nostálgicos, os amantes do passado e os eternos saudosistas. Ler essa obra me emocionou com lembranças que, mesmo não pertencendo a mim, se tornaram minhas também. Cada descrição sobre as frutas, a rotina, a família, as casas de pedra e as receitas preparadas todos os dias me fizeram sentir saudade de um passado que não me pertencia, mas agora preenche meus pensamentos. Yacub é um personagem encantador, "levemente" perdido, sensível e melancólico como muitos de nós gostaríamos de nos permitir ser abertamente. Esperamos a resolução dessa narrativa de autodescoberta, culpa e emoções constantes com a construção de uma nova vida, a aceitação do ideal de futuro brasileiro promissor, a abertura para um novo amor e para uma nova família encontrada e nos deparamos com a realidade repleta de retornos, da busca pelo conforto na origem, na recusa em abdicar do conhecido para seguir em frente em um local estrangeiro e, ao contrário do que nos parece ideal em um enredo literário, a decisão de retornar à origem e, só assim, conseguir encontrar uma nova maneira de viver. Diogo Bercito escreve com intensa sensibilidade sobre a vivacidade das memórias, as dores que acompanham as perdas e consegue, com maestria, ressignificar a busca por um futuro diferente.
September 6, 2022
Diogo conseguiu escrever essa história com muita sensibilidade e riqueza de detalhes. O roteiro poderia ser muito bem adaptado a um versão cinematográfica por meio de filme e seriados. Durante a leitura, consegui captar elementos interessantes para uma possível versão desta obra.
October 22, 2022
Muito sensível, Yacub é um personagem muito lindo de acompanhar.
Um pouco frustrado com o final (não terminou como eu queria rsrs), mas valeu a pena.
Espero que o Yacub tenha encontrado paz.
Um pouco frustrado com o final (não terminou como eu queria rsrs), mas valeu a pena.
Espero que o Yacub tenha encontrado paz.
December 5, 2023
Não tenho nada eloquente pra falar.
Esse livro me fudeu. São duas da manhã e meu coração dói.
Diogo Bercito, se eu te ver na rua eu saio na porrada com você por me fazer chorar. :(
Esse livro me fudeu. São duas da manhã e meu coração dói.
Diogo Bercito, se eu te ver na rua eu saio na porrada com você por me fazer chorar. :(
October 1, 2024
" - A gente pensa que ninguém mais no mundo é um poço profundo. Que ninguém tem as dúvidas que a gente tem. - Jurj falava com seriedade atípica, apertando o braço por trás de Yacub. -Vejo você chorar de noite, cobrindo a boca com a mão. Vejo você chorar mesmo quando não está chorando. E você não vê que eu também choro."
April 6, 2023
cacete. q vontade de morrer
July 11, 2025
Quando tudo no livro é bonito, capa, título e história.
Um livro cativante que te conduz por um romance delicado e envolvente, ao mesmo tempo em que aborda temas profundos como perda, solidão e luto. É impossível não se sentir próximo do protagonista, e sentir sua dor e entendendo seu desejo de manter viva a memória de quem partiu. Ao longo do livro, somos guiados pelo processo de lidar com a perda e pela maneira como novas histórias vão sendo construídas ao longo do caminho.
Um livro cativante que te conduz por um romance delicado e envolvente, ao mesmo tempo em que aborda temas profundos como perda, solidão e luto. É impossível não se sentir próximo do protagonista, e sentir sua dor e entendendo seu desejo de manter viva a memória de quem partiu. Ao longo do livro, somos guiados pelo processo de lidar com a perda e pela maneira como novas histórias vão sendo construídas ao longo do caminho.
January 16, 2023
o livro é bem escrito, grifei várias frases, mas não me causou nenhum sentimento muito forte. a premissa é interessante e a leitura é fluida.
February 5, 2023
Há mais nesse livro do que posso compreender, há uma necessidade de meditar depois dele, há uma necessidade de se ajustar ao mundo depois dele.
Bercito cria um universo pelos olhos do luto, tudo o que você vê é pelos olhos de Yacub e isso é marcado e é belo.
O autor determina tempo sem dizer datas, mostrando os fatos que entregam a época e isso é algo que muito admirei.
Vou Sumir Quando a Vela se Apagar é como comer um pão caseiro com uma pitada de sal e um sabor quieto de noz moscada que você acha intrigante, não consegue decidir se completamente gosta, mas sabe que está mais que disposto a experimentar novamente para ver se o gosto faz casa na sua boca.
Bercito cria um universo pelos olhos do luto, tudo o que você vê é pelos olhos de Yacub e isso é marcado e é belo.
O autor determina tempo sem dizer datas, mostrando os fatos que entregam a época e isso é algo que muito admirei.
Vou Sumir Quando a Vela se Apagar é como comer um pão caseiro com uma pitada de sal e um sabor quieto de noz moscada que você acha intrigante, não consegue decidir se completamente gosta, mas sabe que está mais que disposto a experimentar novamente para ver se o gosto faz casa na sua boca.
January 13, 2025
A história toda é bem introspectiva seguindo a jornada do descobrimento e luto de Yacub, o protagonista.
Eu segui tranquila o desenrolar da história e estava curiosa pelo desfecho, se realmente havia esse toque de místico na história ou se era apenas o luto do protagonista falando.
Infelizmente o final azedou boa parte da experiência porque no fim das contas o personagem não cresceu. Foi imposta uma decisão impossível para ele, mas ao optar pelo caminho que escolheu apagou toda a jornada da história.
Eu segui tranquila o desenrolar da história e estava curiosa pelo desfecho, se realmente havia esse toque de místico na história ou se era apenas o luto do protagonista falando.
Infelizmente o final azedou boa parte da experiência porque no fim das contas o personagem não cresceu. Foi imposta uma decisão impossível para ele, mas ao optar pelo caminho que escolheu apagou toda a jornada da história.
March 30, 2024
uma leitura muito envolvente e fluida. adorei a escrita poética, mas ao mesmo tempo seca e direta. é em geral uma história triste e carregada de emoções fortes e melancolia, oq me agrada muito. o elemento mais realismo mágico não é muito oq me conquista, mas de certa forma casou bem com a história. como gay e descendente de imigrante libanês, a história ressoou bastante comigo, adorei conhecer a obra do autor!
January 4, 2024
Puta merda, que livrão!
Quando chegou na metade, fiquei um pouco empacada, mas depois devorei o restante de uma só vez.
É lindo, delicado, bem escrito, sensível e muito profundo.
Fico feliz de ter começado o ano com uma leitura tão boa!
Quando chegou na metade, fiquei um pouco empacada, mas depois devorei o restante de uma só vez.
É lindo, delicado, bem escrito, sensível e muito profundo.
Fico feliz de ter começado o ano com uma leitura tão boa!
June 6, 2025
Tem uma prosa simples mas poderosa e um carinho palpável pela cultura Síria que é um dos elementos centrais do livro. A jornada de Yacub é envolvida em uma densa melancolia que consome tudo como a chama do Jinn que o persegue.
June 25, 2025
Eu amei o enredo da história, mas a forma como foi narrada não me apeteceu. Consigo compreender que não ditos ficam claros para os leitores, mas a sensação é que faltou algo, uma conexão mais envolvente. Não é um livro ruim, mas deixou a desejar.
March 5, 2024
Delicioso!
July 9, 2024
Gostei mt da escrita e da história
July 31, 2024
ainda processando o final, um livro muito lindo e cheio de cultura e história.
September 10, 2024
Intrigada com esse final.... Vou ter que reler!
July 6, 2025
simplesmente um dos livros mais lindos que eu já li. saio dele com muitas saudades de coisas que não vivi, e, mesmo assim, parecem que vivo todos os dias. 💚
October 23, 2022
4,2 ⭐️ Uma história dotada de uma sensibilidade notável. Um retrato íntimo de identidade, migração, luto, auto-descoberta e dor. Um livro que flui com uma leveza aparente, mas que marca profundamente cada momento. Uma jóia de livro.
March 19, 2023
"era o que esperavam dele. eram coisas tidas como certas, mas que supunha existirem em outra parte dele, uma parte menos real, uma parte que ele vivia para os outros porque precisava viver."
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