A morte e um dia que vale a pena viver – Edicao Luxo

by Ana Cláudia Quintana Arantes

Um livro que propõe um novo olhar para a vida. A morte é talvez o maior medo de boa parte das pessoas, além de ser ainda um tabu. No entanto, Ana Claudia Quintana Arantes nos mostra, neste livro, que a grande questão envolvendo a morte, na verdade, é a vida. Como estamos vivendo? Nossos dias estão sendo devidamente aproveitados ou vamos chegar ao fim desta jornada cheios de arrependimentos sobre coisas que fizemos – ou, pior, que não fizemos? Ana Claudia, médica especialista em Cuidados Paliativos, compartilha suas experiências pessoais e profissionais e incentiva que as pessoas cultivem relações saudáveis, cuidem de si próprias com a mesma dedicação com que cuidam dos parentes e amigos e procurem ter hábitos saudáveis, sem deixar de fazer aquilo que têm vontade e as torna felizes. Este livro apresenta uma reflexão fundamental para os dias de hoje, tempo em que vivemos com a sensação permanente de que estamos deixando a vida escorrer entre os dedos.

Genres: Nonfiction, Psychology, Self Help, Brazil, Audiobook, Death, Spirituality

Hardcover

First published February 15, 2019

Reviews

[Pedro Pacifico Book.ster · Rating 5 out of 5]

É muito comum ler críticas sobre livros de auto-ajuda, como se eles fossem um gênero inferior de leitura, sobretudo quando comparados a obras literárias. Como costumo falar por aqui, entendo que preconceitos literários e generalizações nos impedem de conhecer e diversificar nossas leituras e podem afastar alguns leitores da conversa sobre livros. Na verdade, acho que esses gêneros nem deveriam ser comparados, já que têm propostas totalmente diferentes e podem ser aproveitados por quem os lê.

Pessoalmente, gosto dos livros de não ficção - e que se enquadram na categoria de desenvolvimento pessoal - quando a autora/autor propõe reflexões e ensinamentos por meio da experiência na área que dominam. E é justamente isso que a Dra. Ana Claudia Arantes faz nesse livro!

Médica especializada em cuidados paliativos, assim definidos como ações que visam a melhorar a qualidade de vida do paciente e seus familiares diante de uma doença que ameace a vida, a autora se vale de sua vivência com centenas de pacientes para lidar com um assunto tão incômodo: a morte.

O que mais me impressionou na leitura foi a sensibilidade e a simplicidade com que os temas são abordados pela Dra. Ana. A proposta é despertar no leitor reflexões sobre os taboos que envolvem o tema, a relevância dos cuidados paliativos e a necessidade de “normalizarmos” a nossa relação com a morte.

Além de uma parte mais técnica sobre a temática dos cuidados paliativos, há também passagens bem emocionantes de relatos da autora com seus pacientes. É a atuação de um médico que não se limita aos conhecimentos sobre o corpo e as doenças, mas depende de uma visão muito mais completa do ser humano assistido.

Apesar de ser uma leitura muito agradável e convidativa, as palavras da autora podem causar um certo desconforto - muitas vezes necessário - e acabam ficando na nossa cabeça por muitos dias. Recomendo muito!

Nota - 9,5/10

Leia mais resenhas em http://instagram.com/book.ster

[Bel Rodrigues · Rating 3 out of 5]

“morreremos antes da morte quando nos abandonarmos”

[ESTHER BOTELHO SOARES SILVA · Rating 2 out of 5]

Talvez o meu maior problema com este livro seja o fato de que eu não tenha entendido a princípio a que ele se propunha. Escrito por uma médica atuante na área de Cuidados Paliativos, imaginei que o livro fosse voltado a um público mais "acostumado" a presenciar e falar da morte, como por exemplo os profissionais da área da saúde. Esse sentimento ainda ficou reforçado nos primeiros capítulos do livro quando se fala sobre quem cuida de quem morre, ainda que tenha ficado claro que mesmo ali o texto não se dedicava exclusivamente aos profissionais da área mas a todos que cuidam de pacientes terminais, incluindo a própria família.

A partir do sexto capítulo (cuidados paliativos - o que são?, O qual ironicamente explica muito superficialmente sobre o mesmo) meus problemas com o livro começaram, indo terminar apenas nos últimos, quando senti que o livro voltava a ser o que eu esperava. Para quem não sabe, a ideia desse livro surgiu após uma palestra da autora no TEDxFMUSP, a qual é muito boa aliás. Porém, o conteúdo talvez ficasse melhor apenas no formato de uma palestra e não de um livro onde parece que a autora tentou esticar o assunto preenchendo o meio do livro com algumas frases bem clichês de auto ajuda e algumas citações sobre a morte (algumas até muito boas como citarei ao final).

O primeiro ponto que achei questionável foi o distanciamento continuamente reforçado entre a autora e os médicos. Em frases como "(...) e eu seguia o curso cada vez mais estranha." - pág 20 - ou "os médicos profetizam: não há nada mais a fazer. Mas eu descobri que isso não é verdade." - pag46 - e em muitas outras espalhadas pelo livro. Acho isso um pouco irônico visto que (1) a própria autora é médica, (2) embora as faculdades ainda não tenham disciplinas específicas de cuidados paliativos, o assunto tem sido cada vez mais discutido em congressos, ligas acadêmicas, simpósios, (3) nenhum médico ou qualquer outro profissional da saúde fica tranquilo ao saber que foram esgotadas as possibilidades terapêuticas para um paciente e sempre que isso ocorre, se não temos conhecimento suficiente para ajudar o paciente na hora da morte, o encaminhamos para alguém que tenha, de modo que o mesmo não fique desamparado. Estou ciente de que isso não é sempre possível, principalmente considerando o estado do nosso sistema de saúde, mas não concordo com a forma como o assunto foi abordado no livro como se os médicos não conversassem nunca sobre a morte dentro da faculdade ou dos hospitais. Para aqueles que discordarem dizendo que não foi bem isso que o livro tentou passar acerca dos médicos transcrevo abaixo mais uma passagem presente na página 50:

"Isso me mostra, de maneira dolorosamente clara, que nossa sociedade não está preparada e que os nossos médicos, como parte dessa sociedade miserável, e em busca ativa pela ignorância da realidade da própria morte, não estão preparados para conduzir o processo de morrer de seus pacientes, o fim natural da vida humana."

Por outro lado, o livro talvez tenha cumprido seu objetivo se foi escrito para leigos. Realmente o brasileiro evita tanto quanto pode falar sobre o morrer e muitas vezes confunde a ortotanásia (morte no momento correto) com a eutanásia (morte antecipada). Nesse ponto, talvez o livro seja adequado, mesmo que seja da minha opinião que quase o livro inteiro poderia ser resumido na ideia de que é difícil morrer bem se a pessoa não viveu bem.

A partir daí, o meio do livro é dedicado não muito ao morrer, mas ao citar como a pessoa deveria viver melhor para não ter arrependimentos na hora da morte. Trabalhar menos, amado mais, chorado mais, sair mais com os amigos, etc e eu poderia continuar aqui citando Epitáfio dos Titãs mas prefiro não me alongar. O carpe diem ainda fica claro nesta passagem (página 72): "Quando passamos a vida esperando pelo fim do dia, pelo fim de semana, pelas férias, pelo fim do ano, pela aposentadoria, estamos torcendo para que o dia da nossa morte se aproxime mais rápido."

A autora também não consegue se despir de suas crenças mesmo no capítulo "A dimensão espiritual do sofrimento humano" , apesar de pregar que esse deve ser o caminho diante da morte, deixando claro a influência da medicina e da religião oriental sobre a autora. O capítulo sobre o luto é curtíssimo e senti falta de mais relatos da experiência da autora com a morte.

Ao fim, o livro retoma a assertividade do seu início, muito tarde para se salvar aos meus olhos. É curioso ainda que a autora deixe escapar na reta final do livro que sai de casa muitas vezes antes das 6h da manhã e volte depois das 23h. No livro, ela não parece incomodada com isso, mas não deixa de ser irônico este comentário após tantas passagens criticando o excesso de trabalho.

Dessa forma, não recomendaria esse livro a qualquer pessoa que já tenha discutido sobre a morte ou parado para pensar sobre ela. Dificilmente lerá algo novo nessas páginas e encontrará muito pouco sobre cuidados paliativos. Válido talvez pelas grandes citações sobre a morte distribuídas pelo livro, das quais cito a seguir as minhas preferidas:

"Não tenho medo da morte
mas medo de morrer, sim
a morte é depois de mim
mas quem vai morrer sou eu
o derradeiro ato meu
e eu terei de estar presente
assim como um presidente
dando posse ao sucessor
terei que morrer vivendo
sabendo que já me vou"
- Gilberto Gil (página 59)

"Seja como espectadores, seja como protagonistas, a morte é um espaço onde as palavras não chegam."
- Rilke (página 63)

"Qual é a coisa mais assombrosa do mundo, Yudhisthira? E Yudhisthira respondeu, 'A coisa mais assombrosa do mundo é que ao redor de nós as pessoas podem estar morrendo e não percebemos que isso pode acontecer conosco'."
- Mahabharata (página 173)

[Fátima Linhares · Rating 3 out of 5]

A melhor maneira de nos sentirmos seguros em relação aos cuidados e limites de intervenção no final de vida é conversando sobre isso em algum momento durante a nossa vida com saúde. Quando se está doente, essa conversa, embora necessária, tornar-se bastante mais delicada.

Um livro importante sobre a morte, o que temos de mais certo na vida, mas de que nunca nos queremos lembrar. A autora fala, de uma maneira natural e serena, sobre como pode ser esse processo e como queremos lá chegar. E será sempre mais fácil se o aceitarmos e tivermos presente que vai acontecer, connosco e com os que nos são próximos.

[Maurício Petroli · Rating 3 out of 5]

Gosto muito da Ana Claudia, fiquei encantado quando vi seu TED e acompanho seu trabalho desde então. Da mesma forma, a área de Cuidado Paliativo, dentro da medicina, me apresenta sempre novas possibilidades e uma compreensão muito ampla do que é cuidar de alguém. Quanto ao livro, achei que Ana Claudia compartilha experiências belíssimas. Ela tem uma visão da medicina e da prática do cuidado que admiro muito e que, em alguns momentos do livro, ficou bastante evidente. Em outros momentos, contudo, o livro se tornava bastante cansativo. Existe também, em alguns trechos, um tom moral cristão, nas entrelinhas, que acabou me incomodando um pouco. Muitas vezes as pessoas fazem o que fazem não apenas por vontade própria, mas por força das circunstâncias, pela estrutura social desigual e absolutamente injusta na qual estão inseridas, pelos traumas que acumulam, pelas experiências dolorosas que as marcaram e que se tornam algo bastante complexo para elaborar. Nem tudo depende exclusivamente da vontade dos indivíduos. Por isso, algumas análises que acabavam sendo traduzidas em julgamentos sobre os modos de viver acabaram sendo talvez um pouco incoerentes pra mim. Além disso, achei que a ordem do livro talvez tenha ficado um pouco desconexa, não consegui encontrar exatamente uma linha de pensamento fluida, que tornasse a leitura mais coerente e agradável. Esperei muito para ler o livro, e, mesmo com alguns pontos de que não tenha gostado, indico a leitura! Acho que a experiência com o livro da Ana Claudia vai além de concordar ou discordar, mas é um encontro com uma forma de ver e praticar o cuidado bastante interessante e admirável.

[Let · Rating 2 out of 5]

Bastante repetitivo e pareceu uma autoajuda barata em alguns momentos.

[Marta Xambre · Rating 4 out of 5]

Uma agradável leitura sobre a morte.
Irónico?... provavelmente não...
Vale a pena a sua leitura e respetiva reflexão.
Muitas partes são referências à realidade brasileira, mas não deixou de ser interessante.

[O Mundo é Bué Cenas · Rating 1 out of 5]

Ana Cláudia Arantes parece querer dizer muito, a intenção está viva em cada frase, mas acaba por dizer pouco. Termina-se o livro e fica-se a nadar numa espécie de senso comum. Especialização medicinal, ensino técnico e profissional? Muito pouco. As primeiras páginas estão ali para encher, falam de vida privada quando deviam estar a explicar a que veio o livro e o que é afinal "aceitar a morte". Depois, a partir do meio, a chama lá acende, nota-se que se parou de encher palha para chegarmos às 200 páginas, e sai qualquer coisa. Mas a chama apaga-se depressa, chega-se às mesmas conclusões variadas vezes, segue-se a leitura num remoer sem fim. Resumia o livro todo numa frase, não precisávamos de 200 páginas: Na morte, devemos estar perto do moribundo, vivenciar o amor com ele, aceitar o seu fim - que não acaba em nós - e ajudá-lo a aceitá-lo também, em plenitude e com alma presente; em suma: devemos mostrar-lhe que a morte é um dia que vale a pena viver.
E é isto, meus caros...

Obs: Volto aqui umas semanas depois, após ver a conferência da Dr. Cláudia na TedEx, para acrescentar que o problema nesta equação é o livro, não a autora. A palestra é de uma beleza e de uma mestria extraordinária! Em dezoito minutos, a autora conseguiu passar mais sentido do que em 200 e tal páginas. Vão ver a palestra, por favor...

[Gabriela · Rating 2 out of 5]

Existem autores que a cada palavra lida te convencem que escrever é algo fluido, inerente, fácil.
Não é o caso deste livro, infelizmente.
A cada frase bagunçada e sentido perdido fica bem evidente que a autora não é uma escritora.
Entendo que o tema da morte e pacientes terminais é algo bastante atual e necessário, mas o texto é seco, repetitivo, maçante.

Ainda assim, um texto sem estilo não seria um impeditivo para que eu o aproveite, caso as ideias fossem interessante e bem colocadas - o que também nao é o caso.
As ideias são rasas e tiradas apenas da cabeça da autora. Sim, ela é uma profisisonal com muitos anos de experiência e vivência em cuidados paliativos. No entanto, o livro todo é permeado por generalizações sem fontes e dados, divagações que não aprofundam nem chegam a lugar algum e moralizações e religiosidades desnecessárias (eu diria até antiéticas).

Além disso, não cumpre sua principal promessa ao leitor: explicar melhor como funciona os cuidados paliativos bem como explicar benefícios e a importância dos cuidados paliativos como prática atual e como política pública.

[Tati Ferreira · Rating 5 out of 5]

Um livro que todos deveríamos ler. Uma visão belíssima sobre a vida, embora fale de morte e todo seu processo biológico. Me emocionou e me fez querer dar de presente para várias pessoas amadas.

[Luiza Lacava · Rating 4 out of 5]

4,5⭐️. O jeito que ela fala sobre a morte e aspectos relacionados, como espiritualidade, me fez gostar muito desse livro. Apesar de achar que não é um jeito exatamente técnico como achei que ia ser no início, é de uma humanidade incrível. Gosto de que mesmo depois de tantos anos na profissão ela ainda tenha um olhar gentil e humanizado pros pacientes e que consiga transmitir isso tão bem. Necessário pra qualquer profissional de saúde.

[Douglas Rosa · Rating 5 out of 5]

Para mim, foi um daqueles livros que, ao terminar de ler, sinto que me tornei um pouquinho melhor. Por mais que não tenha um aprofundamento tão científico, ler sobre esse lado humano, tanto na visão do médico quanto na do paciente, foi uma experiência incrível e de muuuuuuuita reflexão. Levo comigo muito aprendizado.

"O nosso tempo por aqui não voltará, pois não é possível economizar tempo, poupar tempo."

"O Amor não morre com o corpo físico. O Amor permanece sempre."

[Marina Motta · Rating 5 out of 5]

O livro te convida a pensar na sua morte em um ângulo completamente diferente do que estamos acostumados: com beleza e leveza. Fiz muitas reflexões no livro sobre como realmente não falamos sobre o assunto e o quanto isso, na verdade, dificulta a conscientização da finitude. Recomendo muito!

[Maria Lucia Seidl de Moura · Rating 3 out of 5]

Gostei muito de TED talk dessa autora e tinha uma boa expectativa para o livro. Gostei do início, onde ela fala de sua experiência pessoal. Depois o livro tem altos e baixos. Parece uma colagem. Não há um argumento. Em algumas partes me parece que a autora é muito judgmental e pouco humilde. Não é também muito coerente. É contundente em suas opiniões sobre a maneira certa de viver, envolvendo saber cuidar-se e diz trabalhar das 6h às 23horas. Ninguém pode se cuidar assim. Como fica o resto das coisas em sua vida?
Há muito lugar comum e achismo e pouco relato de experiência ou evidências de estudos.
A parte que mais gostei foi a que descreve o processo de morrer com base nos elementos. Outras, como a de espiritualidade são muito superficiais. Embora ache importante a publicação de livros sobre esse tema, esse foi decepcionante para mim.

[Ramon · Rating 2 out of 5]

Esse livro surgiu de uma palestra TED sobre a experiência da autora com cuidados paliativos. O conteúdo que provavelmente era a TED é o que justificaria o livro. O problema é que, talvez por razões editoriais e comerciais, a autora meteu-se a tratar de um mundo de coisas sobre as quais tem somente seu achismo para referendar. Em muitos trechos, é repetitivo. Em outros, é pobre, superficial e não passa de autoajuda de baixa qualidade. Uma pena pelas partes realmente significativas, em que explica o conceito de terminalidade, estado que pode durar anos, e esclarece como se pode proporcionar uma morte correta ou bela, em que a pessoa viva da melhor maneira possível até o último suspiro.

[Raphael Donaire · Rating 4 out of 5]

Um livro que nos faz refletir que a vida é uma estrada e que no final dela há um muro onde todas e todos o encontrarão, mais cedo ou mais tarde.
Por ser uma especialista em Cuidados Paliativos, Ana nos apresenta um olhar sereno sobre a morte, nos provocando a entender que o fim não precisa ser doloroso e sem compaixão. Mesmo a doença vencendo, ainda há tempo para viver experiências transformadoras.

[Micaela Rodrigues · Rating 4 out of 5]

“Muita gente não está viva de facto, mesmo com o corpo a funcionar bem.”

Muitos de nós passamos os nossos dias em piloto automático, que nem reparamos nas pequenas coisas da vida. Não chegamos a aproveitar o momento presente, queremos tudo para ontem, stressamos com o que ainda está por vir e acabamos por perder a essência das coisas.
A autora afirma que somos como zombies, parte de nós vive, mas a outra já morreu a muito tempo…

Aproveitemos cada momento como se fosse o último com grande intensidade, por mais difícil que seja 🤍

[Carolina Portilho · Rating 5 out of 5]

Um livro que eu gostaria de obrigar toda a humabidade a ler. Sua linguagem é simples e muito honesta, além de humana. O livro que tem muitos pensamentos da autora, Ana Claudia Quintana Arantes, que trabalha na área dos cuidados paliativos, dentro da medicina, com pacientes em estado terminal. Consequentemente é um livro muito reflexivo acerca da morte, mas principalmente sobre a vida e sobre como ter a consciência da nossa finitude pode nos transformar por completo e nos levar a uma vida mais completa, e também à uma morte mais satisfatória, mesmo que dolorosa. Um livro muito gostoso de ler, curto e que nos faz pensar demais em nossas vidas (e na nossa morte).

[Guilherme Zeitounlian · Rating 5 out of 5]

O livro é de uma beleza ímpar, e convida a meditar sobre a finitude e a impermanência - da nossa vida, dos nossos entes queridos, e mesmo de cada relação, trabalho, e processo que vivemos nesta vida.

Não é só sobre quanto vivemos, é sobre COMO vivemos.

Recomendo também as palestras e falas da autora.

É sempre bom imergir e refletir sobre a morte, um tema tão negligenciado na nossa cultura – que, ironicamente, é a única certeza que temos sobre esta vida.

Um livro lindo. Lindo de morrer. 5/5

[Luana Graziela · Rating 2 out of 5]

O livro traz reflexões muito boas, mas achei que faltou uma edição que desse mais lógica e naturalidade para a progressão dos capítulos.

[José Luis · Rating 4 out of 5]

O tema é ainda tabu na nossa sociedade. A morte ainda é um mistério, de que a grande maioria tem medo, e as religiões procuram ajudar a atravessar a barreira da vida para a morte. O livro é um pouco autoajuda em alguns pontos, procurando desmistificar a questão da morte. No que interessa mesmo, que é a questão dos cuidados paliativos e como é praticado no mundo e no Brasil, é excelente. Valeu demais a leitura, e cito a passagem a seguir, metáfora do muro, muito profunda: "Não tem como dar a volta, não tem como escalar. E quando deparamos com esse muro e tomamos consciência da nossa morte, a única coisa a fazer é olhar para trás. Então, quando estamos diante da morte de alguém, que fique bem claro para nós: aquela pessoa está olhando para o caminho que percorreu e tentando entender o que fez para chegar até ali – e se a viagem valeu a pena."
Este é o terceiro livro que leio sobre a questão da morte. Os dois anteriores seguem relacionados, e me ajudaram demais a entrar no assunto: -Por um fio, Dráuzio Varela; -Being Mortal: Medicine and What Matters in the End, Atul Gawande (traduzido para o português como Mortais). O primeiro, relatos de conversas do autor com pacientes terminais, de onde copiei uma frase que me marcou e que repito sempre que posso: a beira do barranco é que assusta o cavalo!. O segundo, diretamente sobre cuidados paliativos para pacientes terminais, o autor é um médico indiano residente nos EUA. Relata como a questão da morte é tratada na India, o rito de passagem que é muito bonito, e como a morte é encarada (esse livro mereceu uma postagem no meu blog, https://zeluisbraga.wordpress.com/201...).

[Leonardo Bianchi · Rating 3 out of 5]

Neste livro a médica Ana Claudia Quintana Arantes, geriatra pela FMUSP e especialista em Cuidados Paliativos, oferece sua visão de como “viver” a morte(a própria ou a dos outros) de um jeito menos estigmatizado, mais suave e cercado de menor sofrimento, ao mesmo tempo que reconhece, na contramão do senso comum, a necessidade de se vivenciar o luto.
Aborda também a situação dos Cuidados Paliativos no Brasil, realçando o despreparo dos profissionais de saúde brasileiros em cuidar de pacientes em fase final de vida, bem como a falta de maturidade em lidar frontalmente com os assuntos práticos que cercam a morte. Reforça a necessidade do autocuidado como o primeiro passo em poder cuidar dos outros. Diferencia os sentimentos empatia de compaixão, mostrando que o primeiro é necessário mas paralisante se vivenciado na sua integridade, já o segundo traz a possibilidade de fazer algo de útil e traz a esperança.

A autora se perde em alguns momentos do livro, que às vezes chega a ser enfadonho. Trata com certa ambiguidade alguns temas, como o excesso de trabalho, mas ironicamente confessa que sai de casa antes das 06h e retorna depois das 23h, isto é, normatiza esse tipo de situação. Também faz uma leitura inadequada ao citar que a maioria da sociedade tem vínculos culturais com os imigrantes europeus que fugiam da guerra e da fome, por isso a dificuldade em tratar do tema da morte - uma generalização desproporcional.

O mérito do livro está em trazer a morte como tema a ser debatido. Os relatos da autora são sedimentados na sua longa experiência prática com o tema, reconhecida nacionalmente.

[Natália · Rating 4 out of 5]

"Quando me perguntam se podem chorar, digo: 'Chore, mas chore muito, mesmo. Deixe o corpo inteiro chorar, estremeça. Grite, deite-se na cama e esperneie. Permita-se, abra-se a esse encontro pleno com a dor. Aceite essa condição.'"

Era um livro que eu precisava ler nesse momento da minha vida. Depois de muito ser "poupada" de processos de luto, uma hora ele chega e a gente não sabe o que fazer com isso. Foi como ter uma rápida conversa com alguém experiente. Mesmo os trechos que falam mais em religião e espiritualidade foram abordados de uma maneira que tende ao neutro.

Serviu bem pra mim nesse momento.

[Mellissa · Rating 4 out of 5]

Eu conheci a autora através da palestra com o mesmo título e tinha amado, uma vez que Cuidados Paliativos é um tema que muito me interessa. O livro é incrível e com reflexões e relatos muito importantes de serem feitos em uma sociedade que a morte é culturalmente um tabu e não algo natural, que vai acontecer com todos, como seria saudável ser. Tirei uma estrela porque as vezes as falas se tornam repetitivas, tornando o livro monótono em alguns momentos, mas isso não torna a leitura menos necessária.

[Louise Victoria · Rating 5 out of 5]

Antes de começar o livro, pensei que seria uma leitura pesada, mas fui lendo e percebendo que ele fala até mais sobre a vida do que sobre a morte. Cumpre o objetivo de deixar o tema mais leve e trazer muita reflexão. Achei que teria uma abordagem mais técnica assim como outros leitores mas em momento algum ela promete isso e eu apenas aceitei e li para a “eu” não profissional. O título talvez dê uma outra impressão sobre o que vai ser abordado. Enfim, não criei altas expectativas, aceitei que seria uma abordagem para “leigos” meio autoajuda e no final amei ♡

[Nathalie Gonçalves · Rating 3 out of 5]

“Não existe a possibilidade de haver uma morte absoluta, de desintegração de todas as dimensões de um ser humano cuja existência teve algum sentido na vida de outros seres humanos. Quando a morte acontece, ela só diz respeito ao corpo físico.”

por indicação do meu terapeuta, mergulhei nesse livro. e foi um mergulho difícil - não pelo tema, mas pela escrita. o excesso de repetições quase me fez desistir da leitura. entretanto, é um livro necessário.
precisamos entender que a morte faz parte da vida, e vice-versa. precisamos falar mais sobre aquilo que nos parece incômodo.

[Isabela Moraes · Rating 4 out of 5]

4,5⭐️ só porque achei alguns capítulos com vibe de auto ajuda 😬 mas que livro lindo e necessário, me tocou profundamente a forma da autora cuidar dos seus doentes. Como profissional de saúde e alguém que viveu uma morte na família recentemente, recomendo demais.

[Letícia de Souza · Rating 4 out of 5]

Após a leitura quis largar algumas coisas? Sim, mas não farei nada na impulsividade 🧘🏻‍♀️

[Maria Cecilia · Rating 4 out of 5]

Ter tido a oportunidade de ler esse livro graças a uma amiga me fez refletir sobre viver, morrer e sobre quem quero ser como futura psicóloga. Uma ótima forma de terminar o ano. ❤️

[Solange Cunha · Rating 4 out of 5]

Chorei em tantos momentos. Que bonito, que lições. Um livro sobre cuidados paliativos, sobre viver dignamente, sobre luto, sobre o bem-morrer. Recomendo a todos.