Jump to ratings and reviews
Rate this book

African Cosmology of the Bantu-Kongo: Tying the Spiritual Knot, Principles of Life & Living, 2nd Edition

Rate this book
Fu-Kiau Bunseki, Ph.D. is one of the great scholars of the African religion, and the leading authority on the Bantu-Kongo civilization. He is also a genuine practitioner of the Kongo spiritual tradition. He is intiated in the three "secret societies" Lemba, Khimba and Kimpasi. Lemba is the foundation for several African based religious practices including Palo Mayombe (Cuba), Vodou Petro (Haiti) and Candomble Angola (Brasil). African cosmology of the Bantu-Kongo explores the Bantu-Kongo religious and philosophical teachings, as well as concepts of law and crime. It connects the reader with one of the most ancient and powerful spiritual traditions-explore "seven-direction walk" our origin and links to society, nature and the universe.

160 pages, Paperback

First published January 1, 2001

29 people are currently reading
495 people want to read

About the author

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
41 (60%)
4 stars
21 (30%)
3 stars
3 (4%)
2 stars
1 (1%)
1 star
2 (2%)
Displaying 1 - 4 of 4 reviews
13 reviews
Read
July 15, 2025
Realmente muito bom. O livro entrega tudo o que promete. Confesso que vim a partir de um artigo do Fu-kiau que havia lido e do conceito de tempo espiralar usado por Leda Maria Martins. Dessa forma, devo admitir que o livro não tem esse foco, mas de qualquer forma, ele condensa de forma impecável a cosmologia bantu-kongo.
Profile Image for Raphael Donaire.
Author 2 books36 followers
January 4, 2025
"O Livro Africano sem Título", de Bunseki Fu-Kiau, é uma obra que transcende os limites convencionais da escrita acadêmica e se aventura no coração da cosmovisão Bantu-Kongo. Neste trabalho, o autor aborda uma gama de conceitos que vão desde a vida e a morte até a lei e o universo, enriquecidos por uma profunda reflexão sobre a natureza essencial da existência humana e da comunidade.

O autor nos guia através de um intricado mapeamento do universo segundo a perspectiva Bantu-Kongo, onde cada indivíduo é visto como um "segundo Sol" na Terra, iluminando e sendo iluminado pelos ciclos da vida e da natureza. A ideia de "Kalunga" – entendida como um oceano, imensidão e força vital em constante movimento – é central no livro, representando tanto o princípio divino da mudança quanto a conexão eterna entre os vivos e os mortos, estes últimos vistos não como seres ausentes, mas como presenças contínuas aguardando um retorno ao mundo físico.

As ilustrações e gráficos que acompanham o texto servem não apenas como elementos visuais de apoio, mas como extensões dos conceitos apresentados, ajudando quem lê a visualizar as estruturas científicas e filosóficas das antigas escolas de pensamento africano. Fu-Kiau destaca as ferramentas necessárias para entender essas estruturas, que ele descreve como ainda vivas nas "mentes das bibliotecas africanas".

Um dos aspectos mais provocativos da obra é sua crítica ao conceito ocidental de "civilização". Fu-Kiau argumenta que a verdadeira civilização deve ser medida não apenas pelos padrões de conhecimento e desenvolvimento tecnológico, mas pela capacidade de uma sociedade de nutrir e valorizar suas raízes comunitárias e ancestrais. Ele critica duramente os líderes africanos que veem a diversidade étnica como um sinal de "tribalismo", acusando-os de negar a rica tapeçaria de identidades que formam a nação.

Vale um destaque para o tema educação. Através dos saberes ancetrais, Fiau descreve o conhecimento como algo que não pertence a indivíduos isolados, mas ao mundo inteiro, e critica a noção de que o saber pode ser possuído ou retido por algumas pessoas. Em vez disso, Fu-Kiau encoraja uma cultura de compartilhamento e disseminação de conhecimento, onde cada pessoa é tanto um arquivista quanto um divulgador de saberes.

Trechos que me chamaram a atenção:

- Para uma mûntu africana, os mortos não estão mortos: são apenas seres vivendo além da muralha esperando pelo seu provável retorno à comunidade, ao mundo físico.
- Cada pessoa é um pequeno Sol nascendo e se pondo na Terra.
- Somos rolos de vida na forma de fitas que armazenam tudo o que realizamos. Por conta desses registros estarem escondidos em cada pessoa, o passado é passível de ser lido.
- Etnia não é uma doença é, em sua diversidade, o orgulho nacional.
- O conhecimento não está em nós, está fora de nós. Somos apenas máquinas de arquivo, computadores vivos, com o poder de coletar e arquivar as informações para o uso futuro, à vontade.
- Um aprendizado superficial, em qualquer lugar do mundo, é muito perigoso no que diz respeito as relações humanas. É sempre melhor permanecer calado do que proferir declarações incorretas sobre outras culturas. Muitas da tensões mundiais correntes são o resultado dessas declarações.
- Líder tem ouvidos e não boca.


"O Livro Africano sem Título" é um convite para explorarmos uma filosofia frequentemente desconsiderada no meio acadêmico e intelectual. A obra nos encoraja a entender como o continente africano e seus saberes podem enriquecer nosso repertório e nos permitir resignificar conceitos como identidade, comunidade e liderança. Fu-Kiau nos desafia a reexaminar nossas próprias noções de sociedade e progresso, e a considerar como as antigas tradições podem oferecer insights valiosos para os desafios modernos. É uma obra que não apenas informa, mas também transforma, convidando-nos a refletir sobre como podemos contribuir para um mundo mais justo e interconectado.
Displaying 1 - 4 of 4 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.