Negar um vírus que virou o mundo do avesso parece coisa pouca quando, pela Internet (e por aí fora), proliferam as mais variadas conspirações contra factos históricos, a existência de figuras lendárias e até de cidades portuguesas. Olá, Leiria!
Partindo da mui antiga caça aos gambuzinos - quem nunca! - e de mais um conjunto de mentirinhas inofensivas que os nossos pais nos contaram, Guilherme Fonseca embarca numa viagem pela chalupice e dá palco a um extenso leque de teorias rocambolescas que vieram à tona com a pandemia.
Socorrendo-se da evidência científica, de uma dose generosa de bom senso e de um enorme sentido de humor, o autor analisa e desmonta, uma a uma, as teses mais absurdas dos últimos anos, para que não haja dúvidas de que contra factos - sobretudo os científicos - não há argumentos.
Este livro é um “Tratado” sobre negacionistas, teóricos da conspiração e outros chalupas. Abordando vários temas fracturantes, são apresentados argumentos a favor e contra, alguns científicos, outros nem tanto. No fim é praticamente uma tese de doutoramento sobre o assunto!
Muito foi falado se esta “obra” teve um ghost writer. Para quem dúvidas tinha sobre o assunto, basta ler a última frase do livro. A mim é que não me enganam!
A Leopoldina, por altura do Natal, convidava-nos a visitar "o mundo encantado dos brinquedos, onde há reis, princesas, dragões". Já o Guilherme Fonseca, sem se associar a uma época específica, abre-nos a porta para um universo de chalupice, com negacionistas, teóricos da conspiração e uma série de cenários inacreditáveis, mas que não são fruto de mera imaginação. Defendo sempre que devemos ter sentido crítico e capacidade para questionar, em vez de aceitarmos tudo como verdade absoluta, mas todos os grupos aqui retratados levam essa dinâmica ao extremo. Não sei como é que conseguem viver neste ritmo, apenas sei que adorei a abordagem do livro, porque é cómico, é irónico e consegue equilibrar muito bem a parte séria dos assuntos com a sua desconstrução.
Nota para o futuro: não me importava nada de ter esta obra em versão áudio.
Um livro leve e divertido para quem quiser descontrair, por exemplo, muito interessante para levar para a praia. O livro fala das diversas teorias da conspiração, desde o Covid, à terra ser plana ou mesmo Leiria não existir, sendo que o Guilherme fez algo muito interessante, não só explica a teoria mas tenta a compreender e mete-se no papel de quem acredita e acha que estas teorias são verdade, acabando por, e apesar de ser um livro de humor, não gozar com as teorias, o que podia ser o caminho mais fácil, mas sim com humor mostrar os prós e os contras das próprias teorias.
Para quem não conhecia estas teorias é interessante porque fica a conhecer um pouco, para quem as conhece mas não as segue fica a perceber a lógica por trás e para quem as conhece e as segue pode rir um pouco das suas próprias crenças.
Um livro que me fez rir muito e, muitas vezes, pela manhã (o que é coisa rara) - obrigada Guilherme (certamente os meus colegas de trabalho agradecem ter chegado de bom humor)! Leitura fácil, rápida e muito divertida!
Este livro conquistou-me a partir do momento em que fala de Jesus como Sr. "O-meu-pai-é-mais-importante-que-o-teu". E olhem que esta parte é lá mesmo, mesmo no início.
Teorias da conspiração dirão que eu estou a meia dúzia de metros do Guilherme, na fila para autógrafos do Terapia de Casal, e terminei o livro mesmo aqui... bem, esses conspiracionistas estão certos. Não me vou armar em negacionista. Não ri tanto quanto na última parte deste espetáculo (quem esteve sabe), mas ri muito e agora estou na dúvida: quantas horas de pesquisa exigiu este livro? E Leiria existe mesmo?
Guilherme Fonseca faz neste livro um trabalho fantástico. Eu não sabia que precisava de ler um livro de comédia que aborda temas tão sensíveis e em voga.
Rir para não chorar! E eu ri-me muito!
Não serei negacionista de que o Guilherme Fonseca é um grande autor (este já é a sua segunda obra - ainda que a primeira tenha sido escrita em co-autoria).
Dos melhores livros de humor portugueses que li recentemente. E ao contrário do que os visados nas muitas páginas deste livro possam dizer, o governo não me pagou para dizer isto.
Em suma: um livro que pega nas várias teorias da conspiração mais marcantes dos últimos anos e as desmistifica. Mas não só com a apresentação de provas. Guilherme Fonseca coloca-se nos sapatos dos conspiracionistas e procura perceber o que os leva a pensar daquela forma. Para quem já leu, ou pretende ler o livro, aconselho a ouvirem os vários episódios do podcast que o autor lançou no ano passado para promover o livro, onde fala com pessoas que realmente sabem dos assuntos sobre os quais ele escreve.
Seria um bom livro de Sociologia da Ciência, se a Sociologia tivesse capacidade de ter este sentido de humor. É aquele livro que vou guardar para dar aos meus filhos no futuro para perceberem, sem ser uma seca, a maluquice destes últimos anos.
Gostei muito! E há teorias que nem sabia da sua existência e fiquei surpresa. Sendo eu uma bióloga em formação quase acreditei em certas teorias (estou a brincar, ou... talvez a terra seja mesmo plana)! O Guilherme Fonseca fez um enorme trabalho de pesquisa e acredito que não tenha sido nada fácil conseguir reunir tudo e expor neste livro o essencial e de forma perceptível. Para além de nos dar a conhecer as mais diversas e loucas teorias, junta ciência e o humor! E ficou ótima combinação! Recomendo !!
Um livro com bastante humor e com uma escrita casual perfeito para ler de férias. Adorei sublinhar algumas frases e piadas que me identifiquei. Já conhecia o trabalho do Guilherme Fonseca e fiquei muito satisfeita com esta leitura. Ahh… e Leiria óbvio que não existe 🤪
Este livro fez-me rir muito. Acho que o Guilherme conseguiu escrever um livro informativo sobre negacionistas o que disseram e como pensam, com uma ironia desarmante. Quando não foi informativo foi apenas muito divertido. Ou então, como sou de Leiria, eu fingi rir muito com este livro.
Já acompanho o Guilherme há algum tempo, e gosto muito do trabalho dele (apesar de, cough cough, ser #TeamRita). Quando anunciou que ia lançar um livro sobre chalupas, fiquei logo intrigada. E fico mesmo feliz por ter lido “Deve ser, deve”. Ler sobre negacionismos nunca foi tão fácil nem tão divertido. E sorte a minha, tenho uma cópia assinada. Fui mesmo chalupa para me rir com este livro, obrigada Guilherme.
É impressionante como mesmo conhecendo superficialmente a maior parte da teorias da conspiração/negacionismos, quando as vi analisadas com mais profundidade foi tipo: "nah, não pode ser"
É interessante para ler agora no pós-pandemia, mas conseguirá sobreviver, porque aborda muitos e diferentes temas.
Criticizing people that believe in absurd facts through a book and, afterwards, going to a public TV Show telling the audience that the Earth has gravity due to being round-shaped says it all about this.