Corre o ano de 1671 e Isaaque Zarco, um rapaz de nove anos, leva uma existência tranquila na pacata aldeia de Castelo Rodrigo. No entanto, nem mesmo esse recanto perdido no Norte de Portugal escapa à sombra de uma força nefasta poderosíssima, que alastra, insidiosa, no peito de uma população até então pacífica. E, em pouco tempo, com o desaparecimento misterioso de uma família amiga e o assassinato de um vizinho, os pilares que haviam sustentado o mundo de Isaaque começam a ruir, pondo em risco a sua própria vida. A avó Flor, velha parteira e curandeira castelhana, revela-lhe então o que ninguém se atrevera a dizer: que ele e a sua família são afinal judeus secretos – e, por conseguinte, sujeitos a denúncias e aprisionamentos. Retomando a família Zarco, num romance comovente e arrebatador, dividido em dois volumes, Richard Zimler explora os efeitos devastadores da intolerância religiosa na aldeia de Castelo Rodrigo e povoações adjacentes. Recorrendo a nomes reais, datas de prisão e outros detalhes sobre os aldeãos que foram levados pela Inquisição, apresenta ao leitor um trabalho de pesquisa exaustivo que faz desta obra um romance magistral e um testemunho inigualável.
Richard Zimler was born in Roslyn Heights, New York, in 1956. He has a bachelor's degree from Duke University (1977) and a master's degree in journalism from Stanford. In 1990, he moved to Porto, Portugal, where he taught journalism for sixteen years at the university level. In 2017, the city of Porto awarded Zimler its highest distinction, the Medal of Honor. At the ceremony, Porto's mayor described the novelist as "A citizen of Porto who was born far away, who makes the city greater and grander... Zimler projects Porto out into the world and brings the rest of the world to us."
Richard has published twelve novels over the last 22 years, and his works have been translated into 23 languages. His most recent novel is THE INCANDESCENT THREADS, which was a finalist for the National Jewish Book Awards in the USA. In chronological order, his novels are: The Last Kabbalist of Lisbon, Unholy Ghosts, The Angelic Darkness, Hunting Midnight, Guardian of the Dawn, The Search for Sana, The Seventh Gate, The Warsaw Anagrams, Teresa Island (only in Portugal and Brazil), The Night Watchman, The Gospel According to Lazarus (The Lost Gospel of Lazarus in paperback) and The Incandescent Threads. His novels have appeared on bestseller lists in 12 different countries. Five of his books have been nominated for the prestigious International Dublin Literary Award: Hunting Midnight, The Search for Sana, The Seventh Gate, The Warsaw Anagrams and The Night Watchman.
Richard has also published six children's books in Portugal. He writes his children's books in Portuguese and his novels in English.
The Last Kabbalist of Lisbon, Hunting Midnight, Guardian of the Dawn, The Seventh Gate and The Incandescent Threads form the "Sephardic Cycle," a group of inter-connected - but fully independent - novels about different branches and generations of a Portuguese Jewish family. You do not need to read them in any order. Each book stands on its own. You can read the first chapters of all his books at his website: www.zimler.com
Richard's latest novel, The Incandescent Threads, is published by Parthian Books. It was a Number 1 Bestseller and Book of the Year in Portugal. It was also chosen as one of the Books of 2022 by the Sunday Times and Jewish Chronicle. Here is a brief synopsis:
From the acclaimed author of The Last Kabbalist of Lisbon and The Warsaw Anagrams comes an unforgettable, deeply moving ode to solidarity, heroism and the kind of love capable of overcoming humanity’s greatest horror.
Maybe none of us is ever aware of our true significance....
Benjamin Zarco and his cousin Shelly are the only two members of their family to survive the Holocaust. In the decades since, each man has learned, in his own unique way, to carry the burden of having outlived all the others, while ever wondering why he was spared.
Saved by a kindly piano teacher who hid him as a child, Benni suppresses the past entirely and becomes obsessed with studying kabbalah in search of the ‘Incandescent Threads’ – nearly invisible fibres that he believes link everything in the universe across space and time. But his mystical beliefs are tested when the birth of his son brings the ghosts of the past to his doorstep.
Meanwhile, Shelly – devastatingly handsome, charming and exuberantly bisexual – comes to believe that pleasures of the flesh are his only escape, and takes every opportunity to indulge his desires. That is, until he begins a relationship with a profoundly traumatised Canadian soldier and artist who helped to liberate Bergen-Belsen – and might just be connected to one of the cousins’ departed kin.
Across six non-linear mosaic pieces, we move from a Poland decimated by World War II to modern-day New York and Boston, hearing friends and relatives of Benni and Shelly tell of the deep influence of the beloved cousins on their lives. For within these intimate testimonies may lie the key to why they were saved and the unique bond that unites the
"Uma aldeia agora controlada pelo mal - disse - , onde os demónios fazem tudo o que podem para nos convencer a trair os amigos. - E, se o fizermos, também nos traímos a nós. E a Deus. "
Neste novo livro de Richard Zimler voltamos à família Zarco que conhecemos pela primeira vez em O Último Cabalista de Lisboa, em A Aldeia das Almas Desaparecidas conhecemos Isaaque Zarco, nascido e criado numa pequena aldeia de Castelo Rodrigo que nos narra, já em idade adulta, o momento do seu nascimento (contado pela avó Flor), a sua infância e as descobertas e emoções da adolescência. A maior descoberta para Isaaque foi saber, através da sua avó Flor, que é judeu e a partir deste dia começa a ver o mundo que o rodeia com outros olhos, a intolerância religiosa, o misterioso desaparecimento de algumas pessoas da aldeia e os horrores da Inquisição e desde então, sabe que para sobreviver tem que se manter discreto e que só pode confiar num número reduzido de pessoas, nomeadamente em Samuel, seu protector e amigo. Ao longo destas 654 páginas ficamos envolvidos nesta história magnífica e cheia de personagens ricas e mágicas. A escrita de Richard Zimler é envolvente e esta primeira parte da série A Floresta do Avesso tem uma narrativa poética e irrepreensível e é sempre um prazer ler os seus livros e aguardo ansiosamente por Março para continuar a descobrir o que vai acontecer ao Isaaque e o que o futuro lhe reserva.
Neste livro maravilhoso Richard Zimler conta-nos a história de Isaac Zarco, desde os seus 9 anos na aldeia de Castelo Rodrigo onde nasceu, até à adolescência. Passa-se no século XVII, em plena época de actuação do Santo Ofício e da maléfica inquisição. Isaac faz parte de uma família de cristãos-novos, que pratica a sua fé judaica às escondidas, e que atravessa esta época negra da história com muito sofrimento e ansiedade. O que mais gostei: a história é muito bem estruturada, com personagens ricas e cativantes. Tem uma escrita "mágica", encantatória. Passa-se numa aldeia do meu distrito, que conheço já há muitos anos. Foi muito bem documentada, dando-nos uma ótima visão da cultura judaica. O que menos gostei: é um livro sem fim, ou seja, é uma primeira parte. Agora queria muito continuar já com o seguimento!
Para mim, é um livro mágico. Alia tudo o que é a forma de escrever, a pesquisa acurada, o belo entre o horrível, a que Richar Zimler me acostumou, a um toque de magia que torna este livro simplesmente ímpar. Do melhor que já li em toda a minha vida e do melhor que tenho entre os mais de 10 mil livros da minha casa. Li, reli, pesquisei, sublinhei. Tudo indicadores da excelência de um livro para mim. Quando atribuo cinco estrelas a um livro assim fico a pensar que devia haver seis! Aguardo agora pelo segundo volume que espero venha bastante rápido.
Convido-vos para uma viagem nos tempos até finais do sec. XVII, uma altura de perseguição religiosa, em que as chamas da Inquisição tocam até os cantos mais recôndidos. Tocam, queimam e reduzem a cinzas. Bem, o convite não é bem meu, mas sim do Richard Zimmler no seu mais recente romance "A Aldeia das Almas Desaparecidas", uma duologia que começa com este "A Floresta do Avesso".
Estamos perante um romance histórico que tem como ponto de partida Castelo Rodrigo, aldeia que tem as características de uma qualquer aldeia do interior. As tradições, a entreajuda e amizade, fruto de gerações nascidas e criadas num lugar onde todos se conhecem. Mas nem tudo é o que parece e o mal espreita nas sombras.
Este é um romance muito bem equilibrado entre o peso do enredo e a importância das personagens. Por um lado, temos uma narrativa bem construída, recorrendo a factos verídicos, cheia de mistério e misticismo. Por outro, uma trindade de personagens apaixonante... protagonista lsaaque, criança ingénua e curiosa, que quer saber tudo acerca do que a rodeia e também das suas secretas origens judaicas. A avó Flor, parteira e curandeira, que conjuga o saber antigo e uma mentalidade aberta. Uma verdadeira força da Natureza que traz luz numa altura de escuridão. Por fim, Samuel uma espécie de ervanário da aldeia, amigo de Flor, que acaba por se tornar tutor e praticamente avô de lsaaque.
Uma obra bem escrita, que traça um retrato completo da época especialmente ao nível do usos e costumes. A leitura é muito agradável, por um conjunto de características que já mencionei, a que se junta o ambiente de mistério e tensão omnipresentes que não enerva, mas também não nos deixa pousar o livro. Um livro que fala de uma época específica mas que trata assuntos intemporais como o preconceito, diferença ou amizade. Temas universais que saem do papel e tocam a realidade dos nossos dias.
Gostei muito apesar da segunda metade do livro não nos prender tanto como a primeira. Ansiosa por ler a parte 2 e saber o que vai acontecer ao protagonista.
Foi o primeiro livro que li de Richard Zimler e gostei muito, uma escrita envolvente e uma história muito bonita que não conseguimos parar de ler. Ansiosa por continuar a seguir a vida de Isaaque Zarco no segundo volume.
Já tinha saudades da família Zarco e das suas agruras no tempo da Inquisição em Portugal e Espanha. Desta vez estamos no século XVII, entre Castelo Rodrigo, o Porto e Castela, quando os cristãos-novos portugueses foram obrigados a viver uma vida dupla. Além dos Zarco, que são personagens ficcionais que podiam ter realmente existido, Zimler, a partir de pessoas reais processadas pela Inquisição, conta-nos uma história em capítulos curtos e cheios de mistério e expectativa.
Utilizando nomes e datas reais, Richard Zimler explora os efeitos “devastadores da intolerância religiosa na aldeia de Castelo Rodrigo e povoações adjacentes”. Esta obra conta a história de Isaaque Zarco, um rapaz de nove anos, habitante de uma aldeia usualmente pacata. A vida de Isaaque muda quando a família da sua amiga Lena desaparece misteriosamente e o seu vizinho é assassinado. “A Aldeia das Almas Desaparecidas” é um livro cuja narrativa decorre no séc. XVII, mas que levanta questões e reflexões ainda importantes para a contemporaneidade. O livro não se limita a abordar as perseguições ao judaísmo, mas também a outras tantas minorias. Depois de ler este volume fiquei com muita vontade de visitar Castelo Rodrigo. Não diria que é um livro sobre magia (não de todo), mas pode ser sim considerado um livro mágico não só pela escrita, como pelo mundo onde nos insere. Fiquei curiosa. Quase de certeza que vou querer ler a segunda parte quando estiver disponível.
Mais uma bela incursão pela história da família Zarco, em que o fantasioso e o documento histórico se entrecruzam harmoniosamente. As questões essenciais, essas são as da Humanidade. A sensibilidade, a do Richard: muita! Aguardo a segunda parte para março.
Gosto bastante deste autor, e desde que li "O último cabalista de Lisboa" que acompanho a sua obra. Talvez por isso tivesse muitas expectativas: pelo autor, por conhecer bem a região onde o livro se passa, pela bonita aldeia de Castelo Rodrigo que lhe serve de inspiração, pelo destino, que foi o dos meus antepassados, de cristãos novos em terras da Beira. Senti no entanto que ao livro falta alguma profundidade, apesar dos dados históricos usados não é eficaz a recriar o pensamento e a personalidade das pessoas setecentistas e a torna-las reais, e se ignorarmos os acontecimentos históricos, as personagens pensam e agem como se vivessem no século XXI. Recomendaria o livro crianças ou jovens, mas talvez não a um leitor adulto e exigente.
Ao longo destas páginas vamos conhecer a história de Isaac Zarco. Um cristão-novo que vive a sua infância na aldeia de Castelo Rodrigo. Conhecemos a sua família e os seus vizinhos vitimas de perseguição por anos. Impossível não sentirmos um enorme carinho por àquela avó e a sua relação com o neto. De todos os livros que li do Zimler (e foram bastantes) este é concerteza aquele com a escrita mais bela, carregado de poesia nas palavras e muito realismo mágico. Fruto de muita pesquisa e estudo, acredito eu. 5☆
O início da história foi um pouco confuso para mim e custou-me a entrar no enredo, mas quando ganhei ritmo gostei muito. A escrita como sempre é impecável.
Zimler volta a familia Zarco e retrata-nos a odisseia das famílias judaicas escondidas numa pequena aldeia da raia de Espanha, perseguidas pelo padre e alvo de denuncia de vizinhos invejosos. O ambiente de temor dessa denuncia e da perseguição da Inquisição mostra os ardis que essas pessoas por causa da sua fé tiveram que lançar mão para sobreviverem. Zimler escreve com fluência embora haja necessidade de respirar um pouco entre capítulos porque o livro é extenso. Zimler trata a questão da mística judaica e da velha matriarca como chefe da familia. Passa em raspão na homossexualidade quanto a uma das personagens mas fá-lo com manifesta elegância e sem sentido panfletário conhecido a sua orientação sexual. Retrata com muito interesse a vida no Porto. A história segue num segundo livro que ainda não li.
Um povo sofrido, o que mais queriam era apenas e só acreditar no que acreditavam sendo que isso não infligia mal a outros. Uma história de amor entre mãe, filho e avó e todos os amigos que não sendo família assim se tornam.
Zimler, em dada altura deste livro, escreve que “uma história bem contada é como uma casa acolhedora onde somos sempre bem-vindos.” E ao ler este livro senti-me bem acolhido!! Conta-nos neste livro a história de um moço, Isaaque, que nasce e vive em Castelo Rodrigo. Aqui vão começando a desaparecer pessoas, que o moço não entende o porquê e que só a avó e o boticário Samuel, lhe vão dando a conhecer a sua condição de cristão-novo igual a judeu. Ainda jovem, depois da morte da mãe, é obrigado a ir para o Porto onde se adapta e tudo o que vai descobrindo acaba por ser uma revelação. Com o judaísmo e as perseguições que são sujeitos os seus praticantes sempre presentes não se fica por aqui. É também um livro onde aborda as perseguições de outras minorias, desde os homossexuais até aos “deficientes” - o surdo, o anão, etc. Muito rica e interessante a estória e, fundamentalmente, muito bem contada. Vale bem a pena!
Acabei de terminar a leitura do primeiro volume de A Aldeia das Almas Desaparecidas, de Richard Zimler, adquirido na Feira do Livro de Aveiro. Intitulado A Floresta do Avesso, este romance mergulha-nos na infância e adolescência de Isaque Zarco, um cristão-novo que cresce entre Castelo Rodrigo, o Porto e Salamanca, num período em que a Península Ibérica vivia asfixiada pelo terror do Tribunal do Santo Ofício.
Zimler recria com rigor e sensibilidade um tempo em que os laços de vizinhança e amizade podiam ser rompidos ao menor sopro de suspeita ou denúncia. A perseguição religiosa é pano de fundo para uma reflexão mais ampla sobre identidade, pertença e empatia. Através da história de Isaque, o autor mostra como as relações humanas são frágeis e como o medo e a manipulação podem enraizar o ódio onde antes havia confiança.
O livro ressoa de forma inquietante com os tempos que vivemos. Também hoje assistimos à proliferação de discursos de ódio e exclusão que, alimentados por demagogos e algoritmos, corroem os fundamentos do projeto europeu — esse modelo progressista e humanista que nasceu para nunca mais repetir os erros do passado.
Uma passagem marcante resume o cerne desta leitura: «Estes crimes são a prova (…) de que muitos homens e mulheres são incapazes de se colocar no lugar do outro, o que é a deficiência mais perigosa que conheço, porque leva à grande parte, senão a toda a infelicidade do mundo.»
Um romance historicamente denso, emocionalmente tocante e politicamente pertinente, A Floresta do Avesso é uma leitura indispensável para quem não abdica da memória como antídoto contra a intolerância.
Tinha colocado este livro de parte para ser o primeiro livro a começar a ler este ano, pois a minha expectativa é que seria um livro especial e apropriado para o grande e frio mês de Janeiro. Cumpriu as minhas altas expectativas, só tenho pena que esta seja a primeira parte e que a segunda ainda não tenha sido editada. Regressamos à família Zarco, desta vez na 2.ª metade do século XVII. Acompanhamos a história de Vida de Isaaque Zarco, criança e jovem judeu, nascido em Castelo Rodrigo, numa época de forte perseguição religiosa. Como sempre, o autor presenteia-nos com um romance muito bem escrito, que reflecte muita pesquisa por base e que transmite uma enorme sensibilidade. Até já, Isaaque, encontramo-nos na 2.ª parte!
Entra no grupo dos melhores livros que já li. Chega-me ao coração a relação de Isaaque com a sua avó Flor.
"Cada cicatriz, e calo, e unha do pé amarelada, e pele descaída testemunhavam o seu triunfo sobre tudo o que a poderia ter matado e separado as nossas vidas para sempre - incluindo o Santo Ofício. Seria eu um jovem particularmente estranho? Pergunto-o, porque nunca me sentira tão grato por estar vivo como naquele momento em que erradicava a maldita doença da avó - sobretudo, pela oportunidade de compreender como cada uma das suas partes me era querida e para sempre o seria." (p.636)
Um livro lindíssimo, com personagens ricas e memoráveis como Golondrino (Isaaque), Samuel e a avó Flor. O enredo centra-se no antissemitismo do século XVII, é intenso e profundamente humano. A escrita é magistral, com descrições das personagens que as tornam profundamente humanas e belas e descrições dos lugares que nos fazem visualizar Castelo Rodrigo ou o Porto naquela época. Não é uma leitura leve, é uma leitura para saborear com calma, mas, vale cada página.
Apesar de toda a narrativa se situar no Sec 17 na aldeia de castelo rodrigo, no contexto da Inquisição e das perseguições aos Cristãos Novos, a história de Isaaque Zarco fez-me pensar muito nos tempos actuais, na forma como vemos o outro e como o aceitamos ou rejeitamos, na forma como nos relacionamos com a natureza, com o espiritual... A escrita de Zimler é fenomenal. Um livro a não perder.
Livro de qualidade, principalmente ao nível da narração e escrita. Permite-nos “entrar’ na pele da personagem principal - um jovem rapaz judeu de uma aldeia no interior de Portugal, na época em que a inquisição perseguia os cristão novos - e crescer com ele ao longo do livro. O livro tem um ritmo lento, o que em alguns momentos o torna um pouco difícil de ler com uma cadência mais elevada.
Um livro que continua a seguir a família Zarco, desta feita Isaaque Zarco, de Castelo Rodrigo, e a perseguição dos judeus nesta localidade no século 17. É às vítimas Portuguesas e Espanholas que o livro é dedicado. Deverá agradar aos fãs do autor, é um quatro estrelas e meia.
Many books take us on a journey through time. With this book, I had the feeling that a part of the book lives on, even if I do not read it. Such a mastery of realism is difficult for a writer to achieve and requires not only work but also a special soul.