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L'appel de la tribu
"Aucun autre penseur que Popper n'a probablement fait de la liberté une condition aussi indispensable à l'être humain. Pour lui, non seulement la liberté garantit des formes civilisées d'existence et encourage la créativité culturelle, mais elle est aussi la condition sine qua non du savoir." Mario Vargas Llosa nous invite dans son panthéon intellectuel, à la découverte de sept grands penseurs qui ont forgé son passage du marxisme au libéralisme : Adam Smith, José Ortega y Gasset, Friedrich August von Hayek, Karl Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin et Jean-François Revel. Un autoportrait brillant et passionné, qui nous révèle de nouveaux aspects de la pensée de ces philosophes, ainsi que de la trajectoire vitale, idéologique et culturelle du grand romancier péruvien.
352 pages, Mass Market Paperback
First published March 1, 2018
714 people are currently reading
2439 people want to read
About the author
Mario Vargas Llosa
535 books9,313 followersJorge Mario Pedro Vargas Llosa, 1st Marquess of Vargas Llosa, more commonly known as Mario Vargas Llosa, was a Peruvian novelist, journalist, essayist, and politician. Vargas Llosa was one of the Spanish language and Latin America's most significant novelists and essayists and one of the leading writers of his generation. Some critics consider him to have had a more substantial international impact and worldwide audience than any other writer of the Latin American Boom. In 2010, he won the Nobel Prize in Literature "for his cartography of structures of power and his trenchant images of the individual's resistance, revolt, and defeat".
Vargas Llosa rose to international fame in the 1960s with novels such as The Time of the Hero (La ciudad y los perros, 1963/1966), The Green House (La casa verde, 1965/1968), and the monumental Conversation in The Cathedral (Conversación en La Catedral, 1969/1975). He wrote prolifically across various literary genres, including literary criticism and journalism. His novels include comedies, murder mysteries, historical novels, and political thrillers. He won the 1967 Rómulo Gallegos Prize and the 1986 Prince of Asturias Award. Several of his works have been adopted as feature films, such as Captain Pantoja and the Special Service (1973/1978) and Aunt Julia and the Scriptwriter (1977/1982). Vargas Llosa's perception of Peruvian society and his experiences as a native Peruvian influenced many of his works. Increasingly, he expanded his range and tackled themes from other parts of the world. In his essays, Vargas Llosa criticized nationalism in different parts of the world.
Like many Latin American writers, Vargas Llosa was politically active. While he initially supported the Cuban revolutionary government of Fidel Castro, Vargas Llosa later became disenchanted with its policies, particularly after the imprisonment of Cuban poet Heberto Padilla in 1971, and later identified as a liberal and held anti-left-wing ideas. He ran for the presidency of Peru in 1990 with the center-right Frente Democrático coalition, advocating for liberal reforms, but lost the election to Alberto Fujimori in a landslide.
Vargas Llosa continued his literary career while advocating for right-wing activists and candidates internationally following his exit from direct participation in Peruvian politics. He was awarded the 1994 Miguel de Cervantes Prize, the 1995 Jerusalem Prize, the 2010 Nobel Prize in Literature, the 2012 Carlos Fuentes International Prize, and the 2018 Pablo Neruda Order of Artistic and Cultural Merit. In 2011, Vargas Llosa was made the Marquess of Vargas Llosa by Spanish king Juan Carlos I. In 2021, he was elected to the Académie française.
Vargas Llosa rose to international fame in the 1960s with novels such as The Time of the Hero (La ciudad y los perros, 1963/1966), The Green House (La casa verde, 1965/1968), and the monumental Conversation in The Cathedral (Conversación en La Catedral, 1969/1975). He wrote prolifically across various literary genres, including literary criticism and journalism. His novels include comedies, murder mysteries, historical novels, and political thrillers. He won the 1967 Rómulo Gallegos Prize and the 1986 Prince of Asturias Award. Several of his works have been adopted as feature films, such as Captain Pantoja and the Special Service (1973/1978) and Aunt Julia and the Scriptwriter (1977/1982). Vargas Llosa's perception of Peruvian society and his experiences as a native Peruvian influenced many of his works. Increasingly, he expanded his range and tackled themes from other parts of the world. In his essays, Vargas Llosa criticized nationalism in different parts of the world.
Like many Latin American writers, Vargas Llosa was politically active. While he initially supported the Cuban revolutionary government of Fidel Castro, Vargas Llosa later became disenchanted with its policies, particularly after the imprisonment of Cuban poet Heberto Padilla in 1971, and later identified as a liberal and held anti-left-wing ideas. He ran for the presidency of Peru in 1990 with the center-right Frente Democrático coalition, advocating for liberal reforms, but lost the election to Alberto Fujimori in a landslide.
Vargas Llosa continued his literary career while advocating for right-wing activists and candidates internationally following his exit from direct participation in Peruvian politics. He was awarded the 1994 Miguel de Cervantes Prize, the 1995 Jerusalem Prize, the 2010 Nobel Prize in Literature, the 2012 Carlos Fuentes International Prize, and the 2018 Pablo Neruda Order of Artistic and Cultural Merit. In 2011, Vargas Llosa was made the Marquess of Vargas Llosa by Spanish king Juan Carlos I. In 2021, he was elected to the Académie française.
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Community Reviews
Displaying 1 - 30 of 204 reviews
July 12, 2023
Gostei bastante de ler este livro, embora não concorde com várias opiniões do autor, por exemplo, quando defende a sociedade de consumo e – parece-me - o consumismo, de forma bastante (para não dizer imperdoavelmente), superficial.
Pode mesmo dizer-se que se trata de um livro bastante tendencioso, mas nisso não vejo problema, uma vez que todo o primeiro capítulo se dedica, precisamente, a explicar as posições intelectuais e políticas do autor e o percurso que o levou a passar de uma juventude impregnada de marxismo e de existencialismo sartriano até ao liberalismo da sua maturidade. Ou seja, não há aqui tentativas subreptícias de indrominação, mas uma declaração prévia de intenções, que me parece de louvar.
Os restantes capítulos são, na essência, mini-biografias de sete pensadores, uns mais, outros menos, identificados com ideias liberais, mas com grandes diferenças entre si, desde Adam Smith, no séc. XVIII, até Jean-François Revel, que morreu já neste século.
Achei a escrita por vezes um pouco confusa, o que atribuí inicialmente à tradução, mas talvez esteja a ser injusta, porque ao falar sobre isto com uma amiga espanhola, ela adjetivou Vargas Llosa de “un poco farragoso”. Não conhecia a palavra, mas percebi depois que traduz exatamente a impressão que me causou :)
Apesar de tudo isto, é um livro de referência, que compila e resume uma imensidade de informação e bibliografia, demonstrando a grande diversidade de pontos de vista existentes dentro de uma mesma corrente de pensamento (o liberalismo, que é o tema principal, mas também o socialismo, que é abordado por arrasto). Também me agradou o contraponto entre aspetos positivos e negativos de cada autor biografado (segundo a opinião de Vargas Llosa, claro), que contrapõe um pouco o tal tendenciosismo de que falei no início.
Cheguei ao fim com uma lista de livros para procurar, alguns dos autores biografados, outros daqueles sobre os quais eles escreveram quer criticando, quer louvando. E a certeza de que ler mais, e comparar opiniões de diferentes lados, é a melhor forma de progredir e construir alguma coisa, por oposição a fazer análises superficiais e colar rótulos a ideias complexas, inviabilizando à partida a discussão, como tantas vezes se vê, às vezes por ignorância, outras não.
Pode mesmo dizer-se que se trata de um livro bastante tendencioso, mas nisso não vejo problema, uma vez que todo o primeiro capítulo se dedica, precisamente, a explicar as posições intelectuais e políticas do autor e o percurso que o levou a passar de uma juventude impregnada de marxismo e de existencialismo sartriano até ao liberalismo da sua maturidade. Ou seja, não há aqui tentativas subreptícias de indrominação, mas uma declaração prévia de intenções, que me parece de louvar.
Os restantes capítulos são, na essência, mini-biografias de sete pensadores, uns mais, outros menos, identificados com ideias liberais, mas com grandes diferenças entre si, desde Adam Smith, no séc. XVIII, até Jean-François Revel, que morreu já neste século.
Achei a escrita por vezes um pouco confusa, o que atribuí inicialmente à tradução, mas talvez esteja a ser injusta, porque ao falar sobre isto com uma amiga espanhola, ela adjetivou Vargas Llosa de “un poco farragoso”. Não conhecia a palavra, mas percebi depois que traduz exatamente a impressão que me causou :)
Apesar de tudo isto, é um livro de referência, que compila e resume uma imensidade de informação e bibliografia, demonstrando a grande diversidade de pontos de vista existentes dentro de uma mesma corrente de pensamento (o liberalismo, que é o tema principal, mas também o socialismo, que é abordado por arrasto). Também me agradou o contraponto entre aspetos positivos e negativos de cada autor biografado (segundo a opinião de Vargas Llosa, claro), que contrapõe um pouco o tal tendenciosismo de que falei no início.
Cheguei ao fim com uma lista de livros para procurar, alguns dos autores biografados, outros daqueles sobre os quais eles escreveram quer criticando, quer louvando. E a certeza de que ler mais, e comparar opiniões de diferentes lados, é a melhor forma de progredir e construir alguma coisa, por oposição a fazer análises superficiais e colar rótulos a ideias complexas, inviabilizando à partida a discussão, como tantas vezes se vê, às vezes por ignorância, outras não.
March 17, 2018
El Maestro...con 81 años vuelve a demostrar su agudeza y una gran coherencia en hilvanar ideas, casi como axiomas, proposiciones, hipótesis, pruebas y teoremas (aunque a pesar de mencionarlas, a estas últimas les falte el rigor de las Ciencias Sociales más recientes o modernas, es decir las pruebas con datos en una mesa)
Como Economista tiendo a observar más de fuera ese que a veces considero un debate absurdo, una pelea de ciegos...a bastonazos, entre los políticos o legos de a pie, entre derecha e izquierda, más bien como economista siempre pienso en pruebas empíricas de una hipótesis...pero como hago Economía del Comportamiento pienso casi todo el tiempo también en incentivos, y es ahí en donde encuentro que aún a pesar de carecer de estas herramientas estadísticas y/o matemáticas para tratar de demostrar sus propuestas, el liberalismo de MVLL apela de manera brillante a señalar lo más básico pero fundamental en el actuar de los seres humanos, la motivación. Y la motivación se afecta por incentivos. El Maestro sobretodo los menciona en la parte de Smith y de Popper, lo hace de manera genial para no ser un testeador profesional de hipótesis (un estadístico o económetra). Ahora esas hipótesis se prueban con experimentos y créanme son poderosamente robustas, la gente no puede igualarse hacia abajo (como en Cuba), sin incentivos la motivación muere y la anomia campea.
El Maestro ha hablado, fuerte y claro...y brutalmente coherente como nos gusta a muchos y como odian otros tantos pero que sin embargo no tienen más que adjetivos que nos recuerdan al siglo XIX, "Facho", "Conserva" cuando más bien es un progresista que repudia los totalitarismos sean de derecha o izquierda y sobretodo al conservadurismo paralizante. Yo tengo para ellos más bien dos adjetivos lo suficientemente hirientes "historicistas"..."constructivistas".
Genial ensayo, muy recomendable.
Como Economista tiendo a observar más de fuera ese que a veces considero un debate absurdo, una pelea de ciegos...a bastonazos, entre los políticos o legos de a pie, entre derecha e izquierda, más bien como economista siempre pienso en pruebas empíricas de una hipótesis...pero como hago Economía del Comportamiento pienso casi todo el tiempo también en incentivos, y es ahí en donde encuentro que aún a pesar de carecer de estas herramientas estadísticas y/o matemáticas para tratar de demostrar sus propuestas, el liberalismo de MVLL apela de manera brillante a señalar lo más básico pero fundamental en el actuar de los seres humanos, la motivación. Y la motivación se afecta por incentivos. El Maestro sobretodo los menciona en la parte de Smith y de Popper, lo hace de manera genial para no ser un testeador profesional de hipótesis (un estadístico o económetra). Ahora esas hipótesis se prueban con experimentos y créanme son poderosamente robustas, la gente no puede igualarse hacia abajo (como en Cuba), sin incentivos la motivación muere y la anomia campea.
El Maestro ha hablado, fuerte y claro...y brutalmente coherente como nos gusta a muchos y como odian otros tantos pero que sin embargo no tienen más que adjetivos que nos recuerdan al siglo XIX, "Facho", "Conserva" cuando más bien es un progresista que repudia los totalitarismos sean de derecha o izquierda y sobretodo al conservadurismo paralizante. Yo tengo para ellos más bien dos adjetivos lo suficientemente hirientes "historicistas"..."constructivistas".
Genial ensayo, muy recomendable.
April 20, 2018
The call of the tribe.
I am both amazed and bewildered by this book. According to the jacket, several interviews and reviews that I have read, this is an intellectual autobiography. MVLL writes about seven intellectuals who influenced him over the years. All of them have liberal views and in doing so, help to underline what is liberalism. A timely subject as liberalism, elitism and the left are under fire while right wing views seems to be soaring to the forefront across the world.
In his youth, MVLL was caught up with the left. What Latin American writer wasn’t back in the sixties? He was part of the “Boom” and his friends like Marquez and Cortázar were vying for socialism, even communism. Then the Cuban Revolution soured MVLL and he turned his back on socialism. He would meet, through a writer’s event, Margaret Thatcher, who pushed for a “free society.” He would also be a fan of Ronald Reagan as well. This puzzled me because at the time, I had a different view of them.
With the help of these seven writers, MVLL reflects on his politics, cultural and social views in his always enlightening and erudite language. Each of the seven attracted MMVL for various reasons. He starts with the father or liberalism, Adam Smith (The Wealth of Nations), explaining that liberal thought developed with the right of ownership. Then on to José Ortega y Gasset, who pushed for a freer Spain, with his book “The Rebellion of the Masses.” Interestingly he saw the growing issues in Catalonia back in the thirties. Personally this was my favourite of the group.
Add to the list, Friedrich von Hayek, Karl Popper, Raymond Aron, Isiah Berlin and Jean-François Revel. In each case, he gives a background story, their books and various anecdotes along the way. Several had key antagonists (Hayek and Keynes; Sartre and Aron). Most developed their views from the hardships of life and were opposed to nazism and communism. This was not a form of hero worship as MVLL threw in their less than attractive sides.
So what does one ascertain?
Liberals believe in human rights, the right to own property, all are equal before the law, and have the right to be educated. They can lean to the left, like social democrats or can even be conservative.
All of this I was amazed at.
What bewildered me was some of the issues he brought up. Fascists and communists, extreme right wing fanatics and ISIS hate change, love history (remember the good old days), and think the same as the leaders. This is the call of the tribe. Our cave dwellers from the past wanted to part of the group, think the same and be protected from “dangers of the outsiders.” Wow this was scary stuff, because look who keeps uttering “make America great again?” And blame the intellectuals, the media and everybody else who doesn’t agree with us. That is what bewilders me.
There was one very sad reflection. Raymond Aron knew Jean Paul Sartre but did not agree with his views on communism. Sartre vehemently denied the Soviets had gulag work camps, later proven by Alexander Solzhenitsyn. MVLL went to see the 100th anniversary of Sartre a few years back as the French had gone all out to celebrate. It was also the same centenary of Aron; much less fan fare. Bewildered as MVLL pointed out that for all his adamant belief in communism, the USSR collapsed and communism has changed face.
There was an awful lot to digest here. I am still bewildered because of what I believed in (I would say I am a liberal thinker) seems to be collapsing all around me. This was a master work of writing. It is very timely but I fear, is it too late. I certainly have even more respect for Mario Vargas Llosa. Writing in his early 80s, he has lost none of his fire.
On a personal note, review 1000.
I am both amazed and bewildered by this book. According to the jacket, several interviews and reviews that I have read, this is an intellectual autobiography. MVLL writes about seven intellectuals who influenced him over the years. All of them have liberal views and in doing so, help to underline what is liberalism. A timely subject as liberalism, elitism and the left are under fire while right wing views seems to be soaring to the forefront across the world.
In his youth, MVLL was caught up with the left. What Latin American writer wasn’t back in the sixties? He was part of the “Boom” and his friends like Marquez and Cortázar were vying for socialism, even communism. Then the Cuban Revolution soured MVLL and he turned his back on socialism. He would meet, through a writer’s event, Margaret Thatcher, who pushed for a “free society.” He would also be a fan of Ronald Reagan as well. This puzzled me because at the time, I had a different view of them.
With the help of these seven writers, MVLL reflects on his politics, cultural and social views in his always enlightening and erudite language. Each of the seven attracted MMVL for various reasons. He starts with the father or liberalism, Adam Smith (The Wealth of Nations), explaining that liberal thought developed with the right of ownership. Then on to José Ortega y Gasset, who pushed for a freer Spain, with his book “The Rebellion of the Masses.” Interestingly he saw the growing issues in Catalonia back in the thirties. Personally this was my favourite of the group.
Add to the list, Friedrich von Hayek, Karl Popper, Raymond Aron, Isiah Berlin and Jean-François Revel. In each case, he gives a background story, their books and various anecdotes along the way. Several had key antagonists (Hayek and Keynes; Sartre and Aron). Most developed their views from the hardships of life and were opposed to nazism and communism. This was not a form of hero worship as MVLL threw in their less than attractive sides.
So what does one ascertain?
Liberals believe in human rights, the right to own property, all are equal before the law, and have the right to be educated. They can lean to the left, like social democrats or can even be conservative.
All of this I was amazed at.
What bewildered me was some of the issues he brought up. Fascists and communists, extreme right wing fanatics and ISIS hate change, love history (remember the good old days), and think the same as the leaders. This is the call of the tribe. Our cave dwellers from the past wanted to part of the group, think the same and be protected from “dangers of the outsiders.” Wow this was scary stuff, because look who keeps uttering “make America great again?” And blame the intellectuals, the media and everybody else who doesn’t agree with us. That is what bewilders me.
There was one very sad reflection. Raymond Aron knew Jean Paul Sartre but did not agree with his views on communism. Sartre vehemently denied the Soviets had gulag work camps, later proven by Alexander Solzhenitsyn. MVLL went to see the 100th anniversary of Sartre a few years back as the French had gone all out to celebrate. It was also the same centenary of Aron; much less fan fare. Bewildered as MVLL pointed out that for all his adamant belief in communism, the USSR collapsed and communism has changed face.
There was an awful lot to digest here. I am still bewildered because of what I believed in (I would say I am a liberal thinker) seems to be collapsing all around me. This was a master work of writing. It is very timely but I fear, is it too late. I certainly have even more respect for Mario Vargas Llosa. Writing in his early 80s, he has lost none of his fire.
On a personal note, review 1000.
April 8, 2021
Este libro me ha descubierto nuevas dimensiones de Vargas Llosa. Aparte de un gran narrador es una persona de una profunda cultura y magnífico divulgador.
Las ideas de grandes pensadores del siglo XX se presentan de una forma clara y muy amena.
Un libro muy recomendable que deberían leer todos los seguidores de los movimientos extremistas de izquierdas y de derechas para que comprendan que el seguir esos idearios comprometen la libertad y bienestar que tanto ha costado conseguir. La pena es que creo que pocos de ellos lo leerán.
Un oasis de pensamiento político lógico en estos tiempos de gritos y exabruptos.
Las ideas de grandes pensadores del siglo XX se presentan de una forma clara y muy amena.
Un libro muy recomendable que deberían leer todos los seguidores de los movimientos extremistas de izquierdas y de derechas para que comprendan que el seguir esos idearios comprometen la libertad y bienestar que tanto ha costado conseguir. La pena es que creo que pocos de ellos lo leerán.
Un oasis de pensamiento político lógico en estos tiempos de gritos y exabruptos.
June 25, 2018
Conociendo en lo que te metes, es una lectura estupenda
March 26, 2019
Disfrutar de la prosa de Vargas Llosa siempre es un lujo, pero leerlo en su faceta de ensayista me resulta aún más placentera que como novelista. Vargas Llosa acerca al lector a sus autores formativos en su doctrina política: liberalismo sin excepciones, liberalismo de libro. Aunque se puede estar en desacuerdo con alguna de sus posturas políticas, este libro es puro gozo, transpira placer por el intelecto y por los libros, provoca regresar a leer a Ortega y Gasset con mayor atención, acercarse de Raymond Aron y preguntarse porque uno no ha leído nada de Isaiah Berlin.
Intelectual como pocos, Vargas Llosa (como lo logra en La Verdad de las Mentiras o La Tentación de lo Imposible) conecta con el lector y lo acerca a sus héroes intelectuales, trasmitiendo la pasión y la alegría que solo entre lectores y amantes de los libros se puede entender. Aunque a mi parecer su producción novelística ha ido perdiendo calidad, su dimensión como ensayista es de celebrar y disfrutar pues cada página de esta libro es un soplo de aire fresco entre tanta pobreza cultural.
Intelectual como pocos, Vargas Llosa (como lo logra en La Verdad de las Mentiras o La Tentación de lo Imposible) conecta con el lector y lo acerca a sus héroes intelectuales, trasmitiendo la pasión y la alegría que solo entre lectores y amantes de los libros se puede entender. Aunque a mi parecer su producción novelística ha ido perdiendo calidad, su dimensión como ensayista es de celebrar y disfrutar pues cada página de esta libro es un soplo de aire fresco entre tanta pobreza cultural.
November 4, 2018
"La llamada de la tribu" es el más reciente trabajo de Mario Vargas Llosa nos trae su biografía intelectual. Un recorrido por los principales pensadores que influyeron en su pensamiento liberal.
Adam Smith
José Ortega y Gasset
Friedrich August Von Hayek
Sir Karl Popper
Raymond Aron
Sir Isaiah Berlin
Jean-Francois Revel
(creo que Vargas Llosa debió agregar a Jean-Paul Sartre. Si bien es cierto que no fue un pensador Liberal, su presencia es una constante y su desilusión un estimulante)
Siendo Vargas Llosa un consagrado novelista, premio Cervantes (1994) y Nobel de Literatura (2010) entre muchos era de esperar un texto rico, entretenido y . "La llamada de la Tribu" es hasta cierto punto la continuación de "Contra Viento y Marea" (Entre Sartre y Camus, 1983) donde desarrolló su recorrido ideológico del socialismo al liberalismo.
En esta oportunidad Vargas Llosa hace una reseña biográfica e intelectual de los autores liberales que más influyeron en su pensamiento. Por un lado nos cuenta detalles de sus vidas llegando a niveles de intimidad que acercan el personaje al lector. Detalles que no solo son sus virtudes sino sus defectos, haciendo de cada uno de los elegidos seres cercanos al lector. Ejemplos de estos sucesos está la disputa entre Karl Popper y Wittgenstein, o las infidelidades de Isaiah Berlin. Por otro lado, como buen escritor, no deja de hacer una crítica a la calidad literaria de sus héroes. Excelentes los textos de Ortega y Gasset y de Jean-Francois Revel, no así el inglés de Hayek. Pero la narración no es únicamente biográfica sino también intelectual. Vargas Llosa destaca los aprendizajes que tuvo de cada uno de los autores, pero también comparte lo que considera errores y contradicciones.
Si bien es cierto que para alguien como Vargas Llosa escribir este libro es un lujo que se puede dar queda claro que todos podríamos emular la selección de nuestro "Dream Team" intelectual. Una selección que en forma indirecta esboza un perfil intelectual.
La riqueza del libro tiene un valor adicional al simple conocer mejor al Nobel, es un texto que puede bien servir de introducción al Liberalismo. Una narración donde resaltan algunos de sus principales exponentes y sus ideas sin llegar a ser un tratado académico pero si para sembrar en el lector dudas e interés por sus contribuciones individuales.
Adam Smith
José Ortega y Gasset
Friedrich August Von Hayek
Sir Karl Popper
Raymond Aron
Sir Isaiah Berlin
Jean-Francois Revel
(creo que Vargas Llosa debió agregar a Jean-Paul Sartre. Si bien es cierto que no fue un pensador Liberal, su presencia es una constante y su desilusión un estimulante)
Siendo Vargas Llosa un consagrado novelista, premio Cervantes (1994) y Nobel de Literatura (2010) entre muchos era de esperar un texto rico, entretenido y . "La llamada de la Tribu" es hasta cierto punto la continuación de "Contra Viento y Marea" (Entre Sartre y Camus, 1983) donde desarrolló su recorrido ideológico del socialismo al liberalismo.
En esta oportunidad Vargas Llosa hace una reseña biográfica e intelectual de los autores liberales que más influyeron en su pensamiento. Por un lado nos cuenta detalles de sus vidas llegando a niveles de intimidad que acercan el personaje al lector. Detalles que no solo son sus virtudes sino sus defectos, haciendo de cada uno de los elegidos seres cercanos al lector. Ejemplos de estos sucesos está la disputa entre Karl Popper y Wittgenstein, o las infidelidades de Isaiah Berlin. Por otro lado, como buen escritor, no deja de hacer una crítica a la calidad literaria de sus héroes. Excelentes los textos de Ortega y Gasset y de Jean-Francois Revel, no así el inglés de Hayek. Pero la narración no es únicamente biográfica sino también intelectual. Vargas Llosa destaca los aprendizajes que tuvo de cada uno de los autores, pero también comparte lo que considera errores y contradicciones.
Si bien es cierto que para alguien como Vargas Llosa escribir este libro es un lujo que se puede dar queda claro que todos podríamos emular la selección de nuestro "Dream Team" intelectual. Una selección que en forma indirecta esboza un perfil intelectual.
La riqueza del libro tiene un valor adicional al simple conocer mejor al Nobel, es un texto que puede bien servir de introducción al Liberalismo. Una narración donde resaltan algunos de sus principales exponentes y sus ideas sin llegar a ser un tratado académico pero si para sembrar en el lector dudas e interés por sus contribuciones individuales.
December 10, 2021
„Духът на племето“. Така Карл Попър нарича ирационализма на първичния човек, загнезден дълбоко у всички нас, цивилизованите люде, които до края на живота си не успяваме да превъзмогнем напълно носталгията по изконния традиционен свят ��� племето, – когато човекът бил все още неделима част от общността, подвластен на шамана или на всесилния вожд, който взимал всички решения вместо него, а той се чувствал в безопасност, свободен от отговорности, покорен, като животното от глутницата, стадото или като човека от тайфата или групата запалянковци, задрямал сред онези, които говорят на същия език, кланят се на същите богове и мразят другия, различния, когото могат да обвинят за всички беди, застигащи племето. „Племенният дух“, извор на национализма, е причинявал, наред с религиозния фанатизъм, най-страшните кланета в историята на човечеството.
Оттам и заглавието на есеистичния сборник Зовът на племето. Омразата към диктаторите от всякакъв род е една от непоклатимите константи в политическото поведение на Нобеловия лауреат за литература Марио Варгас Льоса. А „Отвореното общество и неговите врагове“ на Карл Попър и „Пътят към робството“ на Фридрих фон Хайек са сред настолните му книги. В „Зовът на племето“ са представени още няколко забележителни либерални мислители: Хосе Ортега и Гасет, Раймон Арон, Исая Бърлин, Жан-Франсоа Ревел и, разбира се, Адам Смит, авторът на „Богатството на народите“. Предимно агностици и атеисти, чиято религия е свободата; интелектуално почтени неконформисти, за които толерантността и плурализмът са не само морален императив, а практическа необходимост. Всяко есе в този сборник се чете като глава от роман, чието действие се развива в света на мисълта, а там герои са идеите…
Днес Варгас Льоса е убеден, че всяка форма на догматизъм е опасна, че всяка система, при която в името на единствената истина, колкото и благовидна да е тя, се заглушава критиката и не се дава трибуна на инакомислещите, е авторитарна и репресивна. А ако не е, значи е напът да стане такава. При всичките си многобройни несъвършенства демокрацията поне замества произвола със законност и дава възможност за свободни избори и независими от властта партии и синдикати. Ако е демокрация, а не партокрация или олигархия, бихме вметнали ние. И ако произволът е заместен от законност, а не от законен произвол.
Из встъпителната част на „Зовът на племето“
Пътуването до СССР през 1968 г., като гост на честване за Пушкин, остави лош вкус в устата ми. Там открих, че ако бях руснак, щях да бъда дисидент (с една дума, парий) в тази страна или щях да гния в Гулаг. Това доста ме травматизира. Сартр, Симон дьо Бовоар, Мерло-Понти и Les Temps Modernes ме бяха убедили, че колкото и зле да вървяха нещата в СССР, той олицетворяваше прогреса и бъдещето, родината, където, както казваше Пол Елюар в една поема, която знаех наизуст, „няма проститутки, крадци и свещеници“. Да, обаче имаше бедност, заспали на улицата пияници и всеобща апатия; навсякъде се усещаше колективна клаустрофобия поради липсата на информация за случващото се в страната и в останалия свят. Един поглед наоколо бе достатъчен, за да разбереш, че макар да бяха изчезнали класовите различия по отношение на парите, неравенствата в СССР бяха огромни и съществуваха изключително в зависимост от властта.
Запитах един приказлив руснак: „Кои са най-привилегированите хора тук?“. Той отговори: „Послушните писатели. Те имат дачи, където да прекарват отпуските си, и могат да пътуват в чужбина. Това ги поставя доста над обикновените граждани. Какво повече да иска човек!“. Нима можех да браня както досега подобно обществено устройство, след като вече знаех, че лично аз не бих могъл да живея в него? Голямо бе и разочарованието ми от самия Сартр в деня, когато прочетох в „Монд“ интервюто на Мадлен Шапсал с него, където той заявяваше, че разбира африканските писатели, които се отказват от литературата, за да направят първо революцията и да създадат страна, в която тя да бъде възможна. Казваше също, че пред умиращо от глад дете La Nausée ne fais pas le poids („Погнусата е безполезна“).
Почувствах се така, сякаш някой ми бе забил нож в гърба. Как бе възможно да говори така човекът, който ни бе накарал да повярваме, че писането е начин на действие, че думите са дела, че пишейки, ние влияем на историята? Сега излизаше, че литературата е лукс, който можеха да си позволят само страните, построили социализма. По същото време отново се зачетох в Камю и застанах на негова страна, осъзнавайки, че в прочутата полемика със Сартр за концлагерите в СССР той беше правият; неговата мисъл, че щом моралът се отдалечи от политиката, започват убийствата и терорът, беше самата истина. Цялата тази еволюция бе отразена по-късно в малък сборник от мои статии от шестдесeтте години, посветени на двамата мислители: „Между Сартр и Камю“…
Разривът ми с Куба и, в известен смисъл, със социализма дойде въз основа на прочутия тогава (сега вече почти забравен) случай „Падиля“. През 1970 г. поетът Еберто Падиля, активен участник в Кубинската революция – стигна до заместник-министър на Външната търговия, – започна да отправя някои критики срещу културната политика на режима. Най-напред бе нападнат язвително от официалната преса, а по-късно хвърлен в затвора с безумното обвинение, че е агент на ЦРУ. Възмутени, петима негови приятели: Хуан и Луис Гойтисоло, Ханс Магнус Енценсбергер, Хосе Мария Кастелет и аз, написахме в моя апартамент в Барселона протестно писмо, към което се присъединиха редица творци от цял свят, като Сартр, Симон дьо Бовоар, Сюзан Зонтаг, Алберто Моравия, Карлос Фуентес, надигайки глас срещу това посегателство. Фидел Кастро отговори лично, като ни обвини, че служим на империализма, и заяви, че няма да стъпим в Куба „за неопределен и безкраен период от време“ (с една дума, никога повече). Въпреки срамната кампания, на която станах обект заради този манифест, от плещите ми се стовари огромен товар: вече не беше нужно да симулирам съпричастие, каквото не изпитвах към случващото се в Куба. Но докато скъсам със социализма и преоценя демокрацията, минаха години…
Оттам и заглавието на есеистичния сборник Зовът на племето. Омразата към диктаторите от всякакъв род е една от непоклатимите константи в политическото поведение на Нобеловия лауреат за литература Марио Варгас Льоса. А „Отвореното общество и неговите врагове“ на Карл Попър и „Пътят към робството“ на Фридрих фон Хайек са сред настолните му книги. В „Зовът на племето“ са представени още няколко забележителни либерални мислители: Хосе Ортега и Гасет, Раймон Арон, Исая Бърлин, Жан-Франсоа Ревел и, разбира се, Адам Смит, авторът на „Богатството на народите“. Предимно агностици и атеисти, чиято религия е свободата; интелектуално почтени неконформисти, за които толерантността и плурализмът са не само морален императив, а практическа необходимост. Всяко есе в този сборник се чете като глава от роман, чието действие се развива в света на мисълта, а там герои са идеите…
Днес Варгас Льоса е убеден, че всяка форма на догматизъм е опасна, че всяка система, при която в името на единствената истина, колкото и благовидна да е тя, се заглушава критиката и не се дава трибуна на инакомислещите, е авторитарна и репресивна. А ако не е, значи е напът да стане такава. При всичките си многобройни несъвършенства демокрацията поне замества произвола със законност и дава възможност за свободни избори и независими от властта партии и синдикати. Ако е демокрация, а не партокрация или олигархия, бихме вметнали ние. И ако произволът е заместен от законност, а не от законен произвол.
Из встъпителната част на „Зовът на племето“
Пътуването до СССР през 1968 г., като гост на честване за Пушкин, остави лош вкус в устата ми. Там открих, че ако бях руснак, щях да бъда дисидент (с една дума, парий) в тази страна или щях да гния в Гулаг. Това доста ме травматизира. Сартр, Симон дьо Бовоар, Мерло-Понти и Les Temps Modernes ме бяха убедили, че колкото и зле да вървяха нещата в СССР, той олицетворяваше прогреса и бъдещето, родината, където, както казваше Пол Елюар в една поема, която знаех наизуст, „няма проститутки, крадци и свещеници“. Да, обаче имаше бедност, заспали на улицата пияници и всеобща апатия; навсякъде се усещаше колективна клаустрофобия поради липсата на информация за случващото се в страната и в останалия свят. Един поглед наоколо бе достатъчен, за да разбереш, че макар да бяха изчезнали класовите различия по отношение на парите, неравенствата в СССР бяха огромни и съществуваха изключително в зависимост от властта.
Запитах един приказлив руснак: „Кои са най-привилегированите хора тук?“. Той отговори: „Послушните писатели. Те имат дачи, където да прекарват отпуските си, и могат да пътуват в чужбина. Това ги поставя доста над обикновените граждани. Какво повече да иска човек!“. Нима можех да браня както досега подобно обществено устройство, след като вече знаех, че лично аз не бих могъл да живея в него? Голямо бе и разочарованието ми от самия Сартр в деня, когато прочетох в „Монд“ интервюто на Мадлен Шапсал с него, където той заявяваше, че разбира африканските писатели, които се отказват от литературата, за да направят първо революцията и да създадат страна, в която тя да бъде възможна. Казваше също, че пред умиращо от глад дете La Nausée ne fais pas le poids („Погнусата е безполезна“).
Почувствах се така, сякаш някой ми бе забил нож в гърба. Как бе възможно да говори така човекът, който ни бе накарал да повярваме, че писането е начин на действие, че думите са дела, че пишейки, ние влияем на историята? Сега излизаше, че литературата е лукс, който можеха да си позволят само страните, построили социализма. По същото време отново се зачетох в Камю и застанах на негова страна, осъзнавайки, че в прочутата полемика със Сартр за концлагерите в СССР той беше правият; неговата мисъл, че щом моралът се отдалечи от политиката, започват убийствата и терорът, беше самата истина. Цялата тази еволюция бе отразена по-късно в малък сборник от мои статии от шестдесeтте години, посветени на двамата мислители: „Между Сартр и Камю“…
Разривът ми с Куба и, в известен смисъл, със социализма дойде въз основа на прочутия тогава (сега вече почти забравен) случай „Падиля“. През 1970 г. поетът Еберто Падиля, активен участник в Кубинската революция – стигна до заместник-министър на Външната търговия, – започна да отправя някои критики срещу културната политика на режима. Най-напред бе нападнат язвително от официалната преса, а по-късно хвърлен в затвора с безумното обвинение, че е агент на ЦРУ. Възмутени, петима негови приятели: Хуан и Луис Гойтисоло, Ханс Магнус Енценсбергер, Хосе Мария Кастелет и аз, написахме в моя апартамент в Барселона протестно писмо, към което се присъединиха редица творци от цял свят, като Сартр, Симон дьо Бовоар, Сюзан Зонтаг, Алберто Моравия, Карлос Фуентес, надигайки глас срещу това посегателство. Фидел Кастро отговори лично, като ни обвини, че служим на империализма, и заяви, че няма да стъпим в Куба „за неопределен и безкраен период от време“ (с една дума, никога повече). Въпреки срамната кампания, на която станах обект заради този манифест, от плещите ми се стовари огромен товар: вече не беше нужно да симулирам съпричастие, каквото не изпитвах към случващото се в Куба. Но докато скъсам със социализма и преоценя демокрацията, минаха години…
December 23, 2018
Além da sua longa carreira como romancista – que lhe rendeu fama, fortuna e um Prêmio Nobel de Literatura – Mario Vargas Llosa tem uma vida frutífera tanto como crítico literário quanto ativista político. Em certo momento, em 1990, chegou a ser candidato a presidente do Peru, perdendo a eleição para Alberto Fujimori.
Vargas Llosa, nesse pequeno livro – pouco mais de 300 páginas – faz uma espécie de recordação da sua jornada intelectual por meio de 7 ensaios a respeito de pensadores liberais que o marcaram: Adam Smith, Ortega y Gasset, Hayek, Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin e Jean-François Revel.
A despeito de ele afirmar na introdução que a sua inspiração foi o Rumo à estação Finlândia, a estrutura guarda pouca semelhança com a obra de Edmund Wilson, que fez uma espécie de arqueologia das ideias socialistas. Não é o caso aqui. Falta (e isso não é necessariamente um problema) um fio narrador que conduza o leitor ao longo da história do pensamento liberal. Não é o caso. Cada ensaio de Vargas Llosa faz um misto de biografia pessoal e intelectual. Em certos momentos, há, é verdade, um acerto de contas de Llosa com o seu próprio passado. Isso é mais visível nos ensaios a respeito de Raymond Aron e Revel, autores que conviveram e foram contemporâneos de Sartre, a grande figura mítica de certo pensamento comunista/existencialista do pós-Segunda Guerra. Vargas Llosa, como não poderia de ser para um intelectual latino-americano nascido em meados da década de 1930, revê a si próprio como um grande leitor de Sartre, mas que, aos poucos vai tendo a sua fé minada no escritor francês. No final das contas, o peruano preferiu ficar certo com Aron do que errado com Sartre. Mas não foi um processo simples, já que exigiu um esforço psicológico de abandonar ideais e amigos ao longo do caminho, já que esse acerto de contas o levou a se afastar do socialismo-terceiro-mundista ao abraçar as ideais liberais.
O livro, enfim, é muito bom porque oferece esses breves retratos, servindo como uma introdução honesta para cada um dos autores examinados. É bom, ainda, – e isso sem dúvida é graças à habilidade literária de Vargas Llosa – uma exposição que clarifica ideais que podem ser complexas ou, também, apresenta autores que pertencem ao espectro liberal, mas que tem diferenças marcantes. Certamente, muitos têm reticência, por exemplo, em qualificar Ortega y Gasset de liberal, mas Llosa ressalta a defesa que o autor espanhol fez das liberdades democráticas. Por fim, Vargas Llosa apresenta os seus biografados com respeito, mas isso não impede que ele faça ressalvas quando julga necessário, caso, por exemplo, das ideias de Popper em relação a um certo controle sobre a televisão.
Enfim, um livro altamente recomendável, para ser lido e relido.
Vargas Llosa, nesse pequeno livro – pouco mais de 300 páginas – faz uma espécie de recordação da sua jornada intelectual por meio de 7 ensaios a respeito de pensadores liberais que o marcaram: Adam Smith, Ortega y Gasset, Hayek, Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin e Jean-François Revel.
A despeito de ele afirmar na introdução que a sua inspiração foi o Rumo à estação Finlândia, a estrutura guarda pouca semelhança com a obra de Edmund Wilson, que fez uma espécie de arqueologia das ideias socialistas. Não é o caso aqui. Falta (e isso não é necessariamente um problema) um fio narrador que conduza o leitor ao longo da história do pensamento liberal. Não é o caso. Cada ensaio de Vargas Llosa faz um misto de biografia pessoal e intelectual. Em certos momentos, há, é verdade, um acerto de contas de Llosa com o seu próprio passado. Isso é mais visível nos ensaios a respeito de Raymond Aron e Revel, autores que conviveram e foram contemporâneos de Sartre, a grande figura mítica de certo pensamento comunista/existencialista do pós-Segunda Guerra. Vargas Llosa, como não poderia de ser para um intelectual latino-americano nascido em meados da década de 1930, revê a si próprio como um grande leitor de Sartre, mas que, aos poucos vai tendo a sua fé minada no escritor francês. No final das contas, o peruano preferiu ficar certo com Aron do que errado com Sartre. Mas não foi um processo simples, já que exigiu um esforço psicológico de abandonar ideais e amigos ao longo do caminho, já que esse acerto de contas o levou a se afastar do socialismo-terceiro-mundista ao abraçar as ideais liberais.
O livro, enfim, é muito bom porque oferece esses breves retratos, servindo como uma introdução honesta para cada um dos autores examinados. É bom, ainda, – e isso sem dúvida é graças à habilidade literária de Vargas Llosa – uma exposição que clarifica ideais que podem ser complexas ou, também, apresenta autores que pertencem ao espectro liberal, mas que tem diferenças marcantes. Certamente, muitos têm reticência, por exemplo, em qualificar Ortega y Gasset de liberal, mas Llosa ressalta a defesa que o autor espanhol fez das liberdades democráticas. Por fim, Vargas Llosa apresenta os seus biografados com respeito, mas isso não impede que ele faça ressalvas quando julga necessário, caso, por exemplo, das ideias de Popper em relação a um certo controle sobre a televisão.
Enfim, um livro altamente recomendável, para ser lido e relido.
July 2, 2024
Я очікувала від цієї книги чогось іншого, проте це суто мої проблеми.
А проблеми автора: неодноразове цитування і згадування «великих російських письменників». Що це таке? Мені такий термін невідомий.
А проблеми автора: неодноразове цитування і згадування «великих російських письменників». Що це таке? Мені такий термін невідомий.
June 13, 2018
[This book is currently only available in Spanish as of June 2018, but I suspect that will soon change].
Mario Vargas Llosa is a great novelist, and it's interesting to understand how his evolving political beliefs changed from the Marxism of his youth to the market-loving, quasi-libertarianism of his later years. That evolution was influenced by a handful of key thinkers, whose work he outlines in this volume. These include Adam Smith (the best chapter of the book), Jose Ortega y Gassett, Raymond Aron, Friedrich von Hayek (my least favorite chapter of the book, mostly because Hayek seems very dated and very off the mark in his predictions), Karl Popper, Isaiah Berlin, and Jean-Francois Revel. Some of these are relatively unknown in the English-speaking world outside the world of academia, especially if they weren't either British or American. Interestingly, the earliest of these writers, Adam Smith, remains by far the most influential in his intellectual, social and economic impact. Von Hayek also maintains a selective influence, particularly in right-wing US circles among those who read political theory, though von Hayek himself would no doubt be bewildered by the very anti-democratic, authoritarian turn which the US right has taken. The illiberal, plutocratic, authoritarian democracy of Trump is not at all what either von Hayek or Smith had in mind -- though of course Trump is wildly unlikely to have read either.
Vargas Llosa says that all these writers influenced him on his path to "liberalism", a term he uses in its more European sense of being strongly in support of the free market, the rule of law, and a relatively small role for government, yet within a democratic system -- a center-right political position. In contrast, in the US, "liberalism" generally means being more center-left, with a progressive view of the role of government in playing a more active role to provide social services and to regulate markets where excessive market share concentration or externalities (positive or negative) create dysfunction. Both definitions of liberalism assume democracy, rule of law and a largely market-based economic system.
To return to the impact of these writers and this body of thought on Vargas Llosa and his writing, I found it most striking in Death in the Andes, a novel about the crazed Maoist faction called the Sendero Luminoso / Shining Path in his native Peru that for well over a decade terrorized a good part of the country. It also killed several tens of thousands of Peruvians, from Lima all the way to the remotest of Andean villages. Sendero Luminoso embodied all the worst of Marxist-Leninism and its Maoist variant, with its contempt for human rights, the rule of law and the value of human rights and in its belief that a violent, armed group could take upon itself the role of imposing its authoritarian rule over vast swaths of the countryside. Whatever the flaws of liberal democracy, it is -- as the saying goes -- the worst of political systems, except for all the rest.
Mario Vargas Llosa is a great novelist, and it's interesting to understand how his evolving political beliefs changed from the Marxism of his youth to the market-loving, quasi-libertarianism of his later years. That evolution was influenced by a handful of key thinkers, whose work he outlines in this volume. These include Adam Smith (the best chapter of the book), Jose Ortega y Gassett, Raymond Aron, Friedrich von Hayek (my least favorite chapter of the book, mostly because Hayek seems very dated and very off the mark in his predictions), Karl Popper, Isaiah Berlin, and Jean-Francois Revel. Some of these are relatively unknown in the English-speaking world outside the world of academia, especially if they weren't either British or American. Interestingly, the earliest of these writers, Adam Smith, remains by far the most influential in his intellectual, social and economic impact. Von Hayek also maintains a selective influence, particularly in right-wing US circles among those who read political theory, though von Hayek himself would no doubt be bewildered by the very anti-democratic, authoritarian turn which the US right has taken. The illiberal, plutocratic, authoritarian democracy of Trump is not at all what either von Hayek or Smith had in mind -- though of course Trump is wildly unlikely to have read either.
Vargas Llosa says that all these writers influenced him on his path to "liberalism", a term he uses in its more European sense of being strongly in support of the free market, the rule of law, and a relatively small role for government, yet within a democratic system -- a center-right political position. In contrast, in the US, "liberalism" generally means being more center-left, with a progressive view of the role of government in playing a more active role to provide social services and to regulate markets where excessive market share concentration or externalities (positive or negative) create dysfunction. Both definitions of liberalism assume democracy, rule of law and a largely market-based economic system.
To return to the impact of these writers and this body of thought on Vargas Llosa and his writing, I found it most striking in Death in the Andes, a novel about the crazed Maoist faction called the Sendero Luminoso / Shining Path in his native Peru that for well over a decade terrorized a good part of the country. It also killed several tens of thousands of Peruvians, from Lima all the way to the remotest of Andean villages. Sendero Luminoso embodied all the worst of Marxist-Leninism and its Maoist variant, with its contempt for human rights, the rule of law and the value of human rights and in its belief that a violent, armed group could take upon itself the role of imposing its authoritarian rule over vast swaths of the countryside. Whatever the flaws of liberal democracy, it is -- as the saying goes -- the worst of political systems, except for all the rest.
August 7, 2021
Den va verkligen inte alls som jag hade tänkt mig? Saknade verkligen Vargas Llosas anknytning till de tänkare han tar upp. Klart färgas hans beskrivningar av dem av hans egna åsikter men hade varit intressant att veta hur t.ex. Adam Smiths idéer var viktiga för Vargas Llosas osv.
October 23, 2020
Já havia lido romances de Mario Vargas llosa e acompanho suas colunas há muito anos, mas esse foi seu primeiro livro de ensaios que leio. La llamada de la tribu é um misto entre biografia intelectual e ensaio sobre autores liberais que o influenciaram ao longo da vida.
Llosa começou sua atuação política no colegial, levantando a bandeira socialista. Entusiasta da Revolução Cubana, o escritor foi ao país diversas vezes durante os anos 60, mas rompeu com Cuba – e com o socialismo – na década seguinte, aproximando-se da filosofia política e econômica liberal. Ao ver os mandos e desmandos do que ocorria no mundo socialista e nas ditaduras militares que se instalavam na América Latina, Llosa passou a considerar que o liberalismo seria a melhor maneira de combater a ditadura política e o baixo desenvolvimento econômico.
Entre os autores apresentados, temos Smith, Ortega y Gasset, Hayek, Popper, Aron, Berlin e Revel. Em cada ensaio, Llosa mistura notas biográficas com resumos críticos de suas principais obras. Há também espaço para comentários pessoais, como anedotas de suas interações com alguns dos autores, sua repulsa pelo pós-estruturalismo francês e seu fascínio com Sartre – homem e obra. Achei que o capítulo sobre Popper ficou um pouco longo e arrastado, mas os outros são, de maneira geral, ótimos. Os ensaios são uma boa maneira de descobrir mais sobre cada autor ou reavivar a memória sobre livros lidos em tempos idos.
Assim como em seus romances, o estilo de Llosa é vivo, sempre cheio de emoção, como se estivéssemos ao lado do ganhador do Nobel e ele nos contasse, de maneira entusiasmada, sobre seus autores políticos preferidos. Llosa, já com mais de 80 anos, com certeza continua a agradar a maioria de seus leitores.
Llosa começou sua atuação política no colegial, levantando a bandeira socialista. Entusiasta da Revolução Cubana, o escritor foi ao país diversas vezes durante os anos 60, mas rompeu com Cuba – e com o socialismo – na década seguinte, aproximando-se da filosofia política e econômica liberal. Ao ver os mandos e desmandos do que ocorria no mundo socialista e nas ditaduras militares que se instalavam na América Latina, Llosa passou a considerar que o liberalismo seria a melhor maneira de combater a ditadura política e o baixo desenvolvimento econômico.
Entre os autores apresentados, temos Smith, Ortega y Gasset, Hayek, Popper, Aron, Berlin e Revel. Em cada ensaio, Llosa mistura notas biográficas com resumos críticos de suas principais obras. Há também espaço para comentários pessoais, como anedotas de suas interações com alguns dos autores, sua repulsa pelo pós-estruturalismo francês e seu fascínio com Sartre – homem e obra. Achei que o capítulo sobre Popper ficou um pouco longo e arrastado, mas os outros são, de maneira geral, ótimos. Os ensaios são uma boa maneira de descobrir mais sobre cada autor ou reavivar a memória sobre livros lidos em tempos idos.
Assim como em seus romances, o estilo de Llosa é vivo, sempre cheio de emoção, como se estivéssemos ao lado do ganhador do Nobel e ele nos contasse, de maneira entusiasmada, sobre seus autores políticos preferidos. Llosa, já com mais de 80 anos, com certeza continua a agradar a maioria de seus leitores.
August 26, 2020
W założeniu Llosy miała to być książka ilustrująca czym jest myśl liberalna XX wieku na przykładzie życiorysów siedmiu myślicieli, których identyfikuje, jako jej największe autorytety. Cóż, w liberała się nie zmieniłem, a większość książki jest raczej rozczarowująca i moim zdaniem w bardzo małym stopniu odnosi się do czasów dzisiejszych.
Z drugiej strony politycy mieniący się liberałami, szczególnie Ci których znamy z polskiego podwórka mogli by wyciągnąć z niej dużo dla siebie z pożytkiem dla reszty społeczeństwa. Ponieważ Llosa przemyca tutaj kilka ważnych uniwersalnych myśli, a przede wszystkim ideę sceptycyzmu do wszelkich poglądów, zwłaszcza skrajnie prawicowych i lewicowych, ale również i swoich własnych.
Najciekawszym rozdziałem dla mnie był ten o Isaiahu Berlinie z jego koncepcją złotego środka pomiędzy wolnością pozytywną, a negatywną. Niestety całość bywała nużąca i przegadana, stąd tak niska ocena.
Z drugiej strony politycy mieniący się liberałami, szczególnie Ci których znamy z polskiego podwórka mogli by wyciągnąć z niej dużo dla siebie z pożytkiem dla reszty społeczeństwa. Ponieważ Llosa przemyca tutaj kilka ważnych uniwersalnych myśli, a przede wszystkim ideę sceptycyzmu do wszelkich poglądów, zwłaszcza skrajnie prawicowych i lewicowych, ale również i swoich własnych.
Najciekawszym rozdziałem dla mnie był ten o Isaiahu Berlinie z jego koncepcją złotego środka pomiędzy wolnością pozytywną, a negatywną. Niestety całość bywała nużąca i przegadana, stąd tak niska ocena.
May 23, 2018
Don Mario nos explica con una prosa ágil y didáctica como fue que pasó de ser un incauto adolescente “de izquierdas” al impulsor de la doctrina liberal y ganador de Premio Nobel que nos ilustra en la actualidad.
Esta “autobiografía intelectual” según sus palabras, presenta las ideas de siete “filósofos” (todos ellos críticos del colectivismo, el comunismo y sus derivados, etc.) que formaron la base de su pensamiento actual.
Entiendo que existan personas a las que les es difícil asimilar conceptos tan básicos como: la libertad individual, la convivencia pacifica, la tradición moral, la propiedad privada y el pluralismo (entre muchos otros), pero para el resto de la humanidad este volumen es irremplazable.
Esta “autobiografía intelectual” según sus palabras, presenta las ideas de siete “filósofos” (todos ellos críticos del colectivismo, el comunismo y sus derivados, etc.) que formaron la base de su pensamiento actual.
Entiendo que existan personas a las que les es difícil asimilar conceptos tan básicos como: la libertad individual, la convivencia pacifica, la tradición moral, la propiedad privada y el pluralismo (entre muchos otros), pero para el resto de la humanidad este volumen es irremplazable.
April 11, 2018
Un libro estimulante y de lectura apasionante. La poderosa inteligencia de Vargas Llosa se vale de todo lo que leyó, reflexionó, conversó y oyó, para traernos estos ensayos llenos de entusiasmo y vigor, que sirven como aproximación a los autores allí tratados, y cómo no, nos empujan a querer saber más sobre ellos. No le pongo 5 estrellas sólo porque es un libro sobre libros, y por lo mismo, su valor no puede ser equiparable a los originales. Sin embargo, vale bibliotecas enteras para conocer las principales ideas de estos grandes filósofos. Por otra parte, decir que es una "autobiografía intelectual", es por lo demás, exagerado. Son varios ensayos sobre pensadores liberales, y punto.
August 9, 2020
Quite disappointing reading.
I am big fan of Vargas Llosa, but recently tapped into his non-fiction writings (this one and La Civilizacion del Espetaculo) and did not appreciate them nearly as much as I did for his fiction writings.
On this one: I was expecting to read and learn more about economic liberal ideology than about the personal lives of the liberal authors he analyzes (which is 80% of the book, I´d say). Overall, the book felt uninspiring and unpleasant to read. I would only recommend it to a very liberal and passionate economist, otherwise it will probably cause the same reaction as it did on me.
I am big fan of Vargas Llosa, but recently tapped into his non-fiction writings (this one and La Civilizacion del Espetaculo) and did not appreciate them nearly as much as I did for his fiction writings.
On this one: I was expecting to read and learn more about economic liberal ideology than about the personal lives of the liberal authors he analyzes (which is 80% of the book, I´d say). Overall, the book felt uninspiring and unpleasant to read. I would only recommend it to a very liberal and passionate economist, otherwise it will probably cause the same reaction as it did on me.
November 12, 2018
Creo que no hay escritor que sepa contar algo o explicarlo como el. La política y tendencias no son mi fuerte y aquí encontré una introducción, fácil de intender, sobre ideas liberales. Me gusto mucho que resaltaba tanto lo bueno como lo malo de los intelectuales que admira, poniéndolos siempre en su contexto histórico y su importancia actual. Lo disfrute mucho y eso me sorprendió..
April 25, 2021
Una extraordinaria cartografía de viaje para un pensamiento liberal. Tan necesario y pertinente en estas épocas. Sumamente sensato y contagiante. Da ganas de listar los libros y ensayos de Yam importantes pensadores y entrar en cada una de estas paradas en el viaje.
October 10, 2021
Apesar de não ser um livro particularmente prazeroso de ler, estou contente por o ter feito, pois dá uma visão holistica do pensamento liberal. Os comentários do autor são interessantes num livro que seria enfadonho sem eles. Recomendo a quem se interessar pela história do liberalismo.
November 12, 2020
Há que se reconhecer a escrita fluida, especialmente depois de ler o arrastado Scruton. Mas é imperdoável que no século XXI um escritor se pretenda sério ao insistir na equiparação entre o nazismo e a experiência soviética.
May 8, 2021
O carte minunata in stilul eseistic al lui Llosa. Analiza gandirii personajelor ca Jean-Francois Revel, Isauah Berlin, Raymond Aron sau Ortega Y Gasset, ii confera cartii piesa de rezistenta.
Un liberal incurabil.
Un liberal incurabil.
July 5, 2024
Por onde começar a descrever esse acidente horrível?
Em primeiro lugar: essa é uma releitura. A primeira vez que li foi em 2020, para o Clube do Livro da Gabriela Prioli (por favor não usem isso contra mim - eu melhorei) e eu era outra pessoal político e intelectualmente falando. Era o início da minha politização e li o livro do Llosa com genuíno interesse em aprender.
Fui surpreendida pelo primeiro capítulo, sobre Adam Smith - me pareceu ser um autor muito mais complexo que "a mão invisível" e o fandom dão a entender. Alguns outros pensadores eram simplesmente fascista intragáveis (oi, Hayek), mesmo sob o viés carinhoso da escrita do Llosa. Acabei o livro discordando de quase tudo, mas achando algumas coisas interessantes, mas com a vívida impressão de que eu estava sendo engambelada por um bom escritor.
Quatro anos se passaram e cá estou eu nessa releitura, agora já mais escolada sobre política, liberalismo e sofistas. Resolvi reler agora acompanhada do livro "O feiticeiro da tribo", de Atilio Borón, intelectual de esquerda, que se propõe, capítulo a capítulo, a destrinchar o livro do Llosa, apresentando suas contradições, seus ocultamentos, as partes feias sobre as quais o chileno cala. Em momento nenhum achei que Llosa estava escrevendo um livro "isento" - é um livro de ode aos liberais e ao liberalismo, isso eu já sabia desde 2020. Mesmo assim me surpreendeu o grau de passa-panismo para fascista, os disfarces aqui e ali das partes mais feias das histórias, e o nível de descolamento da realidade que o escritor apresenta em determinados momentos.
O livro segue uma progressão emblemática: de um capítulo bem razoável (mesmo na releitura) sobre Adam Smith ele passa por uns pensadores ok, outros bastante medíocres (que se reflete por mais foco nas fofocas e histórias pessoas de alguns desses, deixando de lado sua contribuição intelectual) até chegar no completamente lunático Revel, que certamente hoje estaria usando termos como "globalismo" e "marxismo cultural" como se fossem coisas sérias. É de se chegar ao final do livro embasbacado pelo declínio da intelectualidade liberal, o que Llosa não parece identificar. Ao contrário, se demonstra inspirado por essa bobajada a ponto de soltar pérolas como "a intelectualidade de esquerda domina o stablishment". Palavras de uma pessoa sem nenhum contato com o mundo real.
Por fim, é muito triste acompanhar o escritor chileno se inclinando cada vez mais para a extrema direita a medida em que o tempo passa (lembrando que nas últimas eleições presidenciais do Peru ele apoiou a candidata filha e defensora do legado do ditador Alberto Fujimori). Esse é o único livro dele que li e vou manter assim por muito tempo - não me venham com essa de morte do autor, tanto livro bom para ler na vida, não preciso dar o meu rico dinheirinho para essa gente anti-povo.
Em primeiro lugar: essa é uma releitura. A primeira vez que li foi em 2020, para o Clube do Livro da Gabriela Prioli (por favor não usem isso contra mim - eu melhorei) e eu era outra pessoal político e intelectualmente falando. Era o início da minha politização e li o livro do Llosa com genuíno interesse em aprender.
Fui surpreendida pelo primeiro capítulo, sobre Adam Smith - me pareceu ser um autor muito mais complexo que "a mão invisível" e o fandom dão a entender. Alguns outros pensadores eram simplesmente fascista intragáveis (oi, Hayek), mesmo sob o viés carinhoso da escrita do Llosa. Acabei o livro discordando de quase tudo, mas achando algumas coisas interessantes, mas com a vívida impressão de que eu estava sendo engambelada por um bom escritor.
Quatro anos se passaram e cá estou eu nessa releitura, agora já mais escolada sobre política, liberalismo e sofistas. Resolvi reler agora acompanhada do livro "O feiticeiro da tribo", de Atilio Borón, intelectual de esquerda, que se propõe, capítulo a capítulo, a destrinchar o livro do Llosa, apresentando suas contradições, seus ocultamentos, as partes feias sobre as quais o chileno cala. Em momento nenhum achei que Llosa estava escrevendo um livro "isento" - é um livro de ode aos liberais e ao liberalismo, isso eu já sabia desde 2020. Mesmo assim me surpreendeu o grau de passa-panismo para fascista, os disfarces aqui e ali das partes mais feias das histórias, e o nível de descolamento da realidade que o escritor apresenta em determinados momentos.
O livro segue uma progressão emblemática: de um capítulo bem razoável (mesmo na releitura) sobre Adam Smith ele passa por uns pensadores ok, outros bastante medíocres (que se reflete por mais foco nas fofocas e histórias pessoas de alguns desses, deixando de lado sua contribuição intelectual) até chegar no completamente lunático Revel, que certamente hoje estaria usando termos como "globalismo" e "marxismo cultural" como se fossem coisas sérias. É de se chegar ao final do livro embasbacado pelo declínio da intelectualidade liberal, o que Llosa não parece identificar. Ao contrário, se demonstra inspirado por essa bobajada a ponto de soltar pérolas como "a intelectualidade de esquerda domina o stablishment". Palavras de uma pessoa sem nenhum contato com o mundo real.
Por fim, é muito triste acompanhar o escritor chileno se inclinando cada vez mais para a extrema direita a medida em que o tempo passa (lembrando que nas últimas eleições presidenciais do Peru ele apoiou a candidata filha e defensora do legado do ditador Alberto Fujimori). Esse é o único livro dele que li e vou manter assim por muito tempo - não me venham com essa de morte do autor, tanto livro bom para ler na vida, não preciso dar o meu rico dinheirinho para essa gente anti-povo.
April 30, 2018
Mario Vargas Llosa no necesita presentaciones. Uno de los escritores latinoamericanos más trascendentes, brillante novelista y agudo ensayista. En este último libro aborda un tema que lo apasiona: la defensa de las ideas liberales. Este ensayo es una especie de autobiografía intelectual. Le rinde homenaje en estas semblanzas a aquellos pensadores que influyeron en su cambio de visión política. Vargas Llosa sintetiza ese proceso con honestidad y precisión en el primer escrito del libro: La llamada de la tribu, que funciona como un prólogo o introducción. Los siguientes apartados los dedica a siete pensadores liberales de distintas épocas, aunque la mayoría de ellos son personalidades del siglo XX: Adam Smith, Ortega y Gasset, Hayeck, Popper, Aron, Berlin y Revel. Las semblanzas se basan en lecturas que Vargas Llosa realizó en su conversión al liberalismo y en años posteriores también. Además de biografías y otros textos consultados para la confección de estos ensayos. El Nobel sabe combinar magistralmente erudición, claridad conceptual y buena pluma. Es innegable la admiración que siente por cada uno de estos pensadores, pero eso no lo inhibe para señalar defectos de los mismos o para manifestar divergencias con ciertas ideas o visiones de los connotados pensadores liberales. Vargas Llosa expone, comenta, critica, sazona y termina configurando sutilmente su propia visión del liberalismo. Reconozco que comparto en lo sustancial las ideas y valoraciones que Vargas Llosa plantea en este ensayo, aunque también tengo discrepancias con algunas de ellas.
En mi modesta opinión, (y en esto seguramente amigos de izquierda y de derecha no me hallen pizca de razón), Vargas Llosa entiende por liberalismo el respeto y promoción de la democracia, de los ddhh y de la economía de mercado, tal como se ha ido viviendo, con matices y énfasis distintos, en el proceso de retorno a la democracia en Chile desde 1990. Creo que afortunadamente en nuestro país todos los gobiernos concertacionistas, de Chile Vamos e incluso el de la Nueva Mayoría han operado bajo parámetros políticos que en este ensayo se elogian y se destacan como signos de civilización y de progreso. Fue un placer esta lectura y, sin duda, motiva para adentrarse en la obra de los personajes presentados de manera tan notable y juiciosa.
En mi modesta opinión, (y en esto seguramente amigos de izquierda y de derecha no me hallen pizca de razón), Vargas Llosa entiende por liberalismo el respeto y promoción de la democracia, de los ddhh y de la economía de mercado, tal como se ha ido viviendo, con matices y énfasis distintos, en el proceso de retorno a la democracia en Chile desde 1990. Creo que afortunadamente en nuestro país todos los gobiernos concertacionistas, de Chile Vamos e incluso el de la Nueva Mayoría han operado bajo parámetros políticos que en este ensayo se elogian y se destacan como signos de civilización y de progreso. Fue un placer esta lectura y, sin duda, motiva para adentrarse en la obra de los personajes presentados de manera tan notable y juiciosa.
January 23, 2022
El problema con el liberalismo viene por dos vías. La primera es la mala imagen que se ha dado del mismo desde los poderes políticos, que adoran simplificar todo al extremo de la demagogia y han creado la imagen del liberalismo detestable cuya única vía de acción es la privatización y el capitalismo para solucionar los problemas de la sociedad moderna. La segunda es el sectarismo dentro de la propia corriente liberal, de pensadores cegados al todo por el todo, sin pensar en otras consideraciones sociales importantes y que merecen una respuesta que no se consigue simplemente privatizando y dejando “a la mano invisible actuar”.
Las dos ideas que me parece a mi que aportan más valor en el libro son: por una parte, la dualidad del concepto de la libertad por parte de Isaiah Berlín y la dificultad en conciliar ambas y encontrar un equilibrio que haga que la sociedad prospere en materia económica social cultural etc, y por la otra el concepto de deshumanización del arte de Ortega y Gasset y su implicación. Esto es curioso porque el tema de la creatividad se trata a lo largo de todo el libro como factor que está más desarrollado cuanto menor es la intervención y mayor la autonomía del individuo a desarrollarse y a expresarse a su manera.
Las dos ideas que me parece a mi que aportan más valor en el libro son: por una parte, la dualidad del concepto de la libertad por parte de Isaiah Berlín y la dificultad en conciliar ambas y encontrar un equilibrio que haga que la sociedad prospere en materia económica social cultural etc, y por la otra el concepto de deshumanización del arte de Ortega y Gasset y su implicación. Esto es curioso porque el tema de la creatividad se trata a lo largo de todo el libro como factor que está más desarrollado cuanto menor es la intervención y mayor la autonomía del individuo a desarrollarse y a expresarse a su manera.
February 16, 2021
Finalmente lido na sua totalidade.
Várias foram as vezes que tive este livro na mão mas por qq razão optei por comprar outro. Em boa hora o fiz, assim dei a oportunidade a um amigo de me o oferecer.
Belíssimos ensaio.
Uma referência para o verdadeiro liberalismo.
Obrigatório para quem se interesse pela filosofia e pela politica.
Uma fonte interminável de novos livro e novos autores.
Uma permanente aula sobre a natureza humana e a vida em sociedade.
De todos os Capítulos destaco o dedicado a Sir Isaia Berlin.
"Também admitir que a diversidade - de ideias, ações, costumes, morais, culturas - é a única garantia que temos de que o erro, quando se consolida, não cause demasiados danos, já que não existe uma solução para os nossos problemas, mas sim muitas e todas elas precárias."
Um ensaio que ensina sem catequizar.
Grato ao amigo Nuno
Várias foram as vezes que tive este livro na mão mas por qq razão optei por comprar outro. Em boa hora o fiz, assim dei a oportunidade a um amigo de me o oferecer.
Belíssimos ensaio.
Uma referência para o verdadeiro liberalismo.
Obrigatório para quem se interesse pela filosofia e pela politica.
Uma fonte interminável de novos livro e novos autores.
Uma permanente aula sobre a natureza humana e a vida em sociedade.
De todos os Capítulos destaco o dedicado a Sir Isaia Berlin.
"Também admitir que a diversidade - de ideias, ações, costumes, morais, culturas - é a única garantia que temos de que o erro, quando se consolida, não cause demasiados danos, já que não existe uma solução para os nossos problemas, mas sim muitas e todas elas precárias."
Um ensaio que ensina sem catequizar.
Grato ao amigo Nuno
May 11, 2018
Me gustó muchísimo el prólogo. Una lección sobre cómo ser críticos de nuestras convicciones, mirar las ideas en las que creemos con una lupa y corregir las que estén mal. Vargas Llosa presenta de manera muy inteligente la manera como él cambió. Independientemente de si uno está de acuerdo o no con las cosas que él dice, este libro me parece muy valioso en la sociedad polarizada en la que vivimos hoy en día.
May 13, 2018
Este es un magistral ensayo de Vargas Llosa. Allí nos presenta, de manera profunda e inteligible, a los autores que lo despertaron del letargo de la falacia socialista-marxista y le enseñaron que la libertad emerge de la democracia, el respeto por el otro y de la maravillosa diferencia que no riñe con la justicia, en el seno mismo del liberalismo.
May 24, 2024
Mario Vargas Llosa is a man of many talents. I first encountered him on an election poster in Lima, Peru. It was 1990 and he was standing for President in a turbulent time, opposing the incumbent Alan Garcia, and running against Alberto Fujimori. Peru was in the grip of hyper-inflation, its national currency changed digits and names as fast as the money changers in plazas could cope with. When the Inti - the Quechuan word for the sun - was introduced in 1985, its value was equal to one thousand Sols. By the summer of 1990, a million Intis would buy a can of milk. In 1991 the ‘new’ sol was introduced. Peru was also the land shadowed by the Sendero Luminoso - Shining Path - Maoist terrorists - who had blanketed most of the country - at least as far as the UK Foreign Office travel recommendations went - as a no go area. His novels had received international acclaim, and along with Gabriel Garcia Marquez, he had helped propel Latin American literature to the heights of literary popularity.
He wrote this collection of essays in 2018, in his 80s, and it looks back on his now ‘liberal’ political view. When he started out in life he was a Marxist, and a combination of dissatisfaction with Castro’s Cuba, and a ‘re-appraisal of democracy’ helped by his readings of writers including Albert Camus and George Orwell, steered him towards liberalism. ‘The Call of the Tribe’ pays homage to seven philosophers he admires greatly: Adam Smith, Jose Ortega y Gasset, Friedrich August von Hayek, Karl Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin and Jean-Francois Revel.
It was the inclusion of Karl Popper that piqued my interest in the book in the first place, picking up and putting down the fresh English translation several times, before adding it somewhat reluctantly to my purchases in Blackwell’s in Oxford on the day before Christmas Eve. Karl Popper even gave the book the ‘tribe’ motif: he called the ‘spirit of the tribe’ the irrationality that nests in modern mankind, harkening back to more primitive days.
The book was timely for me in many respects. I was heading to Edinburgh, the hometown of Adam Smith, the father of liberalism. Smith (1723-1790) published The Wealth Of Nations in March 1776, when Scotland was in a period of enlightenment, ignited by David Hume. Vargas Llosa’s first essay is about Smith, and I stood under his statue on the Royal Mile, a short walk from Canongate Kirkyard where he lived and was buried in 1790, seeking inspiration for a talk I was due to give the next day to a group of Edinburgh fund managers about the opportunities in emerging markets. The first essay, gives a good background on moral philosophy, and how Smith felt that international capitalism was the enemy of nationalism. In a post-Covid world we are seeing the rise of Nationalism (possibly as a reaction to the pandemic), and attempts to disentangle globalisation - the 70 year-old experiment - that has helped raised global GDP and the wealth of many nations. Smith also saw how the growth of cities entails the growth of the middle class and the growth of civilisation. This was prophetic as in Smith’s day urbanisation levels were still low, less than 5% of people lived in cities, and it would only be 230 years later in 2007 when more than half of the world’s population lived in cities.
The second essay is about Jose Ortega y Gasset (1883-1955) a liberal philosopher who defined a nation as “a suggestive project for a life in common”. He was critical of nationalism, and saw the devastation brought to Spain under Franco. Ortega had a huge influence on Vargas Llosa who enjoyed his writing immensely, praising ‘his dramatic silences, the sibilant lash of an unusual adjective, the labyrinthine sentence that suddenly closes, rounding out an argument with the rhetorical insolence of a matador’. Through the essay on Ortega, Vargas Llosa defines liberalism itself as ‘an attitude toward life and society based on tolerance and respect, a love for culture, a desire to coexist with others and a firm defense of freedom as a supreme value’ - powerful stuff, and a signpost for those trying to determine the label for their own political and economic leanings.
Politically speaking, Vargas Llosa cites three more of his essay subjects: Popper, Hayek and Berlin as the most influential on him. Friedrich von Hayek (1899-1992) and Popper both natives of Vienna, and Berlin from Latvia.
Starting with Hayek, a contemporary and adversary of John Maynard Keynes, the author describes the development of the philosophical ideas that shaped his own views, and the context in which they were defined. Hayek’s challenge is that mercantilism - freedom to produce and trade goods - is worth nothing without strong rule of law and an independent judiciary. Hayek’s enemy was constructivism - organising community centrally, imposing egalitarianism through ideology, culture or religion. In this he opposes Marxists, social Democrats and Christian Democrats. He was imaginative and proposed an alternative system - a ‘demarchy’ - a legislative assembly, elected for fifteen year terms by citizens of a country above 45 years old, to watch over fundamental rights, with a broader elected parliament looking after current affairs. Throughout the collection of essays, we are challenged as to what liberalism is, and the essay on Hayek gives some boundary markers.
As mentioned above, the essay on Sir Karl Popper (1902-1994) was the main reason I bought the book. Helped by his friends, Friedrich von Hayek and Ernest Gombrich, he was one of the lucky Austrian Jews that managed to escape the Nazi’ Anschluss and became a lecturer in New Zealand. Before leaving Austria he published a seminal work - The Logic of Scientific Discovery (1934)- that repudiates induction, and instead holds that a scientific truth must be a hypothesis that can pass the test of falsifiability - if not it is pseudoscience. Vargas Llosa names Popper as the most important thinker of our time, citing The Open Society and its Enemies (1945) as the most ‘stimulating and enriching work of political philosophy of the twentieth century’. Interestingly Vargas Llosa details how Popper argued that democracy will not survive unless there are controls on television (in our time, social media) to reduce the unlimited power it wields in our society. This is surely in contradiction to liberalism, and in support of constructivist theories - which his peer group rally against.
Skipping through Raymond Aron (1905-1983) we end the book of essays on Sir Isaiah Berlin (1909-1997) and Jean-Francois Revel (1924-2006). Berlin expands on the Greek poet Archilochus and identifies two kind of people: the Fox who knows many things and the Hedgehog who knows only one big thing. He uses this as a filter for humankind. Berlin is a fox, alongside Shakespeare, Aristotle, Moliere, Goethe and James Joyce. The hedgehogs include Dante, Plato, Hegel, Dostoyevsk, Nietzsche and Proust. Some like Tolstoy, according to Berlin, can have both fox and hedgehog co-existing. Vargas Llosa closes the collections of essays with Revel, who he says is an Orwell or Camus for our times. Both of these authors were influential on Vargas Llosa. With the death of Ravel in 2006, he points to an intellectual vacuum (at least in France) and to the loss of a great combatant for the faith of liberalism.
Vargas Llosa, the last surviving member of the Latin American literary phenomenon ‘el boom’, is reaching the end of his seven-decade literary career. In 2023 the 87 year-old said that after his latest book - I Give You My Silence - he will conclude with one last essay. His last will not be on liberalism, but instead will be on Jean-Paul Sartre, who was his teacher in his youth. Marxism and Sartrean existentialism were the hallmarks of his political awakening as a teenager in Peru. He, like many others, had been ‘disappointed’ with Sartre, who thought the Gulags established under Stalin were a myth, until Solzhenitsyn revealed them in their full, dark horror. So a return to Sartre, is maybe another twist in the beliefs of Vargas Llosa. Maybe he is a fox, and not a hedgehog.
I gave the book 4 stars.
He wrote this collection of essays in 2018, in his 80s, and it looks back on his now ‘liberal’ political view. When he started out in life he was a Marxist, and a combination of dissatisfaction with Castro’s Cuba, and a ‘re-appraisal of democracy’ helped by his readings of writers including Albert Camus and George Orwell, steered him towards liberalism. ‘The Call of the Tribe’ pays homage to seven philosophers he admires greatly: Adam Smith, Jose Ortega y Gasset, Friedrich August von Hayek, Karl Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin and Jean-Francois Revel.
It was the inclusion of Karl Popper that piqued my interest in the book in the first place, picking up and putting down the fresh English translation several times, before adding it somewhat reluctantly to my purchases in Blackwell’s in Oxford on the day before Christmas Eve. Karl Popper even gave the book the ‘tribe’ motif: he called the ‘spirit of the tribe’ the irrationality that nests in modern mankind, harkening back to more primitive days.
The book was timely for me in many respects. I was heading to Edinburgh, the hometown of Adam Smith, the father of liberalism. Smith (1723-1790) published The Wealth Of Nations in March 1776, when Scotland was in a period of enlightenment, ignited by David Hume. Vargas Llosa’s first essay is about Smith, and I stood under his statue on the Royal Mile, a short walk from Canongate Kirkyard where he lived and was buried in 1790, seeking inspiration for a talk I was due to give the next day to a group of Edinburgh fund managers about the opportunities in emerging markets. The first essay, gives a good background on moral philosophy, and how Smith felt that international capitalism was the enemy of nationalism. In a post-Covid world we are seeing the rise of Nationalism (possibly as a reaction to the pandemic), and attempts to disentangle globalisation - the 70 year-old experiment - that has helped raised global GDP and the wealth of many nations. Smith also saw how the growth of cities entails the growth of the middle class and the growth of civilisation. This was prophetic as in Smith’s day urbanisation levels were still low, less than 5% of people lived in cities, and it would only be 230 years later in 2007 when more than half of the world’s population lived in cities.
The second essay is about Jose Ortega y Gasset (1883-1955) a liberal philosopher who defined a nation as “a suggestive project for a life in common”. He was critical of nationalism, and saw the devastation brought to Spain under Franco. Ortega had a huge influence on Vargas Llosa who enjoyed his writing immensely, praising ‘his dramatic silences, the sibilant lash of an unusual adjective, the labyrinthine sentence that suddenly closes, rounding out an argument with the rhetorical insolence of a matador’. Through the essay on Ortega, Vargas Llosa defines liberalism itself as ‘an attitude toward life and society based on tolerance and respect, a love for culture, a desire to coexist with others and a firm defense of freedom as a supreme value’ - powerful stuff, and a signpost for those trying to determine the label for their own political and economic leanings.
Politically speaking, Vargas Llosa cites three more of his essay subjects: Popper, Hayek and Berlin as the most influential on him. Friedrich von Hayek (1899-1992) and Popper both natives of Vienna, and Berlin from Latvia.
Starting with Hayek, a contemporary and adversary of John Maynard Keynes, the author describes the development of the philosophical ideas that shaped his own views, and the context in which they were defined. Hayek’s challenge is that mercantilism - freedom to produce and trade goods - is worth nothing without strong rule of law and an independent judiciary. Hayek’s enemy was constructivism - organising community centrally, imposing egalitarianism through ideology, culture or religion. In this he opposes Marxists, social Democrats and Christian Democrats. He was imaginative and proposed an alternative system - a ‘demarchy’ - a legislative assembly, elected for fifteen year terms by citizens of a country above 45 years old, to watch over fundamental rights, with a broader elected parliament looking after current affairs. Throughout the collection of essays, we are challenged as to what liberalism is, and the essay on Hayek gives some boundary markers.
As mentioned above, the essay on Sir Karl Popper (1902-1994) was the main reason I bought the book. Helped by his friends, Friedrich von Hayek and Ernest Gombrich, he was one of the lucky Austrian Jews that managed to escape the Nazi’ Anschluss and became a lecturer in New Zealand. Before leaving Austria he published a seminal work - The Logic of Scientific Discovery (1934)- that repudiates induction, and instead holds that a scientific truth must be a hypothesis that can pass the test of falsifiability - if not it is pseudoscience. Vargas Llosa names Popper as the most important thinker of our time, citing The Open Society and its Enemies (1945) as the most ‘stimulating and enriching work of political philosophy of the twentieth century’. Interestingly Vargas Llosa details how Popper argued that democracy will not survive unless there are controls on television (in our time, social media) to reduce the unlimited power it wields in our society. This is surely in contradiction to liberalism, and in support of constructivist theories - which his peer group rally against.
Skipping through Raymond Aron (1905-1983) we end the book of essays on Sir Isaiah Berlin (1909-1997) and Jean-Francois Revel (1924-2006). Berlin expands on the Greek poet Archilochus and identifies two kind of people: the Fox who knows many things and the Hedgehog who knows only one big thing. He uses this as a filter for humankind. Berlin is a fox, alongside Shakespeare, Aristotle, Moliere, Goethe and James Joyce. The hedgehogs include Dante, Plato, Hegel, Dostoyevsk, Nietzsche and Proust. Some like Tolstoy, according to Berlin, can have both fox and hedgehog co-existing. Vargas Llosa closes the collections of essays with Revel, who he says is an Orwell or Camus for our times. Both of these authors were influential on Vargas Llosa. With the death of Ravel in 2006, he points to an intellectual vacuum (at least in France) and to the loss of a great combatant for the faith of liberalism.
Vargas Llosa, the last surviving member of the Latin American literary phenomenon ‘el boom’, is reaching the end of his seven-decade literary career. In 2023 the 87 year-old said that after his latest book - I Give You My Silence - he will conclude with one last essay. His last will not be on liberalism, but instead will be on Jean-Paul Sartre, who was his teacher in his youth. Marxism and Sartrean existentialism were the hallmarks of his political awakening as a teenager in Peru. He, like many others, had been ‘disappointed’ with Sartre, who thought the Gulags established under Stalin were a myth, until Solzhenitsyn revealed them in their full, dark horror. So a return to Sartre, is maybe another twist in the beliefs of Vargas Llosa. Maybe he is a fox, and not a hedgehog.
I gave the book 4 stars.
October 30, 2020
Após um capítulo introdutório no qual narra sua jornada pessoal de militante da esquerda à conversão ao liberalismo e explica de maneira brilhante o título do livro, Vargas Llosa passa em revista a um rol de autores da tradição liberal que ele considera indispensáveis. De pronto, acredito ser importante destacar que não se trata apenas de autores de livros clássicos do liberalismo mas também de divulgadores das ideias e articulistas menos acadêmicos, como por exemplo, Jean-François Revel.
O título, "O Chamado da Tribo", se refere ao apelo sentimental que o coletivismo (presente na esquerda e na direita - nesta por meio do nacionalismo) tem sobre o ser humano. Ao definir que "(...) a tribo - em que o homem ainda era parte inseparável da coletividade, subordinada ao feiticeiro, ou ao cacique todo-poderoso que tomava todas as decisões por ele, e nela se sentia seguro, livre de responsabilidades, submetido, como o animal na manada, no rebanho, ou o ser humano em uma turma ou torcida, adormecido entre os que falavam a mesma língua, adoravam os mesmos deuses ou praticavam os mesmo costumes, e odiando o outro, o diferente, que podia ser resaponsabilizado por todas as calamidades que assolavam a tribo.", Vargas Llosa deixa claro que o liberalismo, com a ideia da responsabilização individual como condição para liberdade, é a antítese do tribal.
Embora seja uma ótima exposição às ideias liberais, acredito que o maior valor da prosa de Vargas Llosa sobre os autores está em os retratar como humanos que são: donos de falhas, contradições, sujeitos a intrigas e banalidades como todos nós (por exemplo, Sir Isaiah Berlin, pelo relato, era talarico). Trata-se de uma respeitosamente íntima e, no entanto, inclemente descrição.
Leitura recomendada.
O título, "O Chamado da Tribo", se refere ao apelo sentimental que o coletivismo (presente na esquerda e na direita - nesta por meio do nacionalismo) tem sobre o ser humano. Ao definir que "(...) a tribo - em que o homem ainda era parte inseparável da coletividade, subordinada ao feiticeiro, ou ao cacique todo-poderoso que tomava todas as decisões por ele, e nela se sentia seguro, livre de responsabilidades, submetido, como o animal na manada, no rebanho, ou o ser humano em uma turma ou torcida, adormecido entre os que falavam a mesma língua, adoravam os mesmos deuses ou praticavam os mesmo costumes, e odiando o outro, o diferente, que podia ser resaponsabilizado por todas as calamidades que assolavam a tribo.", Vargas Llosa deixa claro que o liberalismo, com a ideia da responsabilização individual como condição para liberdade, é a antítese do tribal.
Embora seja uma ótima exposição às ideias liberais, acredito que o maior valor da prosa de Vargas Llosa sobre os autores está em os retratar como humanos que são: donos de falhas, contradições, sujeitos a intrigas e banalidades como todos nós (por exemplo, Sir Isaiah Berlin, pelo relato, era talarico). Trata-se de uma respeitosamente íntima e, no entanto, inclemente descrição.
Leitura recomendada.
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