Filósofas: O legado das mulheres na história do pensamento mundial

by Natasha Hennemann, Fabiana Lessa

A filosofia sempre teve o rosto de um homem velho e reflexivo, com uma barba longa e uma túnica grega. Mas essa figura acaba excluindo a imagem (e, por consequência, o trabalho) de outros filósofos dentro do nosso imaginário. Onde estão as filósofas mulheres?

Diotima de Mantinea, Ban Zhao, Mary Wollstonecraft, Angela Davis, Lélia González são apenas alguns nomes de grandes pensadoras que contribuíram não só para as discussões acerca das questões femininas, como também para a história do pensamento geral. Contudo, poucas são mencionadas nos livros de história. Filósofas: o legado das mulheres na história do pensamento mundial vem para fazer justiça a essas grandes intelectuais, dando a visibilidade que suas ideias e ações merecem. Com uma linguagem clara e didática, a obra nos ajuda a ampliar as reflexões filosóficas e nos prova que a filosofia sempre foi, e continua sendo, coisa de mulher.

288 pages, Paperback

Published September 1, 2022

Reviews

[Lucy · Rating 4 out of 5]

Ótimo livro introdutório, me mostrou muitas filósofas que eu não conhecia, é uma obra muito importante para a sociedade atual

[Creme e Castigo · Rating 5 out of 5]

Quando estava no Ensino Médio, tive poucas aulas de Filosofia. Só fui conhecer Sartre e Nietzsche quando estava na faculdade — e mais como autores do que como filósofos. Imagine então saber quem foi Mary Wollstonecraft, Lélia Gonzalez e Philippa Foot.

A verdade é que as escolas não conseguem comportar, em sua enxuta e reciclada grade curricular, tudo o que é necessário para um aluno construir uma bagagem cultura relevante, que o prepare para construir um senso crítico e entender como a sociedade se tornou o que é hoje. Professores fazem o que podem (pelo menos uma boa parte deles), mas muita coisa fica de fora.

Como dizem Natasha Hennemann e Fabiana Lessa, professoras do Ensino Fundamental e Médio, é comum ouvirem de seus alunos a seguinte pergunta: “Existem filósofas mulheres?”. Essa pergunta já mostra como estamos condicionados a pensar que a filosofia é exercida apenas por homens — afinal, por que precisamos fazer essa distinção semântica entre os filósofos e as filósofas “mulheres”?

As professoras ficavam de mãos atadas diante do calendário restrito e não podem ampliar a discussão… Mas sim, existem muitas filósofas, mulheres incríveis, que, frutos de suas épocas, tanto contribuíram para a história do pensamento mundial.

Por isso, o livro que escreveram em parceria foi uma forma de tentar responder à essa “pergunta altamente filosófica”. A estrutura é simples, altamente didática, que vai agradar tanto aquela pessoa que nunca leu nada sobre filosofia até a mais estudiosa. O livro traz a biografia, as produções textuais e contruibuições intelectuais de grandes pensadoras, desde a Grécia Antiga até os tempos modernos, com pensamentos atuais. E vale muito destacar: não estão restritas à Europa e Estados Unidos, pois a filosofia não tem fronteiras.

Quando li este livro pela primeira vez, foi como estar assistindo àquela aula optativa de um professor muito disputado. Estava sentada na ponta da cadeira, os olhos brilhando e a minha mente se abrindo para todas as direções. Fiquei indignada, maravilhada, entretida e reflexiva. Não tive momentos de tédio ou de devaneio. Eu queria chegar ao final.

E que viagem maravilhosa ela se mostrou.

Este livro foi um dos melhores projetos que pude fazer parte. Sim, eu conheci as autoras e fui editora dele… Mas este livro não é meu: é de toda estudante que quis uma referência, um espelho, um exemplo de grande mulher que lhe dissesse: “Sim, é possível”.

[Cíntia Nagaoka · Rating 4 out of 5]

Não vai mudar a minha vida mas aprendi muito sobre mulheres filósofas que nunca ouvi falar. Um ótimo aprendizado!

[Sandra · Rating 4 out of 5]

Esta obra mostra o outro lado do pensamento, aquele coberto pelas sombras: aquele produzido por mulheres, e não só ocidentais, mas de todas as culturas escritas. Parte-se do princípio de que a filosofia é o amor pelo conhecimento e a possibilidade do espanto, pelo que não pode resumir-se à expressão masculina ocidental.
Precisa somente de um pouco mais de diálogo com a história, mas é uma excelente leitura.