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A solidão do amanhã

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Fernando é um jovem membro do movimento estudantil que, após uma passagem repentina pela prisão, precisa deixar o Brasil imediatamente. A escolha é o Uruguai, e o plano é cruzar a fronteira em Aceguá, no Rio Grande do Sul, até Melo — de onde, sob nova identidade, seguirá para Montevidéu. Porém, é preciso chegar até lá, e a tarefa de conduzi-lo por uma estrada repleta de incertezas cabe ao cauteloso Jorge Augusto, pai do seu melhor amigo de infância. Através dos silêncios e contrastes entre esses dois protagonistas, embarcamos em uma jornada sobre os medos e as expectativas de quem deixa a própria vida para trás na tentativa de não abandonar tudo aquilo que acredita.

128 pages, Paperback

First published November 10, 2022

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About the author

Henrique Schneider

31 books2 followers
Henrique Schneider nasceu em 1963, em Novo Hamburgo/RS – cidade onde hoje vive. Filho da ex-miss e professora universitária Therezinha e do ex-rei Momo e deputado Nestor Fips Schneider, desde cedo esteve próximo da literatura. Ao lado dos jogos de futebol no campinho do colégio e das correrias de polícia e ladrão, os livros e revistas. A loja de brinquedo e a livraria.

É pai dos grandes Pedro e Felipe. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), desde 1993 é sócio da Fagundes, Schneider e Advogados Associados.

Na época da faculdade, publicou seu primeiro livro: Pedro Bruxo (Editora Metrópole). Publicado em 1984, o livro ganhou ainda outras duas edições pela Editora Caetés.

Em 1989, com O Grito dos Mudos, venceu o Prêmio Maurício Rosemblatt de Romance. O livro e o prêmio lhe abriram as portas para a literatura. Foram cinco edições pela Editora L&PM. Agora, publicado pela Bertrand Brasil (2006), está na terceira edição.

Após uma pausa, em 1999, publicou A Segunda Pessoa (Editora Mercado Aberto). Em 2003, passou a escrever a coluna semanal de contos Vida Breve, no jornal ABC Domingo. Ao longo de sua existência, foram mais de 600 pequenos contos publicados.

Em 2007, em parceria com a Universidade Feevale, passou a fazer leituras públicas e gratuitas dos contos do Vida Breve. As leituras já o levaram a diversas cidades gaúchas, além de Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Montevidéu e Buenos Aires.

Também em 2007, pela Bertrand Brasil, publicou Contramão, finalista da 50ª edição do Prêmio Jabuti e vencedor do Prêmio Livro do Ano – categoria Narrativa Longa –, promovido pela Associação Gaúcha de Escritores (Ages). Está em sua segunda edição.

Depois, vieram Avenida de Histórias (Um Cultural, 2009) e os textos de Novo Hamburgo – a cidade se revela (Um Cultural, 2009), obra compartilhada com os fotógrafos hamburguenses Joel e Isa Reichert. Ambos foram publicados através da Lei de Incentivo à Cultura.

No ano de 2009, por voto direto (pela Internet), foi eleito patrono da Feira Regional do Livro de Novo Hamburgo. Em 2012, foi patrono da 16ª Feira do Livro de Lindolfo Collor; em 2016, da 39ª Feira do Livro de Flores da Cunha e, em 2017, da 37ª Feira do Livro de Camaquã.

A reunião de 44 de seus contos compõe o livro A Vida é Breve e Passa ao Lado, publicado em 2011 pela Dublinense. Em 2014, publicou O Tempo Quase pela Lê Editora, e em 2015, Respeitável Público, novamente pela Dublinense. No ano seguinte, participou, ao lado do fotógrafo Edison Vara, do livro Cidades Contemporâneas (Um Cultural, 2016).

Setenta, o mais recente livro de Henrique Schneider, foi o vencedor na categoria Romance do Prêmio Paraná de Literatura 2017. A Biblioteca Pública do Paraná (BPP) é a responsável pela publicação da primeira tiragem, em março de 2018. O escritor projeta novas edições da obra ainda neste ano.

Além dos livros individuais, Henrique participou de diversas antologias. Possui textos publicados na Espanha, México e Argentina.

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123 reviews3 followers
February 5, 2024
A solidão do amanhã

Henrique Schneider escreve o que chamamos de vida ordinária na construção de seu romance, um diálogo com personagens herméticos e histórias de viagem para fugir do país; O distanciamento e desaparecimento de si da forma mais humanística com certa dose de ascetismo; A força literária na fragilidade situacional de contexto de guerra, onde entram o pai e o amigo de Fernando - faz do personagem um visionário e idealista pronto para trazer ao leitor um imaginário político, social e literário. Com uma narrativa bem cuidada, a porta de entrada de Fernando no livro pode ser a mais perigosa ou mais leve, existencial. Entre a prisão, medo imaginário e o real onde desejamos estar mais próximo do real, a literatura de Henrique situa um espaço literário destinado a uma classificação de um romance sobre viagem, guerra, fluxo de consciência e estado patológico de emoções internas cheio de partes inteiras entre estilo, técnica e e recursos. A qualidade do diálogo entre a obra e sua qualidade psicológica de romance faz “A solidão de Amanhã” uma excelente obra para lermos. #literaturabrasileira #literaturacontemporanea
Profile Image for Raquel Rezende.
46 reviews
October 29, 2023
Parte de uma trilogia, A Solidão do Amanhã é sobre gente comum cujas vidas são afetadas pelo regime militar nos anos 1970. É sobre dois homens unidos pelo afeto paternal e sobre como a lealdade e o amor dão coragem.
Profile Image for liv ✶.
278 reviews22 followers
March 7, 2025
"A solidão do amanhã" foi uma leitura rápida, mas que carrega um peso enorme. Dei 3★, e apesar de não ser um livro que me marcou profundamente, foi impossível não sentir a dor que permeia a história.

Acompanhamos Fernando, um jovem militante que, após uma passagem pela prisão, precisa fugir do Brasil durante a ditadura militar. Sua jornada ao Uruguai é conduzida por Jorge Augusto, pai de seu melhor amigo. O silêncio e a tensão entre os dois personagens criam uma atmosfera densa, cheia de sentimentos não ditos, enquanto atravessam um país sufocado pelo medo e pela repressão.

O que mais me chamou atenção foi a forma como Henrique Schneider constrói uma narrativa sobre o ordinário. Em vez de focar diretamente na violência da ditadura, ele nos faz senti-la nas ausências, no medo constante e na necessidade de desaparecer para sobreviver. O livro transmite como a ditadura não apenas assassinou e torturou, mas também destruiu laços, interrompeu futuros e forçou muitas pessoas a se tornarem fantasmas de suas próprias vidas.

A escrita é cuidadosa e introspectiva, misturando viagem, política e fluxo de consciência. Fernando não é apenas um personagem em fuga, mas um jovem idealista tentando se agarrar ao que acredita, mesmo quando tudo ao seu redor desmorona.

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