A gang decides to rob the Gulbenkian Museum, tired of their petty robberies. During the book talks about the life of each element of the gang and how they met. But the assault on the museum did not go as expected ...
Uma quadrilha decide assaltar o Museu Gulbenkian, farta dos seus banais assaltos. Durante o livro fala sobre a vida de cada um dos elementos da quadrilha e como se conheceram. Mas o assalto ao museu não correu como esperavam...
Jornalista e escritor português, nascido em 1936, trabalhou na televisão e em jornais como A Bola, Diário de Lisboa e Diário de Notícias, em especial na área do desporto. Publicou três livros de ficção: Crónica dos Bons Malandros, em 1980, que teve grande sucesso e deu origem a uma longa-metragem de Fernando Lopes; Histórias do Fim da Rua, em 1983; e À Noite Logo se Vê, em 1986.
Nasceu em Moura, Alentejo, em Março de 1936 e iniciou a sua actividade nos jornais, ainda adolescente, no semanário satírico Os Ridículos. Como jornalista profissional, foi redactor de A Bola e de O Jornal, chefe de redacção de O Século e do Diário de Notícias, director-adjunto do Record, director do Mundo Desportivo e Tal & Qual, director-fundador do Sete.
Da imprensa escrita passou para a RTP onde criou, dirigiu e apresentou programas diversos. Nos domínios da ficção, escreveu para rádio, teatro, televisão e publicações várias. Em 1980 lançou o seu primeiro livro Crónica dos Bons Malandros, também adaptado ao cinema, e desde então tem publicado inúmeras obras.
Desde sempre que ouvi os meus pais dizerem que Crónica dos Bons Malandros era um livro divertidíssimo. Só que durante muito tempo não o pude ler, já que a minha mãe tinha emprestado o dela a alguém que nunca o devolveu. Então este ano, quando a minha mãe fez anos, arranjei forma de lhe devolver o livro às estantes: comprei-o. E agora li-o, algo que já queria fazer há muito tempo.
Apesar de ter esperado muitos anos para o ler, as expectativas não eram demasiadas. E ainda bem, porque este livro de Mário Zambujal não é nada de especial. Pelo menos não é a história hilariante que os meus pais sempre me fizeram crer.
Sim, tem alguns momentos engraçados, mas grande parte do livro (que não é grande; nem chega às 150 páginas) conta os diversos backgrounds dos membros do grupo de Renato, o Pacífico. Mais uma vez, existem partes com piada, mas houve descrições que achei confusas, enquanto que outras foram um bocado aborrecidas.
Suponho que, na altura em que foi publicado, este livro tenha causado impacto. Hoje em dia, e depois de já ter lido tantos livros, não é esta Crónica que me vai impressionar.
Três estrelas porque não é um livro nada mau para entreter durante umas horas.
Uma leitura leve e com muito sentido de humor esta primeira de 2021. Um bando de malandros incumbidos de furtar algumas peças da coleção Lalique que está exposta na Gulbenkian, utilizando um método nunca antes pensado. É-nos dado o passado de cada um dos malandros e como foram parar ou bando do Renato. A forma como Mário Zambujal os descreve e conta as suas histórias é bastante cómica e é uma leitura agradável para uma tarde de sol.
Imaginem uma quadrilha composta por pessoas que não são mais que os estilhaços dos seus tumultuosos passados... Este grupo tão diversificado de pessoas e personalidades decide que quer assaltar a Gulbenkian! Nem imaginam o misto de emoções que senti a ler este livro. Admito, com alguma vergonha e embaraço, que só agora me iniciei na escrita de Mário Zambujal, mas já estou completamente rendida. Só posso agradecer ao meu fisioterapeuta por me ter convencido a lê-lo!
Cada capítulo deste pequeno grande livro dá-nos a conhecer primeiro a quadrilha, depois a história de cada um e como é que acabaram a pertencer ao grupo de Renato, o Pacífico. Gargalhadas compulsivas foram inevitáveis, mas também houve outros momentos mais solenes e sérios. Porém, foi das melhores companhias que tive como leitura nos últimos tempos. A escrita de Mário Zambujal é qualquer coisa de Muito Boa. A forma como caracterizou as suas personagens está fenomenal e é impossível não identificar a ironia patente entre os nomes que lhes deu e os seus cognomes.
O enredo está embutido de acção rápida e que não dá descanso ao leitor, deixando-o ávido por mais. O autor vai-nos conduzindo para o cenário final de forma a que quando menos esperamos nos consiga surpreender com as suas reviravoltas. Foi surpreendente a forma como me vi pegada à leitura. Confesso que costumo ler pouco dentro do género deste livro, mas sem dúvida que fiquei fã e vou querer repetir a dose! Tenho de voltar a reforçar que adorei a escrita de Mário Zambujal: descontraída, cómica e sem pudores. Excelente!
“O subchefe da Polícia apontou, detrás da secretária, o cano da esferográfica. - Profissão? As duas mulheres trocaram olhares […] - Putas… O subchefe da Polícia fez uma careta de desagrado, abanou tristemente a cabeça e censurou: - Então isso diz-se assim? A mulher, a mais velha e gorda, não compreendeu que diabo queria o subchefe da Polícia, ficou calada, a pensar, pensou que talvez não tivesse sido respeitosa o suficiente. Emendou: - Putas, senhor subchefe”
“a natureza tem remédio para todos os males e também males para todos os remédios”
Muito diferente do que esperava! Pode ter tido muito impacto na altura em que saiu, mas lendo em 2024 já não pareceu tão arrojado quanto me foi prometido. Ainda assim tem várias tiradas divertidas e a história está contada de uma forma original: um capítulo inicial para perceber ao que vamos, seguidos de vários capítulos em que cada um é dedicado a explorar o passado de cada personagem, terminando com o esperado clímax. Curto, com um final inesperado e divertido qb.
Um líder mais meia dúzia de infortunadas vidas que se irão entrelaçar cumprem o desígnio deste livro. Renato (o pacifico) é o líder desta quadrilha de malandros composta por: Pedro (o justiceiro), um fugitivo por ter um desentendimento com a sua professora, encaixilhou-lhe um quadro na cabeça, os colegas apelidaram-no de justiceiro e assim ficou. Pedro após este incidente foge para a capital onde passado algum tempo está a trabalhar para um “repara tudo” especializando-se assim em fechaduras... Flávio (o doutor), no último ano do seu curso de advocacia e já estando a trabalhar para sustentar a sua família Flávio é preso por desfalque, a mulher, Zinita, não lhe perdoa e divorcia-se levando-lhe a filha, na prisão Lúcio é a sua tormenta e Renato a sua salvação. Arnaldo (o figurante) incapaz de manter um emprego Arnaldo vê no boxe uma fuga para um resto de vida, após um combate perdido ele desiste de ser boxeador, tenta o cinema mas não passa de um mero figurante. Adelaide (a magrinha) casada com carlos que a quando da sua prisão a deixou sem nada, Adelaide vê-se amparada por Lina a puta ou melhor a meretriz. Procura nos amigos de carlos algum conforto ou amizade que só consegue ter com Renato e Marlene. Silvino () gémeo o seu irmão sofreu o seu sadismo, com tanta traquinice é obrigado a frequentar um colégio interno em Lisboa, aqui forma um gang com o objectivo de assaltar automóveis, um assalto correu mal e foge segundo rezam as histórias para os Palma de Maiorca e Estados Unidos da América do Norte, volta passados alguns anos e encontra Renato no bar do Japonês. Marlene e Renato, saltimbancos; Marlene trapezista voadora, encontra Renato num dia triste para este, no dia em que seu pai morre, Marlene ajuda-o. Oito anos passados o reencontro e os dois ficam a trabalhar no circo, até que os pais de Marlene adoecem, está fica com a promessa do director do circo que irá ter um novo companheiro, assim Renato e Marlene decidem fugir, para ganhar a vida passam a assaltar casas, são presos.
Apresentadas as personagens desta quadrilha muito peculiar, muito portuguesa, estes decidem fazer o assalto das suas vidas, o assalto final a pedido de um Italiano, como se processará o assalto algo irá correr mal, porquê?
Numa linguagem acessível e muito divertida, Mário Zambujal, faz uma crítica pitoresca da sociedade dos anos 70, onde a predominaria de afectos é encontrada naqueles que a sociedade mais despreza. Não se pense que nesta aventura fácil é tudo seco, Zambujal com o seu olhar jornalístico explorou muito bem esta divertida aventura, onde preciosidades destas também podem ser encontradas: “e exarou, ao ouvido de Renato, o seu voto de desconfiança” “...gente era briga, medo, sangue, gente podia chamar a morte ou a polícia”
Uma leitura rápida e divertida 🙂 achei a estrutura do livro interessante, ao nos apresentar primeiro as várias personagens e só depois a concretização do plano 😃
Um livro leve, rápido e divertido, que arranca umas boas gargalhadas. Não posso dizer que a história seja para mim altamente surpreendente, já que a vi transposta para o cinema umas duas ou três vezes, mas é uma boa maneira de ocupar umas quantas horas.
Gosto muito dos livros de Mário Zambujal, contudo este livro, um dos mais aclamados do autor não me prendeu. Confesso que foi com um enorme esforço que o terminei. Quero dar uma nova oportunidade, talvez numa altura em que esteja mais virada para este tipo de escrita.
Este foi um livro divertido, que me fez boa companhia nos poucos minutos que conseguia roubar para ler. Ri-me várias vezes, especialmente na parte final. E por falar no final, achei-o muito bom e algo inesperado, ou pelo menos foi uma boa jogada do autor. Mas, no geral, não fiquei encantada com este livro. Não foi uma leitura que me marcasse, nem sequer foi tão satisfatória como esperava. Percebo porque é tão conhecido, mas podia ter algo mais.
Um grupo de 7 assaltantes decide roubar umas jóias do Museu Gulbenkian, mas será que vai correr bem? Depois de conhecermos a finalidade do assalto, vamos conhecendo a vida de cada um dos elementos do grupo. E na parte final, temos então o assalto propriamente dito. Foi a minha estreia com Mário Zambujal e gostei bastante. A escrita é bastante fluída e simples, mas com um tom de humor, com cenas que me deixou, algumas vezes, com vontade de rir.
Vejam também a minha opinião, dos dois livros, em vídeo, AQUI.
Um grupo de 7 assaltantes decide roubar umas jóias do Museu Gulbenkian, mas será que vai correr bem? Depois de conhecermos a finalidade do assalto, vamos conhecendo a vida de cada um dos elementos do grupo. E na parte final, temos então o assalto propriamente dito. Foi a minha estreia com Mário Zambujal e gostei bastante. A escrita é bastante fluída e simples, mas com um tom de humor, com cenas que me deixou, algumas vezes, com vontade de rir.
Sabem o que fiz o verão passado? Resolvi passar a pente fino os livros que pacientemente se encontram a ganhar pó na residência secundária dos meus pais. São livros antigos, muitos deles técnicos, mas alguns de colecções que me transportam à minha juventude. A colecção RTP que decorava a estante do escritório onde passei horas de estudo; os volumes de capa dura do Círculo de Leitores; e uma boa dúzia de clássicos intemporais, daqueles cujos nomes conhecemos de ginjeira mas sobre os quais nunca nos debruçámos...
E é nesta volta que encontro Crónica Dos Bons Malandros, a estreia literária do grande, do enorme jornalista Mário Zambujal. A edição em causa data de 1980, custou 220 escudos (assim está assinalado a lápis na primeira página) e cheira a humidade e a tempos passados. Trouxe-o comigo. E agora, devorei-o...
A escrita de Zambujal é arrojada, apressada, arrastando-nos para um vórtice de acção e divertimento impossível de ignorar. "Da palma da mão à ponta da unha", somos apresentados ao passado, ao presente e a um vislumbre do futuro desta peculiar quadrilha de malandros, decididos que estão em perpetrar um invulgar assalto ao Museu Gulbenkian com o objectivo de roubar um conjunto pré-determinado de peças da colecção Lalique. Renato, Marlene, Flávio, Arnaldo, Pedro, Adelaide e Silvino, eis o grupo que, capítulo a capítulo, vamos conhecendo ao pormenor, nos seus melhores e piores momentos, por entre rasgos de genialidade literária, numa amálgama de sentimentos que oscila entre a incredulidade, a tristeza e a mais sincera gargalhada perante as acções de uma das quadrilhas mais estapafúrdias de sempre!
Crónica Dos Bons Malandros. Ou como a vida dá voltas à volta da própria vida. E, em breve, este livro voltará a ocupar o seu lugar nessa prateleira a 200 quilómetros de distância, à espera de uma nova investida...
Crónica dos Bons Malandros. estreia absoluta de um autor que demonstrou ter os dotes certos, para um história também ela certa. Com uma premissa simples e despretensiosa, Zambujal forja as personagens numa alvenaria humorística e sensitiva que prendem qualquer leitor prezado. Num traço narrativo simples e vivo, a história centra-se numa quadrilha que planeia um assalto ao museu Gulbenkian. Não estamos perante um "Os onze do Oceano" ou algo que se lhe assemelhe, somos antes presenteados com o passado dos intervenientes e sua consecutiva reunião. O desenlace, é sem dúvida, o ponto menos conseguido da crónica. Porém não é sobre o mesmo que recai a nossa atenção e, de certo, não seria esse o objectivo do autor. O verdadeiro prodígio desta curta narrativa é o seu tom. Fazendo uso de uma prosa ritmada com laivos camilianos e trejeitos pessoanos, Zambujal recorre a um estilo colorido de imagens e sequências que não só nos fazem rir, como nos comovem. Simplesmente delicioso.
Aprecio bastante a escrita fluida e pontuada por bom humor de Mário Zambujal — já li algumas obras suas como Já Não se Escrevem Cartas de Amor e Dama de Espadas. Nesta obra em particular, gostei do facto de o autor ter contextualizado as personagens, explicado as suas origens e trajetória até chegarem à quadrilha de Renato, o Pacífico. Foram conferidos grande foco e profundidade às personagens, o que tornou a narrativa deveras aliciante. No entanto, fiquei desiludida na medida em que o assalto à Gulbenkian — o grandioso objetivo do grupo determinado tão precocemente na obra — foi tratado apenas praticamente nas últimas páginas! Nesse sentido, considero que essa aventura deveria ter sido mais bem explorada.
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O meu primeiro do Mário Zambujal Tinha tentado há uns anos um outro dele mas não gostei e abandonei Este achei no começo divertido, mas o desenrolar das histórias dos diferentes personagens, com as misérias humanas faz pensar. Com um discurso rápido que nunca perde o lado irónico. Valeu a pena este livro do Mário Zambujal
O tamanho dos livros não se mede em páginas e esta Crónica dos bons malandros de Mário Zambujal mostra isso mesmo. Um livro divertido, que conta os pormenores de vidas comuns que levam a engenhos que não lembram ao diabo. O meu primeiro livro de Mário Zambujal, que marcará a chegada de todos os outros.
Uma quadrilha bem peculiar resolve fazer um assalto para nunca mais ter de "trabalhar". Neste livro bem divertido, são-nos apresentadas as personagens e a forma como foram incluídas na quadrilha. Adorei as várias expressões utilizadas!Demonstra a simplicidade da escrita! Achei o plano do assalto incrível! Fiquei surpreendida com o final!
Antes de mais, queria acrescentar meia estrela a esta “avaliação”. Foi o livro certo, na altura certa. É difícil largar esta história antes do seu final e é difícil não gostar de todos os malandros que nos são apresentados.
Um livro divertido, que se lê rapidamente e sem dificuldade, mas que não foi particularmente interessante ou captivante. Acaba por ser mais sobre a vida de cada membro do grupo do que propriamente sobre o assalto em si, e dá a sensação que acaba pouco depois de começar