Eduardo e Henrique resolvem explorar uma misteriosa ilha e descobrir se as histórias que ouvem sobre o lugar são reais. Acabam se envolvendo em uma grande aventura em que um velho sábio ensina o respeito e o amor à natureza.
Maria José Dupré, ou Sra. Leandro Dupré como assinava em seus livros (Ribeirão Claro, PR, 1 de maio de 1898 - Guarujá, SP, 15 de maio de 1984) foi uma escritora brasileira.
Nascida na fazenda Bela Vista, na época município de Botucatu, hoje município de Ribeirão Claro no Paraná por estar muito próxima da divisa entre São Paulo e Paraná, Maria José foi alfabetizada pela mãe e seu irmão. Ainda em Botucatu, estudou pintura e música. Mudou-se para a cidade de São Paulo, onde cursou a Escola Normal Caetano de Campos, formando-se professora. Sua vida na literatura começa após casar com o engenheiro Leandro Dupré. Foi contemporânea de nomes como Érico Veríssimo, José Lins do Rego e Viana Moog, numa época em que as mulheres intelectuais apenas começavam a exercer alguma atividade profissional.
Em 1939, publicou o conto Meninas tristes, no suplemento literário de O Estado de S. Paulo, com o pseudônimo de Mary Joseph. Mas sua carreira começou realmente em 1941, com a publicação de O romance de Teresa Bernard.
É autora de vários clássicos da literatura infanto-juvenil, mas foi o romance Éramos Seis, obra premiada pela Academia Brasileira de Letras, que a lançou efetivamente no mercado. Prefaciada por Monteiro Lobato, Éramos Seis mereceu o seguinte comentário do autor mais significativo da história da literatura infanto-juvenil brasileira: "Tudo fica vida, só vida, em seu extraordinário romance". O livro foi traduzido para o espanhol, francês e sueco e transformado em filme na Argentina, e em quatro ocasiões, na forma de telenovela no Brasil. Escreveu para o público adulto também.
Um típico Sessão da tarde, onde duas crianças burras e teimosa se metem em confusão. É um livro datado. Várias expressões e descrições dos personagens revelam a velharia. Da pra entender também a hipocrisia ecológica que o livro tenta pregar. "Proteja os bichinhos da floresta, mas prendam capivaras para poder matar e comer sua carne" ou então " salve um papagaio matando, a golpes de faca, uma cobra". Oi? Que mensagem é essa? O final parece que foi alongado sem necessidade. De repente apareceu o editor e disse "precisamos de mais 20 páginas" e la foi a autora parir mas história. Dá pra passar o tempo, quando não tiver mais absolutamente nada pra fazer.
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conheci esse livro quando estava no ensino fundamental lá em 2012, e ele foi fundamental na minha "formação como leitora" kkkkk. lembro que na época gostei bastante dele mas não me lembrava da história, então quis reler.
o livro é curtinho e fácil de ler e a linguagem usada evidencia a época em que foi escrito, a história é perfeita pra quem gosta de: lego indiana jones, tomb raider, e (talvez) a série lost.
Esse livro é muito importante pra mim, foi ele o responsável pelo meu amor pela leitura, há mais de 30 anos foi o primeiro que li e nunca mais parei( reduzi algumas vezes, mas nunca parei rsrs). Dessa vez li com meus filhos, eles também amaram 🥰🥰.
Tento ler esse livro desde criança, decidi parar de procrastinar e li no início do ano. Me surpreendi com a leitura fácil e o quão longe a imaginação vai com a história dos meninos.
Eduardo e Henrique vão passar as férias na fazenda do padrinho ás margens do rio Paraíba do Sul nos arredores de Taubaté. Durante a estadia, eles localizam uma ilha perdida no meio do rio e escutam dos seus primos muitas histórias esquisitas a respeito dela. Um dia eles encontram uma canoa e secretamente decidem reforma-la e usa-la para atravessar o rio e explorar aquela ilha. Com medo de serem impedidos, eles decidem ir sem contar a ninguém. Chegando lá sem muitas dificuldades, os garotos começam a explorar o lugar, mas não encontram nada de diferente. Quando tentam voltar para casa, eles se perdem e acabam ilhados devido a uma forte inundação que fez o rio ficar mais alto e perigoso. Em busca de sobreviver até chegar ajuda, eles exploram a ilha, mas acabam se perdendo um do outro. * Melhores trechos: "...Então Henrique viu uma espécie de gruta de pedra em cima de um barranco; ao lado do barranco, duas árvores gigantes. Uma outra escada de quatro degraus, feita de cipós e tábuas, conduzia à porta da caverna. Quando Henrique levantou os olhos para a morada do homem, ficou branco de susto: deitada na entrada da gruta, uma oncinha-pintada lambia as patas. Era pequena; mais parecia um gato enorme; tinha olhos amarelados, o pelo brilhante, todo cheio de pintas amarelas, e bigodes de fios compridos e pretos... Entraram na caverna. Era bem grande e forrada de areia clara; sobre a areia havia peles de animais e folhas secas; de um lado estava a cama do homem; era feita de tiras de couro trançadas e presas nos paus da cama. Sobre as tiras estavam estendidas peles de animais servindo de colchão e uma espécie de manta feita de penas coloridas de aves. Nas paredes da gruta viam-se penas, plantas, armas feitas de pedra. Henrique olhava tudo, mudo de admiração. A oncinha deu umas voltas pela gruta, depois deitou-se na entrada como se fora um cão de guarda. O homem disse a Henrique que se deitasse sobre um colchão de penas de aves; não era propriamente um colchão, mais parecia uma colcha multicor. Henrique estava tão cansado que obedeceu imediatamente; deitou-se e sentiu-se melhor. O homem ofereceu-lhe uma bebida numa caneca feita de madeira; Henrique tomou uns goles e sentiu um gosto amargo. Devia ser feita de frutas ou folhas fermentadas; mas sentiu um grande bem-estar e cerrou os olhos... Henrique reparou nos outros animais que estavam na caverna: uma tartaruga, uma coruja com olhos muito abertos e redondos e um morcego que começou a andar de um lado para outro arrastando as asas enormes. A coruja e o morcego estavam se preparando para sair; dormiam durante o dia e, à noite, enquanto os outros animais dormiam, eles saíam para percorrer a ilha... O jaracatiá era uma árvore grande, mas oca por dentro, tinha só casca; dentro continha uma polpa com gosto de coco, e as suas frutas eram comidas pelos macacos e micos do mato; a fruta era chamada 'banana-de-mico'..."
Na fazenda do padrinho, perto de Taubaté, onde Vera e Lúcia gostavam de passar férias, corre o rio Paraíba. Rio imenso, silencioso e de águas barrentas. Ao atravessar a fazenda ele fazia uma grande curva para a direita e desaparecia atrás da mata, mas subindo-se ao morro mais alto da fazenda, tornava-se a avistá-lo a uns dois quilômetros de distância e nesse lugar, bem no meio do rio, via-se uma ilha que na fazenda chamavam de "Ilha Perdida". Solitária e verdejante, parecia mesmo perdida entre as águas volumosas. Quico e Oscar, os dois filhos do padrinho, ficavam horas inteiras sentados no alto do morro e conversando a respeito da ilha.Quem viveria lá? Seria habitada? Teria algum bicho escondido na mata? Isto é um inicio de uma aventura escrito por Maria José Dupré. Henrique e Eduardo resolveram ir à ilha perdida, encontraram uma canoa, uma corda meio velha, eles iriam passar um dia na ilha, mas eles não podiam ir sem ninguém saber nada então eles inventaram uma mentira falando que no dia seguinte iriam visitar o fazendeiro vizinho; era um velho que morava a alguns quilômetros de distância. Então o padrinho e a madrinha falaram com a Eufrosina para preparar um almoço bem reforçado. De madrugada eles acordaram, pegaram o almoço e a canoa com a corda e foram direto para à ilha. Henrique e Eduardo enfrentaram muitos desafios no rio, mas conseguiram chegar até lá. Quando eles chegaram, logo começaram a andar pela mata e se perderam, quando começaram a se cansar, almoçaram o que tinha e voltaram a andar mais, porque queriam encontrar a canoa. Como estava anoitecendo, resolveram andar só mais um pouco, quando chegaram finalmente as margens do Rio Paraíba, mas não encontraram a canoa, estavam tão cansados que resolveram ficar ali mesmo. Quando acordaram, viram que o rio tinha crescido muito, começaram a andar pela margem do rio, ficaram uma hora andando até que avistaram a canoa que estava presa só por um fio, tentaram puxar a canoa para a terra mas não conseguiram, de repente a enchente começou a trazer tanta coisa que trouxe um tronco enorme que passou por cima da canoa. Agora Henrique e Eduardo estavam abandonados e Henrique teve a ideia de fazer uma jangada, começaram a caminhar para encontrar cipós e paus, de repente chegaram em uma prainha e resolveram ficar morando na prainha. Para não perderem tempo, começaram a trabalhar na jangada, quando perceberam que o dia estava declinando. Eduardo propôs ir até o outro lado da ilha sozinho para buscar os ovos e a corda que havia ficado lá.
Li esse livro em 2017, com 10 ou 11 anos de idade e amei. Desde então, volta e meia, tornava a pensar sobre o livro e sobre como eu me senti quando o li. Sentia uma nostalgia por essa história, como se tivesse vivido a aventura junto com Henrique. Não sei como descrever a sensação. Tantas vezes imaginei Simão acenando na margem da Ilha, sentindo uma dor no coração por deixá-lo, e descobri que não existe essa cena no livro. Fiquei esperando por ela, mas, apesar de clara em minhas lembranças, a cena não é como eu imaginava. O livro é ótimo. A história é muito gostosa e a leitura é leve e fluida. Um livro juvenil para maravilhar as crianças. Me faz sentir saudade da simplicidade de ser criança. De NÃO ter senso crítico. Relembrar como é bom só aproveitar um livro, sem pensar nos detalhes técnicos, ou se a autora cometeu “hipocrisia ecológica”. Sabe?? O que é que fizeram com a gente, adultos, que faz tudo precisar ser tão sério e sem graça? A resenha é mais como um diário. Eu adoro esse livro.
Review amargurada por reler um livro de infância, ignorar, rs. Contém spoilers.
Li esse livro quando era criança e foi a primeira vez que eu fiquei com medo lendo, agora só acho que o Simão é um ignorante que resolveu fechar os olhos pros problemas ao redor e ser uma espécie de mestre dos magos da shopee. Ao mesmo tempo que ele protege os animais, eles retribuem com tarefas e ele cria capivaras pra comer 💔. E o Henrique é um cuzão, como assim ele não achou errado o Simão ignorar totalmente a presença do Eduardo na ilha? Deu uma machadinha, mas podia ter dado água, comida, abrigo pra ele também né, o menino passou fome e ainda fez a jangada sozinho, pro outro chegar e nem se explicar direito. Tudo bem porque eles são crianças, agora, Simão, eu escuto a voz da Rita Lee: ela é toda boazinha, ela é toda do bem, ela é tão galera...
Não é a melhor obra de Maria José Dupré, mas talvez seja uma das mais populares.
Em A Ilha Perdida, temos a versão juvenil do clássico "Robinson Crusoé". Não confunda com versão reduzida ou familiar, Dupré criou sua própria aventura e abraçou a "ficção ecológica" dos anos noventa.
Henrique é a criança citadina que é guiada pela biosfera de uma ilha fluvial e sobre o convívio, ou exploração, sustentável. Essa parte é feita pelo personagem Simão, um eremita que poderia ser a versão mais amarga de Crusoé.
Uma das coisas mais interessantes propostas por esse livro é a noção de respeito pelo estilo de vida alheio - algo tão discutido hoje em dia, e que já era lugar-comum na literatura brazuca de tanto tempo atrás.
"Henrique, os homens sofrem e são infelizes porque são maus. A maldade só pode trazer infelicidade."
No final era o Henrique com saudades do Simão e eu quase chorando de nostalgia! Aliás saiu algumas lágrimas! Só que conhece a coleção vaga-lume sabe o tanto de recordações que ela trás. Essa edição nova está linda, é o dobro do tamanho original, agora com as ilustrações coloridas e com uma diagramação gigante! Com a história igualzinha as edições anteriores. Terminei o livro querendo começar de novo!
A Ilha Perdida é um daqueles livros que marcam a infância e sem dúvidas marcou a minha, além de deixar a gente com aquela sensação gostosa de aventura.
A narrativa é envolvente e cheia de surpresas. A autora consegue descrever a natureza de um jeito tão vivo que dá para sentir como se estivéssemos lá com os meninos, enfrentando desafios e descobrindo segredos. Além da aventura, o livro traz lições importantes sobre responsabilidade, respeito pela natureza e crescimento pessoal.
É uma leitura rápida, mas muito rica, perfeita para quem gosta de histórias de exploração e aprendizado.
Sinceramente, esse livro me fez viajar enquanto lia. Todas as vezes que abria o livro para ler uma parte, era como se eu houvesse desligado o presente para ir a alguma outra dimensão. Esse livro me foi recomendado pela minha que o havia lido quando guria. É só de pensar que nós podemos viajar juntos, ela quando pequena e eu quando adolescente, me faz ficar maravilhado. Esse livro é a prova de que no Brasil há muitos escritores talentosíssimos!
Interessante. O que estragou um pouco a minha experiência foi a mudança de foco de personagem e a falta de mínima resposta sobre o bem-estar de um deles. O menino sofreu muito, por sorte não faleceu, mas isso não ganha destaque nenhum; nem mesmo quando eles se reencontram. O livro muda a direção e protagonismo de forma que não parece uma progressão natural. Mas é um bom livro. A construção de mundo te deixa encantado.
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Esse livro tem uma narrativa bem nostálgica de uma infância passada na casa dos parentes do interior que faz com que a história soe de maneira simples, sem ser simplória e muitas vezes familiar. As aventuras de Henrique e Simão na ilha levantaram em minhas filhas (de 9 e 6 anos) curiosidades acerca da vida sem tecnologia e dos animais que vivem no interior de São Paulo. Recomendo muitíssimo a leitura desse livro para uma LVA em família com crianças acima dos 5 anos de idade.
um livrinho super leve e fácil de ler, é necessário ressaltar que é um livro antigo escrito na visão de "superiores" mais acho uma leitura PERFEITA e obrigatória a crianças de todas as idades amei o livro e trouxe algumas discussões MUITO importantes é um livro de se aquecer o coração foi maravilhoso acompanhar a aventura desses dois irmãos, com certeza favoritado!
Meu primeiro contato com esse livro foi na escola, quando eu tinha 8 anos. Lembro que no final da aula a professora lia um capítulo por dia pra turma. Me lembro de ficar ansiosa para saber o que ia acontecer na história ao final de cada capítulo. Ler esse livro depois de tantos anos me trouxe uma nostalgia tão boa, além de me fazer revisitar memórias alegres da minha infância 💙
Aventura clássica de exploração do desconhecido, mas pelo menos as crianças agem sozinhas. Curiosamente datado, mas me pareceu muito mais antigo do que realmente é. A construção da ilha é bastante falha na questão proporção/tamanho, para uma ilha no meio de um rio.
Esse livro eu li quando estava no ensino fundamental mais de 20 anos. E é incrível como ele ainda traz boas memórias. É aquele livro que você lê e consegue imaginar tudo entrando de cabeça na história! Recomendo
Eu e minha filha adoramos. Foi uma aventura, com alegrias e tristezas, que nos levaram para dentro da ilha junto com Henrique. Descobertas bem descritas pela autora nos fizeram imaginar um cenário de incríveis emoções. Valeu mais essa descoberta.
Que delícia, amo esse livro. Lembro de ter lido na escola e bateu uma vontade grande de ler novamente. Nostalgia pura. Gostaria de destacar uma frase do livro : " Quanto mais culto um povo, melhor ele sabe tratar os inferiores e os animais. Isso demonstra grande cultura ... "
O primeiro livro completo que me recordo de ter lido. Devia ter uns nove ou dez anos. Fiquei hipnotizado pela estória, muito lúdica e cheia de aventuras que qualquer garoto dessa idade gostaria de viver. Ótimo livro para criar gosto pela leitura. Um clássico da coleção vaga-lume.
Divertido. Senti falta de mais personalidade aos personagens secundários, mas entendo que as aventuras são mais importantes nessa história. É o paradidático dos meus alunos do 6° ano, espero que gostem.
Uma boa aventura na ilha! Bom livro para passar o tempo. Me incomoda a insistência ("forçação de barra") de sempre passar uma mensagem educativa na maioria dos livros da Série Vagalume, mas é de se esperar, visto que se trata de um livro infanto-juvenil.