Primeiro é a barafunda da mudança, as coisas não se encontram, os trapos velhos que não há, os cheiros que são diferentes.Mariana e Rosa mudaram de casa e agora têm de se adaptar não apenas à casa nova mas também a vizinhos novos, à escola nova, a colegas novos, a lojas novas e a novos hábitos.E nesse primeiro ano na casa nova, muita coisa acontece. Até o corpo de Mariana fica «a minha filha amadureceu», diz-lhe a mãe num dia muito especial.Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. Desde 1979 tem vindo a publicar regularmente livros tendo, editados na Caminho, mais de cinco dezenas de títulos. Recebeu em 1979, o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com Rosa, Minha Irmã Rosa; em 1994, o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Foi indicada, por duas vezes, como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen (o mais importante prémio internacional no campo da literatura para crianças e jovens). Alice Vieira é uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projeção nacional e internacional. Foi igualmente apresentada por duas vezes, como candidata ao ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award).
Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. É licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou a sua colaboração no suplemento «Juvenil» do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jornalismo profissional. Desde 1979 tem vindo a publicar regularmente livros tendo, editados na Caminho, mais de cinco dezenas de títulos. Recebeu em 1979, o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com "Rosa, Minha Irmã Rosa", em 1983, com "Este Rei que Eu Escolhi", o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Foi indicada, por duas vezes, como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen. Trata-se do mais importante prémio internacional no campo da literatura para crianças e jovens, atribuído a um autor vivo pelo conjunto da sua obra. Alice Vieira é uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projecção nacional e internacional. Foi igualmente apresentada por duas vezes, como candidata ao ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award).
“Com que histórias poderá ela povoar os seus sonhos? Às vezes penso que é isso mesmo e só para isso que as fadas devem existir: para encherem os sonhos das crianças. Das crianças como a Rosa, que ainda não viveram o tempo suficiente para saberem que as fadas estão mesmo à beirinha de suas camas, logo pela manhã, com uma chávena de leite entre as mãos, que às vezes cheiram a sabão e lixívia.” - Mariana
Eu tinha de ler a continuação de Rosa, minha irmã Rosa, mesmo com alguns anos de atraso. Continuo com a sensação de que devia ter lido isto há mais tempo, mas assim leio com uma certa nostalgia que não teria se tivesse lido no tempo certo e posso apreciar melhor as ilustrações do Henrique Cayatte, que é para mim uma referência incontornável do design gráfico. Para além da idade, tenho em comum com a Rosa ter mudado de casa quando tinha dois anos. Não me lembro da mudança, tenho vagas memórias da casa antiga, já passei por lá várias vezes e reparei que mudaram a porta há uns anos. Também quando mudei de casa, a rua não tinha nome, mas não me lembro de alguma vez nos terem consultado, só me lembro de um dia chegar a casa e ter a tabuleta com o nome da rua pregada na casa. Nunca tinha lido nada tão arrebatador sobre uma rua, espero que no próximo livro seja revelado o nome escolhido. A avó Elisa lembra-me a minha avó materna, a quem eu pedia para me contar histórias quando tinha de comer sopa castanha, e ela contava sempre a mesma, mas eu não me importava. Achei piada quando ela fala sobre as crendices sobre a menstruação, porque eu detestava quando a minha mãe dizia que eu não podia comer gelados. Felizmente, nunca me disse que não podia tomar banho ou lavar a cabeça, nem que nasciam cravos atrás da orelha. É provável que lhe desobedecesse como fiz com os gelados. Continuo a achar que a Mariana tem uma escrita demasiado desenvolvida para a idade, mas sabe bem ignorar isso e simplesmente lê-la. Venha o próximo, sempre quero saber o que faz o chocolate à chuva!
Lovers of "Rosa, Minha Irmã Rosa" will be pleased to revisit the narrator's family. This book is a classic for any teenage girl struggling with her very existential years.
Recebi este livro quando fiz treze anos. Escrevi diligentemente, na guarda branca, a data e o meu nome e arrumei-o na estante para ler um dia. Era verão, o ano letivo tinha acabado e ia passar o mês de agosto no Alentejo. Procurei, na estante, livros para levar e, lembrando-me daquele presente de aniversário, peguei nele e guardei-o na mala, com intenção de o ler durante as férias. Mas a canícula infernal alentejana não inspirava leituras, pelo que deixei-o para a segunda parte das férias, no Algarve, onde estaria com certeza mais fresquinho. Mas a promessa de muitas horas de diversão na praia com as primas atirou mais uma vez as leituras para segundo plano. Quando cheguei a casa, à entrada do outono, com as primeiras chuvas a obrigarem a ficar entre paredes, li-o finalmente, num fim-de-semana. Voltou para a prateleira quase incólume, sem que eu tivesse pensado muito na dimensão daquela história, talvez porque na verdade eu fosse a Rosinha e não a Mariana. Era a irmã mais nova e nunca tinha tido de mudar de casa.
Anos mais tarde, já adulta, li-o de novo. Foi então que descobri que aquele era o segundo volume de uma trilogia que começava com Rosa, minha irmã Rosa e terminava com Chocolate à Chuva. Posso dizer que só aos vinte e poucos anos de idade pude apreciar verdadeiramente a escrita de Alice Vieira, de uma fluidez e simplicidade, que facilmente nos transporta e nos faz ver o mundo através do olhar de Mariana, que se encontra perante grandes mudanças na sua vida – primeiro o nascimento da irmã, depois a mudança para a nova casa e a entrada na adolescência, com as suas inevitáveis transformações físicas.
Re-reading childhood books and realizing that they are even better than what I had in my mind is definitely very positive. I'm delighting myself with these books now as an adult and truly appreciating how well written they are, how well characterized each person is on Alice Vieira's books - with just a few strokes (or words) we get a clear picture and all are such distinct characters from book to book.
This is the follow up of "Rosa, minha irmã Rosa", where Mariana now faces the changes that come with moving house and changing school. She's as witty and observant as ever!
Este livro foi o primeiro que li da Alice Vieira e foi devido a este livro que comecei a gostar de ler. Este livro e o seu antecedente Rosa, minha irmã Rosa marcaram a minha infância e para sempre o meu gosto pelos livros. Logo continua no topo dos meus livros favoritos e sempre guardado com muito carinho.
Confesso que não percebi este livro da primeira vez que o li, talvez fosse muito nova... quando finalmente compreendi o conceito das histórias paralelas, passei a ler apenas a narrativa descritiva.
I love this triology, I already read Rosa, Minha Irmã Rosa e Chocolate à Chuva ( I dont remember the last one tho, prob Im going to read it again) Its wonderfull how this book brings so much relative things, its incredible for a children book How we care about people just in special days like Christmas and New Year, which force us to call people just to tell them we like them. This is something we should do regularly, especially because on those days everyone pretends to like each other. And this book explains exactly that. And the fact that Aunt Magda died alone and no one went to visit her because she had been a bad person her whole life. That hurt to read, it's true that she was a horrible person but I think that everyone deserves love and that dying alone is a horrible thing and that not even the worst person in the world should have to go through that This was something that made me think QUOTES!!! - "acho que envelhecemos um pouco por cada pessoa que vai desaparecendo" - "o ano carrega-se ao longo de 365 dias e é nesses dias quqe tudo vai acontecendo. mas tudo isto so parece pesar efetivamente, nos ultimos momentos do ultimo dia do mes de Dezembro. É entao que tudo toma de uma cor diferente, um outro significado. É entao que tudo se recoda- na maior parte das vezes com cores muito mais agradaveis do que na altura tivessem, só porque, enfim, tristezas não pagam dívidas. Fazem-se projetos porque começa um novo ano." - " A avó Eliza desfez se em sorrisos para a vizinha de cima..., esquecida de momentos de batatas atiradas aos seus bolos. Quando lhe recordei encolheu os ombros e ate consegiu dizer "ate nao era má pessoa"- tudo porque começa um novo ano" - “Vão dar-te nome, vestir-te com o calor e o frio das estações, erguer-te das pedras, das estacas de madeira, das latas ferrugentas, das embalagens vazias de leite e detergente, dos pneus perdidos, com rosto de pessoa que respira. Despida de letras e de números ganharás o sangue do nome que tomares, de herói, árvore, estrela, oceano ou concha. E as janelas vão abrir-se todas as manhãs sobre o teu corpo, e dentro delas as pessoas estarão a olhar-te com a mansa inquietação de quem vê crescer um filho.”
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gostei muito deste livro! esta foi a segunda fez que o li, e acho que o apreciei ainda mais, se possivel! haha a alice vieira é uma das minhas autoras favoritas, e acredito que "lote 12, 2º frente" explica o por que. li o livro em praticamente 1 dia, porque nao conseguia parar. a escrita é demasiado perfeita! adoro o facto de que os pensamentos da mariana são mesmo fluidos e interessantes. a alice vieira consegue conectar vários temas de forma satifatória, e, por isso, nunca percebo o tempo a passar enquanto estou a ler haha. concluindo, gostei imenso do livro e acho que este é o meu favorito da trilogia!
Este livro conta a história de Mariana, uma menina que lida com as constantes mudanças da vida, desde mudar de casa com a sua família a ingressar numa nova escola, fazer novas amizades e conciliar tudo isto com o seu próprio crescimento.
Mais um livro que li à minha filha na hora de adormecer. Ela adorou a história. O livro vem no seguimento do primeiro livro da Alice Vieira "Rosa, minha irmã Rosa" e nesta obra, a Mariana já tem 12 anos. Ela, a irmã e os pais mudam de casa e todo o mundo sofre uma mudança com isso. Ela muda de escola, conhece novas amigas, há mudança física na entrada da Puberdade e um familiar que desaparece. Um belo livro para pré-adolscentes e para adultos recordarem a infância. A escritora escreve com delicadeza e com muito à vontade na linguagem dos miúdos. Nota-se os anos que a obra tem nalguns ditos de rua e no estilo de vida retratado. Anos 70-80. Vale a pena ler.