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La Liberté au pied des oliviers

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Dans le sud de l'Italie, deux fillettes grandissent à la merci des sursauts de l'histoire et des injustices liées à leur condition. Découvrez l'incroyable roman de Rosa Ventrella. Dans les Pouilles des années 1940 grandissent deux sœurs aussi dissemblables que l'ombre et la lumière. Aussi délicate, réservée, qu'Angelina est impertinente, ambitieuse, Teresa se rappelle leur enfance au pied des oliviers. Le départ du père à la guerre, les réquisitions du Duce... Mais aussi la misère et la beauté de Caterina, leur mère, qui bientôt s'attire les racontars, la honte – cette malalegna qui sera la malédiction de la famille. Dans une Italie encore féodale, terre de seigneurs, terre à sorcières, les deux sœurs paieront au prix fort, chacune à sa façon, leur quête de liberté...
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315 pages, Pocket Book

First published January 1, 2019

19 people are currently reading
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About the author

Rosa Ventrella

27 books48 followers
Rosa Ventrella was born in Bari and lives in Cremona. She graduated in modern history and received a master’s in school management. She has given several lectures on the condition of women in history and in her novels counts passionately about the feelings and worries of women. She also teaches creative writing. Her novel Il giardino degli oleandri, (Newton Compton, 2013) has sold over 50,000 copies, for months in the charts of the best-selling novels, and is currently being translated in Germany, Poland, Greece, Serbia and Lithuania. Fiori di magnolia, (Amazon Publishing, 2017), for months in the top 100 best selling ebook of contemporary fiction. Storia di una famiglia perbene (Newton Compton) was the literary case of the London BookFair 2018, is currently being translated in 20 countries, the film rights were sold to 11MarzoFilm Production, Emons will soon realizes the audiobook. Her new novel is The slander (Mondadori 2019), sold in 9 countries.Film rights sold to Idea Cinema.

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Displaying 1 - 30 of 72 reviews
Profile Image for Cláudia Azevedo.
395 reviews218 followers
February 24, 2024
"Triste e, contudo, tão belo. Gostei muito desta minha estreia na obra de Rosa Ventrella, que me fez lembrar Ferrante e Morante.
A história das duas irmãs Angeli e Tere é tocante. Não tenho como não as comparar comigo e com a minha irmã. Também eu gostaria de contar a sua vida. Só não haveria uma Segunda Grande Guerra nem revoltas por causa de terras. Mas também haveria maledicência. E perda. E dor.
"Jamais conseguiremos habituar-nos à ideia de perder uma pessoa, nunca conseguiremos estar devidamente preparados para receber esse golpe, tal como quando fechamos os olhos e aguardamos que a agulha da seringa nos perfure a pele. Apenas podemos deixar que a dor nos atravesse e esperar que a sua passagem não dilacere nada."
Profile Image for Ana Carvalheira.
253 reviews69 followers
August 28, 2021
Nem quis acreditar quando, logo no início, percebi que esta narrativa se aproximava, e de que maneira, à minha experiência, àquilo que a vida me tinha destinado, às minhas dores e perdas, às minhas mais profundas ausências, pese embora os tempos alternativos – o enredo começa em 1941 - e a unidade de uma ação que se ajustava às minhas próprias mágoas, aos meus mais profundos sentimentos.

“Por vezes, dou comigo a sonhar com ela de noite, a ouvi-la (…). Depois de repente, a voz da minha irmã desaparece e precipito-me no vazio da noite. Agarro na fotografia da mesinha de cabeceira que n os retrata a todos, a mim, a Angelina, à mãe e ao pai. Sorrio perante o olhar torvo dele e a beleza da minha mãe”.

Meu Deu!!! Pensei que Rosa Ventrella, que não faz a menor ideia de quem eu seja, alguém que não perspetiva a minha vida neste mundo, mas, de repente, achei que Rosa me conhecia e escrevia para mim, ou ainda melhor, por mim, já que nunca serei capaz de expressar, por escrito, tudo aquilo que a vida, ou o destino, ou Deus ou o Universo, puseram-me à prova. “Agora sei porque razão restei eu: para contar a história de todos nós. Devagarinho – como dizia a avó Assunta – começando do princípio”. Quem me dera ter o dom da escrita para contar o que aconteceu, porque restei eu …

E dado este introito, foi uma narrativa que, como era natural, me agarrou desde o início. Revia a minha existência, como irmã mais velha de um ser maravilhoso que partiu antes de mim. Como Teresa (eu) e Angelina (a minha irmã), tão diferentes, com perspetivas de vida diferentes, com motivos assimétricos de futuro, com estados de alma assíncronos … nada nos aproximava, mas também nada nos afastava.

E foi isso que encontrei nesta narrativa … uma junção espiritual entre a minha irmã e a minha mãe e as personagens: “A minha mãe e a minha irmã, a beleza. E eu? Ainda tinha de o descobrir. Durante parte da minha infância, fiquei apenas a observar”. A observar e a tentar compreender a razão pela qual a minha mãe e a minha irmã usufruíam de tanta cumplicidade. Agora percebo que foi a beleza endógena e exógena de ambas que eu, ser racional, introspetivo e dramático, jamais poderia, mesmo que quisesse, acompanhar.

Como já disse anteriormente, pese embora a ação temporal da narrativa, vi-me numa retrospetiva que, de tão certa, me fez arrepiar: “Quando adormecíamos na mesma cama, mas dispostas ao contrário (…)”.

“A Maledicência” trata a vida dos camponeses oprimidos pelos senhores da terra no sul da Itália, numa espécie de feudalismo anacrónico, mas presente. “A Maledicência” fala de vidas escondidas, mas expostas ao cruel escrutínio de mulheres e homens pequenos, vivendo numa povoação pequena em que tudo constituía motivo de pequenas conversas, de almas falsas por vezes maledicentes nas relações de proximidade.

Mas o que mais me impressionou nesta narrativa foi a proximidade do enredo com a minha própria experiência. Angelina (aqui personificada na minha irmã mais nova) “era atraída pela beleza. Já à época a procurava. Era a beleza que a fazia esquecer o daguerreótipo a preto e branco que retratava a nossa vida, era essa que lhe dava cor”.
Eu era a mais velha … era eu que a devia proteger, era eu que deveria ter partido em primeiro lugar.
Como todas as irmãs, por vezes nutríamos sentimentos de amor e de ódio… “Porque era ela, porque era eu”.

“E da cara dele, recordas-te bem dela? Mesmo bem?” Perguntou Angelina a Tere. Gostaria de ter tido tempo para perguntar o mesmo à minha irmã. Recordas-te do nosso pai? Qual a maior recordação que lhe guardas? Agora, já não é possível …
Não sei se tive a mesma cumplicidade com a minha irmã como Teresa e Angelina. Gosto de pensar que sim.

Adorei este livro muito por força das proximidades que encontrei entre mim e a minha irmã, que morreu antes de mim, assim como Angelina. “Uma rapariga desafortunada, esmagada entre a beleza e exuberante da sua irmã e a força da sua mãe”. É assim que me senti e sinto …

Haveria muito mais a dizer … muito mais que me levaria a aproximar-me da minha família, da minha vida, da minha sorte. Creio nunca ter lido um livro que me tocasse tanto em relação àquilo que a autora quis transmitir.

Eu também, sempre senti a necessidade de “dar um contorno às coisas, de conhecer o seu exato desenvolvimento”.

E desse aforismo, cria-se a impotência … e, por vezes, a maledicência ...
Profile Image for Emiliya Bozhilova.
1,916 reviews382 followers
February 20, 2025


Всяка идилия крие своя малка преизподня.

В китната, обляна от слънце Пулия на 40-те и 50-те години част от преизподнята са войната, мизерията, страховитата власт на аристократите-мафиоти, които с лека ръка третират арендаторите си като добитък. Преизподня са и невежеството, безизходицата и закрепостеността в малка общност без врата към големия свят.

Драмата на две невръстни сестри и техните родители е нишката, която очертава този - за щастие - променящ се вече свят на забрадки, невежество и оскотяваща бедност. Вентрела пише изчистено, а и книгата е кратка, което е от полза за сюжета. Имаше си своите прибързани, писателско рахитични, свръхмелодраматични моменти, но героите и съдбите им неусетно се сближиха с мен. Радвам се, че е преведена.

3,5⭐️
Profile Image for Rita.
906 reviews185 followers
February 18, 2024
Copertino, Lecce, Puglia, Italia – no mapa fica mais ou menos na parte final do salto da bota.




Maledicência, calúnia, detração, difamação, má-língua, murmúrio.

Agora sei por que razão restei eu: para contar a história de todos nós. Devagarinho – como dizia a avó Assunta –, começando do princípio.
– E por onde é que vais começar? – pergunta-me o meu pai.
(…)
– Pela maledicência – respondo-lhe. É por aí que tenho de começar. Quando ela se insinuou nas nossas vidas



Teresa, a filha mais velha de Caterina e Nardino Sozzu, é a narradora desta história, apesar de ser tranquila, reservada e silenciosa por natureza.

O avô Armando tinha o dom de narrar. O meu pai o do silêncio. A avó Assunta o da sabedoria camponesa. A minha mãe e a minha irmã, a beleza. E eu?
(…)
Durante grande parte da minha infância fiquei apenas a observar.


Angelina, a irmã mais nova, é o oposto. É uma rapariga rebelde, impulsiva, cheia de sonhos, ambições, vitalidade, curiosidade e arrogância.

Duas irmãs tão diferentes e ainda assim tão próximas, ligadas por um profundo sentimento.

Teresa narra a saga da família Sozzu e mostra-nos uma Apúlia pouco conhecida, desde a II Guerra Mundial até às revoltas camponesas dos anos 50 contra os latifundiários para obter terras para cultivar. É durante este período que se desenrolam as vidas destas mulheres que enfrentam as calúnias e a maledicência que atingem as suas vidas. É uma memória pessoal mas também colectiva, é uma história nostálgica e amarga mas também de resiliência e força. É uma história de amor e ódio por uma terra bonita, mas pobre e vítima do poder dos ricos, um pouco como todo o sul da Itália.
Profile Image for Tonkica.
750 reviews147 followers
August 19, 2021
Zle jezike (glavnu temu romana) sam sa zebnjom čekala na svakoj stranici pošto se i od sitnice maštovite trač-babe uspiju raspričati dovoljno za jedan roman, no ovdje su to samo bila nekakva nezamijećena šaputanja. Razloge za sočne tračeve temeljene na istini, što još i više dobiva na težini imale su u ovoj obitelji na više razina, kod svake individue. „Potraćeni“ su ovdje životi kada ih glavna tema zlih jezika nije uspjela raskošno iskoristiti.

Cijeli osvrt pronađite ovdje: https://knjige-u-svom-filmu.webador.c...
Profile Image for Sara Jesus.
1,675 reviews123 followers
January 6, 2023
Pelo cenário de extrema pobreza e violência assemelha-se um pouco "A amiga genial" de Elena Ferrante, mas não devemos cingir uma obra á sua semelhança a outra grande obra. Pois "A maledicência" é muito mais do que um retrato da pobreza dos bairros italianos, é também a luta dos camponeses pelas suas terras e é a história de duas irmãs separadas mas eternamente ligadas.
Revia-me um pouco em Teresa pela sua personalidade calada e sua falta de confiança, desejava proteger a sua irmã mais nova Angelina que apenas deseja o belo e fugir da sua realidade. Na família destas irmãs a beleza é uma condenação, condenou a mãe obrigando-a a vender seu corpo para sobreviver e condena a sua irmã quando se apaixona pelo filho do barão.

"A maledicência" é uma narrativa tão honesta sobre o amor entre duas irmãs, sobre culpa e o vazio que fica quando os nossos entes queridos partem sem podermos despedir. Mexeu comigo mais do que esperaria...
Profile Image for Maria Yankulova.
996 reviews518 followers
September 8, 2023
Една книга, за която нищо не знаех и си купих, заради любовта ми към Италианските автори и най-вече заради сравнението със Елена Феранте.

Дали има или няма допирни точки между двете аторки, няма да се впускам в детайли. Харесва ми как пише Роза Вентрела, но за мен лично няма място за сравнение със Феранте.

Историята на едно семейство селяни от малко, бедно селце в Южна Италия. Годините са 1940-1960. Оцеляването е било много трудно. Силно ме докосна историята за двете сестри Тереза и Анджелика, както и темите, които поставя, но определено не е книга, която ще остане дълго в съзнанието ми.

Ако обичате да четете автори от различни държави и искате да се потопите в една по-различна Италия си струва да дадете шанс на романа.
Profile Image for The book of Lora.
202 reviews80 followers
November 3, 2021
Новата Елена Феранте на италианската литература. Определено като националност авторката си има свой стил и се отличава. Запознаваме се с две сестри Анджелика и Тереза още като малки момичета, докато станат жени и проследяваме техния живот и на семейството им през 50г на миналия век в Италия. Историята ми хареса,но имайте едно на ум,че е драматична семейна сага. Има болка, тъга , нищета, мизерия,но и любов, и най-вече между тези две сестри. Повече споделям във видеото ми : https://www.youtube.com/watch?v=vklP0... .
Profile Image for Ana Castro.
337 reviews149 followers
August 11, 2021
O nome desta escritora italiana apareceu-me aqui no GR.
A critica compara a escrita de Rosa Ventrella à de Elena Ferrante.
Talvez esta apreciação me tenha despertado o interesse.
Duas irmãs (Teresa e Angelina) em Cupertino na região da Apulia em Itália.
Crianças durante a II Guerra e adolescentes em ambientes sórdidos e de grande pobreza
A descrição da zona em que vivem é semelhante à do bairro de Nápoles em que viviam as heroínas de Ferrante .
Teresa a narradora consegue fugir daquele meio tal como Lenu da “Amiga genial” mas o bairro e o pesadelo segue-as por toda a parte.
No final a autora diz-nos que a história se baseia no que a sua avó lhe contou sobre os seus tempos de infância e juventude.
Achei o texto arrastado, repetitivo e previsível.
Não me entusiasmou .
Profile Image for Chiara Albertini.
110 reviews36 followers
March 1, 2021
E nulla: c’è sempre, prima o poi, in un libro che sfogli, quella frase che ti appartiene, che ti cerca, e che ti trova; ci sono sempre quelle parole che ti raggiungono all’istante, perché in quel momento destinate a te.. un’intensa, viscerale, cruda e poetica lettura!❤️
Profile Image for Tihana Knjigožderonja.
349 reviews87 followers
September 4, 2023
https://knjigozderonja.wixsite.com/kn...

Zli jezici zadržali su taj prepoznatljivi, ali autentičan stil, no sama me radnja ovaj put razočarala. Opis na poleđini knjige dao je naslutiti jako zanimljivu radnju koja je meni već nakon pedesetak stranica postala predvidljiva – već sam u glavi imala kraj. Sestre Angelina i Teresa predstavljale su mi klasičan stereotip; jedna neopisivo lijepa, jedna oku ugodna, no u usporedbi s drugom skoro pa ružna i nedostojna pogleda. „Moje se tijelo naučilo prilagoditi i poslužiti vlastitim putevima spasenja. Svaka od nas spašavala se na svoj način, svjesno ili nesvjesno.“ Majčina ljepota bila je uistinu zamamna, no u radnji također predvidljiva. Da sam prvo čitala Zle jezike, mislim da ne bih posegnula za Pričom o jednoj obitelji nakon ovakvog dojma. No, iako me Zli jezici nisu osvojili, pamtit ću prekrasan osjećaj iz Priče o jednoj obitelji i s tim ću osjećajem čekati iduću knjigu Rose Ventrelle.

Koliko puta se uhvatimo u korištenju vlastitog „zlog jezika“?

Grickajmo knjige zajedno!
Profile Image for Virginia.
948 reviews39 followers
September 1, 2019
Nonno Armando aveva il dono della narrazione. Mio padre quello del silenzio. Nonna Assunta la saggezza contadina. Mia madre e mia sorella la bellezza. Io? Il mio dono lo dovevo ancora scoprire. Per gran parte della mia infanzia sono stata solo a guardare.
238 reviews45 followers
May 14, 2021
Zanimljiva prica prvenstveno o zenama i njihovoj snazi, o obiteljskim odnosima, o juznoj Italiji za vrijeme 2.svjetskog rata. O zlim jezicima, ogovaranjima i pricama. I strahu da ce nas dostici. A taj nas strah i sram mogu unistiti.
Profile Image for Rita (the_bookthiefgirl).
357 reviews85 followers
May 4, 2023
✨“Conseguimos recuperar de qualquer situação, se a vida a isso nos obrigar. A pele regenera e repara o mal infligido, a dor apaga-se da memória. A recordação permanece, mas apenas como uma advertência.”✨

Já compararam a escrita de Ventrella a Ferrante. Suplantaríamos o bairro de Nápoles da “Amiga Genial” para o retrato da vida dos camponeses oprimidos pelos senhores da terra no sul da Itália, numa espécie de feudalismo anacrónico. Ação temporal que decorre desde o início da Segunda Guerra Mundial, aos anos do fascismo italiano, até à luta dos camponeses pelo seu pedaço de terra.

Esta é a história de duas irmãs, separadas pela presença física, mas eternamente ligadas pela memória, pelo seu passado. Teresa, a irmã introvertida, que narra a história, mantem-se nesta sombra que é ofuscada pela beleza da sua irmã mais nova, Angelina, que herda esta bênção ou, diríamos, maldição, da mãe delas. “A Maledicência” fala de vidas escondidas, expostas ao cruel escrutínio de mulheres e homens pequenos, que vivem num espaço pequeno como o do seu bairro, da sua terra. Uma povoação em que tudo constituía motivo de pequenas conversas, de almas falsas por vezes maledicentes nas relações de proximidade.

✨“A vergonha, como a maledicência, estava em todo o lado. Perfurava-nos a pele, deixava-nos feridas que, de tempos a tempos, voltavam a ressurgir, como os caracóis depois de um temporal.”✨

Na família destas irmãs a beleza é uma condenação, e mais não digo sem dar spoiler. Este foi um livro que demorou a convencer mas, uma vez imersa na escrita de Ventrella, nesta teia que é a história de Teresa, Angelina, e os seus pais, tudo o mais se torna interessante. Tanto que se tornou uma história pequena e inesquecível, pelo tanto que contém nas suas páginas.❤️

✨“há muitas coisas incompreensíveis na nossa vida: os medos, os pesadelos, as fobias, a dor e o prazer, sensações capazes de nascer e morrer sem uma verdadeira razão e, contudo, extraordinariamente autênticas. “✨
Profile Image for Ilaria Quercia.
409 reviews113 followers
August 21, 2022
È una storia coi colori scuri della seconda guerra mondiale, in cui alcuno sacrifici fuori dagli schemi diventano leciti per il bene della famiglia.
È una storia di passione e amore, di orgoglio e di perdono, di non detti, di divari economici, ma soprattutto della dicotomia caratteriale di due sorelle tanto diverse quanto indivisibili.
Un romanzo triste, malinconico, un affresco della Puglia povera contrapposta a quella dei baroni senza scrupoli, è una storia delle makàre e della malalegna che colpisce impietosa col suo fondo di spietata verità.
Alcuni passaggi un po'lenti, ma molto bello.
Profile Image for Emanuela.
762 reviews39 followers
April 13, 2020
Davvero difficile dare un parere su questo libro perché mi trovo molto combattuta tra ciò che sento cioè una profonda tristezza e malinconia e ciò che invece penso di questo libro, cioè che è terribilmente bello e immensamente tragico.
La protagonista nonché voce narrante è Teresa, la sorella più mite e silenziosa e timida della famiglia, diversamente da Angelina che è il completo opposto. Niente di lei risalta mentre Angelina al solo apparire sconvolge tutti. Lei esprime difficilmente opinione e forse se ne forma anche poche, mentre la sorella ne ha sempre una in più degli altri e difficilmente non le esprime, prima su tutte la voglia di andarsene da tutta quella schifezza.
Questo libro è la loro storia.
La malalegna è il termine dialettale che indica le chiacchiere della gente di paese, spesso maldicenze e pettegolezzi.
Ma questo libro è anche la storia di una famiglia, di una delle tante famiglie del sud che si trova a vivere negli stenti e nella povertà in un piccolo paese di poche anime, Copertino, lottando contro il signorotto del paese e i suoi sgherri che controllano tutte le terre della zona e quindi le sole ricchezze disponibili. E le lotte che vedevano la nascita di piccoli gruppi di sindacati dalle fazioni comuniste, andavano incontro a rappresaglie violente e sanguinose, dove la legge e la giustizia spesso mancavano del tutto.
Ma è anche la storia di un’epoca, di un periodo storico in cui la guerra ha squassato la vita delle famiglie, portando via da casa gli uomini e lasciando le donne sole senza protezione e senza sostentamento. E quando avevano la fortuna di tornare spesso trovavano ad aspettarli una desolazione peggiore di quella che avevano lasciato avendo perso molti dei loro averi per i soprusi delle squadre fasciste che raccoglievano contributi per la guerra.
Oppure non trovavano più ad attenderli i parenti che avevano lasciato le cui vite erano state stroncate quando erano lontani da loro, e a volte anche dai bombardamenti che non sempre venivano avvisati in tempo.
Sarò cattiva ma non sono riuscita a provare empatia nè per questa madre Caterina che non reagisce in alcun modo a ciò che le succede e che sceglie la via più semplice, nè per il cuore spezzato di Giacomo che non mi è riuscito per niente simpatico, col suo carattere troppo impulsivo e che prende fuoco facilmente e che si mostra totalmente irriconoscente.
Il barone Personè che è cattivo si sa ma in realtà poi non compie poi così tante azioni malvagie durante la storia, mentre mi sono ritrovata più volte a chiedermi quanto invece non lo fossero di più le signore del paese che diffondono malignità e si schierano su quelle con una velocità e una facilità disarmanti.
Ho provato tanta compassione per queste due ragazze che si sono trovate loro malgrado a fare i conti con una realtà spietata e infame, dovendo fare i conti con la povertà e la fame, la guerra e la violenza dei potenti e dei briganti, ma anche la realtà stretta e soffocante di un piccolo paese che ruba i sogni e smorza le aspettative, con le chiacchiere e le maldicenze a cui pur chi dice di non dare ascolto si trova sempre e comunque a rispondere, reagendo ognuna secondo il proprio carattere, provando emozioni più intense ma più distruttive in un caso e più silenziose ma con meno conseguenze nell’altro.
La nonna è il personaggio più interessante insieme alla makara, ma la spiegazione del cambiamento finale sembra un po’ tirata per spiegare le conseguenze di un forte shock.
Ma ho provato più di tutti tanta pietà e tristezza per un padre che, schiavo delle convenzioni di quei tempi e dei propri rancori familiari, non riesce a restare indifferente alle scelte della figlia ma anzi, opponendovisi con tutte le proprie forze, ha il solo risultato di allontanarla dalla famiglia e da sè. Questo padre che, col senno di poi, si pente per le sue prese di posizione e vorrebbe solo che il tempo potesse tornare indietro per restituirgli il tempo perso e concedergli un’altra possibilità per essere migliore.
Profile Image for Silvia Devitofrancesco.
Author 22 books132 followers
May 25, 2019
Recensione presente nel blog www.ragazzainrosso.wordpress.com
Teresa e Angelina sono due sorelle agli antipodi. La prima non vuole essere appariscente, è schiva, timida e ha difficoltà a esternare i sentimenti tanto che si tiene tutto dentro. La seconda, invece, fa della bellezza il suo punto di forza, è estroversa e sin da piccola è decisa ad abbandonare Copertino, un piccolo paese pugliese nel quale vivono circondate dalla miseria. Sono anni difficili, la guerra imperversa, tutti gli uomini sono costretti a lasciare le proprie famiglie e le donne devono arrangiarsi come possono. Sarà proprio in questo clima che le due sorelle si renderanno conto di quanto la vita possa essere dura e quanti compromessi si è talora costretti ad accettare per andare avanti in un crescendo di problemi, lotte, ribellioni, dolori e desideri di riscatto sociale.

“Angelina era attratta dalla bellezza. La inseguiva già da allora. Era la bellezza a farla uscire dal dagherrotipo in bianco e nero che ritraeva la nostra vita, a darle colore.”

Il romanzo che attraversa un arco temporale abbastanza ampio e denso di eventi – dagli anni Quaranta agli anni Cinquanta – è suddiviso in tre parti corrispondenti a tre diverse fasi della vita delle due protagoniste (infanzia, adolescenza, età adulta). Voce narrante è Teresa, la sorella maggiore, la quale narra le vicissitudini familiari come se stesse parlando a se stessa per riavvolgere i fili della memoria.

Fulcro della vicenda è sia il rapporto tra Teresa e Angelina sia la condizione femminile e familiare in un’epoca nella quale la povertà era dilagante.

Teresa e Angelina nonostante l’enorme diversità riescono a trovare un punto d’incontro e ad andare d’accordo. Tuttavia, man mano che gli anni passano e i caratteri si definiscono ecco che qualcosa cambia e l’equilibrio inizia a vacillare. Angelina non ha paura di andare incontro al destino che lei stessa sta disegnando, è decisa a trovare la sua strada, ad abbandonare definitivamente la sofferenza con la quale ha vissuto e a ricominciare più forte, più sicura di sé anche a scapito degli affetti. Teresa ama profondamente la sua famiglia e per essa è pronta persino a sacrificare la sua felicità. È sempre molto attenta a come comportarsi, a non ferire nessuno, a cercare una maniera sicura per risolvere i problemi.

Sono due bambine che hanno guardato in faccia la sofferenza, la guerra e i suoi effetti deleteri. Sono due ragazzine costrette a piegarsi ai soprusi e ad ammettere che esiste la legge del più forte. Sono due donne che vivono in un paese dalla mentalità semplice e contadina, dove tutti sanno i fatti di tutti e sono pronti a puntare il dito e a giudicare senza conoscere cos’è davvero accaduto in nome di quella malalegna che sa essere davvero crudele. Sono due spiriti affini che hanno visto con i propri occhi la madre pagare il prezzo della sua bellezza innata, finendo alla mercé di chi comanda e divenendo bersaglio dei pettegolezzi delle commare, solo per avere qualcosa con cui sfamare la famiglia.

La prosa dell’autrice alterna alla narrazione descrizioni dei luoghi, della mentalità e degli usi e costumi della popolazione. Lo stile è semplice ed elegante con qualche frase in dialetto salentino che rende più realistico il contesto e fa sentire i personaggi incredibilmente reali.

Il coinvolgimento del lettore è ampissimo. Egli, infatti, avverte su di sé tutti i turbamenti e gli stati d’animo dei personaggi, soffrendo con loro e assistendo impotente alle violenze.

Un romanzo di formazione crudo e vero. Una lezione di storia contemporanea resa concreta grazie alle tribolazioni di una famiglia alla quale è impossibile non affezionarsi. Una vicenda in cui non ci sono né vincitori né vinti.
Profile Image for Els.
1,401 reviews112 followers
July 7, 2020
Giftige tongen door Rosa Ventrella.

Rosa blies me van mijn sokken met Een fatsoenlijke familie. Ze wordt wel eens de Elena Ferrante uit Bari genoemd maar met Een fatsoenlijke familie vond ik haar zelfs beter. Waar dat boek grotendeels om een romantische liefde draait gaat het bij Giftige tongen vooral over de liefde tussen twee zussen. Over hoe groot die kan zijn en hoe dicht ze bij haat en jaloezie kan liggen…

Teresa en Angelina groeien op in een arm arbeidersgezin in Puglia, in een buurt waar de muren oren hebben. Als hun vader naar het front wordt gestuurd ziet hun beeldschone moeder na verloop van tijd geen andere uitweg dan eens per week langs te gaan bij de baron, in zijn landhuis. Die beslissing zet dingen in gang die een blijvende invloed zullen hebben op alle familieleden.

Giftige tongen laat ons zien hoe de keuzes die we maken (keuzes die vaak geen echte keuzes zijn) ons vormen, het laat ons ook zien hoe moeilijk het is om trouw aan jezelf te blijven en welke opofferingen we soms doen in naam van de familie. Familiebanden, roddels, het noodlot dat generaties later nog invloed heeft, dit alles kleurt het verhaal en het leven van de hoofdpersonages. Het mooie is dat het boek gebaseerd is op verhalen van Rosa’s oma; de overerving tussen generaties kan dus ook positief zijn.

Soms is het water gewoon veel te diep, en blijken sprookjes niet meer dan dat; sprookjes. Liefde is niet altijd wat ze lijkt te zijn en beslissingen kunnen goed én fout zijn.
Het leven in de jaren ’50 in het zuiden van Italië was donker, zwart en zwaar. Veel ontsnappingsroutes waren er niet, zeker niet voor vrouwen. Dat toont Ventrella met Giftige tongen opnieuw aan.
Als dit boek verfilmd wordt zit iedereen met een zakdoek voor het scherm…
Profile Image for Елвира .
464 reviews82 followers
October 19, 2021
Доста се разочаровах! Имах нужда от емоционални истории за красиви италиански жени от село, особено по времето на ВСВ и след това, уви - не получих удоволствие нито от историята, нито от характерите в нея. Да, притежава силна ядка, но нищо повече. Не е достатъчно това за да се получи един добър роман. Разказвачката е потресаващо анемичен образ, а семейните отношения, които са фокусът, са само страшно слаб опит за придаване на плът на нещо иначе толкова сложно и по принцип благодатно манипулируемо чрез умело конструиране на декорите.

Тази поредица „Съвременна европейска проза“ на изд. „Колибри“ ме отчайва, за разлика от „Модерна класика“ в която почти няма слаба книга и която като че ли вече е тотално замряла.
Profile Image for Korina Ja.
133 reviews1 follower
February 9, 2022
Imala sam velika očekivanja a dobila sam veliko razočaranje. Meni je užasno dosadna, ne sviđa mi se stil pisanja, previše stranica je otišlo na opise. Na koricama je navlakuša, tema je fantastična, ali meni se nikako ne sviđa način na koji je priča ispričana :(.
Profile Image for Sara Bôto.
154 reviews
May 17, 2024
"Enquanto atravessávamos os campos amarelecidos pelo sol, demorava o olhar sobre as gotas de orvalho que pendiam dos fios de erva e oscilavam como pirilampos, sobre os troncos nodosos das oliveiras, sobre as ondas de luz que fendiam o ténue manto de nuvens e me ofuscavam. Aqui e ali alguns pormenores insípidos, como os grupos de velhos nos cruzamentos que anuíam constantemente por via de um incessante tremor da cabeça, ou os montes de lixo que desfeavam os muros caiados que davam para os campos, ou a visão dos camponeses de costas curvadas sobre a terra a apanhar ramos; tudo isto despertava em mim a suspeita de que a beleza tivesse desertado deste mundo, ou melhor, de que a beleza talvez até tivesse sido o ponto de partida original, mas que o tempo, a velhice, a pobreza ou a maldade tivessem acabado por deturpá-la, um pedaço de cada vez. Razão pela qual a beleza e a fealdade acabassem sempre por viver uma ao lado - ou dentro - da outra, como o depósito no vinho novo." (pp. 49-50)

Nascida na periferia da luta de classes, Teresa narra a história da sua família e das tragédias que o fascismo e a miséria lhe causaram desde muito cedo. Após a partida do pai para a guerra, quatro mulheres sozinhas veem-se obrigadas, entre a opressão da pobreza e a maledicência do género, a fazer tudo para garantir a sobrevivência. Num estilo que lembra os filmes neorrealistas do cinema italiano, a narradora relata a beleza e o horror com o mesmo olhar distante, do ser observador e periférico, que vê a história da sua família como quem observaria a história da humanidade e das suas lutas. Um microcosmos que permite pensar o todo; a comunidade de pessoas afetadas pelo egoísmo e pelo estilo de vida parasitário de uma pequena elite - comunidade essa que naturalmente aponta o dedo mesquinho e maledicente ao seu semelhante, enquanto presta vassalagem ao seu opressor. Por entre os escombros da baixeza, porém, Teresa encontra espaço para refletir sobre os contrastes da sua realidade, sobre a vida, a passagem do tempo, a velhice, o luto e, acima de tudo, o lugar da beleza e do sonho num mundo de fome, doença e escravidão.

"A vergonha, como a maledicência, estava em todo o lado. Perfurava-nos a pele, deixava-nos feridas que, de tempos a tempos, voltavam a ressurgir, como os caracóis depois de um temporal" (p. 56).
Profile Image for Ana Rita Silva.
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August 18, 2023

«um retrato dramático da difícil realidade do sul de Itália, que não lembra os filmes neo-realistas e o cenário de A Amiga Genial, de Elena Ferrante.» corriere della sera

sou filha única, mas pela escrita de Rosa Ventrella consegui perceber todas as dinâmicas de ter uma irmã: a competição, «viver na sombra»; mas sobretudo, o amor incondicional que une Teresa e Angelina para o resto da vida. para além da relação entre as irmãs, o facto de o enredo se passar no sul de Itália, num bairro tipicamente italiano, cativou-me e despertou o meu interesse pela leitura — não fosse eu presidente do clube de fãs da Elena Ferrante.

as três estrelas devem-se ao livro pecar por ser tão pequeno e por desenvolver pouco aquilo que eu considero ser o mais importante no enredo. gostaria de saber mais sobre a Angelina. ademais, penso que até o período de guerra poderia ter sido mais explorado.

«penso que, se cada um de nós pudesse recuar até ao momento que antecedeu a perda de alguém amado, encontraria uma qualquer palavra ou um gesto capaz de aligeirar a saudade.»

«o vosso avô explicou-me que os fantasmas perseguem-nos sempre e que cada um de nós tem os seus próprios. algumas vezes têm inclusivamente um nome e um apelido, outras vezes, e esses são os fantasmas mais terríveis, trazem o nosso próprio nome.»

Profile Image for Vera Sopa.
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September 8, 2021
Rosa Ventrella é uma exímia contadora de histórias, que eu adoro. A narrativa é cinematográfica e parece que visualizamos em filme a preto e branco a vida desta família contada devagarinho e desde o início com a maledicência. E a guerra. Na sua percepção de criança arguta, Tere' tudo escuta e tudo vê.

Suave e cristalina a escrita de Rosa e muito bela. Sentimos afeto por estas personagens que sabem que por vezes a fealdade se esconde dentro da beleza.

As privações e a resiliência numa perspectiva feminina e íntima de um tempo duríssimo em que o amor não se expressava.
Lindo e inspirado, como que sussurrado pela a avó da autora e a sua irmã.
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April 4, 2020
Teresa e Angelina sono sorelle diverse in tutto: tanto delicata, schiva e silenziosa è Teresa, la voce narrante di questa storia, quanto vitale, curiosa e impertinente è Angelina, la sorella più piccola.

Siamo all'inizio degli anni Quaranta a Copertino, nelle Terre d'Arneo, un'immensa distesa di campi coltivati nel cuore della Puglia. Qui, Teresa e Angelina crescono in una famiglia di braccianti, povera ma allegra e piena di risorse: i nonni sono dei grandi narratori, briganti, lupi e masciare diventano vivi nei loro racconti davanti al camino, mentre la madre Caterina ha ricevuto in sorte una bellezza moresca, fiera, che cattura gli sguardi di tutti gli uomini, compreso quello del barone Personè, il latifondista più potente del paese. "La tua bellezza è una condanna" le dice sempre nonna Assunta. Una bellezza - e una condanna - che sono toccate in eredità ad Angelina.

Quando il padre parte per la guerra lasciando sole le tre donne, Caterina per mantenere le figlie non ha altre armi se non quella bellezza, ed è costretta a cedere a un terribile compromesso. O, forse, a un inconfessabile desiderio.

È qui che comincia a essere braccata dalla malalegna, il chiacchiericcio velenoso delle malelingue, un concerto di bisbigli che serpeggia da un uscio all'altro e la segue ovunque. Questa vergogna, che infetta tutta la famiglia, avrà su Angelina l'effetto opposto: lei, che non sopporta di vivere nella miseria, inseguirà sfacciatamente l'amore delle favole. Anche a costo di rimanerne vittima.

La malalegna è un buon libro scritto ottimamente, con uno stile e un registro adatto alla storia e ai suoi personaggi. Rosa Ventrella dipinge davanti agli occhi del lettore un affresco complesso, che travalica alcuni dei decenni più duri della storia italiana: il fascismo, la Seconda Guerra Mondiale, la lenta risalita degli alleati dalla Sicilia, e la ricostruzione, fermandosi a un passo dal boom economico quando il Salento venne attraversato dalle rivendicazioni dei contadini che si ribellarono al latifondo.
La storia mi ha colpito perché per buona parte potrebbe essere quella dei miei nonni o di mio padre, anche se fortunatamente per questioni anagrafiche nessuno della mia famiglia prese parte al conflitto.
Mio nonno però a volte ci raccontava del padrone dei campi, nella campagna orvietana; dei gerarchi; della tessera del partito necessaria per trovare lavoro in città, e quella annonaria.

L'autrice è stata in grado di ricreare perfettamente l'ambientazione del tempo, presentando quella che sembra un'accurata descrizione della società contadina dell'epoca: i padroni, i mezzadri, i piccoli abitati con comari e mammane, la condizione delle donne, e le campagne in cui imperversavano i briganti. Per fare questo fa un ricorso costante all'uso del dialetto, che un po' complica la lettura.

La malalegna non è una lettura facile, e non è nemmeno una lettura scorrevole, però è affascinante e racconta una parte d'Italia in un periodo storico che è stato fondamentale. Per alcuni versi mi ha ricordato Verga, con il suo crudo verismo.

Nel più ampio quadro della storia, con la S maiuscola, si muovono Teresa, la voce narrante, e la sua famiglia: la madre, il padre al fronte, la nonna ma soprattutto la sorella minore Angelina.
Le due bimbe, che negli anni diverranno poi donne, hanno un rapporto complicato: c’è certamente un sottostrato d’amore, ma spesso per Teresa è davvero difficile provare affetto per l’appariscente sorella.
Teresa è timida, schiva, e riflessiva, mentre Angelina è estroversa e volitiva. Tutti riconoscono la sua bellezza, ma chissà se questa bellezza sia per lei un dono piuttosto che una condanna?
Profile Image for Mariateresa.
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April 7, 2020
Teresa e Angelina sono sorelle diverse in tutto: tanto delicata, schiva e silenziosa è Teresa, la voce narrante di questa storia, quanto vitale, curiosa e impertinente è Angelina, la sorella più piccola.

Siamo all’inizio degli anni Quaranta a Copertino, nelle Terre d’Arneo, un’immensa distesa di campi coltivati nel cuore della Puglia. Qui, Teresa e Angelina crescono in una famiglia di braccianti, povera ma allegra e piena di risorse: i nonni sono dei grandi narratori, briganti, lupi e masciare diventano vivi nei loro racconti davanti al camino, mentre la madre Caterina ha ricevuto in sorte una bellezza moresca, fiera, che cattura gli sguardi di tutti gli uomini, compreso quello del barone Personè, il latifondista più potente del paese. “La tua bellezza è una condanna” le dice sempre nonna Assunta. Una bellezza – e una condanna – che sono toccate in eredità ad Angelina.

Quando il padre parte per la guerra lasciando sole le tre donne, Caterina per mantenere le figlie non ha altre armi se non quella bellezza, ed è costretta a cedere a un terribile compromesso. O, forse, a un inconfessabile desiderio.

È qui che comincia a essere braccata dalla malalegna, il chiacchiericcio velenoso delle malelingue, un concerto di bisbigli che serpeggia da un uscio all’altro e la segue ovunque. Questa vergogna, che infetta tutta la famiglia, avrà su Angelina l’effetto opposto: lei, che non sopporta di vivere nella miseria, inseguirà sfacciatamente l’amore delle favole. Anche a costo di rimanerne vittima.

Sono la nostalgia e il rimpianto a muovere con passo delicato la voce di Teresa, che, ricostruendo la parabola di una famiglia, ci riconsegna un capitolo di storia italiana, dalla Seconda guerra mondiale alle lotte dei contadini salentini per strappare le terre ai padroni nel 1950.


La malalegna non è solo il titolo di questo intenso romanzo di Rosa Ventrella, è proprio il punto di partenza del racconto di Teresa, dal momento in cui la maldicenza è entrata nella sua famiglia, attaccandosi  a sua madre Caterina e a sua sorella Angelina come una seconda pelle.

E perché tanta maldicenza? Perché in Caterina e Angelina brilla e vive una bellezza potente, quella  che incanta, di cui le comari del paese sono invidiose e da cui il barone Personé ammaliato.
Per le comari è facile invidiare, facile additare Caterina prima e Angelina anni più tardi. È facile criticare e offendere  senza considerare quello che nonna Assuntina sa fin troppo bene : che la bellezza è una condanna ed esige un prezzo altissimo da pagare.
Lo scotto sarà durissimo per entrambe.

E c'è Teresa, che di quella bellezza può solo essere spettatrice ammirata, confidente, narratrice.
Teresa la silenziosa, la mite, la razionale;lei che prima di parlare conta per non inciampare nelle emozioni o nella fretta, per la paura di balbettare. Lei che si chiede quale sia il suo dono, dà voce al sacrificio di una madre, all'amore-odio nei confronti di una sorella bellissima, ci racconta di un padre masticato dalla guerra e risputato indietro diverso,indurito dall'orrore.
Teresa con le sue parole ci riporta nella Copertino della guerra, in quella casa dove la miseria regnava sovrana, al pari dell'amore delle donne rimaste in attesa di Nardino. Aggrappate alla speranza come alle mani sicure di mamma Caterina.
E poi, di nuovo, in quella stessa città, ma dieci anni dopo, quando lei e Angelina ormai sono donne, seguite dagli sguardi di tutti. Sguardi curiosi, avidi, invidiosi, pieni di desiderio.
Dalle parole di Teresa scopriamo che Angelina vive quegli anni come in una bolla, come se la sua bellezza fosse un talismano, un incantesimo invisibile che la rende distante da quel mondo che non vuole e non sente suo. Come se la bellezza respingesse automaticamente la bruttezza e la miseria. Angelina che vuole di più, non per arroganza ma perché , semplicemente, sente che l'aspetta un destino diverso da quello dei genitori e della sorella.
Così diversa da Teresa che quasi invisibile, silenziosa, pacata. Come un fuoco che sembra spento, a cui però basta un soffio per divampare. E quel soffio ha il nome di a Giacomo.

Giacomo il forestiero dagli occhi buoni, che come tutti, si innamora di Angelina senza sapere che lei ha già dato il suo cuore al figlio del nemico di suo padre, il giovane Personé.
Giacomo che considera Teresa un'amica, ma niente di più.
E Teresa si sente divisa tra l'amore per la sorella e quello appena nato per Giacomo. Ma l'amore per la sorella è più grande e più forte, più potente. È proprio quell'amore che la spinge a raccontare molti anni dopo, quando Teresa è moglie e madre, della loro infanzia e del loro tempo insieme.
Del giorno più felice della vita di Angelina, quando radiosa nel vesitito da sposa andava incontro al figlio del barone Personé, andava incontro alla malalegna e al suo futuro a testa alta e con un sorriso.

E del giorno più buio, quando Teresa è rimasta a guardare i piedi nudi della sorella, per ventidue secondi prima di distogliere lo sguardo. Ventidue come gli anni che Angelina ha vissuto.
È per l'amore della sorella - dicevo - e per amore del padre che Teresa condivide la loro storia, una storia di crescita, ruvida e dolce, piena di luce e di ombra, commovente e dolorosa, una storia di donne, di forza, del legame indissolubile tra sorelle.

Avrei ancora tantissimo da dire, perché questo è un romanzo che apre tantissimi spunti di riflessione : sulla condizione della donna, sul legame tra sorelle, sulla mentalità di paese, sulla libertà.
Ci tengo solo a dire che il mio personaggio preferito è Caterina, una madre, una donna fortissima, di una dignità immensa. È la figura che si contrappone alle comari e alle loro chiacchere velenose. Incassa in silenzio e va avanti per necessità.
E il rapporto che ha con Nardino mi ha commosso.
Mi ha colpito Angelina, all'inizio ho scambiato per frivolezza quel suo modo di vedere il mondo e di agire, per poi comprendere che era soltanto il suo tentativo di sopravvivere in un posto che detestava.
Ne ho amato la fragilità, lei che sembrava così forte della sua bellezza, in realtà è molto più fragile e debole della sorella maggiore. Quando corre da Teresa a darle il diario ho pianto. E ho trovato significativo che l'ultimo incontro sia avvenuto tra sorelle e non tra madre e figlia.
Mi fermo qui.. e concludo.

Leggetelo se vi piacciono le storie forti, di donne coraggiose, o se vi piacciono le storie ambientate negli anni 50, o quelle storie che rimangono impresse nella memoria, come certe foto di famiglia in bianco e nero. Antiche, bellissime e capaci affascinare e dire ancora tanto, come le sorelle Sozzu.
5 stelle
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25 reviews
April 4, 2021
《Dans le sud de l’Italie, deux fillettes grandissent à la merci des sursauts de l’histoire et des injustices liées à leur condition.》

▪︎Ce livre, c'est l'histoire de Teresa et Angelina deux sœurs si différentes, mais qui se ressemblent tant en même temps. Elles ne pensent qu'a une seule chose : changer de vie et s'éloigner de  Copertino leur ville du sud de l'Italie.

▪︎À cause de la guerre, leur père doit s'absenter et la mère des deux jeunes filles va devoir faire un choix terrible afin de s'assurer de la survie de sa famille et cède à un terrible compromis et tombe sous la coupe du baron Personè. Les deux soeurs, marquées par les choix et les obligations de leur mère, emprunteront à leur tour leur propre chemin et tenteront, à leur façon, d’inventer leur liberté.


▪︎Je n'ai pas les mots pour parler de ce roman tant il m'a marqué. C'est un livre poignant et fort. C'est sans hésiter une de mes meilleures lectures que je conseillerai à tous sans hésiter ! Je ne m'attendais pas à ça, mais j'ai vraiment accroché à ma lecture. Tout au long du récit, il règne une ambiance spéciale, on apprécié notre lecture, mais en même temps, on se sent mal à l'aise, car on se met a la place de Teresa et on vit les événements en même temps qu'elle.

▪︎J'ai adoré le lien qui unit Teresa avec sa sœur et les autres membres de sa famille. C'est une petite fille si sensible et attachante qui fait de son mieux pour fuir la misère.

▪︎ J'ai adoré la plume de l'auteure et je relirai sûrement ce roman, mais en VO cette fois-ci (et inutile de préciser que je compte lire ses autres romans aussi). 
Profile Image for Le cercatrici di libri.
1,892 reviews47 followers
July 12, 2019
Recensione

La narrativa di questo romanzo è quella che mi piace e mi appassiona perché racconta di saghe familiari ambientate nei primi del ‘900!

So che il paragone risulta per certi versi un po’ azzardato ed è ovvio che lo stile di scrittura e le epoche sono diversi, ma questo libro mi ha fatto tornare in mente alcuni classici della letteratura italiana e del Verismo ma anche, per tornare ai nostri giorni, alcuni libri della Agnello Hornby!

La malalegna è ambientato in Puglia e, precisamente a Copertino, in un arco di tempo che va dalla fine degli anni ’30 alla fine degli anni ’70.

Protagoniste di questo libro sono due sorelle, Teresa e Angelina…una l’opposto dell’altra sia fisicamente che caratterialmente, ma legate da un amore immenso!

Teresa, la maggiore delle due, meno appariscente fisicamente e più chiusa caratterialmente ma anche più soddisfatta anche se forse sarebbe meglio dire più adattata alla vita che vive e Angelina, la più piccola, bellissima e spigliata ma anche convinta che la sua vita non sia quella di stenti e sofferenze che è costretta a vivere nel suo paese e nella sua famiglia…lei sogna infatti la vita che vede nei film che trasmettono ogni tanto in paese!


Angelina era attratta dalla bellezza.

La inseguiva già da allora. Era la bellezza a farla uscire dal dagherrotipo in bianco e nero che ritraeva la nostra vita, a darle colore.


La storia è descritta totalmente da Teresa e inizia quando le due sorelle sono bambine. Attorno a loro ruotano ovviamente vari altri personaggi, praticamente quasi tutti gli abitanti del paese, e soprattutto la loro famiglia…la mamma (molto simile ad Angelina, il papà e la nonna Assunta.

A fare da sfondo alla loro storia c’è la Seconda Guerra Mondiale che, per qualche anno si porterà via il loro papà costringendo le tre donne (quattro se consideriamo anche la nonna) a fare di tutto per non morire di fame, e che restituirà loro un papà diverso da quello che avevano prima, più incattivito con la vita e disposto a tutto pur di ottenere un pezzo di terra che sia solo suo!


Pregai che papà tornasse vivo. Che la guerra finisse. Forse aveva ragione la mamma: era la guerra a trasformare le persone. Mi domandai soltanto se le cose sarebbero mai tornate come prima. Se ci sarebbe stato ancora concesso il diritto alla felicità.


A tal proposito mi è piaciuto leggere delle lotte per la conquista della terra e della nascita dei primi sindacati…il tutto in una terra resa ancora più povera dalla guerra ma sempre bellissima come è la Puglia.

L’autrice, nel corso della lettura, mi ha messo di fronte alle tradizioni, ai costumi e alla lingua pugliesi. Ho amato leggere della forza delle donne, pronte alla “malalegna” che spesso porta solo dolore in chi la subisce, ma anche unite nel momento del bisogno.

È Teresa adulta che racconta la storia della sua famiglia, della sua terra e, soprattutto, la storia di Angelina, morta giovanissima (e non faccio spoiler dicendolo perché è una cosa che viene detta nelle primissime pagine del libro); lo fa per volontà dei suoi genitori e lo fa partendo anche dalla sua storia.

È una storia di amore e di odio verso una terra bellissima ma povera e vittima del potere dei ricchi, un po’ come tutto il sud Italia, ed è anche una storia di ricerca del proprio posto e ruolo nel mondo.

È la storia di Teresa, che si considera la pecora nera della famiglia e che cerca di capire dove la condurrà la vita ed è la storia di Angelina che, più convinta di quello che vuole, dovrà poi fare i conti con la vita che si è scelta e che è diversa da quella che aveva immaginato.


Nonno Armando aveva il dono della narrazione. Mio padre quello del silenzio. Nonna Assunta la saggezza contadina. Mia madre e mia sorella, la bellezza. Io? Il mio dono lo dovevo ancora scoprire. Per gran parte della mia infanzia sono stata solo a guardare.


È una storia di amori non ricambiati, di amori sofferti ma anche di amori malati.

All’inizio ho fatto un po’ di fatica a calarmi nel libro ma, una volta che la storia ha iniziato a prendere potere, non sono più riuscita a staccarmi dalle pagine del libro e l’ho finito tutto d’un fiato. Ho sofferto con Teresa, ho pianto con lei e ho amato il suo coraggio e la sua forza nell’andare avanti e nel riuscire a trovare il suo ruolo nel mondo e nella famiglia, in questo supportata anche da un padre che, vittima della sua voglia di riscatto e dal suo odio per il “barone” non ha saputo salvaguardare del tutto la sua famiglia; un uomo orgoglioso ma anche capace di una grande perdono.

La figura che ho fatto più fatica ad inquadrare è quella della mamma di Teresa e Angelina, ma forse perché anche Teresa stessa non era riuscita a capirla totalmente.

Il libro è suddiviso in quattro parti e ognuna corrisponde ad una fase diversa della vita della famiglia di Teresa e Angelina.

La malalegna è un romanzo che non risparmia niente al lettore dal punto di vista emotivo e che ti fa entrare totalmente nella storia! Ogni cosa è descritta alla perfezione e ogni scena sembra di viverla e vederla davanti ai propri occhi.

Questa è una versione romanzata della storia di Antonietta e Cornelia, che sono la nonna della Ventrella e sua sorella e questa base di realtà la si coglie a pieno nel corso della lettura.

Il sud Italia è vivo e forte in questo romanzo con i suoi pregi e i suoi difetti, allora come oggi!

Vi consiglio veramente di leggerlo La malalegna, soprattutto se, come me, amate questo tipo di narrativa. È infatti una storia che arriva dritta al cuore, che si legge e si vive!


Non ti abitui all’idea di perdere una persona, non puoi prepararti al colpo, come quando chiudi gli occhi e aspetti che l’ago della siringa sia entrato nella carne. Puoi solo lasciare che il dolore ti attraversi e sperare che al suo passaggio non laceri niente.


Rossella




*Copia Arc fornita dalla CE

Profile Image for Marija Kuncic.
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December 27, 2025
Emotivna i dojmljiva priča o obitelji Sozzu, ispričana iz perspektive mlađe kćeri Terese, u meni je probudila čitav niz osjećaja – od nostalgije do gorčine. Predivni opisi Apulje, svetkovina, praznovjerja i narodnih običaja vratili su me u prošlo stoljeće, u neka zaboravljena vremena naših starih, kada se život odvijao sporije, ali jednako burno u srcima ljudi. Autorica ne idealizira to doba, već ga prikazuje s ljubavlju, ali i oštrinom – posebno kada se dotakne nepravdi, društvenih hijerarhija i neizgovorenih patnji.

Socijalne teme, osobito prikaz odnosa između radnika i baruna, između „nižih“ i „viših“ slojeva, podsjetile su me da se, nažalost, neke stvari nikada do kraja ne mijenjaju. Te nevidljive granice klasne pripadnosti, koje se protežu i unutar obitelji, ostavljaju duboke tragove, osobito na najosjetljivijima – djeci koja promatraju i upijaju svijet odraslih prije nego što ga uistinu mogu razumjeti.

Najviše me dotaknuo odnos između majke i njezine dvije kćeri – toliko slojevit, pun nijansi tišine, neizgovorenih zamjerki, ali i suptilnih izraza ljubavi. Te obiteljske dinamike, često opterećene očekivanjima, ulogama i neizrečenim bolima, čine srce romana. Teresa, iako još dijete, promatra sve s nevjerojatnom pronicljivošću, a istovremeno iz pozicije ranjivosti i potrebe za pripadanjem i razumijevanjem. Upravo je ta njezina unutarnja borba ono što me najviše osvojilo.

Toliko sam vrijednih citata pronašla za podcrtati – svevremenskih i duboko povezanih s načinom na koji protagonistica promatra svijet: kroz prizmu obiteljskih odnosa, rodnih uloga, odrastanja, boli, gubitka nevinosti i pokušaja da se pronađe vlastiti glas u zajednici koja šapće, osuđuje i promatra. “Zli jezici” iz naslova nisu samo ogovaranja – oni su sustav, kolektivna savjest i sud koji tiho oblikuje sudbine.

Roman me natjerao na razmišljanje o tome koliko toga nasljeđujemo, ne samo genetski, već emocionalno i kulturološki – tišina, sram, požrtvovnost, krivnju. Unatoč tome, iz romana zrači i nježnost – prema krajoliku, jeziku, ženskoj otpornosti i dječjoj znatiželji.

„No ogovaranje je bilo prisutno i pratilo je moju majku koja mu se morala uzmicati sa svakim korakom. Šuljalo se uličicama, uz iskrivljene stube koje vode na trg, migoljilo oko demižona punih ulja koji su stajali pred vratima, uvlačilo se u oči magaraca privezanih za kolica s voćem, opijalo prodavača sardina, pekara, voćara, kume na vratima, vračaru tamnih očiju, kramara koji skuplja staro željezo i viče ulicama.”

„Tih je dana smrt stizala svagdje. Toliko se uvukla u svijet odraslih da smrt jednog starca više nikoga nije pretjerano dirala. Katkad si pobjednik, katkad si gubitnik i to je svima jasno. Samo smo se mi djeca osjećali otpornima na sve.”

„Sramota, to je nešto što izgubiš i nikad više ne pronađeš. Svi znaju da to više nemaš. Svi vide. Svi osjete premda katkad i sam ne znaš što je to. (...) Tada sramotu nisam zamišljala kao neživu stvar, nego kao tijelo koje može mijenjati stanje, uvući se ispod vrata, sakriti se iza bačvi i posuda, pritajiti se u najdubljim podrumima. ”

„Postoji pravo vrijeme za sve. Sve stvari imaju svoje doba. Vrijeme žetve, vrijeme sjetve. Vrijeme dobra, vrijeme zla. Vrijeme života, vrijeme smrti. Kad smo tužne i kad se osjećamo usamljeno, trebamo znati da neće trajati zauvijek. Ne traju dobre stvari, pa tako ni loše. Ne traje crno, pa tako ni bijelo. Znate li da su zvijezde koje danas gledamo već odavno mrtve? Sjeti se samo da su umrle prije milijun godina, a mi im se i dalje divimo.”

„Tada sam shvatila da mi i jesmo jednake tim ptićima bez perja. Mi smo samo meso. Meso za tuđu zabavu i zadovoljstvo.”

„Od svega se čovjek oporavi, samo ako te život natjera. Koža će se oporaviti, nanesena šteta popraviti, bol zaboraviti. Sjećanje ostaje samo kao kao upozorenje.”

„Kamo god da čovjek ode, same ga muke čekaju.”

„Svilena nit veže ovaj svijet s onim drugim. Katkad se istanji do te mjere da se onaj svijet začas može pokidati. Katkad se ovaj svijet učini tako tankim i nepojmljivim da onaj priskače upomoć. Nit se istanji dok gotovo ne nestane.”
Profile Image for IreneElle.
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June 18, 2019
“Nonno Armando aveva il dono della narrazione. Mio padre quello del silenzio. Nonna Assunta la saggezza contadina. Mia madre e mia sorella, la bellezza. Io? Il mio dono lo dovevo ancora scoprire. Per gran parte della mia infanzia sono stata solo a guardare.”


La vicenda si svolge a Copertino, nelle terre d’Arneo negli anni Quaranta, quando Nardo Sozzu, viene strappato alla campagna per partire al fronte e a casa rimangono le sue tre donne: Caterina, la moglie e le sue figlie piccole Teresa ed Angelina. La voce narrante è quella di Teresa che ci porta in questa cittadina, tra la terra rossa arsa dal caldo e le chianche, tra comari pettegole e briganti; ci porta nella miseria della loro casa e nell’opulenza della masseria del Barone Personè, il proprietario terriero di tutta Copertino.

“La loro dimora bianca e rosa la vedevo da lontano, colorata come la carta delle caramelle. La immaginavo morbida e da mangiare come la più succulenta delle delizie. Non una casa vera. Finte le mura, finte le persone, finto tutto quanto. Il paese, quello autentico, era imprigionato tra due campagne a ferro di cavallo e puzzava di letame, di bestie sfiancate, di cafoni che sgobbavano dalla mattina alla sera”.


Un filo conduttore serpeggerà, fino alla fine, non solo tra i vichi di Copertino, ma anche tra le pagine di questo meraviglioso romanzo: la malalegna e lo scuorno. Maldicenza e vergogna.
Caterina, di una bellezza moresca, per sopravvivere e per sfamare le figlie, durante la guerra e l’assenza del marito, si concede al Barone e per tutte le comari diventa la puttana del paese, ma Nonna Assunta lo diceva sempre: “la tua bellezza sarà anche la tua condanna”. Nardo sopravvive alla guerra e torna a casa, la guerra è finita, ma la povertà rimane, i contadini si spaccano la schiena, soggiogati dai latifondisti. Iniziano le prime occupazioni da parte dei contadini, desiderosi di avere un pezzo di terra tutto loro, ma arrivano gli sgherri del Barone e tutto si conclude a suon di botte.
E tutto ritorna come prima.

Torna anche la condanna della bellezza e stavolta tocca ad Angelina, che sogna di vivere una vita come le dive dei film che vede al cinematografo e così da figlia di un cafone finirà per diventare Baronessa e sposare il figlio di Personè, scegliendo per sé un destino infelice.
Teresa racconta Copertino e i suoi abitanti; il legame e le grandi differenze che intercorrono tra lei e sua sorella; descrive il nostro Sud Italia tra povertà e superstizione; gli amori e i pettegolezzi con voce sincera, senza fronzoli, mescolando una lingua elegante a frasi dialettali e la sua vis narrativa coinvolge in toto il lettore.
E’ un romanzo che mi ricorda tanto gli ultimi raccontati dal Verismo. Insomma un libro per chi ama i romanzi familiari e i finali che lasciano in bocca un sapore agrodolce.
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August 11, 2021
“Клеветата” е един роман, който представя с острота и дълбочина човешката душевност. Макар и по-скоро считан за роман “в женски род”, той е много повече от това. Разбира се, в основата му седят жените. Техните терзания, тревоги и ценности. Но същевременно историята се развива в по-голямата картина – тази на войната, на съществуването и препитанието на селяните и на битките за извоюване на един по-добър живот. Героите правят избори, търпят тегобите, които животът им донася и най-вече понасят последствията от всички битки, които водят – физически и емоционални. Книгата е една майсторски написана човешка драма и е видно защо авторката е сравнявана с Феранте.
Героите са многопластови, всички търсещи своя път в едно размирно време. Те се опитват сами да коват съдбата си, макар и понякога да са осланят на свръхестествени сили и суеверия, които са характерни за района и вплитането им в книгата показва колко вещо е перото на Вентрела. Правят грешки и понякога губят пътя си, което само доказва пълнокръвността им. Историята ни пренася в земите на Арнео, южна Италия. Това е историята на две сестри и тяхното семейство. Един баща, който се бори за социална правда в едно почти феодално общество. Една майка, която е готова да направи много за да помогне на семейството си, дори да загуби себе си. Една дъщеря, за която да притежава красотата на майка си е едновременно дар и проклятие и е готова на всичко за да намери по-добър и различен живот и другата, свенлива и заекваща, която представя историята на семейството и живота им без да спестява детайли.
Историята на “Клеветата” е силно пленяваща. Още от началото кара читателя да се впусне в историята на семейство Соцу и да продължава трескаво напред за да обхване цялата тази човешка драма. Имайки се предвид квалификациите на авторката, не е изненадващо колко реалистична е книгата. Не са спестени детайли за истинския живот на хората по онова време, така че понякога читателите са оставени в ступор заради тежките моменти. Романът кара читателите да се замислят върху живота на обикновените хора, като същевременно също така научат малко повече за живота и бита на хората в Южна Италия през миналия век, които съм сигурен, че са представени възможно най-автентично.
Книгата може да се смята като своеобразна изповед, чувствителна и запленяваща читателите, представяща живота и проблемите на обикновените хора в едно размирно време, но същевременно държаща в себе си цяла палитра от социални проблеми, чисто човешки емоции и драматични развои. В нея отлично се съчетават любовни терзания, битки за равенство и тежки моменти, което превръща романа в силен и запомнящ се поглед върху живота на човекът.
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