Deuses não concedem dádivas. Eles firmam acordos. E barganhas com os Criadores cobram preços muito mais altos do que qualquer mortal é capaz de pagar.
Mas, quando a ambição do rei ameaça destruir a felicidade de Ahri, ela se vê diante de uma difícil decisão — implorar pela intervenção das divindades, arriscando-se a enfrentar a sua ira... Ou assistir, impotente, enquanto tudo aquilo que mais ama desmorona ao seu redor.
Seja qual for a sua escolha, ela deve decidir logo. Porque o destino do reino está em suas mãos, e o tempo está acabando.
Laura Hirayama nasceu em 2001, no interior de São Paulo. Escritora, redatora e editora em treinamento, é movida pelo seu amor à literatura, a obsessão em criar mundos repletos de magia e a lealdade inabalável a personagens fictícios.
Em 2021, publicou seu primeiro livro, a coletânea de poemas Ao Fogo.
Eu me apaixono de imediato por histórias sobre bruxas/fadas/personagens místicas que vivem no meio da floresta e pontos extras se a ambientação envolver um lago, então, tinha certa curiosidade em relação a esse conto.
Gostei bastante da premissa e da escrita da autora, mas achei que essa história merecia mais páginas e, talvez, o formato de conto não tenha funcionado completamente. Afinal, algumas coisas ficaram sem explicações, como a própria história da Dama, e o final foi tão abrupto que eu não pude deixar de me perguntar: e então? O que acontece a partir de agora? A Dama tinha algum propósito na troca com Ahri? Além disso, o mundo que a autora idealizou me parece tão interessante que eu leria mais e mais páginas a respeito desses deuses e reinos.
São pouquíssimos os contos que consigo aproveitar plenamente sem a sensação de que ficou faltando alguma coisa, de que a história poderia ser melhor desenvolvida e aproveitada no formato de livro, e com esse aqui não foi diferente. Gente, conto de fantasia é um negócio complicado, né? Em 40 páginas não dá pra conhecermos praticamente nada do mundo que nos foi apresentado, tampouco dos personagens e suas respectivas motivações. A protagonista não me cativou, o romance não me cativou - a única personagem realmente interessante acabou sendo a Dama, e ainda assim ela apareceu tão pouquinho. Não é nem que eu tenha achado ruim, a escrita da Laura é muito boa, só me foi um grande tanto faz, não me envolveu ou me marcou. Acho que daqui uns dois dias já não vou me lembrar mais do que li aqui.
A Dama da Floresta, com sua simples presença é capaz de nos render de joelhos diante de sua magnitude e imponência – e do medo implacável que o risco de despertar sua ira evoca. Contudo, a verdadeira falta de misericórdia vem da própria autora, que nos presenteia com melancolia e coração partido ao fim, apesar de um objetivo alcançado para a protagonista. Ao prometer tudo em troca da salvação de seu amor e seu reino, Ahri entrega tudo, e isso pra mim foi um destino pior que a morte.
A Dama da Floresta é uma leitura dolorosamente rápida, pois eu adoraria que fosse mais longo e pudéssemos experimentar muito mais do panteão dos Criadores e todas as barganhas cruéis que cruzam suas eternidades, mas extremamente empolgante; foi praticamente impossível parar de ler, com a curiosidade a todo o tempo atiçada para descobrir mais sobre a Dama, sua decisão e seu preço. No fim, um coração partido, mas uma leitura incrível!
"Eles a chamavam de Dama Oculta, embora seu rosto não fosse nenhum segredo. Era a sua chegada que não conseguiam antever."
Senti uma vibe meio Addie LaRue lá pro final do conto, o que eu não considero algo ruim já que amo o livro. A autora escreve bem, de forma fluida e achei o enredo bem construído. A cada parágrafo, você vai ficando mais empolgado para ler o próximo (minha lentidão na leitura foi por falta de tempo mesmo), e no final se surpreende com o rumo que as coisas tomam. É importante ter em mente que esse é um CONTO curto, de QUARENTA E UMA páginas, então certas coisas não vão ter um grande aprofundamento/desenvolvimento mesmo. Mas a história cumpre o que promete, e te mantém cativado do início ao fim.
Agora fica aí o pedido para que a autora faça uma versão mais longa, explorando melhor os outros aspectos citados na obra e que não tiveram tanto destaque assim.
Cara, de verdade, essa foi uma história que simplesmente só não funcionou comigo pois eu não sou a maior fã de contos. Eu achei que tinha muitos pontos que a autora poderia focar mais e deixar outros de lado, para dar mais pano de fundo pra esse romance ou oportunidade para a gente adentrar melhor na perspectiva da protagonista. Para criamos vínculos. Pra mim não foi a melhor escolha de narrativa.
Mas sendo muito justa, o final e a "moral" da história é linda e super incrível, vale sim dar uma conferida por si próprio.
Gostei bastante! A história tem um enorme potencial de se desenvolver ainda mais. O tabuleiro do mundo está preparado, as peças dos personagens estão em posição, espero poder vê-las novamente em ação.
único defeito desse conto é que talvez ele não funcione como conto. acredito que a história teria sido MUITO melhor aproveitada se fosse aplicada num romance.
Um conto em um mundo mágico, em que a protagonista planeja arriscar tudo para se assegurar da felicidade da princesa Ahri. Ela é uma guerreira, mas a iminência do evento não é de sua jurisdição. Então, ela só tem a uma pessoa a recorrer. Uma pessoa não; uma divindade. E talvez o preço seja alto demais para pagar... Fiquei muito envolvida na leitura! Sinto que têm muito aquela linha de “um protagonista que colocaria o mundo inteiro em risco apenas para te salvar”; mesmo sendo um conto, consegui ter uma ideia de como a mitologia do universo funciona – e adoraria que a escritora ampliasse esse mundo futuramente.