Se contassem para Ária que a fama viria de um vídeo amador e mal gravado feito às pressas, ela teria preparado-se melhor.
Garçonete em um bar musical e familiar, a artista de rua sempre teve sérios objetivos; ser uma estrela, principalmente. Quando uma celebridade extremamente reservada compartilha seu mais novo cover a fim de viralizar, Ária Campos é o mais novo rostinho saído do anonimato.
Clarissa de La Plume é conhecida desde criança. Membro de uma família de sobrenome imponente, poderia facilmente participar de um reality show. A última peça para entender sua popularidade torna-se impetuosa quando seu pai torna-se prefeito de São Palomane.
De polos diferentes, improvável que uma amizade surgisse do enlace entre as duas. E apesar de não suportar conviver com Clarissa, Ária terá que aprender que a fama, o sucesso e os bastidores políticos são bem mais engenhosos do que pensa.
Com algumas mentirinhas bem contadas e uma amizade falsa diante das câmeras, a cantora lidará com sua nova vida.
Não tem outra forma de começar essa resenha sem dizer que subestimei esse livro, até porque a escrita não me conquistou logo de cara e, por isso, comecei a ler e parei por alguns meses antes de voltar novamente. Fico feliz de ter continuado, porque nem sempre as primeiras impressões estão certas e foi o caso de Boas Maneiras, pois, a história foi se lapidando na minha frente, como um diamante uma vez bruto. Preciso falar, antes, que todos os personagens são extremamente bem construídos, até os secundários. Todos eles tem a personalidade bem marcante e dá pra reconhecer de longe. Também amei que a descrição de aparência ou do local não é exaustiva, não fica parecendo uma ficha de rpg ou o manual de instruções, é feita naturalmente e nós conseguimos imaginar bem o cenário sem ficar enfadonho.
A cidade fictícia, a cantora fictícia e toda a narrativa são extremamente especiais, pois, foram pensadas nos mínimos detalhes. Fiquei impressionada com a destreza da autora para fazer com que o leitor mergulhasse na história e conseguisse ter uma imagem perfeita de uma cidade e uma personagem - que não participa do livro de forma muito direta - que sequer existem. Ela tem uma habilidade natural de colocar a imaginação no papel, que falta em muitos escritores modernos. Muitas vezes me sentia em São Palomene e imaginava Liz Salles como um ícone da música brasileira real, assim como Maria Gadu e Rita Lee. Confesso que até pesquisei no google para descobrir se ela existiu mesmo (sim, sou meio burrinha). As músicas, assim como os nomes e inícios do capítulo são a cereja do bolo e a aparição dela no final, no pedido de namoro de Clarissa, me fez chorar um pouquinho.
Ainda há muita coisa para dizer, mas preciso pontuar algo chave que também me deixou muito impressionada: a descrição da enchente me pegou de surpresa. Até então, nós sabíamos que o problema existia, pois, nos foi apresentado diversas vezes durante a narração, mas, não foi algo que ficou apenas no ar como pano de fundo da história - nossos protagonistas sofreram na pele com as consequências da má gestão do prefeito e aquele foi um clímax que me deixou bem tensa, como deveria ser. Aconteceu no tempo certo e retratado com destreza e perfeição.
Sobre Clarissa e Ária: o relacionamento, de inimigas para namoradas, cresceu de forma natural, sem forçar química e sem ser muito rápido. Adorei, mais uma vez, a leveza e o cuidado na hora de transformar o ódio em amor. Se tem algo que descreve a escrita de Englantine, é a palavra sutileza. Ela sabe muito bem como tornar tudo delicado.
A aparição da Era de Heras, por sua vez, foi inesperado, e eu amei cada segundo. Mas sou suspeita para falar, já que bandas femininas tem o meu coração. Majuri, inclusive, é uma das minhas personagens favoritas - juntamente com Vini - e eu adoraria ler um livro focado apenas nela (alô, Tine??). E, em relação aos outros personagens, me apaixonei por Vini (até torci para ele ter uma namoradinha no final, mas as amizades que fez também servem) e até a insuportável da Lilian ou a burguesa Natália tinham seus charmes.
Para finalizar, me identifiquei muito com a Ária e aposto que ela é de leão, modéstia à parte. Estava tão acostumada com protagonistas sem sal, que a personalidade forte e determinada de Ária me atraiu demais. Tinha um verdadeiro star quality.
Então, por que 4 estrelas? Acho que tinham muitas referências à cultura pop, termos em inglês e memes atuais. Não tem nada de errado nisso, é só questão de gosto pessoal, mesmo, porém, tenho a sensação de que um livro com muitas referências tem uma facilidade de envelhecer muito mal, porque os memes tem prazo de validade no mundo de hoje.
Entretanto, Boas Maneiras é um livro fofo, leve, que trata assuntos sérios como racismo e homofobia com leveza (e não deixa isso definir a vida dos personagens) e é um ótimo passa tempo. Não gosto muito de livros Y/A, mas esse me cativou e eu definitivamente recomendaria para todos, desde pessoas mais velhas até adolescentes. No mais, estou ansiosa para ler outras histórias da Englantine.
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Quando descobri o livro, a estética me capturou de uma vez, as artes, o cenário y2k e o fato de serem duas protagonistas pretas e bissexuais. Acredito que todos os detalhes deste livro foram feitos de uma forma muito cuidadosa e meticulosa, tanto dentro quanto fora da história. Os personagens secundários são bem escritos, todos tem uma história e uma personalidade própria, sem a necessidade de girarem em torno do que acontece com a protagonista e você consegue se apegar muito a eles. Enquanto, utiliza toda a estética Y2K, como já mencionada, a escrita da Tine também lembra bastante a Meg Cabot, autora de "Diário da princesa", até a construção de músicas autorais dentro da história. A Tine tem um talento natural de inserir o leitor na história dela, que faz com que você se sinta parte do mundo e consiga visualizar exatamente o que ela pensou, pelo menos, eu gosto de pensar que sim. Apesar de ter gostado muito desses detalhes, algo que fez com que eu abaixasse a nota foi a forma que os conflitos foram abordados na história. A relação da Ária com a Lilian foi extremamente má abordada, nunca houve uma explicação para a "inimizade", além da Lilian sentir que a Ária era a favorita, o que por si só, nunca explicou a Lilian tentar ativamente destruir a vida dela. As duas sequer parecem irmãs, a Ária não lembra de um momento bom com a irmã quando era criança, apesar de que por elas terem idades super próximas, é impossível que elas nunca tivessem tido uma proximidade a ponto da relação delas ser assim. Outro conflito, que é o principal da história, é na relação da Clarissa e da Ária. Eu confesso que eu queria ter gostado delas duas bem mais do que eu gostei, mas o começo das duas é desanimador. Eu amo rivals to lovers, mas o começo do livro é mais a Clarissa sendo intragável e a Ária levando aquilo de forma engraçada, eu sentia muito mais exaustão pelo comportamento completamente sem base da Clarissa, e também da Lilian, do que qualquer outra coisa. E quando elas saíram da fase "rivals", eu não senti a ponte do relacionamento delas sendo feita. Era como se em um momento a Clarissa fosse uma pessoa, e no outro, fosse alguém completamente diferente, sem qualquer explicação. E em diversos momentos, até cheguei a desejar que a Ária se relacionasse com outros personagens, como o Vini ou a Majuri que foram os meus favoritos da história. Eu tenho muito interesse em continuar lendo outros livros do Tineverso, mas o casal desse livro em específico não conseguiu me conquistar mesmo com aspectos que geralmente me agradam em um casal.
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como não iniciar um novo livro da tine sem expectativas depois de ficar completamente obcecada por "O Medo é Feito de Gelo"? esse livro era tudo que eu precisava para iniciar o ano. e acabou se tornando minha obra FAVORITA do tineverso! imaginei que o desenrolar do livro seria diferente até elas se encontrarem pela primeira vez (não leio sinopses), mas quando Ária Campos toma o controle da situação e vira o jogo pra ela aproveitando todas as oportunidades para dar uma vida digna a sua família eu lembrei de Evelyn Hugo quando ela diz "quando tiver a oportunidade de mudar sua vida, esteja pronto para fazer o que for preciso para que isso aconteça". Ária é sem dúvidas minha personagem favorita, destemida, trabalhadora e sonhadora. boas maneiras tem tudo que eu mais amo em um livro (principalmente sáfico). 1. enemies to lovers (gostosinho demais, com muita implicância!!!!) 2. riquinha patricinha & pobre trabalhadora 3. E PRINCIPALMENTE uma Artista totalmente CRIADA pela Autora. LETRAS ESCRITAS PELA AUTORA. Me lembrou tanto a TJR quando inventou Daisy Jones e nos fez, após ler, acreditar que existiam! Passei o livro inteiro pensando em quem era Liz Salles e como nunca tinha escutado nada dela. 4. o livro se passa no Brasil!!! e agora se perguntarem meu livro favorito que se passa no meu país responderei esse. 5. todos os personagens são cativantes e singulares!!!
Tem tanta coisa que eu podia escrever sobre esse livro. Tanto que eu podia falar, mas posso dizer que vale a pena!!! Cada palavra, cada linha, frase, parágrafo, capítulo. Ária e Clarissa tem meu coração todinho, a construção do enemies para o lovers foi feito com o tempero certo! Já sinto saudades!
"Choro porque estou feliz, porque a amo, porque adoro o trabalho de Liz desde pequena e porque finalmente consegui alavancar passos gigantescos. Choro por amor, uma vez que a demonstração não é exclusiva da tristeza. Nunca foi."
QUE LIVRO GALERA QUE LIVRO!!!!! primeiro livro favoritado do ano! mais uma vez a englantine criando obra prima. estava de ressaca literária e esse livro fez tudo na minha vida, macetei ele em poucos dias! no começo, quando a ária estava falando sobre amizades e disse: "É solitário não ter uma pessoa por perto, alguém que mesmo que não me entenda, faça um esforço para me ouvir. Sinto falta de muitas experiências, embora ainda seja jovem o bastante para tê- las no futuro." senti como se a autora tivesse aqui no meu quarto, nos meus momentos de choro e surto pq sentia essa solidão. então posso dizer que me conectei demais com a ária! me diverti com a história e com os personagens, me apaixonei pela ária e pela clarissa e até mesmo CHOREI (não esperava, mas a cena foi muito fofa! fiquei emocionada) enfim se você ta procurando tudo isso, esse livro é certo pra você!
Um dos maiores medos ao ler essa história foi que quando tudo estivesse bem com o casal ocorreria um drama totalmente desnecessário só para "agitar" a história, e não teve. A história obviamente teve alguns pontos de discussões e dramas, mas tudo foi tão natural que deixou a história boa e o que foi que me fez gostar tanto da história. Realmente era uma história de duas garotas vivendo uma vida real e humana com dificuldades normais, só isso. Não foi uma novela mexicana misturada com uma dizi, que era meu maior medo. E é isso, apesar de que teve um personagem aí que peguei ranço até o fim mesmo a autora tentando mostrar o lado dela, mas o ranço já tava no coração. De resto tudo muito bom.
Os personagens são cativantes, o romance é encantador e a narrativa é fluida. No entanto, a sensação de que o enredo se arrasta desnecessariamente ao longo de suas 500 páginas acaba irritando.
A extensão poderia ser reduzida para 300 páginas, eliminando detalhes irrelevantes e tornando a leitura mais agradável. A história parece se estender por muito tempo, sem um avanço significativo. As descrições excessivas e sem propósito contribuem para essa sensação de lentidão, tornando a leitura cansativa em alguns momentos.
Boas maneiras é um livro maravilhoso que te prende do início ao fim.
Acho que fiquei presa nele desde o primeiro momento, fui me apaixonando pelas meninas, pelas histórias delas, pela forma como elas vão se apaixonando e tudo vai ficando melhor a cada página.
Esse livro tá no meu top favs sem dúvida, eu amei ele e daria tudo pra ler de novo como se fosse a primeira vez.
Clarissa e Ária vcs são sim o casal aesthetic do Pinterest!! Eu amo vcs duas de verdade, o casal do pop!!!
“— Ária Campos, minha grande fã número um, a Clarissa quer saber se você aceita namorar com ela.”
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ainda bem que eu fui com zero expectativas pra esse livro, sinto que assim aproveitei muito mais o livro. é bem bom, entrete PRA CARALHO e tem muita fofocaiada. tirei 1 estrela porque em determinados momentos da leitura, a compreensão ficou bem difícil e confusa, parecia que estava faltando algo no texto. e essa falta de 1 estrela também vai pro [censurado] que deu spoiler do último cap no tiktok mesmo quando eu já tava em 91%: VAI SE CAGAR.
Tine como sempre entregando absolutamente tudo. O livro é bem gostosinho de ler, tem um enemies to lovers delicioso, uma fake friendship que evolui simplesmentepara as MELHORES AMIGAS POSSÍVEIS HEIN, amigos incríveis (todos os aplausos pro The Weeknd BR, simplesmente o maior de todos). Enfim, muito bom.
eu tenho traumas amorosos pessoais por conta desse livro mas foi a minha primeira obra dessa autora e tipo um dos mais fofos que já li!! eu acho que a gente deveria dar mais espaço a autores nacionais que publicam seus trabalhos pelo KDP porque não se fala suficientemente como a maioria é carregada de representatividade e tem uma escrita limpa e cuidadosa. amei!
Infelizmente não comprei muito o casal, uma das personagens era muito chata no começo, foi melhorando? Sim, mas chata total. Achei a trama política até mais interessante que o romance. Masss, tenho que dar o crédito para autora de ter me feito acreditar que Liz Salles era um cantora de verdade, eu pesquisei no google e spotify e nada.. o tombo muito bem feito.
ÁRIA E CLARISSA SÃO A MINHA META DE RELACIONAMENTO. Tudo nesse livro é perfeito, a estética dele é linda, os diálogos são perfeitos. Super recomendo para alguém pq tudo que essa autora escreve é simplesmente maravilhoso 🛐
adoro a englantine, mas fiquei meio decepcionada com esse livro, achei muito cumprido sem necessidade, acabou que o meio da história ficou muito desinteresse, parecia que só estava enchendo linguiça. uma pena, pois a história e os personagens são legais.
esse aqui foi uma leitura leve, a autora não apreçou os acontecimentos então cada coisa aconteceu no tempo que deveria acontecer, os personagens foram bem desenvolvidos. eu so acho que o jeito da aria me incomodava uma vez ou outra, mas nada de mais.
particularmente não gosto quando um livro tem referências atuais pq ler ele depois de mto tempo lançado (oq foi o meu caso) pode ser meio corny… mas no geral gostei bastante mto leve fofo adorável e me tirou da ressaca literária :)