Jump to ratings and reviews
Rate this book

La furia

Rate this book
La furia es el tercer libro de cuentos de la escritora argentina Silvina Ocampo, publicado por la editorial Sur en 1959. Fue el único de los libros de Silvina que necesitó de una reedición casi inmediata (que se llevaría a cabo en 1960). Silvina Ocampo escogió el nombre de esta obra compendio de sus cuentos, por expresa recomendación de un fiel amigo, Jorge Luis Borges, descartando otros posibles, como "La liebre dorada" (nombre del primer cuento que integra el volumen) y "En Buenos Aires".

El libro se compone de treinta y cuatro cuentos, la mayoría de los cuales fueron escritos y publicados entre 1937 y 1940 en diversas revistas literarias, entre ellas la revista Sur, dirigida por la hermana de Silvina, Victoria Ocampo.

288 pages, Paperback

First published January 1, 1959

133 people are currently reading
4195 people want to read

About the author

Silvina Ocampo

152 books532 followers
Silvina Ocampo Aguirre was a poet and short-fiction writer.

Ocampo was the youngest of the six children of Manuel Ocampo and Ramona Aguirre. One of her sisters was Victoria Ocampo, the publisher of the literarily important Argentine magazine Sur.

Silvina was educated at home by tutors, and later studied drawing in Paris under Giorgio de Chirico. She was married to Adolfo Bioy Casares, whose lover she became (1933) when Bioy was 19. They were married in 1940. In 1954 she adopted Bioy’s daughter with another woman, Marta Bioy Ocampo (1954-94) who was killed in an automobile accident just three weeks after Silvina Ocampo’s death.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
478 (37%)
4 stars
526 (40%)
3 stars
241 (18%)
2 stars
34 (2%)
1 star
7 (<1%)
Displaying 1 - 30 of 177 reviews
Profile Image for Luís.
2,370 reviews1,357 followers
April 17, 2025
Silvina's tales are different. Each has a unique formula, and we realize it as we read them.

Silvina Ocampo is a poet, and she is among the most influential poets in the Spanish language, both on this side of the ocean and on the other; such a condition exalts her prose.
Foreword by Jorge Luis Borges.
Profile Image for Cláudia Azevedo.
394 reviews218 followers
October 31, 2021
"Fúria: ímpeto de cólera, de raiva; ataque de loucura furiosa; mulher desgrenhada; cada uma das três divindades infernais da mitologia romana" (Erínias, na mitologia grega, às quais Silvina Ocampo se refere, nomeadamente em "A Criação").
Recupero o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa talvez para me ajudar a fazer luz sobre um livro sombrio, cujos contos descrevem o insólito, o bizarro, o cruel, com uma frieza próxima dessas divindades que se dedicavam à vingança sem qualquer lenitivo ou atenuante.
Muitos contos são sobre crimes que ocorreram no passado, perpetrados conscientemente e sem indício de culpa.
É um pouco da natureza humana, do seu absurdo, mas também da interação com o sobrenatural, o divino/diabólico, que se expõe em contos como "Os Amigos", "O Casamento" ou "Voz ao Telefone".
Somos irremediavelmente sugados para dentro dos contos, cujo tom se assemelha, por vezes, ao dos policiais, mas cuja moral (ou amoral) vai muito para além. Desfilam pulsões, invejas, vinganças, com total impunidade. Sim, por vezes, parece que se roça a psicopatia.
Quanto às escrita, é incisiva como uma faca de cirurgião exímio que sabe bem quais as fatias que quer deixar à mostra.
Recomendo, mas apenas para quem se interesse por esse lado lunar, lúgubre, da existência.

"Talvez (estou agora obcecada por esta ideia) a obra mais importante de uma vida se produza em horas de inconsistência."
Profile Image for Paula Mota.
1,662 reviews563 followers
September 5, 2025
Somos um compêndio de contradições, de factos, de amigos, de mal-entendidos – dizia-me a Elena. Sem hesitar, pensando em mim acrescentava: - Somos monstros. Quando estou contigo, sou diferente, muito diferente de quando estou com a Amalia ou com o Diego. Somos também o que as pessoas fazem de nós. Não amamos as pessoas pelo que são, mas pelo que nos obrigam a ser.
- A Continuação -

Apesar de ter acabado por dar a mesma pontuação que a “Dias da Noite”, o primeiro livro de contos de Silvina Ocampo que li, considero “A Fúria”, publicado cerca de 10 anos antes, menos refinado. E refiro-me não só a um refinamento no que toca à prosa, mas também aos temas. Também nestes contos, sobretudo sobre mulheres e crianças, há perversidade a rodos e uma bússola moral bastante suspeita, mas considero-os menos burilados.
Dos 34 contos incluídos nesta colectânea, destaco os melhores:

“A Continuação”
Vocês, tu e a Elena, observavam-me com desconfiança, pensando que não era a loucura que me espreitava, mas sim o inverso, era eu quem a espreitava para afligir quem me rodeava.

“Os Objectos”
Por mais valiosos que fossem, os objectos pareciam-lhe substituíveis. Só apreciava as pessoas, os canários que lhe davam cor à casa, e os cães. (…) A ideia de ir perdendo as coisas, essas coisas que inevitavelmente perdemos, não lhe dava pena.

“As Ondas”
Conto surpreendente de cariz distópico que fala de uma sociedade onde as pessoas são separadas de acordo com as suas moléculas e as suas projecções de ondas, com uma passagem presciente, tendo em conta que data de 1959:
Consigo comunicar contigo por via deste diminuto aparelho de metal (que lembra os antigos televisores); vejo o teu rosto e oiço a tua voz, e tu recebes as minhas mensagens diárias e também o reflexo da minha face.

“A Oração”
Querida, tranque à chave a caixinha de primeiros socorros. A criminalidade infantil é perigosa. As crianças usam quaisquer meios para levar a sua avante. Chegam a estudar dicionários. Nada lhes escapa.

“O Prazer e a Penitência”
No sótão não se ouvia ruído nenhum. Comecei a ficar preocupada com o Santiago.
- Será que se suicidou? – comentei – Poderá ter-se atirado da janela.
- A janela fica num ponto demasiado alto para ele – respondeu o Armindo.
- Talvez tenha comido tinta. É um menino violento.
- No sótão não há tinta.
Corri até à porta e abri-a. O Santiago estava a brincar com uns bonecos articulados e não quis sair do sótão. Arranhou-me o braço. Voltei a trancá-lo.
Profile Image for Glenn Russell.
1,511 reviews13.3k followers
Read
December 18, 2021


The lovely young lass pictured above could be the narrator in a number of stories from La Furia (The Fury).

Reading these artfully constructed cruel tales by Silvina Ocampo of Argentina reminds me of those French contes cruels by such authors as Auguste Villiers de L'Isle-Adam, Jean Richepin and Jean Lorrain.

To share the flavor of exactly how cruel Silvina can be on her characters, in The Photographs, a little girl recounts how she arrived at a birthday party given for Adriana, a fourteen-year-old who suffered a near fatal accident and is now confined to a wheelchair. After all the photographs that taxed poor Adriana's energies that scorching summer day, she slumped over - dead. And, in The Objects, the narrator speaks of a woman, age twenty, by the name of Camila Ersky and her obsession with all the toys, dolls and jewelry she owns only to gather up more toys, dolls and jewelry and then come home to see her precious possessions having faces, "the horrible faces they acquire when we have stared at them too long." Silvina concludes The Objects with this line: "Through a long series of joys, Camila Ersky had finally entered hell."

Here's my brief write-up on two more Silvina tales:

THE CLOCK HOUSE
Silvina switches it up: her nine-year-old narrator is a boy with the initials N.N.. The entire tale consists of N.N. writing a letter to his teacher, one of those 'what I did on summer vacation' kind of letters.

N.N. tells of his experience at a party given for Rusito's baptism. Among the adults helping to set up for the party is his friend Estanislao Romagán, a hunchback watchmaker, alarm clocks his specialty, who lives in a little hut he built for himself on the flat roof of a building, a hut that looks like a doghouse. N.N. calls Estanislao's hut the Clock House.

Every time he paid a visit to Estanislao's Clock House, his friend would treat him to pictures of clocks from around the world and he'd listen as the clocks in Estanislao's roof house would strike the hour a thousand times a day. How wonderful!

The evening of the party, Estanislao put on his wrinkled suit, washed his face and combed his long black hair that almost reached his eyebrows so it looked like a Spanish beret. Wow! Estanislao looked quite elegant.

N.N. relates the details of the party: her older sister Joaquina asking Estanislao if she could touch his back, Joaquina telling him he has all the luck in the world (Is that really fair?), rock and roll music, Spanish music, and a man forcing him to drink liquor (ah, it burned his throat).

Everyone was jolly. The prettiest girl in the room picked a flower from a vine and stuck it in Estanislao's button hole. You could see he was the king of the party. He apologized for his wrinkled suit and then Gevasio Palmo, the owner of the laundry around the corner, came up to Estanislao and said, "Let's iron it right away in my laundry. What are laundries for if not to press the suits for our friends." Everyone welcomed the idea, especially Estanislao who cried with joy and danced a few steps.

Everybody got ready to make the trek to the laundry but N.N.'s mother tried to hold him back. Nothing doing! N.N. joined the others and when they arrived he could see all the huge irons and gigantic bottles.

N.N.'s letter continues and we're given the eerie sense Estanislao is about to make the transition from life of the party to victim when he asks if he has to take off his wrinkled suit and Gervasio responds, "No, don't bother. We'll iron it with you in it."

N.N. tells his teacher he was forcefully removed from the laundry since he was only a kid and threw up from the ammonia smell. He goes on to relate that he never saw Estanislao again and a van from Parcae Watch Repair Shop came and took away all of Estanislao's clocks.

REPORT ON HEAVEN AND HELL
Much of Silvina Ocampo's writing consists of the exactitude of language to convey feeling and perceiving life from a peculiar angle. To share an example, here's the way Silvina begins this two pager:

“Following the example of the great auction houses, Heaven and Hell have galleries full of objects that will surprise no one, since they are the same things that usually fill the houses of the earthly world. But it is not enough to speak only of objects: in these halls there are also cities, towns, gardens, mountains, valleys, suns, moons, winds, seas, stars, reflections, temperatures, favors, perfumes, and sounds, for eternity gives us all sorts of spectacles and feelings.”

And here's how Silvina ends her short-short, parable-like tale:

“The laws of Heaven and Hell are flexible. Whether you're sent to one place or the other depends on the slightest detail. I know people who because of a broken key or a wicker birdcage went to Hell, and others who for a sheet of newspaper or a glass of milk went to Heaven.”

--------------------

*Note to readers of English: these tales are also in Thus Were Their Faces published by New York Review Books and translated by Daniel Balderston.


Silvina Ocampo, 1903-1993
Profile Image for Ashley.
Author 9 books302 followers
December 11, 2010
Silvina Ocampo is a master storyteller every bit as talented and important as more widely recognized Latin American short story writers like Borges. The most commented-on feature of her stories is their "cruelty," by which people generally mean the frequency of murders and other violent acts. But all of these are narrated as if they were unremarkable, which (I think) is one of the unsettling features of the narratives. Also, the way the narrated cruelty seems both inevitable and irrational gets under the reader's skin--"Revenge? Fine," I found myself thinking, "but at least let me understand why the revenge is so necessary, in terms of the character's emotions."

That's when I realized: Ocampo's refusal to satisfactorily "motivate" cruelty highlights our perverse willingness to "accept" cruelty provided that it's rationalized in a narrative. That is, she makes us see our desire for digestible cruelty, cruelty packaged in narratives. Her stories upset our expectations and force us to see that the real cruelty, the real moral offense, perhaps, is in our own minds for desiring stories that help us swallow and move beyond misdeeds.

Folks who don't read Spanish can find the Penguin collection of Ocampo's stories, LEOPOLDINA'S DREAM, which is translated by Daniel Balderston.
Profile Image for Suellen Rubira.
954 reviews89 followers
October 4, 2019
É simplesmente de ficar no chão.

Fico me perguntando por que Silvina demorou tanto a ter uma obra sua traduzida no Brasil. As questões do gênero não me parecem ser o motivo, já que ela não deve absolutamente nada a Borges ou a Bioy Casares. Nada mesmo, nem um dedinho. Diria que me empolguei muito mais com Silvina do que com Borges. Mas tá. São propostas de escrita diferentes. Os enigmas de Borges não são os mesmos de Silvina.

Admirei muito o lirismo com que esses contos foram construídos. Nada sobra. A palavra possui a função de comunicar, mas também para compor o ritmo daquele conto. Narradores dos mais variados tipos: homens, mulheres, crianças. Contos que acabam de modo absurdo e, às vezes, apenas o leitor se dá conta do horror presenciado, caso do conto A casa dos relógios.

Perturbador também é o conto As fotografias. Uma festa de aniversário acaba em tragédia, mas de um modo tão inevitável que é quase difícil crer em seu desfecho. Menos trágico, mas também nessa linha de "convidados que prestam a atenção em tudo menos na aniversariante" é o clássico Feliz aniversário, de Lispector. Rende uma leitura legal esses dois.

É difícil falar sobre esses textos, pois todos guardam um núcleo do absurdo que nem sempre conseguimos superar. A morte é um dos principais temas, está em quase todos os contos. A questão é: o jeito que a morte aparece, quem a provoca. A pessoa que mata está consciente de seus atos? Ficam muitas questões.

Estou indo em busca dos contos completos de Silvina. Ela precisa ser lida, relida, muito lida, já!
Profile Image for Ana.
101 reviews23 followers
May 5, 2023
A escrita de Silvina Ocampo é perplexa e habilidosa. Os contos são belos e perturbadores. A atmosfera é tensa e opressiva. Muitos dos contos exploram o tema da morte de ângulos imprevistos e confesso que acabei alguns dos contos em sobressalto.
Profile Image for Emanuela Siqueira.
166 reviews59 followers
July 26, 2021
Um dos livros mais incríveis e inquietantes da vida! Que bom ler Silvina Ocampo, finalmente, em português brasileiro. Uma das coisas mais incríveis pra mim foi habitar narrativas que conseguem não ter nenhum rastro de tempo cronológico, como se existissem sempre, em suspensão. Também amei a sensação de ser cúmplice dos pequenos (e grandes) atos de violência, escárnio e ironia. No fim, a gente se sente como o cachorro que narra a história; estranhamente adequados a um ambiente insólito.
Profile Image for Ensaio Sobre o Desassossego.
428 reviews218 followers
June 22, 2025
"Quem é esta?, pensei, e era eu." 💭

Pessoas que já leram "Rebecca" da Daphne du Maurier, sabem aquela inquietação que sentimos durante toda a leitura? Pronto, é isso que sentimos em todos os contos da Silvina Ocampo.... algo de errado não está certo 😅
Os contos são fantásticos e - podemos dizer até - têm um pouco de absurdo. São textos perturbadores, sombrios, tensos.

A escrita e o ambiente são descritivos, conseguimos sentir-nos dentro de cada conto. A crueldade está presente em muitas histórias: ciúmes, inveja, traição, rancor e vingança são alguns dos temas retratados aqui.

Ainda não estou muito habituada a ler livros fantásticos e insólitos, que parecem ter algo de surrealista, e senti-me sempre meio inquieta durante a leitura. Não é um livro fácil de entender ou de explicar, mas sei que esta foi uma boa leitura e que vou querer ler mais livros da autora.

Silvina Ocampo foi uma escritora argentina e é muito associada a dois grandes nomes da literatura argentina: Adolfo Bioy Casares e Jorge Luís Borges. Provavelmente Silvina não ficou tão conhecida como estes dois escritores porque era mais reclusa, gostava mais de ficar por casa (ou talvez porque era mulher e já sabemos que o patriarcado influencia tudo...)

Leiam Silvina Ocampo e maravilhem-se 😍

"Talvez a vida requeresse a minha presença mais insistentemente."
Profile Image for Gabriela Ventura.
294 reviews135 followers
February 16, 2020
A cada conto lido, eu só conseguia me perguntar: Silvina, eu sou uma grande admiradora da literatura fantástica latino-americana, por onde você andou a minha vida inteira?

A resposta, infelizmente, tem a ver com apagamentos sistemáticos de gênero. Mulheres são menos publicadas, republicadas e também traduzidas. Deixando passar tempo suficiente, é como se jamais houvessem existido. Temos décadas de Cortázares e Bioys e Borges no Brasil, mas Silvina só chegou aos leitores brasileiros no ano passado. Antes tarde do que nunca. Esse livro é uma beleza.
Profile Image for Cristians. Sirb.
315 reviews94 followers
February 8, 2020
Rare sunt cărțile de povestiri cu texte atât de egale între ele ca valoare! Atât de profunde. Atât de cumpănit scrise. De-un fantastic bine temperat.

“Nu voi avea oare destul curaj să complic destinul nostru, să-l încâlcesc astfel încât atitudinea mea să te oblige să mă disprețuiești, să mă respingi, să te îndepărtezi de mine?”

Scrisoare pierdută într-un sertar.

New York Times: “A good book can confirm your sanity. A good book can make you feel a bit less alone.”

Aceste povestiri sunt, din păcate, doar spicuiri din opera lui Ocampo, câtă vreme numai volumul I din Cuentos completos are aproape 500 de pagini!
Profile Image for Cami.
15 reviews
February 6, 2020
Minunate povestiri! Au acea magie de care doar scriitorii sud americani sunt capabili. Îmi amintește de Marquez.

"Câtă vreme a trecut de când nu mă gândesc decât la tine, tâmpitule, care te intercalezi între rândurile cărții pe care o citesc, în muzica pe care o ascult, te strecori înăuntrul obiectelor pe care le privesc? Mi se pare cu neputință ca învelişul scheletului meu să fie aidoma învelişului tău. Bănuiesc că esti de pe altă planetă, că Dumnezeul tău este diferit de al meu, că îngerul păzitor din copilăria ta nu semăna cu al meu. De parcă te-aş fi zărit în copilărie și că perioada aceea a fost un simplu vis. Gândindu-mă de dimineața până seara și de seara până dimineața la ochii tăi, la părul tău, la gura ta, la vocea ta, la felul tău de a merge, nu mai sunt în stare să lucrez nimic. Uneori, când aud că ți se pronunță numele, inima nu-mi mai bate. Îmi imaginez frazele pe care le spui, locurile pe care le frecventezi, cărțile care îți plac. In toiul nopții, mă trezesc înspăimântată și mã întreb: „Unde-o fi bestia aia?“ sau „Cu cine-o fi?". Câteodată, cu prietenii mei, îndrept dialogul spre subiecte ce atrag in mod fatal comentarii despre modul tău de a trăi, despre particularitățile caracterului tău, ori trec prin fața porții tale, zăbovesc o eternitate așteptându-te, ca să văd la ce oră ieși și cum te-ai îmbrăcat. Nici un îndrăgostit nu s-a gândit, pesemne, la
iubita lui ca mine la tine. Îmi aduc mereu aminte de mâinile tale uşor roşietice și de pielea brațelor tale întunecată la zbârciturile cotului sau la gât, ca nisipul med. „Să fie oare mizerie?", cumpănesc, sperând că voi reuși să distrug cu un defect nou ființa ta demnă de dispreț..."
Profile Image for Vera Sopa.
741 reviews72 followers
June 16, 2024
Um livro que inquieta. Um livro escrito com fúria. 34 contos que têm muito de cruel e delirante. Peguei e larguei porque eram sombrios e desesperançados e quando terminava de ler apagavam-se na memória e quando não ficava perturbada. Voltei a pegar e fui registando aos poucos o tanto que nos dizem. A determinante infância e a humana insignificância.

Contudo, admiro a força das palavras que numa prosa elegante surpreendem. Não estava preparada para estes contos. E não é um livro que se leia desatento. Talvez seja uma característica de autores argentinos. Contos dilacerantes em que a vida e a morte estão numa dança constante.
Profile Image for Marika_reads.
633 reviews481 followers
May 22, 2024
4.5

Silvina Ocampo argentyńska malarka, poetka i pisarka, przyjaciółka samego mistrza Borgesa. Do tej pory po polsku ukazywała się jedynie w antologiach czy na łamach magazynów, nie wiem jak to się mogło wydarzyć, bo przecież to są literackie perełki. Czarne mroczne perełki.
„Furia i inne opowiadania” to zbiór dość krótkich osobliwych miniatur. Trup ściele się tu gęsto, ale nie ma tu stereotypowych ról ofiary i kata. Zło czai się na przykład w ciele dziecka, które ma pakt z diabłem albo grupce dzieci topiących w zabawie swojego kolegę. Zaskakująca morderczynią okazuje się też lamentująca po stracie ukochanego psa kobieta, a nieoczekiwaną ofiarą sparaliżowana dziewczynka wielbiona (do upadłego!) przez najbliższych podczas swoich urodzin.
Autorka zabiera nas daleko od rzeczywistości i w jej historiach wszystko dzieje się na opak. Opowiadania są gęste, hipnotyzujące, jednoczeście wzbudzają uśmiech, a z drugiej strony niepokój i przerażenie. Ocampo jest przewrotna opowiadając o makabrze w sposób groteskowy i tworząc z tego mini makabreski, a zakończenia często są absurdalne (w dobrym tego słowa znaczeniu!). W dodatku jest to wybitnie (serio WYBITNIE) napisane i przetłumaczone przez Tomasza Pindla.
Wspaniałe, czytajcie, a ja na pewno będę do nich wielokrotnie wracać.
Profile Image for Erwin Maack.
451 reviews17 followers
October 12, 2019
"O perigo é que estes contos dizem incessantemente algo mais, outra coisa, que não dizem… Alejandra Pizarnik"

Habitualmente ao lermos uma narrativa a coisa se passa como em uma rodovia asfaltada: sinais de trânsito, faixas, preferenciais, saídas, placas alternativas se sucedem e fazem da viagem um momento previsível e agradável até destino final. Descansa, sem exigir demasiado do motorista, apenas atenção e perícia. Sem distrações, em algumas horas, está-se diante do destino buscado.
Pois é, nada disso se aplica a essa escritora, absolutamente nada. Você sabe que apenas pegou uma estrada. Ponto final. Entretanto não sabe para aonde vai; as placas são contraditórias, buracos por toda parte, sinais errados, indicações equívocas, você se distrai, queda em reflexão, e vive dentro do medo de causar ou sofrer acidentes. A viagem emociona, adrenalina você, e explode seu cérebro de prazer, dor, curiosidade, riso, choro e dúvida. Cuide-se!
Ah! Quase me esqueci: sem Borges não haveria esta Silvina.
Profile Image for Rita.
70 reviews
May 23, 2022
Alguns dos contos são absolutamente extraordinários. De uma escrita limpa, inesperados, e psicologicamente incisivos.
Profile Image for Maria.
265 reviews157 followers
June 18, 2023
Uma coletânea intrigante e envolvente de pequenos contos de Ocampo.
As histórias de Ocampo são reflexivas, curtas e frequentemente terminam de forma brusca com uma sugestão de horror por vezes surpreendente. Ocampo é uma percursora de Mariana Enriquez e os seus contos são reminescentes de autores como Shirley Jackson ou Edgar Allen Poe.
Profile Image for Gabrielle Cunha.
429 reviews114 followers
September 13, 2020
Apavorada & encantada. Que livro estranho. Bem escrito, mas alguns contos são muito peculiares. São curtos, alguns começam de uma forma leve, de boa, e do nada vira algo macabro. As crianças, nossa, assustadoras!!!!!

(p.s: foram duas noites tendo pesadelos em função da leitura antes de dormir ahahaha)
Profile Image for Maciej Sz..
163 reviews31 followers
May 21, 2024
Czytanie takich zbiorów opowiadań można porównać do przeszukiwania zardzewiałego i zakurzonego kufra z rupieciami. Myszkujemy w nim z pasją i uwagą, starannie oddzielając przedmioty nie leżące w kręgu naszych zainteresowań, od tych, których widok przyspiesza bicie serca. Nigdy nie tracimy werwy w poszukiwaniach! Buszowanie trwa, bo za każdym rogiem, pod każdą kolejną rzeczą, może trafić się coś, czego się nie spodziewaliśmy, ale na co podskórnie czekaliśmy. Tajemnica zwiększa poziom ekscytacji. I tak też jest z prozą Silviny Ocampo.

Prozą, która wychodzi najczęściej od nawarstwienia dziwnych – bo często do siebie pozornie niepasujących – szczegółów i przyzwyczaja do tego, że wszystko co widzimy, tak naprawdę może okazać się czymś zupełnie innym. To literatura czujności, zmuszająca do uważności. Czytelnik musi mieć się na baczności, bo przymknięcie oka na jedno zdanie lub akapit, może sprawić, że umknie nam zbyt wiele. Dlatego powinniśmy uważać, być podejrzliwi, bo ciężko przewidzieć nie tylko do czego określone wydarzenia finalnie prowadzą, ale często nie sposób sobie nawet wyobrazić, co czeka nas na następnej stronie.

Przykładem emblematycznym niech będzie “Złoty zając”. Czym jest ów tekst? Bajką, którą ktoś opowiada dziecku? Biblijną przypowieścią czekającą na właściwą egzegezę? Żartem, w którym autorka każe nam sobie zwizualizować “cztery posągi wyobrażające pory roku”? Kawałkiem skierowanym dla terapeutów, którzy mogliby wysnuwać z niego psychoanalityczne interpretacje? A może po prostu jest to czysty surrealizm, u którego założeń leży przecież intelektualna prowokacja, kreowanie nowych mitów i emocjonalny wstrząs? Trudno jednoznacznie stwierdzić, chociaż jedno jest pewne – obok “Złotego zająca” ciężko przejść obojętnie.

Jest u Ocampo przynajmniej jeden motyw, który powraca regularnie w różnych odsłonach. To próba uchwycenia jakiejś metafizycznej ciągłości między różnymi osobami/rzeczami, która w konsekwencji prowadzi do pojawiania się wrażenia niesamowitości. Brzmi zawile? Bo ciężko to jednoznacznie wyrazić. Szuka Ocampo jakiegoś DNA, które byłoby przekazywanie za pomocą miejsc, genów, wróżb, sztuki czy konwencji. Stąd np. bohaterowie bardzo podobni do swoich rodziców; osoby uzyskujące tożsamość po poprzednich właścicielach mieszkania, do którego się wprowadzili; zające zmieniające się w psy czy dzieci upodabniające się do wizerunków z portretu.

W mój gust trafił z tego zbioru cztery teksty: “Złoty zając”, “Fale”, “List zagubiony w szufladzie” oraz “Rozkosz i kara” (Poe i Oscar Wilde uśmiechają się szeroko).
Profile Image for Marcin.
328 reviews78 followers
March 30, 2025
When I came out into society, I was fifteen. I already knew that the role I was condemned to, namely to keep quiet and do what I was told, gave me the perfect opportunity to listen and observe. Not to what people told me, which naturally was of no interest, but to whatever it was they were trying to hide. I practiced detachment. To oczywiście słowa markizy de Merteuil z filmowej adaptacji arcydzieła Choderlos de Laclos z 1988 roku, ale z powodzeniem mogłyby posłużyć za pisarskie credo Silviny Ocampo. Siłą jej opowiadań jest bowiem spojrzenie na rzeczy na pozór niedostrzegalne, zbyt banalne, by obdarzyć je jakąkolwiek atencją lub głębszym zastanowieniem. Ocampo miała bystre oko i była doskonałą obserwatorką, przede wszystkim tego, co kryło się za fasadą, co było głęboko skrywane pod pozorem: normalności, zwyczajności, powszedniości.

Alberto Manguel w posłowiu pisze, jak wielki wpływ na pisarstwo Ocampo miała literatura anglojęzyczna, którą pisarka pochłaniała w oryginale dzięki znajomości języka wyuczonego pod czujnym okiem bon i guwernantek. Autor posłowia wymienia przede wszystkim nazwisko Virginii Woolf, choć myślę, że większe powinowactwo łączy twórczość Ocampo z opowiadaniami Katherine Mansfield. W drobne prozy obu z nich wkracza się in medias res. Czytelnik lub czytelniczka od razu wrzucany jest w sam środek fabularnego świata, co oznaczało radykalne odejście od tradycji literackiej, hołdującej konieczności poprzedzenia zawiązania akcji za pomocą wstępu i rozwinięcia, jak ma to miejsce w przypadku opowiadań chociażby Czechowa czy Iwaszkiewicza.

Pod względem tematycznym zaś podejście Ocampo faktycznie nie odbiega od tego, które do swego pisarstwa zaaplikowała Woolf, przy czym w moich oczach nie jest to komplement, lecz nagana. W swych opowiadaniach Silvina nie wykracza poza opisywanie tego, co doskonale znała z autopsji. Nie ma tu żadnej próby literackiej transgresji, wyjścia poza dobrze jej znaną klasę społeczną, z jej problemami, przywarami, mentalnością i zwyczajami. Do końca życia pozostała, podobnie jak Woolf, sprawną portrecistką burżuazji i zamożnego mieszczaństwa.

Myślę, że nie będzie zbyt ryzykowna teza, zgodnie z którą dla Ocampo liczyła się nie tyle fabuła, ile nastrój. Najmocniejszym punktem jej opowiadań jest bowiem unosząca się nad nimi aura niesamowitości. Większość efektu literackiego buduje ona właśnie na atmosferze: grozy, fantastyczności, nieprzewidywalności. Rzuciłem się łapczywie na ten tom, zauważając z konsternacją, że czytając piąte z rzędu opowiadanie praktycznie nic nie pamiętam z tego, co zadziało się w poprzednich czterech – poza ogólnym wrażeniem spowodowanym ich klimatycznością. Zmieniłem tedy moją strategię czytelniczą na rzecz pojedynczego dawkowania sobie tych małych próz. Modyfikacja podejścia na niewiele się zdała. Próbując przypomnieć sobie, o czym było opowiadanie czytane poprzednio, nie byłem w stanie wykrzesać w zasobach pamięci żadnych detali poza onirycznym nimbem. Taka właśnie jest Ocampo: oddziałuje bardziej na zmysły niż na intelekt. Dla mnie, jak widać, budowanie całości efektu jedynie na nastrojowości to ciut za mało, by móc się zachwycić.
Profile Image for Octavio Pontes.
74 reviews71 followers
May 28, 2021
"(...) tudo o que se faz para não chamar atenção chama atenção."
Profile Image for Brenda Campo.
200 reviews7 followers
May 18, 2024
Tenía tantas cosas que decir al terminar cada cuento, que ni este espacio me alcanzaría para escribir todo.

Pero resumiendolo, cada cuento es una realidad sobre la vida humana,las relaciones,las familias y la vida en si.Algunos con toques de humor, otros con toques de terror...
Increible como S.Ocampo podía pasar de un cuento a otro con temas totalmente diferentes,eso la convierte creo yo en una gran escritora y eso ya lo sabemos todos.

Solo habia leido poesía de ella, pero este primer libro narrado me encantó.
Profile Image for melina.
77 reviews5 followers
October 24, 2024
Me fascina lo perturbador que pueden ser algunos cuentos. Y mucho más la perspectiva infantil e inocente que narra asesinatos y crueldades, o que es testigo, y es justamente ese uno de los motivos que permite el extrañamiento. Dios gracias Silvina Ocampo por tu literatura 🙏🏼

Y encima ¿cómo vas a escribir la genialidad de "Carta perdida en un cajón"? Tenes que cerrar el estadio, etc, etc.

Mis cuentos favoritos:
"Carta perdida en un cajón", "Las fotografías", "El vestido de terciopelo", "La furia" y "La boda".
69 reviews3 followers
August 9, 2023
Não adorei os contos da autora, não havendo nenhum que considere extraordinário. Os ambientes, histórias estranhos, com alguns elementos de horror não me entusiasmaram. O contacto com os contos de autores sul americanos não me tem agradado (problema meu e não dos autores).
Profile Image for Agnieszka Kalus.
556 reviews240 followers
August 4, 2024
Z tych opowiadań zapamiętałam, że dzieci są okrutne, z niewinną miną dopuszczają się najgorszych świństw i podłości i są bohaterami wielu historii. Opowiadania Ocampo są krótkie, ciekawe, jedną nogą balansują w świecie nadprzyrodzonym, choć przekraczanie tej granicy jest bardzo subtelne. Podobały mi się, więc jak lubicie tę formę, to voila!
Profile Image for El Lector Enmascarado.
340 reviews7 followers
July 31, 2020
Cada cuento es su propio mundo recluido, claustrofóbico, un poco más raro y trastornado que el anterior. Sobresalen dos de ellos: «Los amigos», que tiene ese ritmo estremecedor y transtemporal de Borges, y más aún «Los sueños de Leopoldina», que parte, como tantos otros, de un microcosmos misterioso, pero acaba dándole dimensiones mitológicas, con un quiebro en la temporalidad (y en la focalización) de la acción que lo deja a uno con las patas colgando.
Profile Image for Marcela Güther.
14 reviews16 followers
April 5, 2020
Desde a primeira página apaixonada pela Ocampo. Ela faz contos do absurdo, do imaginário, do sarcástico, do cruel, do macabro, do real, do trágico. Maravilhosa. ♥️
Profile Image for Rolando S. Medeiros.
143 reviews7 followers
June 30, 2024
(Att. 2022: saiu aqui no Brasil mais uma coleção de contos da Ocampo, estou com ela em mãos, e talvez comece logo logo)

Oníricos, fantasiosos, imaginativos, misteriosos, extravagantes, cruéis, ou junção de tudo isso e muito mais: são diversos os adjetivos que podemos dar aos contos da Ocampo, que correm em variadas direções, levados pelo estilo bastante particular da autora, subvertendo o cotidiano pelos olhos de homens, mulheres, crianças e até animais.

Ocampo quebra todos os clichês sobre o amor, bondade, caridade, lealdade, e todos os outros ''ades'' e bons sentimentos. Nos adultos ou nas crianças. Embarcando na estranheza, no bizarro, no nojo, na repulsa e na perversidade, de diferentes formas: cartas, relatos, memórias, sonhos ou fantasias — que você, no entanto, dificilmente saberá se localizar em qual deles está: será memória, fantasia, ou sonho?

De aura mística, halo nostálgico e crianças infernais, Ocampo faz um realismo mágico bastante característico, com um estilo que certas vezes pode até engessar a narrativa, mas que outras vezes a faz fluir como um sonho, levitar como uma lembranç ou, habilmente, estender-se como pesadelo.

São contos curtos, e no meu caso, especificamente, foi uma leitura interessante, mas truncada, tanto que até larguei o livro por um tempo antes de retornar e terminá-lo. A disparidade entre os contos é notável, mas agora que terminei, vejo que o esforcinho que fiz valeu a pena, termino o livro com um gosto bom na boca. E talvez a experiência de leitura desse livro tenha se tornado melhor assim, degustado aos poucos, e não devorado de uma vez.

Comentários conto a conto:


Displaying 1 - 30 of 177 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.