Pedro Paixão nasceu em Lisboa, em 1956, vive em Stº António do Estoril e tem um filho. É doutorado em Filosofia, que ensina na Universidade Nova de Lisboa. Com Miguel Esteves Cardoso fundou a agência de publicidade Massa Cinzenta, que mais tarde vendeu. Com o seu primeiro romance, "A Noiva Judia", inaugurou um estilo que tem vindo a marcar a cultura portuguesa desde o início dos anos 90. Tem somado sucessos atrás de sucessos, entre eles "Viver Todos os Dias Cansa", "Muito Meu Amor", "Nos Teus Braços Morreríamos", "Quase Gosto da Vida que Tenho" e "Amor Portátil".
“Há um momento em que acreditas e outro momento em que já não acreditas, e o intervalo entre os dois é um estreito abismo de que pareceu não fazeres caso.” “Sobretudo o teu riso parecia afirmar com toda a clareza que a vida ainda existia e não era uma cópia de uma cópia destinada à ruína. Por momentos, salvaste-me” “Aguentaram enquanto puderam. Depois encontraram-se. Ninguém sabe porquê. Nem eles.” Pedro Paixão em Eu amo Godard
este livro tinha tudo para ser excelente, começando logo pelo título. Contudo a megalomania do narrador leva-o a caminhos que não deveriam ser explorados. Penso que a mulher também seja um pouco objectivada neste livro, mas pode ser presunção minha, não o tenho por garantido.
Todavia, o que safa este livro é os excertos geniais que conferem ao autor toda a credibilidade para o conferirmos como um bom escritor, ou mesmo como um poeta.
Um itinerário pela mentira, amor e paixão, vividas na primeira pessoa com o distanciamento do sonho; esta seria uma forma rápida de resumir este livro, se tal fosse possível.
Numa narrativa coerente e desconexa somos convidados a seguir alguém que se desloca a Nova Iorque com o intuito único de escrever um livro. No meio desse projecto acontece-lhe viver.