Jorge Amado escreveu O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, em 1948, para o seu filho João Jorge, quando este completou um ano de idade.
O texto andou perdido, e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depois de ter sido recuperado pelo filho e levado a Carybé para ilustrar.
Com ilustrações belíssimas, para um belíssimo texto, a história de amor do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá continua a correr mundo fazendo as delícias de leitores de todas as idades.
Jorge Amado was a modernist Brazilian writer. He remains one of the most read and translated Brazilian authors, second only to Paulo Coelho. In his style of fictional novelist, however, there is no parallel in Brazil. His work was further popularized by highly successful film and TV adaptations. He was a member of the Brazilian Academy of Letters from 1961 until his death in 2001. In 1994, his work was recognized with the Camões Prize, the most prestigious award in Portuguese literature. His literary work presents two distinct phases. In the first, there is a clear social critic and political focus, with works such as Captains of the Sands and Sea of Death standing out. In his more mature phase, he adopts an aspect of good-humored and sensual chronicler of his people, abandoning ideological motivations, with works such as Gabriela, Clove and Cinnamon, The Double Death of Quincas Water-Bray and Dona Flor and Her Two Husbands.
He wrote a tale for a child (that of the author), which one might have written only for beings under ten. But it is, of course, much more than that. It's a book about love and difference, friendship and love, where the characters, disguised as animals, represent human emotions (the beautiful and the ugly). Therefore, it is a book for adults with a timeless philosophical and humanitarian message transcending age, class, or social origin. Gorgeous.
Uma história acerca de um amor que floresceu apesar de desafios como o preconceito, mas que é muito mais do que isso. Temos um gato e uma andorinha, os quais podiam bem ser duas pessoas neste nosso mundo ainda tão cheio de diferenças e hostilidade, apesar do avançar e evoluir dos tempos. Amar o próximo, independentemente da sua origem, devia ser o nosso principal objetivo!
"Enganava-se a Rosa-Chá quando pensava que o Gato Malhado vivia solitário e não tinha nada no mundo. Bem ao contrário, ele tinha um mundo de recordações, de doces momentos vividos, de lembranças alegres. Não vou dizer que fosse feliz e não sofresse. Sofria, mas ainda não estava desesperado, ainda se alimentava do que ela lhe havia dado antes. Triste no entanto, porque a felicidade não pode se alimentar apenas de recordações do passado, necessita também dos sonhos do futuro."
Não se enganem: este não é o típico livro infantil. Jorge Amado - o mítico autor de "Gabriela Cravo e Canela", entre outros - escreveu este livro para o seu filho João Jorge quando este tinha apenas 1 ano. Entretanto, o livro perdeu-se e voltou a ser encontrado pelo menino anos mais tarde. Este levou-o a Carybé para ilustrá-lo e, ambos, fizeram questão que Jorge Amado o publicasse. Assim foi ele publicado, em 1978 no Brasil.
Livro indicado pelo PNL para o 8ºano, está repleto de pequenas metáforas e alegorias, assim como crítica social, desde à religião, à política ou ao poder.
Um livro que deve ser lido por toda agente e que se lê muito bem numa horinha. Aconselho muitíssimo.
É uma história de amor originalmente escrita para uma criança, mas que ressoa em todos os adultos que têm uma criança a viver dentro de si. Toda a gente deveria ler.
Para o projeto #24horas1livro da @silveria.miranda
O primeiro livro que leio do autor Jorge Amado.
Foi escrito em 1948 em Paris onde vivia na altura e foi um presente de aniversário para o seu filho João Jorge, quando fez um ano. Só 30 anos depois é que foi publicado.
O livro está dividido em vários capítulos que correspondem às estações do ano e também alguns parêntesis.
A história centra-se na Andorinha Sinhá e no Gato Malhado. Eles encontram-se um dia num parque onde existem vários animais como o Sapo Cururu, a Galinha Carijó ou o Reverendo Papagaio.
O Gato Malhado tem fama de ser arruaceiro e de ser o autor de vários crimes por resolver.
Mas parece que a relação dos dois será especial e muitos dos animais não percebem o porquê de se darem tão bem com tamanha má fama do Gato Malhado.
Gostei bastante desta pequena história onde o autor conseguiu abordar várias assuntos, em especial a aceitação das diferenças de cada um.
Li este livro na escola há vários anos (há tantos que já nem me lembrava do que se tratava) e estava hoje a espreitar-me de uma estante. Decidi reler esta história que, parecendo infantil talvez pela sua brevidade, pela personificação dos animais ou pelas ilustrações, demonstra o início de um grande amor que se sabe sem ser preciso ser dito e que parece tão real como aquele que se passa nas nossas vidas!
"Quando, pela manhã, se viam pela primeira vez naquele dia, ele lhe perguntava: - Que fizeste de ontem para hoje? Hoje estás ainda mais linda do que ontem e mesmo mais linda do que estavas essas noites no sonho em que te vi... - Conta-me o teu sonho. Eu não te conto o meu porque sonhei com uma pessoa muito feia: sonhei contigo... Riam os dois [...] Assim aconteceu a Primavera"
Lembra-me esta também outras Primaveras da minha vida e que por isso não me deixa indiferente a esta "história de crianças".
This is a book recommended for my brother, who is 12 years old, for one of his classes. But, you see, my brother doesn't like to read and I ended up reading this book to tell him the story. The book is a love story told by the Morning to her friend Time...The Morning was late certain day when her love interest (Mr. Wind) told her a lovely love story, and she was going to be punished by Mr. Time, yet she finds a way to be excused for such a delay if she tells him the story that screamed so loudly doing. So, she tells him the love story between a cat and a swallow. The cat is, at the beginning, very alone, but he likes it! The problem is that when you're a lonely person (I must admit it, like me!) the rest of the world can start to think other things and take their own conclusions, which may or may not be true. But, when a lovely and adorable young swallow starts talking and flirting with the cat he starts to feel something that he never had: Love. The problem is: "How can a cat and a swallow be together and marry (yes, he asked her) when by the opinion of the remaining population of the park, a cat belongs with a cat and a swallow belongs with a swallow?". Despite being a book that has already been published a few years, in my opinion it seems to me that it is quite current! That was a surprise! It's an adorable book for kids and make them think about very current social problems and that the world is not only black and white, that there are beautiful colors to be seen, which is my view of how the stereotypes should be presented, with differences.
Este pequeno conto infanto-juvenil é simplesmente maravilhoso. Li-o em cerca de hora e meia, acompanhando um jogo de futebol, mas este pequeno texto conseguiu arrancar-me mais emoção e prender-me às suas páginas do que um confronto Porto-Benfica.
Adorei a história, as ilustrações e, sobretudo, a escrita. Simples, aparentemente despreocupada, e repleta de humor e sabedoria. Uma história infantil, com muito significado, que explora o poder do amor, mas também o que há de pior na natureza humana. Recomendo a sua leitura a todos!
Eu sou parcial a Jorge Amado, é um dos meus escritores preferidos, mas este livro é um doce. As história é amorosa e as ilustrações dão-lhe um ar de livro infantil, que acompanha na perfeição a história de amor proibido entre uma andorinha e um gato...
É um daqueles livro que eu acho que se pode recomendar a toda a gente.
O amor impossível, essa figura apreciada pelos escritores desde sempre, é a base deste pequeno livro que Jorge Amado escreveu para o seu filho de um ano em 1948, apenas descoberto quase 30 anos depois. Os protagonistas desta história não poderiam ser mais diferentes, e teoricamente seriam mesmo inimigos: um gato e uma andorinha.
O gato malhado e a andorinha Sinhá vivem num parque com uma grande variedade de animais: o gato é carrancudo, pouco dado a amizades, de tal modo que os vizinhos têm quase todos medo dele; a andorinha é uma alma livre, de bem com a vida e muito social, e por isso sente-se intrigada com o gato. Os dois acabam por começar a conversar e sentem cada vez maior afinidade, até que se apercebem que estão apaixonados.
A história de ambos vai sendo contada ao sabor das estações, que têm elas próprias um simbolismo: o amor nasce na primavera, é rápido e feliz no verão, mas o outono e o inverno trazem tristeza e separação. A alegoria é também bastante vincada, na medida em que os animais que rodeiam o gato e a andorinha representam figuras típicas na sociedade e é fácil transpô-las para a vida real, ainda que tenham passado entretanto quase 70 anos.
Penso que a principal mensagem do livro é a importância da aceitação das diferenças e o impacto que a mesma tem no progresso da sociedade. Apesar de ser uma história dada como infantil/juvenil, é um livro que trata temas trasnversais a todas as idades. Gostei do estilo de narração interventiva e também do facto de não ser um conto de fadas ao estilo “viveram felizes para sempre”.
Apesar de todas as qualidades que lhe reconheço a nível de escrita, estilo e conteúdo, ainda assim foi um livro que me deixou um pouco indiferente. Acho que não consigo explicar muito bem isto, para além de dizer que talvez não tenha sido lido na altura mais propícia. Por isso mesmo, um dia farei uma releitura.
"A poesia não está somente nos versos, por vezes ela está no coração, e é tamanha, a ponto de não caber nas palavras."
Um história de amor, entre um gato - que toda a gente crê mau - e uma andorinha. Mas sobretudo uma história sobre preconceito (afinal, o gato não seria assim tão mau), sobre aceitação das diferenças, sobre o peso do mundo que nos rodeia:
«O mundo só vai prestar Para nele se viver No dia em que a gente ver Um gato maltês casar Com uma alegre andorinha Saindo os dois a voar O noivo e sua noivinha Dom Gato e Dona Andorinha»
Por fim, pessoalmente, gostei muito dos parêntesis literários ;)
Uma pequena história que Jorge Amado escreveu quando o seu filha tinha 1 ano e que nos conta a história de amor entre um gato e uma andorinha. Para mim, só pecou com o final.
Vejam a minha opinião mais detalhada em vídeo, AQUI.
"O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá" é um livro infantil, escrito por Jorge Amado, um brasileiro, com ilustrações de um outro brasileiro - Carybé. Conta uma "história dentro duma história". A Manhã conta ao Tempo uma história sobre os dois animais para ganhar uma rosa azul e "fazer menos pesada a eternidade". A história trata-se num parque onde um gato malhado aterroriza todos os animais com exceção duma andorinha. Apaixona-se por este pássaro mas é "o amor que não ousa miar o seu nome", digamos assim, porque um gato não pode casar-se com uma andorinha, nem sequer num livro infantil. Os capítulos são estações do ano, com divagações do autor nos vazios entre capítulos.
As ilustrações são encantadoras e fazem-me lembrar "O Principezinho". Na ultima página até há um desenho duma cobra a devorar um mamífero dalgum tipo, que é obviamente reminiscente da imagem mais conhecida daquele livro.
Apesar de ser um livro infantil, há muito vocabulário desconhecido. Não sei se isso é porque é velho, mas "O Banqueiro Anarquista" é ainda mais velho, mas achei-o mais fácil. Talvez seja por causa do país de origem... Enfim, o livro é giro apesar do facto que precisei dum dicionário ao pé de mim.