Em Fevereiro de 2000, Richard Zimler voltou à Austrália para participar no Encontro de Escritores de Prth. No dia da sua chegada, conheceu uma talentosa bailarina brasileira que lhe contou o muito que o seu romance O Último Cabalista de Lisboa tinha significado para ela. O trágico passo que ela daria no dia seguinte mudou para sempre a vida de Zimler, lançando-o numa intensa investigação de três anos sobre o passado daquela mulher.
O escritor descobre então uma infância vivida à sombra do Monte Carmelo na década de 1950, uma época de tolerância entre comunidades vizinhas de árabes e de judeus nos velhos bairros de Haifa. À medida que esta paz se vai fragilizando, duas raparigas - uma palestiniana, outra israelita - tecem entre si laços que as ligam para sempre. Zimler desvenda a história desta amizade extraordinária, que o conduz, através de uma rede de ilusões, crueldades e enganos, de Paris a Bolonha e à Palestina e finalmente, ao 11 de Setembro de 2001, quando a tragédia que testemunhou em Perth se revela à luz do mais extremado contexto político.
A o analisar a natureza da verdadeira amizade e a génese de um crime impensável, À Procura de Sana confunde magistralmente as fronteiras convencionais entre realidade e eficção, numa teia de situações reais e romanescas que deixam o leitor suspenso do desfecho deste livro surpreendente e corajoso, que é sem dúvida um ponto alto na obra de Richard Zimler
Richard Zimler was born in Roslyn Heights, New York, in 1956. He has a bachelor's degree from Duke University (1977) and a master's degree in journalism from Stanford. In 1990, he moved to Porto, Portugal, where he taught journalism for sixteen years at the university level. In 2017, the city of Porto awarded Zimler its highest distinction, the Medal of Honor. At the ceremony, Porto's mayor described the novelist as "A citizen of Porto who was born far away, who makes the city greater and grander... Zimler projects Porto out into the world and brings the rest of the world to us."
Richard has published twelve novels over the last 22 years, and his works have been translated into 23 languages. His most recent novel is THE INCANDESCENT THREADS, which was a finalist for the National Jewish Book Awards in the USA. In chronological order, his novels are: The Last Kabbalist of Lisbon, Unholy Ghosts, The Angelic Darkness, Hunting Midnight, Guardian of the Dawn, The Search for Sana, The Seventh Gate, The Warsaw Anagrams, Teresa Island (only in Portugal and Brazil), The Night Watchman, The Gospel According to Lazarus (The Lost Gospel of Lazarus in paperback) and The Incandescent Threads. His novels have appeared on bestseller lists in 12 different countries. Five of his books have been nominated for the prestigious International Dublin Literary Award: Hunting Midnight, The Search for Sana, The Seventh Gate, The Warsaw Anagrams and The Night Watchman.
Richard has also published six children's books in Portugal. He writes his children's books in Portuguese and his novels in English.
The Last Kabbalist of Lisbon, Hunting Midnight, Guardian of the Dawn, The Seventh Gate and The Incandescent Threads form the "Sephardic Cycle," a group of inter-connected - but fully independent - novels about different branches and generations of a Portuguese Jewish family. You do not need to read them in any order. Each book stands on its own. You can read the first chapters of all his books at his website: www.zimler.com
Richard's latest novel, The Incandescent Threads, is published by Parthian Books. It was a Number 1 Bestseller and Book of the Year in Portugal. It was also chosen as one of the Books of 2022 by the Sunday Times and Jewish Chronicle. Here is a brief synopsis:
From the acclaimed author of The Last Kabbalist of Lisbon and The Warsaw Anagrams comes an unforgettable, deeply moving ode to solidarity, heroism and the kind of love capable of overcoming humanity’s greatest horror.
Maybe none of us is ever aware of our true significance....
Benjamin Zarco and his cousin Shelly are the only two members of their family to survive the Holocaust. In the decades since, each man has learned, in his own unique way, to carry the burden of having outlived all the others, while ever wondering why he was spared.
Saved by a kindly piano teacher who hid him as a child, Benni suppresses the past entirely and becomes obsessed with studying kabbalah in search of the ‘Incandescent Threads’ – nearly invisible fibres that he believes link everything in the universe across space and time. But his mystical beliefs are tested when the birth of his son brings the ghosts of the past to his doorstep.
Meanwhile, Shelly – devastatingly handsome, charming and exuberantly bisexual – comes to believe that pleasures of the flesh are his only escape, and takes every opportunity to indulge his desires. That is, until he begins a relationship with a profoundly traumatised Canadian soldier and artist who helped to liberate Bergen-Belsen – and might just be connected to one of the cousins’ departed kin.
Across six non-linear mosaic pieces, we move from a Poland decimated by World War II to modern-day New York and Boston, hearing friends and relatives of Benni and Shelly tell of the deep influence of the beloved cousins on their lives. For within these intimate testimonies may lie the key to why they were saved and the unique bond that unites the
4.5 Estrelas. A ser tudo verdade o que está neste livro, Richard Zimler viveu uma aventura alucinante. As últimas páginas deixaram-me quase sem fôlego!
Só quando li a última página me dei conta da incrível coincidência de chegar ao fim deste livro num dia 11 de setembro. É uma maravilhosa história sobre a amizade entre uma menina palestiniana e uma menina judia que se escondiam juntas dentro de um armário para fugirem aos soldados. Zimler conheceu uma dessas meninas em 2000, num hotel australiano, quando se encontraram no bar e ela lhe pediu que lhe autografasse um livro. A menina tinha já 50 anos e transportava no ombro um passarinho imaginário, que lhe enviou nas pontas dos dedos quando se despediram. No fim da tarde de um dos dias seguintes, quando o escritor comia uma sopa de milho com natas na esplanada do hotel, ouviu o estilhaçar de vidros pouco antes de o corpo voador da menina-adulta-pássaro bater no chão, com olhos abertos que já não viam. Zimler foi à procura da história de Sana e lê-lo ajudou-me a compreender mais profundamente o que sucedeu em 11 de setembro de 2001. Para lá dos factos. Por trás dos factos. Há muitas coisas notáveis neste livro. Uma delas é ter sido escrito por um judeu que consegue emocionar-nos quer com o sofrimento dos judeus, quer com o sofrimento dos palestinianos. E que nunca, nunca acredita que as dores passadas legitimam as dores futuras infligidas a outros. Ter-se sido vítima, em algum momento, não justifica que se faça dos outros vítimas. E esse é um ensinamento que este livro nos mostra que vale para qualquer um dos lados, porque, no fundo, é do mesmo lado que todos estamos. E que as duas meninas, Sana e Helena, sempre estiveram.
Um livro comovente e de emoções fortes, onde Richard Zimler nos convida a procurar Sana numa teia de mistérios.
Sendo verídica, é uma "sorte" que o autor tenha vivido esta alucinante história, e uma sorte que ele a tenha decidido partilhar, enquanto escritor.
Quando li a sinopse e decidi ler o livro, pensei sobretudo que seria baseado na amizade entre as duas crianças, mais tarde adultas, Sana e Helena. No entanto, explora bem mais do que este laço, debruçando-se sobre coisas menos bonitas, como a vingança, o medo, a angústia e a solidão, tendo como pano de fundo o conflito israelo-palestino.
Uma história intrigante que nos faz reflectir sobre a amizade, as crenças, o poder político e as escolhas que fazemos, bem como as suas consequências. Quando terminei a leitura fiquei com a sensação de que o próprio leitor pode escolher aquilo em que quer acreditar, ainda estou a pensar que versão quero para a Sana! Adorei!
Estou ainda um pouco perdida sobre o que é a verdade e a mentira deste livro... Gostei. Acho que o autor se arriscou e muito...
Gostei muito da frase:
"Quando disse a Helena que por vezes sentia haver ligações invisíveis entre o meu passado e o presente, respondeu que muitas vezes sentia o mesmo" (pág. 125)
Bem, resta-me ir ler o "último cabalista de Lisboa". Fiquei muito muito curiosa...
Não dá para pontuar com seis estrelas? Este livro é qualquer coisa de especial, quando terminei de o ler, estive em "transe" um bom bocado, a processar o final do mesmo. Só tive pena que não tivesse uns quantos capítulos a mais, deixa-nos com vontade de querer saber mais, mas acho que a intenção do autor é mesmo essa, deixar-nos a pensar... MUIIIIIIIIIITO BOM
A curiosidade acerca da escrita de Richard Zimler há muito despontava no meu âmago e o encontro com "À Procura de Sana" revelou-se o momento oportuno para a satisfazer. Recordo-me de ter adquirido o livro no cinema São Jorge pela ocasião da "Judaica", um certame anual que se debruça sobre a cultura e o imaginário judeu, com especial incidência na programação cinematográfica em Belmonte e em Lisboa. Com efeito, este foi o primeiro romance que li de Zimler e, não obstante a sensação de incompletude e insatisfação após o seu término, afirmo desde já a minha intenção de repetir a experiência literária. "À Procura de Sana" apresenta-nos uma protagonista ausente desde o dealbar da narrativa, acontecimento que catapulta o leitor para um mistério erigido sobre os sustentáculos desse mesmo vazio. Apesar de ter demorado menos de vinte e quatro horas a terminar o livro, tendo em conta que me encontrava ansiosa por descortinar aquilo que se tinha passado com Sana e apurar a quota parte de "verdade" dos acontecimentos narrados, julgo que o ritmo que Zimler optou por imprimir à narração revela-se pouco equilibrado e compassado. Talvez por preferir um estilo de escrita pautado pela demorada análise psicológica intercalada com descrições profusas das ambiências, senti que ambos os recursos - o último influindo diretamente na forma do texto e o primeiro com influência na "matéria" e no erigir das personagens da trama - não foram explorados devidamente. De facto, não pude deixar de considerar que Zimler podia e devia ter revelado mais sobre os seus próprios sentimentos, frémitos e dores ao colocar a história no papel. Por outro lado, o estilo de escrita simples, pejado de diálogos mas com falta de momentos de pausa e de reflexão interior (que parecem ter sido recorrentes, em todas as personagens, como nos é sugerido ao longo da história), é um óbice ao mergulho mais profundo do leitor na intriga gizada por Zimler. Não posso, todavia, deixar de salientar a mestria da imaginação e da originalidade do escritor, por demais vincadas no "volte-face" que preparou, mas que jamais pecou por desvendar. Por outro lado, o pano de fundo político que se desenrola à frente dos olhos do leitor, configura uma linha paralela extraordinária que opõe a realidade e a ficção fazendo-as caminhar lado a lado sem se tocarem. Assim, não poderei deixar de recomendar "À Procura de Sana" a todos os leitores que apreciam um mistério intrincado, mas que se resolve em poucas páginas e sem derrapagens que desemboquem na vã prolixidade.
J'ai lu le livre en français "La quête de Sana", et c'était mon premier livre de Richard Zimler. Ce n'est pas un roman, mais un récit, autobiographique, qui a tout d'un thriller palpitant. Le récit retrace l'histoire de deux amies israéliennes, l'une est juive, l'autre palestinienne, et l'histoire commence en 1946 à Haïfa, Israel, lorsqu'elles sont enfants et vivent côte à côte dans un quartier de cette ville. Les deux familles sont amies à l'époque. L'une juive, dont la mère Rosa est une rescapée des camps, l'autre palestinienne, dont la mère Zaïnab est le soleil du quartier. Les mères et leurs filles s'aiment. La vision de l'auteur sur l'histoire contemporaine, qui s'étend jusqu'aux années 2000 avec l'attentat des tours du WTC à New York, est d'autant plus bouleversante qu'aujourd'hui, 2025, non seulement rien n'a changé, mais la situation est pire que jamais. Israel, Cisjordanie, Gaza... ce qui se passe dans cette région actuellement, est atroce, impensable. Comme si l'histoire ne nous enseigne rien, au contraire, elle attise les haînes entre ceux qui ont survécu à l'holocaust, et ceux à qui on a volé leur terre, leurs racines. Je n'ai pas l'intention de faire ici de la politique, je n'en suis tout simplement pas capable car trop ignorante de la complexité de ce pan de l'histoire, mais je ne peux m'empêcher de penser que tant que l'on ne reconnaisse pas deux pays, l'un israélien, l'autre palestinien, où règneront les mêmes droits et les mêmes obligations pour tous, le conflit s'empirera sans trouver une solution durable.
Como apreciador da saga Zarco que sou, não posso dizer que este livro me tenha empolgado tanto como O Último Cabalista de Lisboa, Goa ou o Guardião da Aurora e, claro, A Sétima Porta.
No geral, gostei. Na realidade, não tinha grande curiosidade em ler este livro, mas após alguma "insistência" de uma amiga (que me disse para o ler, mas que me avisou que não era tão bom como os outros), decidi-me a dar-lhe alguma atenção. Pelo facto de não estar à espera de uma grande obra literária, as expectativas acabaram por ser superadas.
É uma história um bocado complexa (e a determinadas alturas um pouco desinteressante, especialmente quando é narrada a história da infância de Sana, por exemplo). O que acabou por me cativar mais neste livro foi mais o "ambiente" do que propriamente a história da busca de Sana. Ou seja, achei bastante interessante o retrato das relações entre palestinianos e israelitas e tudo o que está implicado, mais do que do resto (telefonemas e viagens para aqui e para ali e sei lá mais o quê). Quem gosta do Zimler, não se sentirá defraudado com este livro. Mas a quem não conhecer (ou não gostar), não recomendo que este seja um primeiro livro.
A carga emocional de quem fica, que tenta descobrir qual é a de quem voluntáriamente parte. Muito complexo... Sempre me interroguei nestas situações, se um telefonema, uma canção, uma conversa ouvida inadvertidamente,poderiam alterar o curso dos acontecimentos e a decisão que foi tomada. O que faria a diferença, quantos minutos? O conflito subjacente é igualmente complexo, mas não sei como é possível viver assim, com bunkers obrigatórios em cada casa ou prédio, com mortos de um lado e de outro, com a prepotência instalada. Como é possível viver sempre num quase campo de refugiados a ser bombardeado? Viver em casas onde paredes desapareceram, onde as marcas de balas são visíveis? Como é possível ir trabalhar diáriamente do outro lado e visto como criminoso? Como é possível ver mais um bocado da sua terra ocupado e anexado a outro território? Ter filhos sem o medo permanente de que algo lhes aconteça? Quando será possível ter amigos dos 2 lados, viver pacificamente? Quem vive de ambos os lados tem de o requerer enérgicamente, revoltar-se igualmente. Nesta história de Sana e Helena ficou-me a faltar o como será possível a paz?
Richard Zimler’s The Search for Sana is a deeply moving and ambitious novel that blends fiction and historical truth in a way that lingers long after the final page. Set against the backdrop of the Israeli-Palestinian conflict, the book explores the complexities of friendship, trauma, and the ever-blurred lines between personal and political histories.
Told through the eyes of a journalist seeking to understand the life and death of his childhood friend, the novel shifts elegantly between past and present, Jerusalem and California, and between innocence and the harsh realities of adulthood. Zimler’s prose is lyrical and empathetic, and his characters—especially Sana—are vivid and emotionally rich.
Though at times the narrative can feel a bit too expansive or unevenly paced, the emotional core remains powerful. Zimler handles the sensitive subject matter with great care and humanity, offering no easy answers but inviting deep reflection.
A compelling and beautifully written book that challenges the reader to reconsider how we define truth, justice, and friendship.
Neste livro Zimler é quem faz a narrativa dos acontecimentos o que traz uma dose acrescida de interesse ao livro, já que, assim, muitas questões biográficas do autor passam a ficar, também, conhecidas. Tudo começa em Perth onde Zimler é confrontado com uma moça que leu o “Último Cabalista de Lisboa” e lhe pede para nele fazer uma dedicatória para Helena. Pouco depois a moça suicida-se e este acontecimento leva Zimler a interessar-se pela história da moça. E esta história é mesmo surpreendente e desconcertante na perceção do quem foi realmente Sana. Uma palestiniana de Haifa que foi amiga intima de infância de uma judia, a tal Helena, da dedicatória do livro. Na sua escrita bonita em que cada palavra é muito bem tratada, é mais um livro de Zimler que recomendo vivamente.
Having read the Last Kabbalist of Lisbon and Hunting Midnight I was intrigued to find a story from Richard Zimler set in Perth. He totally nails both the place and culture through his description of attending a writers festival.
Whilst enjoyable to read, Zimler perpetuates stereotypes, inclusive of Israeli military aggression, which are sadly distorted from the mainstream reality. The frustration of his characters as victims leaves out the element of its cause and delivers an outdated mindset.
Notwithstanding, the fictional quality and literary obsession that Zimler has for his crusade in this work is an enjoyable read.
Amei este livro, que pena não ter começado a ler os seus livros há mais tempo. A meio ainda pensei que havia alguma ficção, o final tirou-me todas as duvidas. Não houve uma pagina que me tenha desiludido, embora o episódio do Jamal, me tenha incomodado pela crueldade que o rapaz passou... Recomendo! Bem haja ao autor!! Vou ler de seguida, O Ultimo Cabalista, espero adorar também!!!
one love richard zimler. MAS QUE GÉNIO, MEU DEUS! como é que é possível alguém escrever assim tão bem e tão genialmente de forma a que nem te dês conta das páginas a passar?? livro bastante incrível que me dá AINDA MAIS vontade de ler mais a sua obra. este livro só vem reforçar a minha suspeita de que este homem se vai tornar o meu escritor favorito do mundo. obrigada
Richard Zimler at his best. Intertwining Fiction so strongly within a framework of Non-Fiction crates a story which not only makes it spell binding, but also drawing the reader into a reality that may or may not exist. Were it not for the author reminding us at the end that the story itself is fiction, it would have been entirely plausible to believe this was an actual autobiographical biography.
Neste livro Zimler é a personagem principal. Aborda-se o conflito israelo-palestino e chego ao final do livro sem saber se é tudo ficção (escrita de uma forma magistral) ou se é uma aventura do caraças!?
Mais um livro maravilhoso de Richard Zimler. À procura de Sana é um livro completamente diferente do que o autor escreve habitualmente, pois esta foi uma história verídica que lhe aconteceu. O autor viveu mesmo esta história que nos conta neste livro. Achei o livro super interessante e bem escrito, sempre ao jeito de Richard Zimler. Sana foi uma jovem que ele conheceu casualmente quando estava na Austrália e à qual ficou ligado por alguns anos devido a coisas que ficaram por desvendar. A complexidade desta história é incrível e deixa o leitor preso às páginas até ao fim. Recomendo muito esta leitura, aliás como recomendo qualquer livro de Richard Zimler!
A forma como este livro me foi parar às mãos é muito engraçada: no meu trabalho eu tenho um forte contacto com o público e como sou muito curiosa e faladora um dia uma das minhas clientes habituais que é muito simpática estava a ler " A rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo" do Stieg Larsson e eu perguntei o que estava a achar da leitura por que já tinha lido o primeiro volume e tal e a senhora muito atenciosa lá me disse e perguntou se eu gostava de ler e eu respondi que adoro ler! E ela então disse que um dia me ia emprestar um livro e eu fiquei logo muito entusiasmada claro! Passado uns dias lá me apareceu ela com este livrinho!!! Para ser franca, apesar de ter lido "Meia noite ou o principio do mundo" do Richard Zimler e de a minha irmã ter muitos livros dele e de me ter oferecido na Feira do Livro deste ano "Ilha Teresa", este " À procura de Sana" nunca seria um livro que comprasse. Mas ainda bem que me foi emprestado porque é um excelente livro! Sana é uma árabe que não se sente à vontade com a Guerra Palestino-árabe, conhece Richard Zimler na Austrália onde este estava num Encontro de Escritores em Perth. Sana diz-lhe que adorou o seu livro "O Último Cabalista de Lisboa" e que a havia marcado muito. Passado poucos dias, Sana atira-se de uma janela do hotel em que estava instalada sob o olhar de Zimler. Richard Zimler não descansa enquanto não descobre mais sobre esta rapariga e os motivos que a levaram a cometer o suicídio. Nesta busca pela verdade encontra uma amiga de infância de Sana, Helena, curiosamente judia; os pais de Sana e alguns amigos. À medida que acompanhamos o escritor nesta aventura, ficamos a conhecer melhor tanto a questão Israelo- Árabe como também a personalidade a vida deste escritor. Foi uma história que me marcou, com muito mistério, em que os sentimentos estão à flor da pele e que nada nos deixa indiferentes! De salientar também as múltiplas referências ao livro "o último cabalista de Lisboa" que nos deixa uma profunda curiosidade e vontade de o ler. Adoro este escritor e o modo como ele escreve! Aconselho esta leitura e deixo aqui o meu muito obrigado a quem me emprestou o livro!