Este romance épico baseado na história japonesa narra um período da vida de Musashi, samurai japonês que viveu presumivelmente entre 1584 e 1645. A história começa com Musashi recuperando os sentidos em meio a pilhas de cadáveres do lado dos vencidos na batalha de Sekigahara, em 1600. Perambula a seguir em meio a um Japão em crise, onde samurais, condenados por senhores feudais ao desemprego e à miséria (os rounin), semeiam a vilania ditando a lei do mais forte. Musashi será mais um dentre estes pequenos tiranos, derrotando impiedosamente quem encontra pela frente até que um monge armado apenas de sua malícia e de alguns preceitos filosóficos zen-budistas consegue capturá-lo e pô-lo rudemente à prova. Musashi foge graças a uma jovem admiradora, para ser novamente capturado para ficar três anos confinado em uma masmorra, onde uma penitência feita de leituras e reflexões o fará ver um novo sentido para a vida, assim como novos usos para sua força e habilidade descomunais. Os caminhos rumo à plenitude do ser jamais são fáceis, e em seus anos de peregrinação em busca da perfeição tanto espiritual quanto guerreira enfrentará os mais diversos adversários. É numa dessas situações que, totalmente acuado, usará pela primeira vez, em meio ao calor da luta e quase inconscientemente de início, a técnica das duas espadas, o estilo Niten ichi, que o tornaria famoso pelo resto dos tempos. O leitor poderá assistir a seu amadurecimento, acompanhando o percurso que o levou a transformar-se de garoto selvagem e sanguinário no maior e mais sábio dos samurais, capaz de entender e amar tanto a esgrima quanto as artes.
Pen-name of Yoshikawa Hidetsugu. Yoshikawa is well-known for his work as a Japanese historical fiction novelist, and a number of re-makes have been spawned off his work.
In 1960, he received the Order of Cultural Merit. Eiji Yoshikawa (吉川 英治, August 11, 1892 – September 7, 1962) was a Japanese historical novelist. Among his best-known novels, most are revisions of older classics. He was mainly influenced by classics such as The Tale of the Heike, Tale of Genji, Outlaws of the Marsh, and Romance of the Three Kingdoms, many of which he retold in his own style. As an example, the original manuscript of Taiko is 15 volumes; Yoshikawa took up to retell it in a more accessible tone, and reduced it to only two volumes. His other books also serve similar purposes and, although most of his novels are not original works, he created a huge amount of work and a renewed interest in the past. He was awarded the Cultural Order of Merit in 1960 (the highest award for a man of letters in Japan), the Order of the Sacred Treasure and the Mainichi Art Award just before his death from cancer in 1962. He is cited as one of the best historical novelists in Japan.
E começou fevereiro, mês dos nomes próprios no Desafio Literário 2012! E para começar com grande estilo resolvi ler o grande clássico japonês "Musashi", que obviamente é o personagem principal. Musashi é uma obra referência na literatura nipônica, contando a história do maior samurai japonês de todos os tempos. O livro foi escrito em forma de novela de jornal, lá no início do século XX, e depois foi organizado em sete livros.
Em português temos duas edições, uma com 2 volumes, e outra, recém lançada, de 3 volumes (muito mais fácil de levar no metro). Estou lendo a de 3 volumes, então podem aguardar mais dois posts!
Mas vamos ao que realmente interessa.
Musashi é brilhantemente escrito. É sério, não sei se é o tema, ou se é a escrita do autor, mas é tudo lindo: as paisagens, as personagens, a filosofia japonesa... tudo muito bem acompanhado de necessárias notas de rodapé para os leitores ocidentais. A história em si é legal, não é alucinante de rápida (Dan Brown, alguém?), nem morosa (Tolkien e o primeiro livro do senhor dos anéis são um marco na minha vida), também não tem grandes cenas de batalha (esquece Bernard Cornwell, não é o mesmo estilo) e o romance é tipicamente japonês (muito drama e pouca ação, saudade de leituras mais picantes...), mas para quem não gosta de água com açúcar, não se preocupe, a história não é sobre os amores na vida do Musashi e sim sobre a sua trajetória para se tornar uma lenda! Claro que isso envolve as pessoas que cruzaram a sua vida, e isso inclui mulheres, mas nada de cortar os pulsos ou precisar de uma dose extra de insulina.
Fora que o livro é dividido em micro capítulos (ele foi escrito como novela de jornal, lembram?), o que facilita muitíssimo a leitura rápida do metrô ou antes de dormir. O único problema nesses casos é a ansiedade de saber o que vai acontecer!!!! E nem pense em ler sem ter o volume seguinte do seu lado, porque não vale a pena, você vai querer matar alguém para conseguir o livro seguinte imediatamente.
E pense que no primeiro volume tem apenas os três primeiros livros da obra... então ainda falta muito para Musashi se tornar uma figura digna. Ele tem MUITO a aprender. Melhor ter paciência com ele, ok?
eu creio que o fator determinante desse primeiro volume é a experiência que tu tem como uma longa e grandiosa leitura. a minha leitura se prolongou por um mês e uns dias, e por mais que em diversos capítulos a minha impressão fosse a de que a historia estivesse muito ''pacata'', ao final do ultimo capitulo, aquele momento em que acaba, que você pensa um pouco sobre o que achou, se valeu ou não a pena ter lido, foi um momento de estranheza pelo jeito como se encerrou esse primeiro volume mas de uma grande satisfação. muito pelo fato que eu disse acima, o da experiencia como uma longa e grandiosa leitura.
I was expecting a little more of this classic. But is a good book to understand bushido's influence over the centuries. Maybe volume 2 is less romance.
Eiji Yoshikawa é considerado por muitos japoneses como um dos mais famosos escritores de ficção histórica do país, e com "Musashi" ele mostra o porquê de levar esta fama!
"Musashi" é uma ficção histórica sobre a trajetória daquele que teria sido o maior espadachim do Japão e que se tornou uma figura mítica local. Como em uma boa narrativa de herói, o autor acrescenta muitos elementos ficcionais e romanceia fatos verídicos, promovendo diversos encontros e desencontros entre os personagens e nos trazendo uma boa dose de amor reprimido entre os protagonistas. A verdade é que o livro nos apresenta uma deliciosa jornada aos costumes do Japão feudal. A própria nota introdutória (redigida por Edwin O. Reishauer) é indispensável para quem pouco conhece sobre o período e aponta o quão o autor se mostra respeitoso com as tradições e histórias japonesas, acrescentando o elemento romântico apenas como um plano de fundo, sem ofuscar o desenvolvimento do herói.
Apresentado primeiramente como o jovem Takezo, acompanhamos suas aventuras a partir de serviços prestados em guerra com a companhia de um amigo e vizinho de aldeia. Nesta fase, é possível perceber o ímpeto violento e a falta de autocontrole do guerreiro, que em muito difere da fama conquistada pelo mesmo posteriormente. Com isso, percebe-se que, além de um romance histórico, o livro também constitui um romance de formação, no qual acompanhamos a evolução do personagem.
Assim, após um período de isolamento e, principalmente, de autoconhecimento, o rapaz (agora com o nome de Musashi) parte em peregrinação para se aperfeiçoar na arte samurai como um ronin – guerreiro sem um senhor ao qual servir – e aprimorar suas técnicas de autodisciplina. A visão nobre traçada acerca dos preceitos morais do espadachim ressalta o imaginário em torno do passado feudal e da honra samurai, tão cultuados na mídia japonesa.
Publicado originalmente em folhetim (ou seja, com partes separadas em cada periódico), a obra aponta diversas figuras verídicas que compuseram o cenário local, desde artistas a célebres guerreiros que viveram entre os séculos XVI e XVII - um intervalo marcado por constantes lutas armadas. Detalhe para a narração dos duelos com samurais de renomadas escolas do período e que de fato aconteceram! Nelas, o autor aborda o tema com maestria, inserindo também a personalidade dos oponentes na narrativa. Em suma, o livro é um deleite para os amantes de História!
Neste volume, somos apresentados aos primeiros três livros de um conjunto composto por 7 (formato de publicação definitiva, após a conclusão em folhetim). Em todos, a sucessão de eventos se dá de forma gradual e envolvente, com todos os pontos conectados. E, apesar de Musashi ser o protagonista que dá título à obra, devo dizer que ele não figura entre os personagens que mais me encantam. Creio que meu favoritismo se dê com a representação da mulher pura e casta que se faz presente com as belas Akemi e Otsu, mas sem trilhar um viés moralista e, sim, ressaltando a cultura japonesa.
Devo atentar apenas para a tradução, que a meu ver é um tanto obsoleta para a atualidade. Não quero desmerecer o elogiado trabalho de Leiko Gotoda, mas acredito que é necessária uma revisão devido à presença de palavras que já estão em processo de abolição no vocabulário português, a exemplo do verbo racista "denegrir". Aliás, a própria nota da tradutora demonstra a dificuldade de trazer para o nosso idioma um texto com expressões puramente japonesas e que sequer têm um correspondente em nossa língua. Com certeza, Gotoda fez um excelente trabalho, mas, como dito, este ainda pode ser aprimorado para futuras publicações!
Longe de ser um romance épico, Musashi é mais um novelão... Foi escrito originalmente como folhetim publicado diariamente em jornal da época, não tinha como ser diferente. Há personagens engraçados, reviravoltas inesperadas mas o grosso se passa dentro do previsível. A tradução parece ser muito cuidadosa e tem boas referências... Gostei, foi divertido, nada mais que isso... Ainda tenho dois volumes pela frente... Vai ser lá na frente...
Nunca nem tinha ouvido falar dessa obra quando aceitei convite de leitura. O grupo se desfez, mas, o projeto se manteve e foi dado início esse ano.
Logo de início a escrita se mostrou fluída e agradável e não senti dificuldade em nenhuma das metas. Por ter vários pontos de vistas a estória se manteve interessante o tempo todo e o livro termina de uma forma que não tem como não pegar imediatamente o segundo volume pra continuar.
A tradução de Leiko Gotoda preservou muitas palavras e expressões no original e forneceu muitas informações em forma de notas de rodapé. Amamos notas de rodapé.
Recomendo demais pra quem curte estórias de samurai, mas não apenas para esses.
Histórico de leitura 30/03/2016 100% (599 de 599) "Uma leitura necessária..." 24/03/2016 76% (455 de 599) "E eis que surge mais um nó na história..." 21/03/2016 61% (364 de 599) "Cada vez melhor..." 15/03/2016 38% (227 de 599) "Instigante..." 14/03/2016 25% (147 de 599) "Excelente... cômico, ágil, reflexivo, não tem como largar..." 11/03/2016 5% (28 de 599) "Iniciando..."
Excellent book, recommended. The novel goes beyond providing an overview of Japanese history and culture or focusing on specific aspects of bushido; it delivers a message on self-improvement with the construction of Musashi’s character, values and skills.