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O Bom Inverno

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Quando o narrador, um escritor prematuramente frustrado e hipocondríaco, viaja até Budapeste para um encontro literário, está longe de imaginar até onde a literatura o pode levar. Coxo, portador de uma bengala, e planeando uma viagem rápida e sem contratempos, acaba por conhecer Vincenzo Gentile, um escritor italiano mais jovem, mais enérgico, e muito pouco sensato, que o convence a ir da Hungria até Itália, onde um famoso produtor de cinema tem uma casa de província no meio de um bosque, escondida de olhares curiosos, e onde passa a temporada de Verão à qual chama, enigmaticamente, de O Bom Inverno. O produtor, Don Metzger, tem duas obsessões: cinema e balões de ar quente. Entre personagens inusitadas, estranhos acontecimentos, e um corpo que o atraiçoa constantemente, o narrador apercebe-se que em casa de Metzger as coisas não são bem o que parecem. Depois de uma noite agitada, aquilo que podia parecer uma comédia transforma-se em tragédia: Metzger é encontrado morto no seu próprio lago. Porém, cada um dos doze presentes tem uma versão diferente dos acontecimentos. Andrés Bosco, um catalão enorme e ameaçador, que constrói os balões de ar quente de Metzger, toma nas suas mãos a tarefa de descobrir o culpado e isola os presentes na casa do bosque. Assustadas, frágeis, e egoístas, as personagens começam a desabar, atraiçoando-se e acusando-se mutuamente, sob a influência do carismático e perigoso Bosco, que desaparece para o interior do bosque, dando início a um cerco. E, um a um, os protagonistas vão ser confrontados com os seus piores medos, num pesadelo assassino que parece só poder terminar quando não sobrar ninguém para contar a história.

Neste romance absorvente e magnificamente narrado, com alguns dos melhores diálogos da literatura portuguesa, João Tordo coloca a sua arte do serviço de uma história carregada de suspense, em que o amor e a literatura se misturam com sexo, crime e metafísica, agarrando o leitor da primeira à última página.

290 pages, Paperback

First published January 1, 2010

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About the author

João Tordo

44 books1,749 followers
João Tordo was born in 1975. He has published twenty-one books - novels, crime novels and essays - and received several awards, including the José Saramago Literary Prize 2009, the Fernando Namora Prize 2021 and the GQ Prize. He was a finalist for many other awards, including the European Literary Prize, the Fernando Namora Prize, the Oceanos Prize and the PEN Club Prize. His books have been published in several countries, including France, Italy, Germany, Hungary, Spain, Croatia, Serbia, Czech Republic, Mexico, Argentina, Brazil, Uruguay and Colombia.

João Tordo nasceu em Lisboa em 1975. Publicou vinte e um livros - divididos entre o romance, o policial e o ensaio - e recebeu diversos prémios, incluindo o Prémio Literário José Saramago 2009, o Prémio Fernando Namora 2021 e o Prémio GQ. Foi finalista de muitos outros prémios, incluindo o Prémio Literário Europeu, o Prémio Fernando Namora, o Prémio Oceanos e o Prémio PEN Club. Os seus livros foram publicados em diversos países, incluindo França, Itália, Alemanha, Hungria, Espanha, Croácia, Sérvia, República Checa, México, Argentina, Brasil, Uruguai, Colômbia.

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Community Reviews

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Displaying 1 - 30 of 124 reviews
Profile Image for Orsodimondo.
2,458 reviews2,432 followers
August 7, 2025
WELTANSCHAUUNG E DOPPIOZERO



La mia personale avventura con questo libro – e a suo modo questo è anche un romanzo d’avventura, o forse sarebbe più appropriato dire sventura – è iniziata in seguito alla lettura di Le perfezioni di Vincenzo Latronico da questo articolo scritto dallo stesso Latronico sulla rivista online Doppiozero:
https://www.doppiozero.com/ho-creato-...
Articolo che mi ha suscitato viva curiosità di leggere il libro del portoghese, fino ad allora per me completo sconosciuto.

E come scrive Latronico ho scoperto che Un buon inverno è un bel romanzo, e tra le altre cose anche con connotati di thriller e horror.
Ma, la lettura non mi ha risolto gli interrogativi che Latronico si pone e pone al lettore: perché mai Tordo abbia usato il suo amico Vincenzo come personaggio negativo, forse il più sgradevole del lotto – anche se per me la palma va al catalano Bosco, squilibrato individuo che si erge a spietato e sadico giustiziere – è una domanda che rimane senza risposta anche a fine lettura. Così come l’altro interrogativo: perché Tordo non ha avvisato Latronico che lo aveva usato come personaggio di una sua fiction senza fargliela leggere. Ma sono davvero amici?
Domande senza risposta che aggiungono fascino alla lettura.



Un buon inverno si legge con piacere e diletto e rapidità, avvince e strega. Tordo aggiunge qualche nota a piè di pagina in stile DFW (David Foster Wallace) per sapore e consistenza: non molte, mi pare che siano solo quattro, e ruotano tutte intorno allo stesso noto e risaputo concetto/dilemma: verità e menzogna, senso della scrittura. Da una parte ripete che tutto quanto scrive è vero, e accaduto, e dimostrabile, dall’altra insiste sull’asserzione che gli scrittori sono tutti bugiardi, e che la verità è essenzialmente una faccenda di punto di vista, ergo, personale, non assoluta, contestabile.
Che cosa volete che vi dica? Che sono un narratore che merita la vostra fiducia? Che sono qui per raccontare tutta la verità e nient’altro che la verità? Il problema della “verità” è che è un inganno e funziona soltanto nella finzione; la realtà non possiede nessuna verità, poiché dipende dal punto di vista dell’osservatore. Il punto di vista è la condizione primaria della narrativa e la narrativa è la condizione primaria della finzione... (a pag. 22 e 23)



In una villa di Sabaudia che ha un lago accanto ed è immersa in un grande bosco di proprietà di un produttore di film americano – che si nomina tantissimo, entra in scena più o meno a metà, e quando lo fa è già morto – si raduna uno strano gruppo di persone, che man mano s’assottiglia per restare circoscritto al già nominato catalano, costruttore di mongolfiere o palloni aerostatici; alla coppia di contadini che si prende cura della proprietà; al già menzionato italiano di nome Vincenzo esattamente come Latronico; la di lui pseudo fidanzata Olivia, anch’ella italica; lo scrittore portoghese io-narrante che rimane senza nome, ma non senza voce; un’attrice dell’est Europa, DDR se ricordo bene; un giovanissimo attore neozelandese; una coppia australiana composta da un regista e da sua moglie nonché prima attrice (i due realizzano film porno di cui sono i principali interpreti); un’agente letteraria inglese e il suo protetto, nonché boyfriend, romanziere inglese. E credo di non dimenticare nessuno.
Tutti ospiti in villa, anche se il padrone di casa non c’è, e quando c’è è poco loquace perché come detto sopra…



Un po’ Dieci piccoli indiani un po’ romanzo horror, gli ospiti capiscono presto – ma troppo tardi – d’essere intrappolati e prigionieri alla mercè del catalano, l’unico armato (e tra l’altro si scopre che in passato è stato combattente e mercenario, per cui sa bene come sparare e fare centro) che si arroga il ruolo di giustiziere. I cadaveri sono a crescere, prima uno, poi un altro, poi il terzo, poi…
Ma ciò nonostante: e cioè, nonostante la ricca trama, nonostante le robuste venature thriller e horror, Un buon inverno è un romanzo che vive soprattutto di fine psicologia e di scrittura, di ritmo e atmosfera, di sfumature e sostanza.

Profile Image for Ana.
Author 14 books217 followers
April 28, 2021
A curiosidade em conhecer a escrita deste autor era muita, mas confesso que não era isto que esperava encontrar. A escrita é boa, não me entendam mal, mas o conteúdo foge bastante ao que tinha imaginado para este livro.

Não vos sei explicar como foram construídas estas expectativas agora frustradas, mas sei que os alicerces assentavam em dois factores. O primeiro, a informação de que este autor havia ganho o Prémio Literário José Saramago, prémio que tenho em elevada consideração. O segundo, o seu texto "Carta ao Pai" que havia lido na altura em que circulou pelas redes sociais.

Mas o que esperava eu afinal deste livro ? Muito resumidamente, não esperava que se tratasse de um thriller ou livro de suspense. O meu maior problema com este livro, foi sem dúvida o seu enredo.

A história começa muito bem e na linha do que eu antecipara. O nosso narrador é um escritor frustrado, fracassado e tão descontente com a sua vida que chega até a desenvolver uma dor psicossomática numa perna que o obriga a andar de bengala. A comparação com o Dr. House faz-se no próprio texto e eu imaginei que o nosso personagem se fosse transformar num Dr. House da literatura, misantropo, anti-social, mas por outro lado incrivelmente carismático e inteligente. Esperava que este personagem nos fosse levar pelas suas lutas e combates de cariz existencialista. As possibilidades no início eram imensas, tudo estava em aberto e eu encontrava-me até empolgada para seguir a vida deste personagem e ver que desafios lhe estavam reservados.

Infelizmente o caminho escolhido pelo autor, não foi do meu agrado. A história transforma-se num thriller, numa história de suspense, muito pouco credível e sem grande interesse. Tudo soa irreal. O narrador fala ao leitor, conta-nos a história como se ela tivesse realmente acontecido, mas as intervenções do narrador, só provocaram em mim que uma história já de si pouco credível, o ficasse cada vez ainda menos. Uma história mirabolante de uma mansão em Itália, onde o autor "vai parar" e onde durante a sua estadia, o dono é assassinado e outros acontecimentos macabros ocorrem.

Enfim, um texto leve de escrita simples. Um enredo de entretenimento, com pouco interesse, que achei demasiado rebuscado e não credível. Personagens medianas, que apesar de terem potencial, ficaram aquém das suas potencialidades. A "luta existencialista" do personagem principal está lá, mas tão maculada por acontecimentos bizarros e incongruentes, que também esse aspecto mais "interno" ao personagem acaba por não fazer sentido. O nosso potencial "Dr. House da literatura" acaba por apenas se assemelhar ao original pelo uso de uma bengala...

Por tudo isto, não vejo qualquer motivo para vos aconselhar esta leitura.

Espero que as leituras futuras de João Tordo me reservem conteúdos diferentes, mais do meu agrado. Se forem todos como este livro, dispenso, com muita pena minha, já que simpatizo com este jovem autor. Espero mesmo muito que a próxima review de um livro deste autor, seja bem mais positiva.

Resumindo, um livro decepcionante face ao que tinha antecipado. Apesar da escrita boa e simples que possibilita ao leitor um rápido ritmo de leitura, considero este livro um thriller mediano com pouco interesse e muito pouco credível. Não recomendo.

Blog post completo no LinkedBooks
Profile Image for Ana.
746 reviews114 followers
November 5, 2019
Este foi o primeiro livro que li do João Tordo. Bem sei que uma coisa não tem nenhuma relação com a outra, e foi provavelmente injusto da minha parte, mas o facto de nunca ter sido grande admiradora das canções do pai, fez com que nunca tivesse tido curiosidade para ler os livros do filho…

Só que o meu clube de leitura escolheu este autor para a próxima sessão, e portanto, lá fui até à biblioteca ver o que encontrava nas estantes. Havia mais livros do que estava à espera, tratando-se de um escritor relativamente jovem, e depois de uma vista de olhos pelos textos das badanas e das contra-capas, acabei por trazer este, porque a história andava à volta de escritores, o que me pareceu suficientemente interessante.

A história é, de facto interessante, a prosa é bastante boa, o livro lê-se num instante, e no entanto, não me encheu as medidas. Foram principalmente duas, as coisas que não me agradaram. Por um lado, a história, que começa por se desenrolar como uma espécie de policial (género que aprecio), com o meio artístico como pano de fundo, acaba por se transformar num thriller com contornos de horror, algo que sai totalmente fora do género que gosto de ler. Por outro lado, as referências constantes a cineastas e escritores, pareceram-me excessivas, quase a roçar o exibicionismo.

Vou voltar à biblioteca e fazer segunda tentativa. Aceitam-se sugestões, desde que saiam deste registo (thriller/horror).
Profile Image for Sofia.
1,034 reviews129 followers
May 13, 2020
Dos 3 livros que li do autor até ao momento, este foi o que mais gostei, mas mesmo assim continuo sem perceber o entusiasmo.
Demasiado descritivo nos primeiros capítulos, o que prejudicou o meu interesse na história (gosto de descrições, quando contribuem para a elaboração de retratos físicos e psicológicos na mente do leitor, mas, como exemplo, dizer que personagem X foi buscar um pão de forma e comeu duas fatias é totalmente irrelevante).
Por fim, o enredo não me convenceu. Com tanta descrição, era esperar ter explorado um pouco mais Bosco, assim como outras personagens.
Profile Image for Sara.
614 reviews67 followers
November 7, 2016
Um escritor fracassado e à beira da falência é convidado para um encontro literário em Budapeste, onde conhece Vincenzo, um jovem escritor italiano que o convence a ir até à casa no bosque de Don Metzger, um conhecido e enigmático produtor de cinema.
Numa noite de excessos, Don aparece morto na piscina, e Bosco, seu amigo fiel, encurrala todos os presentes naquela casa cercada por um bosque, que só ele conhece bem, até que alguém se acuse do homicídio.

Peguei neste livro sem saber a sua sinopse e foi uma total surpresa, pois não esperava que este livro se tornasse num thriller empolgante a roçar o terror... sim, cheguei a imaginar isto tudo como um belo filme de terror! Esta foi a minha primeira experiência com o autor e adorei. Tem uma escrita bonita e envolvente, quando dei conta tinha engolido 150 páginas de rajada, só para poder saber o final. Acho que nunca li nada assim.
Cada vez mais tenho a certeza que ler autores portugueses é uma experiência única, tão próxima de nós, tão compatível com aquilo que somos. Vejo tanta gente ignorar os autores portugueses sem saber aquilo que está a perder, a negligenciar. Neste momento temos autores nacionais de diferentes estilos cheios de qualidade, que escrevem coisas belíssimas.

Recomendo. Não vou perder de olho João Tordo.
Profile Image for Carla.
285 reviews85 followers
January 5, 2015
A minha primeira leitura de João Tordo que passo a resumir numa palavra: FANTÁSTICA!

É com um arrepio que concluo a leitura de "O Bom Inverno" e com a certeza de que não mais deixarei de acompanhar o autor e a sua obra... Genial!
Profile Image for Joana.
367 reviews
February 23, 2022
A escrita não desiludiu, mas a história já não foi assim. Li até ao fim por ser um livro de João Tordo. Custou-me muito chegar até ao final.
Profile Image for Carla Oliveira.
74 reviews5 followers
April 30, 2012
Parti para a leitura deste livro com as espectativas muito altas.
Todas os opiniões que li sobre o mesmo foram bastante positivas.
É de louvar todos os novos escritores portugueses, seja de que tipo de narração for.
Este livro não gostei, talvez os outros deste autor sejam melhores.
No inicio fez-me lembrar imenso "O Último dos Padrinhos" de Mario Puzo, toda a história à volta de actores, produtores e cinema tal e qual o génio da Mafia.
O meio e fim da história fez-me lembrar esses filmes de terror baratuxos de Hollywood. Em que vao todos para uma casa e começam a morrer um a um, e que se vêem aflitos por escapar dali com vida.
Epá que seca. O que me valeu foi ser um livro pequeno e com uma escrita muito fluente, porque em termos de conteúdo ficou muito aquém.
Não gostei. Mas li até ao fim.
Profile Image for daniela sofia.
649 reviews121 followers
November 20, 2018
Foi o primeiro livro que tive oportunidade de ler do escritor João Tordo. Começo a minha opinião por dizer que gostei imenso deste livro, e na minha opinião não podia ter escolhido melhor para primeira leitura. Um escritor que me surpreendeu imenso pela positiva, e que acredito irá surpreender ainda mais.

Penso que qualquer pessoa que gostaria de escrever um livro assim que encontra um personagem escritor fica logo encantada. Assim que percebi que a nossa personagem seria um escritor, O Bom Inverno foi logo para um dos favoritos. A verdade é que a personagem principal consegue conquistar desde do início. Temos logo ao início a visão de uma personagem com diversos problemas, descreve-os a todos e nós leitores sentimos pena por ele. Um escritor solitário e coxo. Tinha tudo para ser um bom livro.

À medida que o enredo avança, diversas personagens entram na vida do nosso escritor. Personagens totalmente diferentes do escritor solitário e simples, porém todas estas personagens encontram-se de certa forma ligadas à escrita e aos livros. Foi curioso ver como estas amizades se desenrolavam. Apesar de as amizades parecem genuínas, nunca deixei de ficar um pouco de pé atrás. Admito que este grupo um pouco excêntrico, foi muito engraçado e vê-los juntos no livro fazia-me diversas vezes rir.

Podemos sentir uma vibe dramática e obscura ao longo do livro. Vários segredos, várias personagens. Nunca saberemos a verdade sobre quem está a nosso lado. Conseguimos sentir a nuvem de tristeza que paira sobre as personagens, todos procuram algo: ou a felicidade, ou a perfeição plena. Apeteceu-me muitas vezes entrar no livro e dizer-lhe que não existe felicidade plena e muito menos perfeição, mas nem mesmo assim eles iriam entender.

A verdade é que à medida que avançámos na leitura e do momento mais trágico do livro, nós leitores só rezámos para que nada de mal aconteça. Temos aquele pressentimento que algo de mal irá acontecer, mas pedimos que as nossas personagens não sofram. Ganhámos um certo carinho pelas personagens, mas um carinho muito intenso.

É notável a forma como a personagem principal, um simples escritor solitário, conseguiu evoluir. As amizades, as aventuras e tudo fez com que a personagem crescesse. Se no início tínhamos uma personagem rodeada de depressão, no final temos uma personagem que tem de ser quem mantém a cabeça fria e lida com tudo.

A escrita de João Tordo não me desiludiu, foi surpreendente a forma como conseguiu agarrar-me desde a primeira página. Uma escrita que fluí lindamente, além do mais uma história com um ritmo alucinante e sem momentos de tédio. João Tordo dá-nos tudo para um bom livro, e só depende do leitor apreciar ou não. Grande destaque para as notas de rodapé que são muitos úteis, prestem sempre atenção a elas.

A verdade é que a melhor forma de apreciar este livro é comprar o livro e não ler a sinopse. Comecem a leitura sem olhar para a sinopse e descubram tudo à medida que avançam na leitura. O que ao início possa parecer um livro melancólico, no final irá tornar-se num thriller de prender a respiração. Este livro é uma grande surpresa, contudo, também é daqueles livros que ou adorámos, ou detestámos.

Pretendo ler muitos mais livros do João Tordo, já ouvi tantas maravilhas dos livros dele e depois desta estreia só penso em ler todos os seus livros. Não sei se não conseguiu tornar-se num dos meus escritores preferidos com apenas um livro lido.
Profile Image for Lúcia Fonseca.
299 reviews54 followers
August 20, 2024
«O bom inverno», de João Tordo, apesar de apresentar uma premissa intrigante e um início promissor, não me conseguiu entregar a profundidade e a complexidade que estava à espera. A história que acontece em torno de um escritor em crise e de um homicídio misterioso em Itália, tem potencial para ser um thriller psicológico, mas acaba por se perder em meandros que pouco acrescentam à história.

O narrador, um escritor em crise, é uma personagem interessante, mas por vezes torna-se excessivamente introspetivo e indulgente. A construção das outras personagens também não foi nada de especial. Pareciam mais estereótipos do que personagens complexas e multifacetadas. O que mais gostei foi atmosfera gótica e o cenário italiano, que acabam por criar um ambiente de suspense.

A narrativa, embora fluida, não me conseguia prender a atenção por muito tempo. Faltou ritmo e alguma reviravolta significativa para tornar a leitura mais interessante.

Em resumo, é uma história que apesar de promissora, não se desenvolveu de forma convincente e as personagens não me conseguiram cativar. Recomendo a quem já tenha lido muitos livros do autor.

E pronto, 20/20 lidos. Agora é aguardar por livros novos e não desesperar.
Profile Image for Maria.
1,035 reviews112 followers
August 5, 2014
O Bom Inverno foi lido há cerca de um mês, numa altura em que estava de férias. Depois disso deixei a opinião para depois, para depois, porque não sei muito o que dizer acerca deste livro.

Gosto de João Tordo, gostei dos últimos livros que li dele, mas este... não foi nada o que estava à espera.

Apesar de várias críticas positivas em relação a O Bom Inverno não achei nada de especial a sua leitura. Achei até um pouco morto e monótono.

O narrador é um escritor problemático e hipocondríaco. Frustrado pelo insucesso da sua obra literária e quase na falência decide aceitar o convite da sua editora e partir a Budapeste numa espécie de conferência que reunirá escritores de diversos países.

Opinião completa em: http://marcadordelivros.blogspot.pt/2...
Profile Image for Raquel.
166 reviews51 followers
June 19, 2014
Quando os livros são ricos e tocantes, todas as palavras parecem poucas para os descrever; todas as interpretações parecem cruéis para a sua perfeição. 'O Bom Inverno', de João Tordo, é um desses livros. Com ele subimos no balão e não queremos voltar a pôr os pés no chão. Sentimo-nos num inverno agreste e, ao mesmo tempo, num verão caloroso. Tememos a página seguinte mas não conseguimos parar de ler. Chegamos ao fim e sentimos uma tranquilidade desassossegada, de que só as grandes obras são capazes.

Crítica completa no Espalha-Factos:
http://www.espalhafactos.com/2014/06/...
Profile Image for Silvéria.
498 reviews238 followers
August 15, 2018
Este livro não foi nada do que estava à espera. Nunca tinha lido nada do João Tordo e, talvez pela junção do título e da sinopse, pensei que saíria daqui uma história algo filosófica/metafísica.
Acontece que saiu daqui antes uma história de terror, ou melhor, metade do livro foi uma coisa, e a segunda metade outra...
Não posso dizer que gostei,nem que não gostei. Nem me atrevo a tirar conclusões sobre o autor só com esta leitura.
Mas que parece uma história de e para malucos, lá isso parece...
Profile Image for Natacha Martins.
308 reviews34 followers
August 20, 2011
Depois de ter lido, mais precisamente devorado, o As Três Vidas (comentado aqui) as minhas expectativas para uma próxima leitura de João Tordo eram, naturalmente, elevadas. Embora estas não tenham sido totalmente satisfeitas, também estão longe de terem sido goradas. O livro acabou por ser diferente do que eu estava à espera mas bom na mesma. :)

Este livro, à semelhança do As Três Vidas, é um daqueles livros em que não faz muito sentido discorrer acerca da história porque é complicado deixar alguma coisa de fora. Tudo tem um contexto e, ou se refere sem contextualizar, o que não faz muito sentido, ou corre-se o risco de transcrever o livro para aqui e, também não é isso que se pretende. ;)

Livros assim são os que mais me custam a opinar, porque acho que só lendo se tem uma ideia correcta do que são. São histórias, mas não são apenas um relato de uma sucessão de acontecimentos. João Tordo é definitivamente um excelente contador de histórias, tem uma imaginação e uma capacidade de interligar os acontecimentos que é fora de série. As personagens são todas únicas, cada uma com as suas particularidades e com a sua devida importância para a história. Tanto a história como as personagens estão extremamente bem construídas e a curiosidade pelo desenrolar dos acontecimentos é uma constante. O que também é constante é a dificuldade em catalogar o livro. É um policial, cheio de suspense, quase a roçar o terror. Está cheio de coisas bizarras, um pouco nonsense às vezes, com diálogos fantásticos, alguns com uma profundidade desconcertante e personagens sui generis que o autor explora e expõe tornando-as a todas, de diferentes formas, interessantes e psicologicamente densas, mesmo Don Metzger o morto que apenas conhecemos pelas palavras dos outros.

Acho que não vale a pena acrescentar mais nada porque para perceber só mesmo lendo. :)

Acrescento que, autores como João Tordo, Saramago, João Aguiar, José Luís Peixoto (só me saíram Jotas, as outras letras que me desculpem) e muitos outros, tornam o prazer da leitura, em português, num prazer que é diferente daquele que se sente com um livro traduzido. A forma como brincam com uma língua que é tão nossa torna os livros muito mais próximos e, isso é algo que começo a valorizar cada vez mais. A literatura portuguesa tem vindo a ganhar cada vez mais espaço nas minhas estantes.

Quanto a este livro em particular e ao autor em geral, só posso aconselhar a leitura, sem qualquer reserva.
Profile Image for Sara Jesus.
1,673 reviews123 followers
October 9, 2016
São raros os livros que de facto me surpreendem. Principalmente um livro de um autor desconhecido ( pelo menos para mim, que nunca ouvira falar), e que não costumo ler estes novos autores portugueses. Mas João Tordo escreve com mestria este thriller policial, e nos lembra um pouco Agatha Christe no seu policial " E não sobrou nenhum".
A narrativa é contada por um escritor frustrado e inválido que é convidado para uma conferencia literária. Nesse evento ele conhece um bando de pessoas extravagantes, e estas o convencem a passar uns dias numa mansão particular de um realizador conhecido por Don. Só que este não é apenas conhecido pelos seus filmes, aliás estes até são poucos conhecidos, mas pelas suas extravagancias. Na sua casa vive um catalão intitulado de Basco que construí balões de ar quente , para vê-los desaparecer no mar.
Mas o que parecia ser uma noite memorável, uma festa de luxo repleta de prazeres acaba por se tornar um cen��rio de um crime. Uma vez que o Don aparece morto da piscina. E Basco monta um cerca de modo a descobrir o seu assassínio. Assim, um por um dos visitantes acabam por morrer de situações misteriosas. Todos são acusados, mas nenhum mostrar sinal de ser o serial killer. No final nos resta uma resposta: Afinal quem é o assassínio? O narrador apenas dá-nos as pistas, mas não as respostas. Não existe nenhum momento no livro na qual o narrador declara ser essa personagem o autor do crime. Somos nós, os leitores, o detective desta história!
Profile Image for Natacha Cunha.
101 reviews17 followers
August 21, 2015
Quando se geram grandes expectativas têm-se as maiores desilusões.
Este foi o primeiro livro que li de João Tordo e acho que não comecei da melhor maneira. O livro não prendeu a minha atenção, de todo. Achei interessante ser um livro sobre escritores, mas tudo o resto não cativou.
A história não surpreende e chega até a ser monótona e enfadonha.
Acho que a trama deixa demasiadas pontas soltas, num fim precipitado e confuso.

Mas nem tudo é mau. Destacam-se os diálogos metafísicos de Bosco, esses sim capazes de captar toda a nossa atenção. Verdadeiramente surpreendentes e demonstradores da riqueza e profundidade da personagem, quando nada o fazia prever.

Opinião completa:
http://pbpretonobranco.blogspot.pt/20...
Profile Image for Fátima Filipa (Mimodoslivros).
337 reviews34 followers
January 9, 2022
O início do livro começou fraco, depois foi melhorando mas o fim deixou muito por explorar....
É o segundo livro que leio do autor e não posso dizer que é um dos meus autores preferidos ou talvez ainda não li o livro certo do autor.
A história centra-se num escritor frustado, coxo , portador de uma bengala que viaja para Budapeste para um encontro literário e conhece um jovem chamado Vicenzo que o convida a embarcar com ele e uns amigos para Ítalia para a casa de um famoso produtor de cinema chamado Don Metzeger.
Este nem imagina na aventura perigosa na qual está a entrar. Já lá em Itália vai conhecer pessoas esquisitas, segredos camuflados, aventuras perigosas mas a maior surpresa é na noite do regresso do tão esperado Don Metzeger alguem administra umas pastilhas "estranhas" e na manhã seguinte este aparece morto e o corpo está a boiar no lago com sinais de estrangulamento mas ninguém viu nada.😯
Apartir daí é uma tentativa de descoberta do verdadeiro assassino.
Descobrem que o Bosco um trabalhador do Don tem o bosque vedado e só os deixa sair quando descobrirem o verdadeiro assassino....Bosco é uma personagem maníaco disposto a qualquer barbaridade.
O final do livro esperava mais desenvolvimento....
Profile Image for Raquel Azevedo.
27 reviews
February 4, 2021
São 4,5 estrelas. Adoro a escrita de João Tordo, mas de inicio confesso que não estava a gostar da história, muito estagnada e em volta de um personagem só. Assim que fui progredindo na leitura, e ainda bem que não desisti, compreendi que o escritor quis desenvolver bastante o personagem principal, para o podermos conhecer e entender as suas reações durante a história. Gostei principalmente como se desenvolvem as relações entre as personagens, que são várias, como estas crescem ao longo do livro, com personalidades dinâmicas que se vão revelando no decorrer dos acontecimentos. Na minha opinião em certas alturas há um excesso de divagações filosóficas. De resto está perfeito.
Profile Image for Nídia Macedo.
211 reviews13 followers
March 7, 2023
2.5⭐

A minha estreia com João Tordo não foi a melhor mas seguimos fortes com o resto da obra. Não vou desistir porque gostei muito da escrita.
Profile Image for Helena.
149 reviews11 followers
August 8, 2018
Full review: http://semtudo.pt/2018/08/08/o-bom-in...

Esta história começa por descrever a vida atormentada de um protagonista anónimo, um escritor solitário e coxo que me conquistou desde o início, não me perguntem a razão, mas qualquer história que envolva um escritor passa logo para a minha secção de livros preferidos.

Mas o enredo não passa apenas pelo escritor solitário, vão aparecendo outras personagens que levam à melhor parte do livro…. Por vezes, faz lembrar aqueles thrillers a que estamos habituados (Um morto e dez de pessoas fechadas numa casa….. QUEM COMETEU O CRIME?).

Tudo é trágico e triste e ao longo da leitura temos sempre a sensação de que todas as personagens anseam pela perfeição e pela felicidade, o que chega mesmo a causar-nos frustação. Esta frustação provém da dor e do medo constante das personagens e porque até nós, leitores, chegamos a torcer por eles.
Profile Image for Fernando Évora.
Author 16 books18 followers
July 25, 2014
Comecei com expectativas. Afinal sempre é um autor da nova geração portuguesa acarinhado pela crítica e com os seus fãs. Todavia, começaram logo a desvanecer-se. O princípio soa a dejá vu - como todo o livro, de resto - com alguns diálogos forçados, mal construídos (opinião estritamente pessoal, claro). O desenrolar é pior e (quase) confirmou os piores maus "feelings" que o início fazia prever.
Mas vamos ao que interessa: um apanhado geral. O livro é um policial. Querer ver nele mais do que isso (e o autor dá-nos essa indicação) é rebuscar demasiado. Enquanto policial é coisa vista, uma mistura de "o caso do 10 negrinhos" de Agatha Christie, com as coisas à Stephen King que deram em filme (várias vezes lembra o shinning). A originalidade está, portanto, longe de ser o forte deste livro. Para policial tem várias inconsistências e explicações por dar. Imperdoável.
Nem tudo é mau, contudo. O autor mantém algum suspanse e há personagens bem construídos. Está academicamente escrito, seguindo os preceitos técnicos dos cursos de escrita criativa. nada mais do que isso.
Terei muitas dificuldades em pegar no João Tordo outra vez.
Profile Image for Filipe GB.
4 reviews
January 23, 2011
Livro interessante e bem escrito. Consegue de facto prender a atenção do leitor (ou pelo menos conseguiu prender a minha), no entanto acaba de uma forma um bocado precipitada e confusa. O final não correspondeu de todo às minhas expectativas...o desenvolvimento prometia (ou pelo menos fiquei com essa sensação) demasiado, o enredo estava de tal forma enrodilhado que fiquei excessivamente expectante em relação à explicação das coisas que, afinal de contas, nem o autor do livro me pareceu saber explicar muito bem. Qual a razão do comportamento de Olívia? Onde foi o protagonista desencantar a explicação de todo o mistério, que narrou tão detalhadamente a bosco...? Coisas que não cheguei a perceber...

Profile Image for Maria .
29 reviews18 followers
November 3, 2013
Uma lufada de ar fresco nas minhas últimas leituras. Um livro que me surpreendeu deveras, intrigou e confundiu, para, no final, não me dar todas as respostas que queria. Um final que deixa espaço para o leitor se continuar a interrogar e, como tal, é impossível esquecer o que se leu.
Profile Image for Olinda Gil.
Author 20 books37 followers
Read
October 31, 2017
Gostei muito até cerca de meio livro. A partir daí, tornou-se num polícial um pouco improvável.
Profile Image for Caia_In_Wonderland.
1,049 reviews51 followers
September 25, 2023
A estória aborreceu-me no início, apesar de uma escrita fluida e cativante, o personagem principal não o achei interessante, e todo o enredo me pareceu pretensioso, como se fosse necessário uma superior inteligência, e um desprendimento da realidade quase como chegar a um estado de estupor onde a fantasia se confunde com a realidade, pra chegar ao imaginário do autor/narrador/personagem principal e entender onde queria chegar com a estória, especialmente no final. Com o suspense ali pelo meio ainda me prendeu o suficiente para querer concluir a leitura, mas o desenlace foi anti-climático e pouco satisfatório, e só confirmou o que já vinha a sentir.
Há algo de interessante no conjunto de personagens, nos balões, na paisagem, e nos innuendos típicos de um thriller, mas o resto infelizmente desapontou.
Não sei se voltarei a tentar ler mais do autor.

Content Warnings
Graphic: Torture, Murder, and Blood
Minor: Rape
Profile Image for Beatriz Capitão.
117 reviews
September 6, 2022
O Bom Inverno é uma boa leitura, contudo deve ser o que menos gosto de todos os livros de João Tordo que já li. Não consigo bem indicar o porquê, talvez o género em que calhe (mistério), mas eu adoro Agatha Christie por isso talvez não seja isso. Talvez seja o livro menos místico de João Tordo (do que já li claro) e sendo essa uma das características que mais gosto nos seus livros, e mesmo na escrita, não foi transcendente.

3*
Profile Image for Joana Margarida.
174 reviews45 followers
May 16, 2024
Não desgostei da escrita e foi-me prendendo (mais do que o último que li dele, "Felicidade"), mas depressa vira um thriller muito mal explorado. Tenho pena, sinto que havia potencial para mais.
Displaying 1 - 30 of 124 reviews

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