Dizem que já não há paixões impossíveis e fatais, que isso são coisas do passado... Mas só o dizem porque não conhecem a história dos Palma Lobo... Os homens tem memória, alimentam-se de histórias, e as que mais nos marcam são aquelas que determinam a vida dos nossos antepassados. Esta é a história de uma família, so Palma Lobo. Bisavô, avô, pai e filho. Roberto, Álvaro, Jorge e Salvador. Nomes diferentes, mas o mesmo sangue e muito em comum: mulherengos, excêntricos, excessivos, todos marcados pela loucura e pela tortura da paixão. Foram todos homens invulgares todos dominados por paixões privadas, amores e loucuras, e era nesse círculo íntimo do coração e do sexo que a sua vida se destina a viver e a terminar. Passando por Moçambique, Angola, Lisboa, Alentejo e Brasil, a sua vida é uma epopeia à espera de ser revelada. Já Ninguém Morre de Amor é a odisseia dos Plama Lobo. Um enterro fictício, um homem enforcado com cães e gatos na mesma árvore, um homem que morre a fornicar e um fogo posto para fazer arder o local do pecado... esta não é uma história de amor, é uma história sobre amor.
Domingos Freitas do Amaral nasceu a 12 de Outubro de 1967, em Lisboa. Depois de se ter formado em Economia, pela Universidade Católica Portuguesa, e de ter feito um mestrado em Relações Internacionais, na Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, decidiu seguir a sua carreira como jornalista. Actualmente, é o director da revista Maxmen, desde o seu lançamento, em Março de 2001. Colabora também com o Diário Económico e a revista Grazia. Antes, trabalhou no jornal O Independente durante 11 anos, além de ter colaborado com outras publicações, como o Diário de Notícias, Grande Reportagem, City, Invista e Fortuna. Colaborou também com a Rádio Comercial e com a SIC. É casado, tem dois filhos - uma rapariga e um rapaz - e vive em Lisboa. Enquanto Salazar dormia...(2006) é o seu quarto livro de ficção publicado pela Casa das Letras, depois de Amor à Primeira Vista (1998), O Fanático do Sushi (2000) e Os Cavaleiros de São João Baptista (2004). Fonte:Webboom
Gostei. Primeiro livro lido de Domingos Amaral e achei que ele escreve muito bem. Apesar de não ser uma história extraordinária, é divertida e poética. Quero ler mais deste autor.
Neste livro de Domingos Amaral somos confrontados com o papel da história familiar nas nossas próprias vidas. Consciente ou inconscientemente, Salvador é conduzido à morte pela mesma maldição que rodeou outras 3 gerações de homens da sua família, o bisavô, o avô e o pai: a morte devido ao amor. A história da família Palma Lobo é desvendada pelo melhor amigo de Salvador, a quem ele pediu que investigasse os factos para escrever um livro sobre estas gerações malogradas. Diz-se que morrer de/por amor é coisa do passado, mas o que verificamos é como a emoção e a relação com as mulheres domina a vida destes homens. Nesse caso sim, é possível morrer de/por amor.
Esta é a história da família Palma Lobo. Marcada por traições, enganos, desilusões, ilusões e por uma maldição: a maldição de uma morte por ou de amor. O narrador é o melhor amigo do último dos Palma Lobo, Salvador, e conta-nos, em primeira mão, as verdadeiras histórias de quatro gerações desta família, enquanto tristemente sentado num banco duro de um hospital espera pela morte do seu querido melhor amigo, o último membro desta malfadada família. Ao narrador, Salvador propõe escrever o livro dos Palma Lobo e é assim que o primeiro vem a conhecer os antepassados do seu melhor amigo e passa, assim, a entender a morte do mesmo, uma morte de amor. De Moçambique, a Angola, Brasil e novamente em Portugal, os Palma Lobo causaram êxtase, desavenças, ciúme, motins e fúrias, jamais passando despercebidos em nenhum desses sítios, muito menos entre as mulheres, devido a uma privilegiada jóia de família. Um marido que encena a morte da mulher após a mesma o trocar por outro homem; um filho sedento de amor maternal que se vinga pela sodomização; um amante apaixonado pela mulher errada; e por fim, uma traição que acaba com o namoro e destroça, para sempre, o coração de um Palma Lobo. Quatro homens com fins trágicos e prematuros que morrem por ou de amor... E ainda dizem que já ninguém morre de amor? Leiam esta brilhante e apaixonante trama de Domingos Amaral e até o mais céptico dos cépticos mudará a sua opinião. Embora uma obra fictícia, conta com um autor prodigioso e detentor de um dom da escrita tal, que apaixona o leitor desde a primeira página, fazendo-nos embrenhar nos meandros da estória, sentindo-nos íntimos das personagens, que de tão familiares e bem realizadas, se tornam reais. Domingos Amaral escreve com naturalidade e frontalidade, muita clareza mas também mistério, contando-nos uma estória viciante e que nos agarra às suas páginas., e que quando acaba, só queremos mais. Confesso que nunca antes lera nada do autor, mas depois de "Já Ninguém Morre de Amor", entrou para a minha selecção de melhores romancistas. Fiquei comovida por todos os acontecimentos pelos quais estes quatro homens passaram, pelas suas dores, pelos seus dissabores, mas também me alegrei com os seus momentos de felicidade, com as suas artimanhas e esquemas, com os seus acto de amor ou por amor e, torci por um final feliz para o pobre Salvador, mas o destino, que é como quem diz Domingos Amaral, de outra forma decidiu, finalizando este livro com a inteligência e mestria que só um excelente escritor sabe como. Como jornalista que é, Domingos Amaral conseguiu transpor essa sua faceta para o narrador, a curiosidade e a constante busca dos factos, a ânsia do saber, uma verdadeira alma de jornalista! E que também nos comove com os seus próprios amores e dissabores, os seus desgostos, remorsos, arrependimentos e o amor pela mulher que levou à morte de Salvador. Uma estória comovente e que nos faz reflectir sobre muitos aspectos da nossa vida, assim como nos põe a repensar determinadas decisões tomadas nesse campo tão perigoso, nesse campo do amor! Depois desta maravilhosa obra, asseguro-vos que não será a última vez que pelas minhas mãos passarão mais escritos de Domingos Amaral!
Verão Quente e Quando Lisboa Tremeu já me tinham chamado à atenção para a boa escrita de Domingos Amaral. Agora com Já Ninguém Morre de Amor a ideia que tenho do autor volta a ser reforçada. Embora seja um romance mais simples e que não entra em factos históricos ou que não aprofunda os casos que são contados, em Já Ninguém Morre de Amor são contadas as histórias de amor que levaram quatro gerações da família Palma Lobo à morte. Através da investigação de um amigo de Salvador, o membro mais novo do clã, o enredo é contado, demonstrando assim como os quatro homens morreram por amor. Um livro que revela o lado mais intimo das suas personagens, entrando nos pormenores sexuais de cada um e mostrando formas bem diferentes de sofrer pelo forte sentimento nutrido por mulheres que marcaram. Amaral tem algo na sua forma de mostrar as palavras aos seus leitores que deixa qualquer um envolvido com as páginas dos seus livros e mais uma vez fiquei satisfeito com este romance que tem uma simplicidade que consegue conquistar quem não se quer envolver em grandes enredos que deixam a mente pensativa.
Já há algum tempo que não lia @domingosfreitasdoamaral 😊 Tenho este livro na estante há uns bons anos e só peguei nele agora… muito bonito! Adorei a história, melhor dizendo, as histórias, tristes dos Palma Lobo. Gosto imenso da escrita do autor, até agora nenhum me decepcionou. Recomendo 😊
Embora não fosse um livro que me mantivesse “agarrada” à narrativa a todo o instante, foi uma agradável surpresa porque muito bem escrito. Para além disso, aflora questões políticas e ideológicas características da época em que cada um dos personagens viveu, ajudando a enriquecer e a tornar coerente todo o enredo.
Um livre engraçado, que conta a história de uma família em que a maioria dos homens da família tem grandes e trágicas histórias de amor para contar. Lê-se bem e não sendo o melhor livro do autor, é um bom livro.
É um livro bastante simples e de fácil leitura, mas de alguma forma a história dos Palma Lobo e dos seus homems apaixonados, apaixonou-me também a mim o que me levou a gostar imenso deste livro.