Jump to ratings and reviews
Rate this book

O Mandarim

Rate this book
Obras de Eça de Queiroz

O Mandarim de Eça de Queirós foi publicado em 1880 e conta a história de Teodoro, que embora não lhe falte nada, tem uma vida sempre sem dinheiro. Um dia, descobre num livro a Lenda do Mandarim, que consistia em tocar a campainha em uma certa hora de forma que um mandarim morresse, deixando toda a riqueza para quem tocasse a campainha. O Diabo instiga Teodoro a tocá-la e, de uma hora para a outra, tudo começa a mudar. Inicia-se uma vida de luxo e riquezas para Teodoro. Porém, o sentimento de culpa assalta-o, principalmente quando começa a ter visões sobre o falecido mandarim e sobre sua família que agora passa dificuldades.

Fonte: http://www.superdownloads.com.br/down...

Um ser misterioso, que é obviamente o Diabo, propõe a Teodoro um dilema terrível: tocar uma campainha mágica e matar, à distância e de imediato, o riquíssimo Mandarim Ti Chin-Fu, que vivia nos confins da China. Este simples gesto faria dele o herdeiro e senhor de uma imensa fortuna! Teodoro cede à tentação e torna-se um nababo. Mas o crime, mesmo executado telepaticamente, não compensa...

http://www.wook.pt/ficha/o-mandarim/a...

Publicada no Diário de Portugal em 1880, esta história foi nesse mesmo ano editada em livro. Conta a viagem de Teodoro até ao Oriente. De uma simples vida, este funcionário público passou a ambicionar tornar-se milionário e para que isso acontecesse ouviu o diabo.

http://www.dn.pt/iniciativasdn/biblio...

184 pages, Paperback

First published January 1, 1880

54 people are currently reading
1359 people want to read

About the author

Eça de Queirós

359 books1,180 followers
José Maria Eça de Queirós was a novelist committed to social reform who introduced naturalism and realism to Portugal. He is often considered to be the greatest Portuguese novelist, certainly the leading 19th-century Portuguese novelist whose fame was international. The son of a prominent magistrate, Eça de Queiroz spent his early years with relatives and was sent to boarding school at the age of five. After receiving his degree in law in 1866 from the University of Coimbra, where he read widely French, he settled in Lisbon. There his father, who had since married Eça de Queiroz' mother, made up for past neglect by helping the young man make a start in the legal profession. Eça de Queiroz' real interest lay in literature, however, and soon his short stories - ironic, fantastic, macabre, and often gratuitously shocking - and essays on a wide variety of subjects began to appear in the "Gazeta de Portugal". By 1871 he had become closely associated with a group of rebellious Portuguese intellectuals committed to social and artistic reform and known as the Generation of '70. Eça de Queiroz gave one of a series of lectures sponsored by the group in which he denounced contemporary Portuguese literature as unoriginal and hypocritical. He served as consul, first in Havana (1872-74), then in England, UK - in Newcastle upon Tyne (1874-79) and in Bristol (1879-88). During this time he wrote the novels for which he is best remembered, attempting to bring about social reform in Portugal through literature by exposing what he held to be the evils and the absurdities of the traditional order. His first novel, "O crime do Padre Amaro" (1875; "The Sin of Father Amaro", 1962), describes the destructive effects of celibacy on a priest of weak character and the dangers of fanaticism in a provincial Portuguese town. A biting satire on the romantic ideal of passion and its tragic consequences appears in his next novel, "O Primo Basílio" (1878; "Cousin Bazilio", 1953). Caustic satire characterizes the novel that is generally considered Eça de Queiroz' masterpiece, "Os Maias (1888; "The Maias", 1965), a detailed depiction of upper middle-class and aristocratic Portuguese society. His last novels are sentimental, unlike his earlier work. "A Cidade e as Serras" (1901; "The City and the Mountains", 1955) extols the beauty of the Portuguese countryside and the joys of rural life. Eça de Queiroz was appointed consul in Paris in 1888, where he served until his death. Of his posthumously published works, "Contos" (1902) is a collection of short stories, and "Últimas Páginas" (1912) includes saints' legends. Translations of his works persisted into the second half of the 20th century.

Source: http://www.imdb.com/name/nm0211055/bio

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
439 (17%)
4 stars
1,057 (41%)
3 stars
823 (32%)
2 stars
177 (7%)
1 star
29 (1%)
Displaying 1 - 30 of 180 reviews
Profile Image for Luís.
2,371 reviews1,364 followers
June 25, 2025
This little book is an original philosophical tale about the agreements a man can make with the Devil and what follows.
The setting is tasty, describing 19th-century Lisbon society, its hierarchy, and its morals. The main character, Teodoro, is likable. We think he is lucid and detached, a little happy-go-lucky, until we discover him hunched over, bearing a mocking nickname. This fact suddenly changes his image, dissociating his vision of the world, where he idealizes his position, from the reality of his experiences.
The Faustian pact could not be more classic, and the sequels go "well" until the appearance of the ghost of the Mandarin (we will only talk about the man he was and his potential family later), who pushes Teodoro on a journey to try to repair some of the collateral damage he allegedly caused.
I found a classic construction to this story, a pleasant style (you have to like 19th-century literature, but you have not drowned in endless descriptions), and a lot of originality in the adventures of Teodoro's life, continued from his initial choice. A front-row trip between Lisbon and China at the time!
Profile Image for Carmo.
727 reviews566 followers
June 20, 2017

O Mandarim, foi escrito na fase pós realista do autor, quando Eça se propõe escrever ”um conto fantasista e fantástico”. Um conto com um desencantado protagonista, um convincente Diabo, um obstinado fantasma, e façanhas aparatosas a abrilhantar uma história de ambição e remorso.
O livro é pequeno, mas Eça fez desta historieta um espantoso exemplo de boa escrita, graças ao seu vocabulário absurdamente amplo, que ostenta em admiráveis rasgos de ironia e conhecimento.
Profile Image for Agostinho Barros.
Author 1 book47 followers
May 31, 2020
O livro "O Mandarim" de Eça de Queirós é uma obra complexa e descritiva que aborda a história de um homem de nome Teodoro, que ao herdar uma quantidade absurda de dinheiro de Ti Chin-Fu por via espiritual (fazer tocar uma campainha), herda igualmente toda a miséria e peso psicológico e mental. Acompanhado pelo homem a nível espiritual, Teodoro busca "justiça" ao ir à China tentar encontrar os herdeiros deste grande homem e dar-lhes uma melhor vida. A narrativa fala desta viagem para a China, a peregrinação à Mongólia, os assaltos pelos locais, o resgate depois do ataque pelos padres e o regresso a casa, após não conseguir concretizar o seu feito (eram vários os herdeiros, o que se tornava difícil de encontrar e Teodoro tinha ficado apavorado após o atentado que sofreu). Regressa à cidade natal, mas continua a ser acompanhado pelo velho Ti Chin-Fu e continuaria fazendo-lo até a sua morte. Quem aceita uma vez o dinheiro, terá que viver para sempre com o fardo, não há volta atrás a dar. A descrição da China nos diversos aspectos leva ao leitor sentir-se presente no local narrado pelo escritor.

Eça de Queirós nesta obra politiza acerca da corrupção da sociedade chinesa, explorando como é que o dinheiro pode ser desviado se não for entregue às pessoas corretas. É uma obra complexa e interessante que aconselho vivamente à leitura!
Profile Image for Ana.
230 reviews91 followers
June 16, 2019
O conto O Mandarim é uma alegoria, em tom de farsa, que, conjugando o fantástico e a crítica social e moral, recria o tema do pacto com o diabo, servindo-se da metáfora da "campainha do mandarim".

"Le bouton du mandarin est une métaphore souvent attribuée à Jean-Jacques Rousseau qui l'aurait imaginée pour examiner les racines du comportement moral de l'individu. Rousseau demande à son lecteur comment celui-ci agirait s'il pouvait par un simple acte de volonté, sans quitter Paris et sans jamais être suspecté, tuer un vieux mandarin habitant Pékin et dont la mort lui apporterait quelque avantage." (Wikipedia)

Teodoro, o narrador-protagonista, é um modesto bacharel e amanuense do Ministério do Reino que costuma comprar livros na Feira da Ladra. Uma noite num desses livros depara-se com um Capítulo intitulado A Brecha das Almas que o desafia a, com um simples toque de campainha, matar um Mandarim nos confins da China para herdar a sua imensa fortuna.

... e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição de um avaro. Tu que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?
(excerto de Brecha das Almas)

A premissa pode até ser sobejamente explorada, mas Eça é sempre exímio na forma como, na sua escrita, harmoniza erudição e mordacidade.
Profile Image for Mariana.
708 reviews28 followers
February 23, 2019
Num registo bastante cómico, servindo-se do seu incrível talento para a escrita, Eça de Queirós apresenta-nos uma história fantasiosa que, sem ser épica, nos entretém.
Profile Image for Artur Coelho.
2,599 reviews74 followers
February 23, 2023
Devo começar por confessar que até agora não tinha lido este texto clássico da literatura portuguesa. Vergonhoso, bem sei, e culpo o desleixo na obrigatoriedade que tive de ler os grandes autores no liceu que me deixou traumatizado. Mesmo quando anos mais tarde os redescubro, sinto sempre aquele peso do ler por imposição e não por curiosidade e descoberta. Ridículo, eu sei, mas prefiro gastar dinheiro em livros do que em sessões de psicoterapia para resolver este trauma. Desafiado pela sessão sobre Ficção Científica no Livros a Oeste, decidi pegar neste clássico encantador e acutilante.

Sendo livro de um autor canónico, é daqueles que nem me atrevo a dissecar. Outros, mais conhecedores e melhores analista que eu, já o fizeram em inúmeros artigos e teses. Fico-me pelo salientar de aspectos que me surpreenderam e intrigaram.

O primeiro aspecto que me surpreendeu, e não deveria, é a força das palavras de Queirós. Sentimo-nos levados para o interior de uma narrativa que não perdeu a sua força. As descrições vívidas fazem sentir que estamos com os pés bem assentes a calcorrear a Lisboa do final do século XIX. O outro aspecto está na impiedade queirosiana. De todas as personagens talvez aquele que seja mais honesto seja o diabo de fraque. Pelo menos desse sabemos à partida o que esperar. Os restantes, apregoando de alto as suas boas intenções e morais incorruptíveis, são volúveis e facilmente corrompíveis. Teodoro, com o seu quê de ingénuo, tem nos remorsos e tentativas de redenção do crime que cometeu para saciar as suas ambições de fama e riqueza um lampejo moral. Nada disso é aparente nos que o rodeiam, sequiosos pelo dinheiro e influência, prestáveis aduladores do estatuto conferido pela riqueza. Nisso, tal como muito do que Queirós escreveu, esta pequena fábula de fantástico mantém-se actual no retrato que faz de lados imutáveis que perpassam o espírito dos tempos.

O terceiro aspecto tem a ver com o lado fantasista, de literatura fantástica, desta obra. Temos polidos e elegantes demónios, uma acção impossível que se traduzirá em consequências inesperadas, e uma viagem orientalista que trai o fascínio dos finais do século XIX pela chinoiserie. Fábula moral, revê os pressupostos sociais sob a lente colorida do fantástico.
Profile Image for David.
1,683 reviews
April 5, 2022
What can one say about avarice, throw in travels to exotic China, and you end up in Puccini’s opera Turandot? A delightfully and very strange tale.

Teodoro, a charming but rather bored member of the government ministry, late night reads a tempting passage. “If you are brave enough to ring the bell, you will kill a very rich man living far away in Mongolia, and in doing so, you will inherit his riches.” How odd when a devil appears and prompts him to carry out the offer. Oh temptation. Money buys everything!

But after awhile the riches bore him (just too many women, good food and Corot paintings). Teodoro, a man with a conscious (let’s say it’s more guilt) that prompts him to make a trip to far off China. Teodoro feels bad that the family of this dead man, Ti-Chin-Fú, who is now living in poverty. He needs to correct what he has done. Or at least, try.

He meets a Russian ambassador, Camilloff who offers to help him on his quest. He also finds out that in the Forbidden City, those foreign suitors who make a bid for the emperor’s daughter end up with their head’s on a spike (Turandot any one? Nessun dorma, si si). Our man Teodora, who thinks he has untold wealth, sees unbelievable riches that make his pale beyond comparison. Time is not on my side, he thinks.

Teodoro is at a loss! Does money buy happiness? Does it do any good? Maybe a hand out to thank the good monks who do good? Who really does good? Perhaps not our devil who got the whole ball rolling? Ah, moralizing travelogues in the 19th century style.

The good news is being told by the great Eça de Queiróz. Amen.

Giving this a 3.5 rating.

Pavarotti anyone?

https://youtu.be/cWc7vYjgnTs
Profile Image for Raquel.
107 reviews6 followers
February 21, 2016
Li O Mandarim pela primeira vez quando tinha por volta de 13 anos como leitura obrigatória. ODIEI. Odiei tanto e provavelmente achei que nunca o iria reler - pelo menos por vontade própria. Tudo mudou quando em 2015 me apaixonei inegavelmente pela literatura do século XIX. Desde então, senti vontade de voltar a ler Eça de Queirós e como O Mandarim é o único livro do autor que tenho nas estantes decidi dar-lhe uma nova oportunidade. E como a classificação mostra, não me arrependi.

O Mandarim conta a história de Teodoro, que apesar de não viver na miséria, sente que o dinheiro não lhe chega a nada. Até que, um dia, Teodoro é instigado pelo Diabo a tocar uma campainha - o que levava à morte de um mandarim riquíssimo e faria com que o tocador herdasse a sua fortuna. Teodoro ainda hesita mas acaba por ceder à tentação. Depois de algum tempo de luxos e excessos Teodoro é assaltado por um sentimento de culpa, o que o leva a procurar a família do Mandarim.

Quando comecei a ler O Mandarim lembrei-me instantaneamente d'O Retrato de Dorian Gray mas a verdade é que a história de Eça de Queirós tem uma pegada muito mais leve chegando até a ser um pouco cómica. A moral é clara e ainda muito atual: muitas vezes o dinheiro fácil não é sinónimo de felicidade mas a verdade é que quase todos nós "mataríamos" o Mandarim se nos surgisse a oportunidade. Uma mensagem e narrativa bastante simples mas muito eficaz.

Sem dúvida uma leitura bastante satisfatória que me deu vontade de explorar a literatura portuguesa deste século!
Profile Image for Alice.
165 reviews
October 22, 2018
No fundo da China existe um Mandarim mais rico de que todos os reis de que a Fábula ou a História contam. Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste. Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha, posta a teu lado, sobre um livro. Ele soltará apenas um suspiro, nesses confins da Mongólia. Será então um cadáver: e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição dum avaro. Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?”

Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/liv...
Profile Image for Andreia.
76 reviews8 followers
April 2, 2018
Pensava eu que 'O mandarim' consistia numa viagem à China, e por um lado, até é, mas o motivo que leva a personagem principal a terras asiáticas é que é inesperado. Claro que não o vou revelar. Leiam, se quiserem.

Surpreendeu-me o cariz fantástico deste conto, mas a ironia, a crítica social e moral, caraterísticas de Eça, lá estão, apesar da premissa surpreendente.

A conclusão da obra é acutilante, e coloca a mão na consciência de cada leitor. Afinal, no lugar de Teodoro, teríamos feito o mesmo?
Profile Image for Margaret.
787 reviews15 followers
January 5, 2016
Uma pequena pérola do nosso querido Eça! “O Mandarim” conta-nos a história de Teodoro, empregado numa repartição pública que deseja ter uma vida mais excitante que aquela que o seu mísero salário proporciona. Um dia, num livro antigo, descobre que é possível ficar com a fortuna de um rico mandarim com um simples toque de campainha... que mata o pobre chinês! Ao encontrar uma sineta, Teodoro ousa fazer a experiência e fica rico... mas, a imagem do morto começa a persegui-lo e, para aliviar a sua consciência, decide empreender uma viagem à China, com consequências imprevisíveis.

Esta é uma história divertida, com muitos pormenores dos exageros de Teodoro, que podem ser comparados aos devaneios de muitos vencedores da lotaria. No entanto, a moral que fica é que dinheiro fácil não é sinónimo de felicidade e, pior ainda, quando é obtido prejudicando outros. Apesar do tom leve da história, penso que o olhar de Eça sobre o Oriente é um bocado xenófobo mas, se calhar, espelha a mentalidade da época – Europa civilizada versus o resto bárbaro. É só uma impressão...
Profile Image for Isabel.
99 reviews23 followers
July 4, 2023
"Céu e Inferno são concepções sociais para uso da plebe - e eu pertenço à classe média. Rezo, é verdade, a Nossa Senhora das Dores: porque, assim como pedi o favor do senhor doutor para passar no meu acto; assim como, para obter os meus vinte mil réis, implorei a benevolência do senhor deputado; igualmente para me subtrair à tísica, à angina, à navalha de ponta, à febre que vem da sarjeta, à casca da laranja escorregadia onde se quebra a perna, a outros males públicos, necessito de uma protecção extra-humana."
Profile Image for Laura.
7,132 reviews606 followers
February 28, 2020
5* The Crime of Father Amaro
4* O Primo Basílio
4* A Relíquia
5* Os Maias
4* Echos de Pariz
3* A Cidade e as Serras
4* A Ilustre Casa de Ramires
5* O Mistério da Estrada de Sintra
4* O Mandarim
TR O Suave Milagre e Outras Páginas
TR A Tragédia da Rua das Flores
Profile Image for Sara Jesus.
1,673 reviews123 followers
July 14, 2017
Mais um livro fantástico de Eça de Queirós. Apenas não é tão descritivo como os outros. É uma pequena obra que nos leva a viajar para o Oriente, mais propriamente a China.
Profile Image for Teresa Gonçalves.
124 reviews7 followers
February 22, 2021
#1PortuguêsPorMês

Ler Eça relembra-nos que todos os livros têm algo para nos ensinar... Neste encontrei uma metáfora maravilhosa, desafiadora da nossa ambição, moral e valores, de que tanto se gaba a raça humana! Não vou desenvolver mais... Desafio-vos a ler pelo menos #1PORTUGUÊSPORMÊS e tirar pelo menos 12 lições maravilhosas como esta: “Só sabe bem o pão que dia a dia ganham as nossas mãos: nunca mates o Mandarim!”
Profile Image for Alexandra Pedro.
83 reviews7 followers
June 13, 2017
Este é um livro sobre o consumismo, um tema intemporal. Para mim, a questão levantada é: quanto dinheiro vale uma vida humana? Fará o leitor refletir acerca do que faria na situação apresentada caso esta fosse real, sendo que eu em particular não reagiria da mesma forma que Teodoro.
É um livro pequeno e direto que se lê facilmente. Não tem a quantidade de descrição que tanta gente desgosta n'Os Maias, desenvolvendo-se a ação mais rapidamente.
Recomendo a quem goste de livros que façam o leitor refletir sobre as suas ações!
Profile Image for Rosa Ramôa.
1,570 reviews85 followers
March 31, 2015
***
O português típico:
"As felicidades haviam de vir: e para as apressar eu fazia tudo o que devia como português e como constitucional: – pedia-as todas as noites a Nossa Senhora das Dores, e comprava décimos da lotaria".
Profile Image for João Moura.
Author 4 books23 followers
August 24, 2024
Teodoro, um funcionário que vivia normalmente a sua vidinha, aceita um acordo do diabo para matar um chinês de fortuna infindável para ficar com esta... De início tudo bem, Teodoro deixa de comer os bifes duros da estalagem e entrega-se aos grandes prazeres da vida, mas cedo se apercebe que o dinheiro não traz só alegrias... Com ironia e humor, a história de um simples português que se arrepende do que deseja e alcança...
Profile Image for Joana Gonçalves.
128 reviews
June 3, 2022
Já não lia Eça há uns 7 anos e é incrível como saberia que era a escrita dele se a capa do livro não o dissesse. Uma escrita deliciosa numa narrativa tão costume de critica social e humana só como Eça o sabe fazer. Uma história que cativa o leitor desde a primeira página e que traz ao de cima os defeitos do narrador, que acabam por ser os do ser humano quando este se permite: o que faz mover a culpa?, o que nos motiva? e o desespero de lidar com as consequências de ações que tomamos sem pensar no peso que isso terá na vida dos outros

Recomendo muito a quem tem medo da escrita do autor. E pergunto-me por que é que será que não damos este livro na escola para introduzir o génio de Eça na altura em que mais é necessário cativar os alunos a gostar de autores clássicos portugueses ?
Profile Image for Mariana.
249 reviews77 followers
August 16, 2015
4,5

Mas que dizer? Adorei a história, tudo! É Eça e eu tinha imensas saudades de ler algo do autor! Ah, como fiquei consolada de ler esta pequena história.
Profile Image for Laurens.
110 reviews7 followers
December 3, 2017
Ik was, toen ik dit boek kocht vooral benieuwd naar de veelgeprezen schrijfstijl van Eça (de grote Portugese realist) en minder naar weer een nieuwe Faust-vertelling. Maar "De Mandarijn" verbaasde me gigantisch. De hoofdpersoon Teodoro krijgt van een mysterieuze, zwartgeklede man (wow wow wow, wie zou dat zijn?) een aanbod om een belletje te luiden en daarmee een oude Chinese man te doden, maar daarmee diens gigantische fortuin te erven. Bij Faust-adaptaties zou je verwachten dat dit zijn ziel zal kosten, maar er zit geen addertje onder het gras, geen kleine lettertjes onderaan het contract. Hij krijgt geen wroeging als, zoals bij Faust, de zeven jaren op zijn en hij gehaald wordt, maar de wroeging zit hem in de wetenswaardigheid dat hij een verre onbekende heeft gedood voor eigen gewin en speelt daardoor meer in op zijn geweten dan op zijn angst voor het hiernamaals. Wat doet hij dan? Hij besluit het goed te maken door AF TE REIZEN NAAR FUCKING CHINA EN EEN VAN DE CHINEES' DOCHTERS TE HUWEN EN ZO HUN ERFENIS (DEELS) TERUG TE GEVEN! Dit was zo'n briljante en onverwachtse wending in het boek. Het lukt echter voor geen meter en China blijkt helemaal kut te zijn. Dus hij gaat weer lekker terug naar Portugal en blijft de rest van zijn leven slechts nadenken over of zijn beslissing goed of niet goed was.
Ik genoot enorm van het feit dat deze allegorie ineens een avonturenroman leek te worden, maar desondanks toch goed ethische kwesties bleef behandelen (zonder zeer moreel zeurderig te worden). Teodoro kan met zijn rijkdom letterlijk alles en iedereen krijgen die hij wil. Ik dacht ook veel na over hoe China werd gefocaliseerd door Teodoro als iets dat hij niet zou kunnen begrijpen, niet per se mysterieus of barbaars, maar een maatschappij waar hij maar niet in door kan dringen.
Profile Image for Leyendo con Jen.
105 reviews3 followers
February 17, 2025
Un libro cortito pero con una narrativa muy poderosa.
Teodoro nos relata en primera persona su viaje (literal y psicológico) a través del fragilidad humana y sentimientos como la ambición, el remordimiento, la frustración.
Presenta el dilema de la moral, esa voz de la conciencia que nos juzga y de la que no podemos escapar.
¿Y tú, tocarías la campanilla?
Profile Image for Melissa Soro Rojas.
60 reviews7 followers
February 2, 2025

El Mandarín de Eça de Queirós es una novela breve pero profunda, que combina sátira, realismo y elementos fantásticos para explorar la ambición, la culpa y la naturaleza del deseo humano.
El dilema moral que plantea la novela es fascinante y vigente: ¿qué tan lejos estamos dispuestos a llegar por riqueza y poder, especialmente cuando las consecuencias parecen lejanas e invisibles? A través del viaje de Teodoro, que va desde la euforia por su nueva riqueza hasta la paranoia y el remordimiento, se hace una crítica a la avaricia y la superficialidad de la sociedad.
Profile Image for Margarida.
461 reviews43 followers
April 7, 2012
"O Mandarim", de Eça de Queirós. Um conto com a mestria de escrita a que estamos habituados por parte de Eça de Queirós.
Um homem recebe a visita do Diabo que lhe propõe um acordo: matar um mandarim chinês ao tocar numa campainha e receber toda a sua fortuna.
Este problema moral era conhecido no século XIX como o "paradoxo do mandarim". Formulado em 1802 por Chateaubriand, consistia numa pergunta: "se pudesse, com um simples desejo, matar um homem na China e herdar a sua fortuna na Europa, com a convicção sobrenatural que nunca ninguém descobriria, formularia esse desejo?"
No texto de Eça de Queirós, o Diabo apresenta-se de sobrecasaca e com os modismos do século XIX.
Teodoro, a personagem principal, aceita o desafio. A partir do momento em que recebe a fortuna, a sua vida vai mudar.
Do ponto de vista social, muda-se da pensão onde morava para um palacete, deixa de trabalhar como escriturário, passa a receber visitas no palacete que o consideram muito importante devido à sua inesperada fortuna.
As pessoas passam a tratá-lo de acordo com a sua posição social por causa do dinheiro, e é essa uma das vertentes de crítica moral presente no texto, ao revelar a hipocrisia que domina as relações pessoais e sociais. A segunda vertente diz respeito à dimensão psicológica do narrador/personagem principal. A partir do momento em que recebe a herança passa a ser muito mais infeliz, o crime que originou a riqueza deixa-o com peso na consciência, passa a ver o fantasma do mandarim falecido.
Planeia uma viagem à China com o propósito de expiar o seu pecado e acalmar o espírito do mandarim. Tem o plano de dar a fortuna à família do falecido, mas na China depara-se com uma sociedade diferente, com regras e preceitos diferentes, que o impedem de fazer o que planeara. Após várias peripécias e se aperceber que deixara de ver o fantasma do mandarim na China, considera que o espírito do falecido está calmo e que pode voltar à Europa. Triste erro: o espírito volta a aparecer-lhe assim que desembarca em Lisboa. E volta a viver triste e infeliz no palacete, decidindo voltar a viver na pensão e deixar de usar a fortuna... quem o rodeava anteriormente passa a tratá-lo como pelintra, denotando que só se relacionava com ele por causa da fortuna.
Passado algum tempo decide voltar ao palacete e usufruir dos milhões que tinha no banco, porque vivendo como pobre ou como rico, o fantasma não o abandonava (como representação da consciência humana).

No texto de Eça de Queirós, um dos aspectos mais interessantes é a visão exótica que descreve da China. Apresenta-nos um lugar construído a partir de relatos de terceiros, de leituras e, principalmente, pela construção da sua imaginação. A fantástica viagem à China, com todas as suas peripécias, constitui o cerne do texto e o que o mantém vivo e interessante.
Profile Image for rita.
61 reviews15 followers
February 1, 2022
O Mandarim é uma obra queirosiana com um tom diferente de todas aquelas que já tive (até agora) o prazer de ler. Marcadamente pós-realista, trata-se de um conto fantástico que deixa evidente, uma vez mais, a genialidade da escrita de Eça através de uma mordaz crítica social e moral. Eça de Queirós nunca desilude!
Profile Image for WillemC.
598 reviews27 followers
July 5, 2025
Queirós staat met kleppers zoals "Het vergrijp van Pater Amaro", "Neef Bazilio" en "De Maia's" bekend als Portugals grootste realist/naturalist, vandaar dat ik wat verrast was door deze bovennatuurlijke, Faustiaanse novelle. Teodoro, een saaie kantoorklerk op het ministerie van Binnenlandse Zaken, krijgt op een dag bezoek van een in het zwart gekleed heerschap dat in zijn naam een Chinees doodt - de Mandarijn uit de titel - en hem heel zijn fortuin overmaakt. Wanneer hij daarna in zijn bed voortdurend het opgeblazen lijk van die Ti Chin-Fu aantreft, besluit hij naar China te vertrekken om daar zijn net verkregen fortuin uit te delen aan de nazaten van de overleden man en zijn zielsrust terug te krijgen. Maar dat mislukt uiteraard...
Dat deze auteur kan schrijven, wordt al na enkele zinnen duidelijk. Queirós' stijl leest verschrikkelijk vlot en zit vol met boeiende beelden en frisse ironie. Spijtig echter dat dit verhaal ietwat te veel een voorspelbare parabel is met een nogal doorzichtige moraal. "Hard werken voor je geld, hé mensen! Anders zal het fout aflopen!" 3.5/5!

"En mijn minachting voor de mensheid werd zo groot, dat ze zich uitstrekte tot God die haar geschapen had."

"Hij was een ware heilige, maar de knoflookgeur die hij uitwasemde zou zelfs de meest geplaagde en troost behoevende ziel op afstand houden."

"Ik leerde de zeeziekte van de stoomboten kennen, de eentonigheid van de ruïnes, de melancholie van de naamloze massa's en de ontgoochelingen van de boulevards."
Profile Image for Priscilla.
1,928 reviews16 followers
May 21, 2022
A premissa de O Mandarim já é conhecida do grande público por ser um dilema moral amplamente discutido não apenas em cursos de Filosofia e afins, mas também em outros livros, em filmes e até mesmo em músicas: "Você mataria alguém por dinheiro?" O personagem principal sim.

Teodoro é o tipo preferido de Eça de Queirós - um homem com educação universitária que já foi ou é um empregado público, ou seja, alguém que deveria ser acima de qualquer suspeita, mas que na verdade é moralmente fluído.

Diferente de outra obra clássica, Crime e Castigo de Dostoiévski, o enfoque da obra não é no intimismo que desnuda a alma e expõe o remorso. Teodoro não se arrepende de seu ato indecente o que ele sente é medo da represália.

Apesar de toda a carga dramática do enredo, o texto é leve, quase humorístico. O autor critica a sociedade claramente, mas seu olhar é suave, gentil, quase bonachão. O deboche sempre foi marca registrada em seu estilo e aqui ele aparece em cada parágrafo.

Recomendo.
Profile Image for B. Faye.
270 reviews65 followers
August 21, 2024

Αν σου έλεγαν, πως άμα πατήσεις ένα κουμπί, θα πεθάνει στην Κίνα στην άλλη άκρη της γης ένας Μανταρίνος, κι όλα τα αμέτρητα πλούτη του θα τα κληρονομήσεις; Τι θά έκανες ; Θα το πατούσες το κουμπί;

« Σε ολόκληρη την αχανή αυτοκρατορία της Κίνας, κανείς μανδαρίνος δεν θα είχε μείνει ζωντανός αν εσύ, με τόση ευκολία όπως και εγώ, μπορούσες να τον ξεπαστρέψεις και να κληρονομήσεις τα εκατομμύρια του, αναγνώστη, δημιούργημα αυτοσχέδιο του θεού, έργο κακό από κακό πηλό φτιαγμένο, όμοιε μου και αδερφέ μου!»
Displaying 1 - 30 of 180 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.