"Questa è la sola storia vera che io abbia raccontato fino adesso," dice Miller nell'epilogo scritto per questo bellissimo racconto. Un'affermazione strana perché si tratta forse della sua unica storia di fantasia pura. Ma Miller chiarisce: "I miei personaggi sono tutti reali, presi dalla vita, dalla mia vita, mentre Augusto è l'unico che nasce dal regno della fantasia. Ma che cos'è questo regno della fantasia che ci circonda e assedia da ogni parte, se non la realtà stessa?".
Nella storia di Augusto, il clown geniale e disperato che recita ogni sera "il dramma dell'iniziazione e del martirio", Miller ha voluto parlare del vero artista e del suo faticoso percorso. "Il sorriso ai piedi della scala", poetica e geniale biografia immaginaria di clown richiestagli da Fernand Léger, influenzata dai meravigliosi quadri sul circo di Rouault, Miró, Chagall, Seurat e Max Jacob, è stato scritto nel 1947-48, un periodo di trasformazione profonda nell'opera milleriana, negli stessi anni di "Plexus" e di "I libri della mia vita", ed è anche un'introduzione alle opere della maturità.
‟Ai piedi d'una scala tesa verso la luna, Augusto si sedeva in contemplazione, fisso il sorriso, perduti lontano i pensieri. Questa simulazione d'estasi, che egli aveva portato a perfezione, faceva sempre una grande impressione sul pubblico: pareva il sommo della stravaganza.”
Henry Valentine Miller was an American novelist, short story writer and essayist. He broke with existing literary forms and developed a new type of semi-autobiographical novel that blended character study, social criticism, philosophical reflection, stream of consciousness, explicit language, sex, surrealist free association, and mysticism. His most characteristic works of this kind are Tropic of Cancer, Black Spring, Tropic of Capricorn, and the trilogy The Rosy Crucifixion, which are based on his experiences in New York City and Paris (all of which were banned in the United States until 1961). He also wrote travel memoirs and literary criticism, and painted watercolors.
في قصة مكثفة يكتب ميللر عن الفارق بين الحقيقة والمظاهر المرئية يبحث بطل قصته عن نفسه الحقيقية المخفية وراء قناع المهرج ويسعى للرضا والسعادة في عالم يحكمه الظاهر ولو مزيف محاولة للوصول لراحة النفس بعيدا عن صخب الحياة والناس وفي النهاية تكفي ابتسامة صغيرة لإدراك السعادة
-لا ادري اذا كانت ملاحظة هنري في النهاية اعتراف او هروب الى الأمام! ولا ادري اذا كان يقول لنا "هذا انا" وكل ما سبق وكتبه كان "المهرج"!!.. من يدري!!
- القصة ممتازة فهي خلافاً لكل اعماله، لا تنطلق من حقيقة يعرفها (هو او اصدقائه) بل اتت من "The Blue"، وقد تكون هذه الزرقة تعني الخيال او الطاقة المحيطة او الحقيقة الفعلية التي لا ندركها!! كما ان مفهوم السعادة اتى ليكون روحياً بعيداً عن الشرب والعاهرات!!
- في بُعدٍ آخر قد نكون كلنا مهرجين! ... كم قناعاً نغيّر في اليوم؟!.. الا نعود لسقراط الآن "لنعرف انفسنا"! ..
---- "إن المعلم غير الكفء يمتلك الزمن كملكية ولا يستسلم إلا في وجه الأبدية"!
رواية قليلة الصفحات تعتبر نوفيلا فلسفية عن محاولتنا المستمرة في البحث عن السعادة وعن أنفسنا.. كئيبة..مملة..غير ممتعة في قراءتها و لكنها نوفيلا عميقة و فيها فكرة..بس هي مش من نوعية الكتب اللي بحبها..
Henry Miller has for me always been a veritable, serendipitous surprise. Some of his books have rather shocked me despite their literary excellence, nevertheless I grew to love his travel books and letters and so when I was recommended this very short fable, I knew in my heart that I would love it and I was indeed proved right in my thoughts and expectations.
Miller always admitted that his books were based on “fact and experience”. But when he came to this book about the life of a clown, Auguste, he openly stated:
“My whole aim in writing has been to tell the truth, as I know it. Heretofore all my characters have been real, taken from my life, my own life. Auguste is unique in that he came from the blue. But what is the blue which surrounds and envelopes us if not reality itself. We invent nothing, truly. We borrow and recreate. We uncover and discover. All has been given as the mystics say. We have only to open our eyes and hearts, to become one with that which is.”
What a gem of a book this has turned out to be. It’s very short, only forty–nine pages but it’s poetic; full of love and sheer artistry and I was enamoured with it. Miller always associated himself with the life of the clown and I applaud him. Bravo for the pleasure that he gives to mere individuals such as myself.
A very strange tale about who we truly are beneath the projection of self we choose to offer to others. August is a clown who wants to make people happy by making them laugh. But there is the difference of laughing 'at' someone or 'with' someone. This story really reminded me of the song by the Bee Gees I Started A Joke - there is also a messianic element of sacrifice here - also reminded me of Vesti La Giubba - so many interpretations.
Em 1947, o pintor Fernand Léger pediu a Henry Miller que escrevesse um texto para acompanhar uma série de 40 ilustrações sobre palhaços e o circo. Saiu esta pequena maravilha, que foi rejeitada por ser imprópria (mas não por ter algo que se assemelhe a Sexus). O sorriso aos pés da escada é uma história terna e comovente sobre um palhaço, Augusto, que tem a ambição, não de fazer rir, mas de dotar de alegria os espectadores. Até ao dia em que se apercebe que não conhece a felicidade.
"Sermos nós próprios, unicamente nós próprios, é algo de extraordinário. Mas como chegar a isso, como alcançá-lo? Ah!, eis o truque mais difícil de todos. Difícil, exactamente, porque não envolve esforço. Tentas não ser isto nem aquilo, nem grande nem pequeno, nem hábil nem desajeitado... estás a perceber? Fazes o que te vem à mão. De boa vontade. Porque não há nada que não tenha a sua importância. Nada. Em vez de risos e aplausos recebes sorrisos — e é tudo. Mas é justamente o próprio tudo... mais do que alguém pode pedir."
O sorriso aos pés da escada resulta de uma encomenda e isso talvez explique a natureza algo forçada desta pequeníssima narrativa cujo tema é difícil de definir, mas que deve andar ali pelos lados da análise sobre o significado da vida, da conexão espiritual e da procura da felicidade. Lido ao pé da letra, é uma narrativa morninha sobre o transvestismo de um palhaço que todas as noites procura na audiência ecos de si mesmo - ao passo que, em espelho, a audiência se revê no palhaço em palco. Mas quero acreditar que há aqui mais do que isso. Escolho ler, na farsa de Augusto (o palhaço) uma procura intelectual mais do que espiritual...
Tinha por hábito, antes de aplicar a tinta, observar-se durante um longo espaço de tempo. Era a maneira de se preparar para a representação. Sentava-se a olhar para o seu rosto amargurado e de repente punha-se a apagar a imagem e a estabelecer uma nova, aquela que todos conheciam e que em toda a parte era tomada como sendo propriamente a de Augusto. Mas o verdadeiro Augusto ninguém conhecia, nem mesmo os amigos, pois a celebridade fizera dele um homem só.
...uma história sobre a desolação de ser um entre muitos («Todos estamos sozinhos, Mariana. Sozinhos e muita gente à nossa volta. Tanta gente, Mariana!», ecoava na obra de Maria Judite de Carvalho)...
É esquisito, não é? Um pouco de tinta gordurosa, uma bexiga, uns trapos carnavalescos e não é preciso mais para uma pessoa se transformar em ninguém! É o que nós somos ninguém. E ao mesmo tempo, toda a gente.
...e sobre a luta para defender o último reduto da nossa independência/identidade:
Sermos nós próprios, unicamente nós próprios, é algo de extraordinário. Mas como chegar a isso, como alcançá-lo? Ah!, eis o truque mais difícil de todos.
Sem conhecer mais nada de Miller em primeira mão, podia, a partir deste texto, extrapolar que se trata de um escritor simbolista e filosófico, com particular talento para expressar compaixão perante os mais solitários, mas como não tenho base de comparação, não vale a pena. Resumindo, O sorriso aos pés da escada é uma pequenina obra algo sonhadora que, discorrendo sobre um palhaço, um palco, «uma mesa, [um]a cadeira, [um] tapete; um cavalo, uma campainha, um arco de papel, [um]a escada interminável, [e um]a lua pregada à cúpula» tenta dizer coisas que estão no limiar do concreto e já a entrar no reino do abstrato. Tudo muito místico, como creio que Miller pretendia:
Bem pequena era a compreensão do público! Bem pequena a compreensão de qualquer um quando o destino estava em jogo! Ser palhaço, era ser um peão no xadrez do destino. Na pista, a vida não passa de um mudo espectáculo feito de cambalhotas, bolachadas, pontapés num nunca acabar de fintas e contra-ataques. E era através deste meio, desta vergonhosa folia que uma pessoa conquistava os favores do público! O idolatrado palhaço! O bem-amado palhaço cujo privilégio especial consistia em reviver os erros, as loucuras, as idiotices, todas as incompreensões que angustiam a espécie humana! Ser a própria inépcia era algo que mesmo o mais imbecil dos imbecis poderia apreender.(...)nunca as pessoas se cansam destas coisas absurdas, pois há milénios que os seres humanos se enganam no caminho, há milénios que todas as suas buscas e interrogações desaguam num beco sem saída. O mestre da inépcia tem como domínio o tempo inteiro. Acontece que só se dá por vencido perante a eternidade...
Quem diria que procurar um sorrirso poderia ser coisa tão triste?
هل سبق وان سألت نفسك من قبل إذا كنت فعلا إنسان سعيد ام لا ؟ من المؤكد انك فعلت هذا مراراً فلا يوجد أسهل من طرح التساؤلات لكن يبقي الجانب الاصعب وهو الاجابة .. هل استطعت ان ترد على هذا الخاطر وتقول نعم انا انسان سعيد بيقين تام ؟ اذا كانت الاجابة نعم فاتمني ان يديم الله عليك هذا الشعور .. اما لو كانت الاجابة لا .. فافعل مثلي واستمع لتلك النصحية ربما تكون نقطة تحول وبداية طريق البحث عن نفسك اولا والتى بمجرد التعرف عليها ستجد السعادة بجوارها وحاضرة معها " وانت حاول ألا تكون شيئاً واحداً أو آخر ، لا تكن عظيماً أو صغيراً ، ذكياً أو أخرق ... هل تفهمني ؟ افعل كل ما يأتي إليك .. افعله بنية حسنة .. ذلك لأنه ليس هناك أي شئ غير مهم .. لا شئ ، وبدل الضحك والتصفيق ستتلقى الابتسامات ، ابتسامة صغيرة دالة على الرضا .. هذا كل شيء ولكنه يعني كل شئ .. تجول وقم بالأعمال القذرة ، أرح الناس من أعبائهم .. هذا يسعدهم ، لكنه يجعلك أكثر سعادة .. "
برجوع الى العمل استطاع الكاتب ومن خلال عدد صغير من الصفحات ان يقدم حياة اوغوست المهرج الذي ظل يبحث عن السعادة ولم يجدها من خلال شهرته فقرر ان يعود الى حياته العادية وان يقوم باعمال صغيرة لا تميزه عن غيره .. لا يهدف سوى الى تقديم يد العون الى من حوله الا ان يشاء القدر ويمرض انطوان مهرج الفرقة فيضطر اوغوست ان يقوم بتعويض غيابه ليجد نفسه مرة اخري عائدا الى اضواء الشهرة حتى ولو كانت من خلال شخصية اخري غير شخصيته .. وحين ادرك انه سعادته في مكان اخر وقرر ان يذهب اليها لم يعطيه الوقت الفرصة الكافية بان يلقها .. ولكن يكفيه انه مات مبتسما راضيا .. نهاية قد تراها حزينة الا انى اراها انها مجرد بداية واتفق مع الكاتب فى تلك النقطة التى ذكرها فى نهاية خاتمة الكتاب .. موت اوغوست قد يكون بداية طريق اى قاري لتلك القصة من اجل السعي وراء سعادته التى يفتقدها..
" ولكن لماذا عليك أن تبدأ من جديد ؟ مادمت قد حققت شهرة كبيرة ؟ - لن تفهم ولكني سأقول لك الكلام نفسه .. لأنني اريد أن أكون سعيداً هذه المرة - سعيد ؟؟ لا افهم ! لماذا سعيد ؟ - لأن المهرج لا يكون سعيداً عادة إلا إذا كان شخصاً آخر . لا أريد أن أكون سوي نفسي "
يقول هنري ميللر :
"السيرك هو ساحة صغيرة من النسيان . مغلقة . يساعدنا لفترة علي أن نفقد أنفسنا ، ونتلاشي في الدهشة والربكة . أن يقتلنا اللغز . أن نخرج منه بدوار .. حزاني ومرعوبين من وجه العالم اليومي .. ذلك اليوم الذي نعرفه جيداً .. وهو العالم الوحيد الذي لدينا ! فنحن دائماً نموت ونحن نصارع لكي نولد ، لم نكن ابداً ، ولن نكون ، نحن دوماً صيرورة ، دوماً مفصولون ومبعدون إلي الأبد في الخارج "
هنري ميللر ابتسامة عند قدم السلم
لم أتوقع إطلاقاً أن تكون هذه الرواية بهذه الجودة وهذه البراعة وهذه الفلسفة .. رغم أن عدد صفحاتها لا يتجاوز 60 صفحة تقريباً ولكنها ببراعة المؤلف الذي أعترف إنني لم تعجبني كثيراً نوعية كتاباته التي اُشتهر بها ..
هنري ميللر .. العدمي .. المُتعب دائماً .. هنا من وجهة نظري قدم رواية من أجمل الروايات الفلسفية .. فهنا .. رواية عن مهرج يُضحك الناس وهو يبكي .. مهرج سئم وتعب ومل من أن يكون واحداً غيره كل مساء ..
فتخيل .. إنك مرغم علي أن تكون غيرك كل مساء .. أن ترتدي قناعاً باسماً وترسم بيديك ملامح ضاحكة وقلبك يبكي وعقلك مُرهق من الأسئلة المُتعبة
فيقرر مهرجنا أن يكون نفسه .. فيترك العمل .. وتجبره الظروف بعد ذلك أن يعود للسيرك مرة أخري ليعمل بدلاً من صديقه المريض أنطوان .. فيخرج للناس علي أنه أنطوان وينجح ويشتهر بصفته أنطوان .. !
ولكنه إلي الأن ليس نفسه .. لا يشعر بأنه هو هو ..
إنه اثنين مهرج يحيا بقناع زائف من ناحية .. و يحيا كأنطوان من ناحية أخري !!
فمتي يكون نفسه ؟؟
ثم فجأة يموت أنطوان
فما الحل .. ؟ هل يُكمل بصفته أنطوان المشهور الناجح ؟؟ أم يعود لشخصيته الأولي ؟؟؟
اسأل نفسك عزيزي القارئ .. إذا كان الناجح يستلزم أن تكون غيرك .. هل كنت لتختار أن تصبح غيرك ؟؟؟
تركت "اسمي أحمر"...فمزاجي لم يكن مناسبا لمتابعة تلك الأحداث وتواترها على أكثر من لسان...وبحثت عن كتاب خفيف طمعا في استعادة الرغبة بإكمال الكتاب...وانتقيته من مكتبتي الإلكترونية بسبب عدد صفحاته تحديدا لأكمل حصتي اليومية المعتادة من القراءة...وإذا باب واسع للخيال والتأمل يفتح أمامي
صفحات قليلة...تبعث على التفكّر...سطّرها ميلر -الذي ألج عالمه للمرة الأولى
العالم يبدو مختلفا منذ السطر الأول في الرواية...تلك الكلمات التي تقول لك بكل قوّتها...هذه رواية تستحق أن توغل فيها ولا تتركها حتى النهاية...فالحدث يبدأ منها بلغة شفافة حالمة...بين سماوات يقف أوغوست عند قدم سلمها...بابتسامة بيضاء...مراوغة...منفصلة عن الداخل...مكبّرة...ثابتة...وكل ما حوله يتحرك في دائرة من السحر
أوغوست المهرج...الذي يجبره عمله على رسم ابتسامة على شفتيه تنتقل لجموع مشاهديه...يريد أن يصبح شيئا أكثر...بل شيئا مختلفا...ربما يتوحد فيه الداخل والخارج...وبحزنٍ عميقٍ...يترك السيرك ويلجأ للتجوال بحثا عن سعادة افتقدها منذ زمن...فقد اكتشف فجأة بأنه قد فرغ من الداخل...ليعود للسيرك عاملا عاديا مع إحساس مضاعف بالحريّة وابتسامات امتنان جددت دفق قلبه...ويُمنح فرصة أخرى ليعود بموهبته في إضحاك الناس على إثر مرض المهرج أنطوان...يأخذ مكان هذا المهرج الذي لا يملك اسما ولا شهرة ولا موهبة بحجم موهبته ويلعب دوره...فيموت أنطوان بسكتة قلبية لما يدرك حجم قدرة أوغوست...فيقف أوغوست مع نفسه متأملا للمرة الثانية فإنك:
"لا تحتاج إلا إلى قليل من الوقت لجعل نفسك نكرة! هذا ما هو نحن-نكرة. والجميع في الوقت نفسه. إنهم لا يصفقون لنا وإنما لأنفسهم"
"أن تكون نفسك، نفسك فحسب، لهو شيء عظيم"
فيترك السيرك ويبدأ من جديد...لأنه لا يريد أن يكون سوى نفسه...وينتهي نهاية مفاجئة...أترك تفاصيلها تشويقا لمن يرغب بقراءة الرواية...وهي الجزء الأكثر صعوبة في كتابته لميلر والذي أعاد كتابتها مرات ومرات...فقد أراد لنهاية أوغوست أن تكون بداية...وأن تضئ نهايته الطريق لآخرين
من أكثر فقرات الرواية التي استوقفتني...وهي شاهدٌ على تأملات ميلر:
حكيت كثير؟؟!!كيف لو كانت الرواية أكثر من 62 صفحة؟؟!!0
إنه كتاب يفتح شهيتك للقراءة والتأمل والتخيّل...والحديث أيضا ولمنحه نجمة إضافية...استحقها حديث ميلر عن قصته في الصفحات الأخيرة
صنفها الكاتب على أساس إنها قصة وهي قصة مفعمة بالرمز الفلسفي في الوجود وقيمة الحياة كتبها ميلر على إثر طلب من فرناند ليجر لترافق السلسلة المكونة من أربعين صورة عن المهرجين وعالم السيرك والتي كان يعدّها في تلك الفترة ويقول هنري أنه على الرغم من الوقت الطويل الذي استغرقه كتابة هذه القصة إلا إنها لم ترق لليجر .. لا يهم المهم إنها راقت لي !
ميلر : السيرك هو ساحة صغيرة من النسيان , مغلقة , يساعدنا لفترة على أن نفقد أنفسنا , ونتلاشى في الدهشة والبركة , على أن يخطفنا اللغز , نخرج منه بدوار , حزاني ومرعوبين من وجه العالم اليومي , ولكن العالم اليومي , القديم , العالم الذي نتصور أننا نعرفه جيدا فحسب , هو العالم الوحيد , وهو عالم سحر , سحر لا ينتهي , مثل المهرج نمر عبر حركات , نحاكي إلى الأبد , وإلى الأبد نؤجل الحدث المهيب , ذلك إننا نموت ونحن نصارع , ونحن نصارع كي نولد ,لم نكن أبدا , ولن نكون نحن دوما في صيرورة , دوما منفصلون ومبعدون إلى الأبد في الخارج !
القصة تحكي عن أحد المهرجين الذي وصل أعلى حد في سقف الشهرة لكنه تخلى عنها فجأة لأنه شعر أنه كان خارج جلْده وإن هذه الحياة ليست حياته فودّع كل هذه الأضواء وأصبح مجرد عاملا في السيرك ينظف روث الخيول , يقوم بأعمال توفر له فقط لقمة العيش , غيرأن المهرج البديل والذي كان لا يتسم بأي عامل من عوامل النجاح يقع أسير المرض ويتولى أوغست بطل القصة عمل التهريج من جديد لكنه في هذه المرة يلبس قناع زميله المريض أنطوان ويلعب نفس الدور السابق الذي أبعده عن الأضواء , لكن المفاجأة أن المريض حين علم أن أوغست يلعب دوره بنجاح ساحق حتى أنه أصبح حديث الناس والجرائد أصيب بسكتة قلبية , وهنا توقف أوغست من جديد ليعيد التفكير في ماهية حياته ,ويترك السيرك مودعا حياة التهريج في رحيل مؤثر وابتسامة عريضة ملائكية وقمر أصبح مرئيا في السماء ..
يقول ميلر أنه لم يخترع تلك القصة من مخيلته بل إنه أراد أن يقول الحقيقة فقط : لقد رويتها كما شعرتُ بها , لقد كشفت لي نفسها قطعة قطعة , إنها لي وليست لي وهي أغرب قصة كتبتها إنها ليست وثيقة سوريالية البتة !
كنتُ ابحث عن كتاب يسليني كتابا يزيل منى هذه الرغبة التي تطل علي بين وقت وآخر لتمد لي لسانها الرغبة في عدم القراءة , ووقتها أبحث عن كتاب خفيف أجزي به الوقت لكن ما وجدته في قصة ميلر اختلف تماما و شدّ عزيمتي إلى القراءة أسلوب ميلر شيق جدا والمعاني الفلسفية التي زخرت بها الرواية شفافة ورقيقة حتى إنني شعرت في المشهد الذي يحوي تلك الابتسامة أنني خفيفة كريشة !
الكاتب من مواليد سنة 1891 وتوفى سنة 1980 هو روائي ورسام أمريكي تزوج خمس مرات، انعرف عنه عدم رضاه عن الإتجاه الأدبي الأمريكي وخط لنفسه نوع أدبي جديد بجمع بين القصة والسيرة الذاتية والنقد الإجتماعي والنظرة الفلسفية والتصوف، بجمع بأسلوبه بين نقيضين القدرة على التعبير الواقعي والأفكار الخيالية، من أبرز أعماله مدار السرطان والربيع الأسود...
القصة بتدور حول مهرج ناجح بنهار وهو بقمة نجاحه وبعدين بترك العمل وبشعر بالراحة بسبب العزلة بعدين برجع كمساعد بواحد من السيركات وفجأة بمرض المهرج الرئيسي وبطلبو منه يعوض مكانه وبنجح لكن بس يموت المريض بدخل هو بحالة نفسية عميقة إنه متى الإنسان بكون نفسه ومتى بكون منافق بأكثر من وجه...
القصة قصيرة نسبياً ما بتتجاوز ستين صفحة لكنها مختزلة بشدة وبتناقش أفكار عميقة نفسية حول النجاح والتصالح مع الذات والإعتزال في سبيل الوصول للسلام الداخلي، فيها حوارات ذكية ومعبرة ويمكن إسقاطها على قضايا كبيرة وإنسانية...
قصة عبقرية .. نجحت في تجميع تركيزي الذي كان قد ضاع مني منذ بدايةا الشهر ( دجنبر ) .. تفاعلت معها لحد بعيد .. يعجبني هذا النوع من الكتابات التي تحرك خيالي , و تنشط خلايا دماغي .. تجعلني احس ان كل جزء في كياني يتفاعل معها بطريقة ما ... توفقت في الحفاظ على الحياد وفي التوحد مع الرواية بكياني في ان واحد .. قمت بالاسقاط , وجدت نفسي هناك بين سطور عديدة .. نعم جزء مني في اوغست .. والاخر في انطوان .. جزء في كل شخصية حتى الثانوية منها .. كنت انا ثم اختفت تلك الانا لأحل في ذلك المسرح .. تلك الحشود .. ذلك الفرس .. اولئك المهرجين .. تلك العربة .. كنت الصمت .. وكنت مجموعة الصيحات والهتافات .
القصة تحكي صراعا ذاتيا حادا يحاول فيه البطل ان يتوصل الى دوافعه الحقيقية التي تختفي وراء اختياراته و أفعاله .. فتجده يتفاجأ كل مرة بأنه كان يصنع لنفسه اوهاما , وجد نفسه يتطلع الى رضى الاخرين عنه ... ه , فلكي تحقق هذا المبغى يجب ان تكون شخصا غير ما انت عليه , هذا ما تعتقده دائما .. ثم تدرك انك كنت واهما .. ان ذلك القناع كان يجعل منك شيئا نمطا , نكرة , مكررا , مستهلكا , نسخة .. تصبح مجرد شيء بالنسبة للاخرين ولا شيء بالنسبة لذاتك .. فحتى اولئك الذين يصفقون عندما تتوهم انك أثرت اعجابهم وكسبت رضاهم انهم لا يفعلون ذلك لاجلك , انهم يصفقون لانفسهم .. لا أحد يفعل شيئا من أجل أحد ..
ثم يستيقظ البطل من اوهامه ويصرخ في أعماقه : ه ان تكون نفسك نفسك فحسب لهو شيء عظيم , اه هذه هي الخدعة الاكثر صعوبة , وهي صعبة فقط لانها لا تنطوي على جهد
ا و أكثر ما يحبطنا , ما يهبط بنا الى القاع سعينا الدائم الى الكمال , الى فعل شيء عظيم , قول شيء عظيم , ترك انطباع عظيم ... سعي تافه ويائس الى المستحيل , يجعلك ترتد مسافات الى الوراء حتى لا يكاد يفصل شيء بينك وبين العدم . د ..
فنفر البطل من تلك الدوافع التافهة ورحل بعيدا عن محيطها المحفز عندما احس بكذبها و لا جدواها .. عاد الى ذاته .. ا ..
ل فلا ملجأ يعود اليه الانسان ويجد فيه الامان الذي ينشده غير ذاته , يجد في داخله عالما لا متناهي من المعاني والحقائق .. تكشف عنه الحجاب الذي سميناه " الواقع " , فيرى الوضوح والبساطة متجسدان ... الحقيقة خالصة .. حقيقة الإنسان .. وقمة الادراك .. ان تعي في الاخير ( وليس في البدئ , لانه لو كان كذلك لربما انتهجنا طرقا اقصر وغير ملتوية ) بدوافعك الحقيقية .. انه الجحيم نفسه ! !
ثم عاد مجددا , هذه المرة حاول ان يتغلب على انانيته , ان يتوقف عن سعيه العبثي وراء تلك النشوة الوهمية , نشوة المجد , تقدير الذات من خلال الانطباع الذي يتركه الاخرون , اولئك الذين لا نتوقف عن تأليههم . فحاول ان يقوم بأفعال غيرية خالصة يتجاوز فيها ذاته , او هذا ما اعتقده ,
" " انني اقدم له دفعة قليلة فحسب , الحياة مليئة بالخدع الصغيرة التي يجب ان ننتفع منها , لا احد يذهب هناك وحيدا دون مساعدة "
ه ولكن هيهات .. هل نستطيع بحق انكار ذواتنا من اجل الاخر ؟ اليس الامر فيه انانية , ذاتية مخفية .. ؟ ماذا تنتظر من مساعدتك للاخر ؟ هل تستطيع بحق ان تقف دون ان تأمل شيئا ؟ ان كنت حقا بهذه اللامبالاة بنفسك ؟ ما الذي دفعك لمساعدته ؟ ان أحسست فقط بالسعادة من اجله فانك هنا تحقق خدعة جلية .. انت تتوقع سعادتك من خلال سعادة الاخرين .. انت شديد الحرص على ذاتك في الوقت الذي تتوهم فيه انك تدوس عليها وتمضي الى الاخر ... الاخر ليس الا مراة لذواتنا ا .. نرى فيها نقائصنا , حاجاتنا ... ثم تتحول إلى امتداد لها . نحن لا نقترب من شيء او احد لا نرى فيه شيئا منا .. شيئا نتطلع اليه من اجلنا .. نعم مجرد الشعور بالرضى .. هي انانية ما بعدها انانية .. اذا كنت حقا تدعي انك تتجاوز ذاتك من اجل الاخر .. لا تنفعل .. لن تقدر .. لان ذاك الانفعال ذاته .. تلك المشاعر التي نتغذى عليها هي دوافعنا .. نندفع بشعور الى شيء من اجل تحقيق شعور اخر .. فتصبح الاشياء والافعال والاخرون مجرد قنوات نستجلب من خلالها المشاعر التي تغذي انانيتنا .. انانيتنا التي تحركنا مختفية أحيانا في اكثر الاغطية سمكا " الغيرية الكاذبة المخادعة "
نعم الانسان كائن من لحم ومشاعر مختلطة تتفاعل وتولد مشاعر اخرى أما الإختيارات والأفعال فهي فقط ترجمة سيئة لهذه الأحاسيس الأنانية التي تتفاعل داخلنا... ا ..
ص قصة قصيرة رائعة .. قراءة كانت ممتعة وعميقة وكانت بداية موفقة في تجربتي مع أعمال هنري ميلر
" وأتضح له في أحد الأيام أنه مر وقت طويل، طويل جداً، منذ أن عرف السعادة. "
أتدري؟ هناك شيء غريب حيال هذه الرواية، شيء أشبه بالسعادة وبالحزن وبلحظات الفراق الأليمة، شيء أشبه بالسعادة المطمورة تحت ركام النسان المستباح من حياة ما كان يجب أن يعيشها الفرد، أن يكون الفرد حراً يعيش وفق ما يريد، لا أن يعيش وفق يعطيه الآخرون من قيمة ..
ربما سعادة المهرج هي أكثر السعادات غرابة في العالم، فهذا الشخص الذي يبدو وجه دائماً كامل المرح، مرتاح بسعادته، يُضحك الآخرين، يبعث فيهم لحظات لا تنسى من الفرح، ماذا إن كان هو بذاته تعيساً وضائعاً، كابتاً كل حزن العالم في صدره، وكل السعادات التي يطلقها قد لا تكون سوى فقاعات من ألم تخرج على هيئة فرح تغوي الآخرين أن هذا الشخص الذي أمامهم سعيد ..
قد لا يكون بعض الناس سوى نسخة من هذا المهرج، الطافح بالسعادة من الخارج، الحزين أعمق الحزن من الداخل، ويوم أن يستيقظ على حزنه سيكون الوجع وجعاً لا يطاق، طعنة في كل معتقداته عن الحياة، يبدو وكأنه يخدع نفسه كل تلك السنوات، يقف وحيداً عن قدم السلم ويبتسم وتسقط دمعتان يحملهما كهدية ساقها القدر لكي يستيقظ من سباته، أن يكون سعيداً من جديد ، لا من وراء قناع، بل سعادة حقيقية تجعله مثل طفل قد وجد ما يشبه الفرح للتو ..
رواية جميلة بروح دافئة وبفلسفة بسيطة عن الحزن والفرح والوحدة ..
این داستان کوتاه را «هنری میلر» به سفارش «فرنان لژه» نوشت تا نقاش فرانسوی آن را به همراه تصاویری که از دلقکها و سیرکها کشیده بود در کتابی چاپ کند. کتاب پُر است از ارجاعاتی به نقاشیهای محبوب میلر که اگر پینوشتِ او در پایانِ آن نبود شاید کشفِ آنها به همین راحتی میسر نمیشد: ارجاعاتی به تابلوهای از «میرو»، «شاگال» و «سورا» که به گفتهی میلر بدون آنکه قصد اشاره به آنها را داشته باشد این تصاویر ناخواسته در متن داستان آمدهاند. اگرچه «لبخند پای نردبان» یک داستان سوررئال نیست، اما روند آفرینشِ ان کاملا مانند آثار سوررئالیستی بوده و به قولِ خود میلر نامتعارفترین داستانی است که تابه حال نوشته حجمِ اندک کتاب، وجود نقاشیهایی از نویسنده در آن و در نهایت فرامتنِ جذاب داستان، کتاب را به اثری تبدیل میکند که ارزش خواند داشته باشد
في الحقيقة هذا كتاب غريب لا أعرف كيف اشرح شعوري! هل يتحدث عن الإنسان ذو الوجهين! أم انه يتحدث عن كوننا لا نستطيع ان نخبر العالم بما يجول في خاطرنا إلا عن طريق القناع! ذكر الكاتب الكثير من اللوحات ومعظمها لفنانين عالميين! ولكني لم اجد وجهاً للتشابه بينها وبين ما يقصده الكاتب!
ربما ما يعنيه الكاتب بأننا عندما نتعامل مع الناس نلبس وجوها أخرى ولا نُري شخصيتنا الحقيقية
اقتباسات: لكنه لم يستطيع أن يبعث أهم لحظة في حياته، الجوهرة التي تعندقت حولها أحداث الماضي المهمة.
أنه يعرف الآن ان كل شيء توضح له في لحظة ما في الزمن. والان، وهو على وشك الموت انتشلت منه تلك الهبة الأكثر سمواً. وكشحاذ، بمكر وبراعة يفوقان أي حساب، نجح أوغست بالقيام بالمستحيل: قبض على الجزء الأخير من الثانية الذي حُصِّص له، وبدأ يقسمه إلى لحظات بقاء متناهية الصغر.
لا شيء جربه في سنوات حياته الأربعين، ولا جميع لحظات المتعة مجموعة مع بعضها بعضاً، يمكن أن تقارن بالمتعة الحسية التي جربها في إدخار هذه الشظايا المبعثرة لجزء من ثانية منفجر.
ولكن حين قطّع هذه اللحظة الزمنية إلى قطع متناهية الصغر، وانتشرت حوله كمثل نسيج واسع من البقاء، قام بالاكتشاف المرعب بأنه فقد القدرة على التذكر! لقد فرغ من الداخل.
آه ولكن من الجيد ان يتخلص المرء من دوره، أن ينغمس في رتابة الحياة، ويصبح كالغبار
يا إلهي التفكير بأن انسانا يستطيع ان ينصب فخاخا كهذه لنفسه! سعيد في يوم واحد، تعيس في التالي. يا لي من احمق! يا لي من احمق!
والمهرج يروقني عميقاً رغم أنني لم أعرفه دوماً، لأن الضحك يفصله عن العالم. وضحكه ليس ضحكا هوميريا. إنه صامت، ما ندعوه بالضحك اللامرح. يعلمنا المهرج ان نضحك على أنفسنا. وضحكنا هذا بولد من الدموع
والفرح هو كنهر: يتدفق بلا توقف . ويبدو لي أن هذه هي الرسالة التي يحاول المهرج أن يوصلها إلينا، أننا يجب أن نشارك عبر تدفق وحركة لا يتوقفان، يجب ألا نتوقف كي نتأمل، ونقارن، ونحلل، ونمتلك، بل يجب أن نتدفق في وعبر- بلانهاية، مثل الموسيقى. وهذه هبة الاستلام، والمهرج يصنعها رمزياً، وعلينا نحن أن نصنعها واقعيا.
لم يكن العالم، في أي وقت من تاريخ الإنسان، مليئا هكذا بالألم والكرب . هنا وهناك، على أي حال، نقابل أفراداً لم يلمسهم أو يقترب منهم الحزن العام
Sehr interessantes kleines Buch, ich hätte nicht gedacht, dass Miller in so eine mystische/spirituelle Richtung geht. Wirklich emotional verbunden zur Geschichte konnte ich mich aber eher nicht fühlen. Vielleicht komme ich bald mal dazu, den „Wendekreis des Krebses“ oder so zu lesen, würde mich wirklich interessieren.
تشابكت خيوط القصة معي ولم أنفذ إلى مغزى محدد؛ أهي تلك الحكاية التقليدية عن المهرج وضحكاته متقنة الرسم والألوان وما تحمل تحتها من مآسي وآلام؟ فنتسائل عن مفهوم السعادة وإمكانية حدوثها، أنا شخصيا لا أميل لهذا .. اعترافنا بوجود السعادة الدائمة هو عائق عن مواصلة الحياة نحن نشعر بحدوثها لأنه لحظي .. نعيشها ثم ننساها طويلا فنبحث عنها لكي نقتنصها في لحظة آخرى ولا نهاية لهذا الطريق فلا سعادة هنا .. أما محاولة العيش مطولا في تلك اللحظة يوقف الزمن الذي يليها وتظل محاولتنا لإبقائها أو إعادتها مرهقة فتضيع أيضا السعادة
ربما هي عن هويتنا المفقودة في عبث الروتين وتداخل يومياتنا التقليدية بلا متنفس للإبداع أو التغيير .. تلك الذات التي ربما تغفل طيلة عمر من المشاغل والأعمال التافهة المعتادة أو ربما -لحسن الحظ- يفتقدها صاحبها عندما يشعر بذاك الغياب ويبدأ رحلة البحث المضنية والتي نادرا ما تصل لنتيجة مرضية دائمة!
يقتلني في تلك الكتابات سواء أدبيا أو فكريا عدم وضوح الطريق فيسهل جدا توضيح ما يضيع معه عالمنا الحقيقي وتوضيح ما يسرقنا من ذواتنا ويلهينا عن النظر إليها وسماعها .. يسهل جدا لعن حيواتنا وصب سيل الشتائم على فراغها وعدم جدوى معناها وغياب المعرفة والسلام والهدف و و و .. . لكن لم يرشدنا أين منهم على طريق البحث هذا .. لم أفهم أبدا كيف أبدأ كيف استعد وكيف أخطو أول خطوة .. دائما ما يتركوني فريسة هذا السؤال وهذا العنوان الرنان ..
"لأن المهرج لا يكون سعيداً عادة إلا إذا كان شخصاً آخر .. لا أريد أن أكون سوى نفسي"
أوغست "المهرج" الباحث عن نفسه وعن السعادة بعيدا عن شخصية المهرج الذي اعتاد إسعاد الجماهير دو�� ان يسعد أوغست نفسه في صفحات قليلة يقودنا هنري في رحلة البحث عن الذات وعن المعنى الحقيقي للسعادة أوغست بوجهيه يمثل الوجه اليومي للعالم فجميعنا نختبئ خلف وجوه لا تشبهنا ندعي ما ليس فينا نلبس شخصيات لا ترضينا نحاول بشتى الطرق إرضاء وإبهار من حولنا وفي خضم كل ذلك الزيف نفقد أنفسنا وهويتنا أوغست في نهاية بحثه يكتشف ان السعادة هي ان تكون نفسك من دون إضافات او اقنعة
لا بد أنها "رواية" مغمورة لهنري ميلر، في ظل شهرة أعماله الأخرى! أكدت لي هذه الرواية الدرس الذي تعلمته منذ سنوات، بوسع المرء ألا يرتدي جلد الأسد ويظل حمارًا حرًا، بوسعه أن يكون هو هو! وأوغست يوصي بذلك "دعني أخبرك أولًا شيئًا بسيطًا تعلمته مؤخرًا... أن تكون نفسك، نفسك فحسب، لهو شيء عظيم!"
ابتسامة عند قدم السلم عمل أدبي رائع يدمج بين الرمزية والفلسفة بأسلوب شاعري ... تتعلق بالهوية والغاية من الحياة. هي رواية عن الإنسان أكثر من أي شيء آخر. هي عنّا نحن، عن مخاوفنا وآمالنا، وعن رغبتنا الدائمة في تحقيق السعادة والرضا. الرواية قد تكون قصيرة، لكنها مليئة بالدروس والتأملات التي تجعلها تستحق القراءة بتمعن.
"أن تكون نفسك، نفسك فحسب، هو شيئ عظيم" هذه العبارة، هذا الاقتباس، يجسّد فكرة أهمية الأصالة والصدق مع الذات. تعني أنه من الضروري أن نعيش وفقًا لقيمنا ومبادئنا الشخصية، فالشفافية والصدق مع الذات يمنحنا القوة لتجاوز الضغوط والتوقعات الاجتماعية التي يفرضها الآخرون، بذلك نكسب حياة أكثر إشباعاً ومعنى
"ابتسامة عند قدم السلم" رواية للكاتب الأمريكي هنري ميلر، تدور أحداثها حول شخصيات تواجه تحديات وصراعات في الحياة، وتعكس تجاربهم مشاعر الأمل واليأس.
اختيار الكاتب الشخصيه الرئيسية "مهرج" المهرج أوغست ، هذا الاختيار بحد ذاته يحمل في طياته الرموز والدلالات العميقه
First published in 1959, The Smile At the Foot of the Ladder is a sweet story about identity and the eternal search of “being born” and becoming your true self. It’s also unique in Miller’s oeuvre that it’s not about his life, or the protagonist a literary alter ego.
It would’ve been interesting to see more fiction like this by him but it’s clear he felt it wasn’t his style. The story is a little thin, despite being quite beautiful. As always with Miller there’s always something to savour with his joyous prose and passionate but conscious outlook on life.
هل هناك خير من المهرج نضربه مثلاً عن الفصام الذي نعيشه طوعاً في حياتنا اليومية
وماذا عن تلك اللحظة التي نقرر فيه أن نكون ذواتنا عندما تنكشف أمامنا الحجب التي وارينا خلفها حقيقتنا فنقبل كينونتا ونسامحها ونحاول "أمامنا" إثبات جدارتنا بحيازتها ومن ثم إبرازها للملأ
ولكن.. غالباً لاتفسح لنا الحياة المجال لنعيش هذه الصحوة ففي ذروة التصالح مع أنفسنا المجردة ستدق مطرقة القدر رؤوسنا
مجرد قصة قصيرة لكنها كتبت بلغة كثيفة تكاد تلامس الشعر
جميلة جداً جداً كيف حدث أن صادفني اسم هنري ميلر عدة مرات ولم أقرأ شيئاً من أعماله
هذه قصة طويلة وليست رواية، وهي في رأيي لا تمثل المستوى الحقيقي لهنري ميلر، وفي آخر صفحات العمل، نجد توضيحاً من الكاتب يشير فيه إلى أن عمله هذا هو العمل الوحيد الذي كتبه بناء على طلب من غيره، وتحديداً من الفنان فيرناند ليجر لكتابة شيء عن عالم المهرجين. وهذا قد يكون سبباً في أن يكون العمل بعيداً عن روح ميلر.