Esta é a primeira obra de filosofia do cotidiano do filósofo Luiz Felipe Pondé. Na tradição de outros autores que tornaram a filosofia um tema best- seller – como Zigman Bauman e Luc Ferry –, Pondé tirou a filosofia da sala de aula para debatê-la em praça pública. Assim como em suas colunas semanais na Folha de S.Paulo, ele escreve sobre o mundo contemporâneo com perspicácia e sem moralismos, chacoalhando os leitores e libertando-os da apatia e da neutralidade. Ninguém ficará imune! “Os ensaios e fragmentos que aqui ofereço ao leitor são, no seu corpo, cenas de uma filosofia do afeto. O afeto que pensa o cotidiano. Na sua alma, estes ensaios são um tratado – aos pedaços, assim como eu – contra um mundo que mente sobre si mesmo.”
Pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve às segundas na versão impressa de "Ilustrada".
A pessimistic philosophy full of sexism, chauvinism and elitism. Pondé looks up to Darwin, Nietzsche and a ton of other male philosophers that pride themselves in revealing some 'sad truth' about humanity. At one point in the book he admits that even if there ever was some love within his family and upbringing he certainly didn't feel it. This did not come as a surprise. Still two and not one star because it did challenge me to think a lot to defend my optimism, which for Pondé would just be lies, lies, lies. But yeah, he had a note in the beginning saying you maybe shouldn't read this if you consider yourself a leftist-ethical kind of person and at times I wished I just folliwed that.
Há bastante tempo acompanho os ensaios de Pondé na Folha. Como todo bom "filósofo de universidade", sua tentativa de aproximar a filosofia profunda do populacho falha - e muito. Mas isso pouco importa para ele. Pra quem não conhece, Pondé é uma mistura falida (isso é um elogio) de Kant, Schopenhauer, Nietzsche e Cioran, transportado sem nenhum glamour ontológico e/ou linguístico para a tão almejada "filosofia do cotidiano". Como ele, padeço da segunda concupiscência agostiniana: "ocupar o intelecto com coisas pouco importantes, fofocas, detalhes sórdidos e divertidos, mas que acalmam almas que doem sob o peso do vazio de sua raiz".
Se você é o típico "inteligentinho", que gosta de tudo que seja ético, se considera super bacana, super bem resolvido, que gosta de dominar a ciência do "marketing de comportamento", entre outros; não leia este livro (ele deixa isso muito claro logo no início do leitura). O livro é uma breve e inteligente explanação sobre o comportamento humano no passado, com mundo contemporâneo, e é contra um "mundo melhor" ressentido e que mente sobre si mesmo, mascarado por uma vida "perfeita" e "ética". Incrível as reflexões de vários filósofos de séculos passado, até os mais atuais. Vale a pena a leitura, apesar de algumas repetições de trechos com os livros do mesmo autor.
"Sim, você pode ter muito dinheiro e ver que, ainda assim, a vida não tem sentido. Grande verdade, mas essencialmente chique; assim como você pode ter câncer ou tédio dentro de um BMW. Todo mundo tem seu preço, menos os santos, e estes nós matamos e não queremos em nossas famílias porque tornam inviáveis os acordos sombrios que fazem a vida possível. A vida necessita de um certo quantum de corrupção, do contrário, torna-se irrespirável. Não digo isso com felicidade." - Pondé.
Pondé writes in a very intriguing way, as most of all philosophers, but, there is something about his essays that I have never found before: It is perfectly understandable...
Tirando umas blasfêmias aqui e ali (e outras discussões que só fazem sentido pra quem é de classe média e vive em São Paulo) é um bom livro de filosofia pro cotidiano que traz uma crítica saudável do otimismo da esquerda festiva. O Pondé não é picareta mas é um pouquinho playboy.
Cinco estrelas pela postura e coragem de escrever sobre temas considerados “politicamente e socialmente incorretos” mas que reproduzem o pensamento de uma sociedade que teme dar voz a suas opiniões. Por outro lado, em alguns textos a escrita excessivamente técnica torna o texto cansativo.
Apesar de algumas partes mais confusas, o teor do livro é muito gostoso. Sou fã do autor e acompanho muito e posso ouvir ele falando ao ler. Um cara coerente e sábio, que apresenta um conteúdo, eu diria, pra iniciantes do niilismo
O filósofo aborda em seus ensaios a filosofia do cotidiano com uma argumentação que com certeza incomoda boa parte dos leitores, tratando da relação homem-mulher, dos chamados valores morais, da ética, culpa, etc. sem a preocupação de ser politicamente correto (não é à toa que um campeão de vendas do autor é "Guia politicamente incorreto da filosofia"). Muito boa leitura que nos remete a uma reflexão madura acerca do dia-a-dia.
Eu já fui o tIpo de pessoa que lia o Pondé toda segunda, mas tive que parar quando ele começou a escrever para idiotas (uma referência ao maravilhoso capitulo "como escrever para idiotas" de Márcia Tiburi). Apesar de concordar com pouca coisa nesse livro, devo admitir que é um livro bom. Aqui pelo menos não escreve para idiotas como costuma fazer na sua coluna na Folha.
PONDÉ BATE SEM MEDO no politicamente correto, na mediocridade dos que se dizem éticos e nos falsos moralismos. A linguagem é extremamente acessível, exceto por dois ou três capítulos cuja erudição filosófica e linguística superam as minhas limitações.
Filosofia do cotidiano. Para os realistas, assim como para os medíocres e falsos moralistas, uma leitura interessante, que servirá para desfazer conceitos, idéias e posturas.