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The Solitude of Prime Numbers
Leituras Conjuntas
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4ª Leitura Conjunta - 1ª fase
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Também já terminei esta primeira fase e estou a gostar bastante do livro.
Nesta fase ficamos a conhecer Alice e Mattia e o trauma que cada um transporta consigo desde tenra idade. Devido a uma má escolha, ambos perderam uma parte fundamental de si que acabou por lhes deformar o corpo e ferir a alma. Alice perdeu a sua auto-estima após o acidente que lhe deformou a perna. Mattia perdeu a sua capacidade de interagir com o mundo após o acidente que lhe roubou a sua gémea.
No meio do caos interior, Alice e Matia encontram-se e sem se aperceberem, reconhecem um no outro a pessoa com quem podem compartilhar o seu sofrimento, sem julgamentos e sem consequências. Mérito para o autor, que de uma forma discreta, sem grandes “alaridos” nos mostra a aproximação de duas partes de um todo, deixando-nos adivinhar que cada um encontrará no outro a força necessária para aprender a seguir em frente mesmo com o peso dos seus respectivos passados.
Excelentes personagens, uma escrita cativante e um prenúncio de tragédia escondido nas entre linhas deixa-me muito curiosa em relação à continuação. ;)
Nesta fase ficamos a conhecer Alice e Mattia e o trauma que cada um transporta consigo desde tenra idade. Devido a uma má escolha, ambos perderam uma parte fundamental de si que acabou por lhes deformar o corpo e ferir a alma. Alice perdeu a sua auto-estima após o acidente que lhe deformou a perna. Mattia perdeu a sua capacidade de interagir com o mundo após o acidente que lhe roubou a sua gémea.
No meio do caos interior, Alice e Matia encontram-se e sem se aperceberem, reconhecem um no outro a pessoa com quem podem compartilhar o seu sofrimento, sem julgamentos e sem consequências. Mérito para o autor, que de uma forma discreta, sem grandes “alaridos” nos mostra a aproximação de duas partes de um todo, deixando-nos adivinhar que cada um encontrará no outro a força necessária para aprender a seguir em frente mesmo com o peso dos seus respectivos passados.
Excelentes personagens, uma escrita cativante e um prenúncio de tragédia escondido nas entre linhas deixa-me muito curiosa em relação à continuação. ;)
Eu comecei o livro sem nenhuma expectativa, nem tinha lido a sinopse, nem fui ver opiniões. Os primeiros 2 capítulos deram-me a sensação de que este livro ia ser um drama muito forte e sinceramente não me sentia nada no espírito, nem na disposição de aguentar dramatismos e coisas tristes.
Pois Alice e Mattia são dois personagens que apesar de se mostrarem fortes neste início também inspiram muito pena e simpatia. Tanto que o meu coração se apertou de cada vez que via a infância que eles tiveram.
Mas não sei porquê, dei por mim a ler mais 2 capítulos e quando pousava o livro, logo lhe voltava a pegar para saber mais um pouco da história.
E agora, é viciante. Não consigo explicar, mas estou a adorar estas duas personagens, talvez porque me estou a tocar bem no fundo da minha alma. :)
Também já acabei a 1ª fase e estou a gostar muito, apesar de ser uma aflição ler o livro. Fico revoltada e triste com a culpa,tristeza e solidãos que os protagonistas carregam e sentem nas suas vidas devido a infelizes opções que fizeram no passado. O livro tem um tom bastante realista, parece que conhecemos as personagens. A escrita é emotiva e a história toca-me cá dentro, estou a gostar bastante mas como já foi dito acima, tenho um presentimento que algo de mau vai acontecer e que a Alice e o Mattia ainda vão sofrer mais. Penso que também tem que se estar no espírito certo para ler o livro, não convém estarmos em baixo senão ficamos piores, o livro tem este dom de nos fazer pensar e sentir a tristeza de duas crianças inteligentes mas que não conseguem conviver com as pessoas da sua idade. Estou curiosa para ver o que se seguirá. ;)
Eu também estou a gostar do livro. Lê-se rapidamente e estou a gostar da história. Mas acho que ambas as personagens já eram tristes e anti-sociais mesmo antes dos acontecimentos traumáticos que sofreram e por isso o destino deles não me parece que vá ser muito promissor. Às vezes mete-me impressão o negativismo das personagens. Se há coisa que nunca entendi é como é que alguém pode chegar ao ponto de sofrer de tamanha depressão que chegue à anorexia e à automutilação. Não sei se um vai conseguir fazer bem ao outro ou se se vão afundar os dois ainda mais.
Nesse ponto concordo com a Alexandra, acho que eles já eram tristes mesmo antes dos acidentes. Ela pela educação de que era objecto, de um pai ditador, ele por ter uma irmã deficiente e por ao início os pais o culpavam um pouco por ter provocado a deficiência da irmã, de lhe ter dado muitos pontapés enquanto estavam na barriga da mãe. Depois o que aconteceu, só agravou (e consideravelmente) os seus estados de espírito.
Eu tive que devolver o livro na biblioteca há algum tempo. Por isso, vou vendo primeiro o que escrevem porque, sinseramente, não me recordo de partes, já me recordo mais do livro como um todo.Pessoalmente, o autor propôs-se a uma tarefa dificilima, que é decrever dois mundos psicopatológicos de familias disfuncionais(Alice- com anorexia e problemas e auto-estima; Mattia - com auto-mutilação e um estado leve aperger). Como é a minha área de trabalho, eu sabia que seria muito dificil o autor transmitir o que é existir com estes problemas.
Achei mesmo arriscado tentar englobar tantos problemas num só livro. Porque a somar com este, ainda tenta focar nas dificuldades de auto-aceitação da homossexualidade. Creio que se propôs a demais.
Inevitavelmente, as personagens são descritas para cativar o leitor, mas existe uma falha incrivel em entrar dentro delas. Só há uma passagem superficial pelos problemas das suas familias e pelos seus próprios problemas.É um romance leve, com um toque trágico, mas muito afastado da realidade. E não sei se era bem isso que o autor pretendia.
Nesta primeira fase somos apresentados a Alice e Mattia que são ambos marcados por uma culpa e uma enorme solidão... Em ambos os casos, a culpa foi-lhes transmitida de fora para dentro ainda na mais tenra infância... Alice é "empurrada " pelo Pai para situações com as quais não consegue lidar, mas também não consegue dizer não... As cenas em que está e esquiar e se "alivia" discretamente frente a todos por não aguentar mais a pressão, é bem indicativa do horrível stress a que estava sujeita... No fundo, a queda, apesar de não ter sido propositada, surge quase como a única forma inconsciente de fugir à obrigatoriedade do ski...Mattia é pressionado pelas regras de uma sociedade que não fez sentir que a sua Irmã, apesar de diferente, era aceite e integrada. Mattia sente-se sempre pressionado pela incapacidade da irmã, a estranheza e recusa nos seus colegas e familiares deles, até decidir que não consegue ir à festa com a irmã...
A auto mutilação de Mattia vem de uma culpa mais intrínseca que a de Alice - esta só "destruiu" uma parte do seu corpo, mas Mattia sente-se culpado da morte da irmã.
No início, tal como outros leitores já comentaram, o livro é tão intenso na tristeza e solidão aparentemente irremediável das suas personagens, que nem apetece muito lê-lo... mas à medida que no embrenhamos nos capítulos a realidade dos personagens é tão palpável que queremos saber o que lhes acontece...
Alice, Mattia e Dennis - solidões totais que levam a atitudes auto mutilantes, senão sempre físicamente, pelo menos psicológicamente.
Maria Carmo
22 de Janeiro de 2012.
Quando li a sinopse do livro fiquei logo entusiasmada. Não sei porquê, porque este nem sequer é o tipo de livros que me chama a atenção. No entanto achei que seria uma boa maneira de começar a mudar alguns hábitos de leitura.Tenho a dizer que não me arrependo. Ao contrário da maioria das pessoas o início do livro não me deixou triste. Não sei porquê, mas apesar de todos aqueles problemas porque as personagens passam e o que daí advém, como a solidão em que se encontram e a auto-mutilação, achei que mesmo assim alguma força nelas havia, pois apesar de tudo elas não deixaram de lutar. Talves o Mattia não tanto. Mas a Alice continua a tentar integrar-se e a lutar por qualquer coisa melhor.
Dá para perceber logo ao início que eles se complementam muito bem e que da sua relação coisas boas hão-de vir, se bem que haja sempre um pouco de tensão a pairar sobre estes personagens que nos faz perceber que nem tudo vai ser assim "tão simples".
De facto como já foi dito o livro não se foca muito nos problemas que as atitudes dos jovens provocam nas respectivas famílias, apenas existem algumas alusões. No entanto isso não me incomoda, pois consigo imaginar aquilo porque a família está a passar, o que me desperta ainda mais o interesse.
Também estou a achar a escrita do autor bastante agradável, o que sem dúvida ajuda também a que consigamos entrar melhor na história. Agora a ver se começo a ler a segunda fase para ver como os acontecimentos se irão continuar a desenrolar. =)



As personagens principais deste "romance" são Alice e Mattia, ambos crianças "diferentes". Ela em virtude de ter sofrido um acidente, que lhe provocou uma deficiência na perna e uma cicatriz na zona do ventre, ele por ter sido responsável involuntariamente pela morte da irmã deficiente e que expia a sua culpa auto-mutilando-se.
Ambos têm em comum serem jovens que não se integram com as pessoas da sua idade, porque são diferentes.
Achei especialmente bonita a cena em que ambos entram na cozinha de mão dada, "a tracção débil de Mattia equilibrava-lhe a cadência, anulando as imperfeições da sua perna defeituosa (...) As suas cicatrizes estavam escondidas e em segurança dentro da mão dela" (pág.89) Que forma bonita para expressar que ambos se completam e ajudam.
Até ao momento o livro cumpre o que é dito na contracapa, que se devora como um hambúrguer do McDonald's.