Antonio Quinet

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Antonio Quinet


Born
Rio de Janeiro, Brazil
Genre


Antonio Quinet é psicanalista. Formado em medicina com especialização em psiquiatria na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teve sua formação psicanalítica realizada em Paris, na École de la Cause freudienne. É professor- assistente do Departamento de Psicanálise da Universidade de Paris VII (Vincennes), tendo defendido nessa universidade a sua tese de doutorado. É autor dos livros, publicados no Brasil: Teoria e clínica da psicose (2a ed., Editora Forense Universitária), As 4+1 condições da análise (10a ed.), A descoberta do inconsciente (2a ed.), Um olhar a mais (2a ed.) e A lição de Charcot (Jorge Zahar Editor); e, publicados no exterior: Las condiciones del analisis (Argentina) e Un plus-de-regard (França). É também co-autor ...more

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“Sobre o ato sexual, ele também não é da ordem do semblante. O ato sexual é a hora da verdade: ou é ou não é, ou se está a fim ou não se está a fim, ou o pênis levanta ou não levanta, ou a mulher fica umedecida ou não — pois a excitação sexual, quando ocorre, toma o corpo. Pode-se até fingir que se goza, mas isso não é da ordem do semblante. A cópula, seja ela como for, não é um ato propriamente dito, pois não faz laço social, não está na ordem dos discursos. Pode se revelar muito triste para o ser humano, que é um romântico incurável, mas o ato sexual não quer dizer nada. O ato é um dizer, o ato sexual não. É onde o semblante não funciona, ou, dito de outra forma, é um ato que não quer dizer nada, ou seja, não é ato.
Uma mulher transa com um cara e no dia seguinte eles nem se falam, e aí cada um constata: foi ótimo, maravilhoso, mas não quis dizer nada. Um ato sexual não está no laço social. Assim como a psicose, o sexo está fora do discurso. O amor tampouco está dentro de um laço social que pudesse ser previsto com seus settings, seus acordos, por mais que se tente com o Dia dos Namorados, as bodas de prata ou de ouro. Não adianta. Não há regra nenhuma nem discurso estabelecido que possa determinar a relação amorosa e sexual entre dois seres humanos.”
Antonio Quinet, O que faz o psicanalista: Ato, semblante e interpretação

“O semblante mais evidente e “saliente” que temos na sexualidade é o falo. Segundo Lacan, o falo é o gozo sexual “coordenado com um semblante, como solidário a um semblante”. O membro sexual do homem pode fazer semblante de falo, e a mulher, ela mesma, pode fazer semblante de falo e o homem pode, de modo fetichista, fazer de falo qualquer parte do corpo dela. Para sermos mais exatos e não nos deixarmos guiar pela anatomia dentro de uma leitura sexista, temos de afirmar que qualquer ser falante pode fazer de falo qualquer parte do corpo do parceiro ou parceira sexual e assim fetichizar essa parte. O real do gozo sexual é articulado ao falo como semblante. Na verdade, quantas partes do corpo e quantos objetos podem fazer o semblante do falo, não é? E, por outro lado, qualquer pessoa pode representar o falo para a outra, independente do sexo anatômico e biológico — não precisa ter um pênis na jogada. O falo é o paradigma do semblante, mas para haver falo como semblante é necessário o Nome-do-Pai no lugar do Outro, ou seja, é necessária a estrutura edipiana, sem a qual estamos na psicose. Daí a dificuldade de o psicótico entrar no semblante social, porque estruturalmente ele está fora do discurso, ou seja, fora do semblante.”
Antonio Quinet, O que faz o psicanalista: Ato, semblante e interpretação

“Eu queria chamar a atenção de vocês para um trecho mais adiante nesse “A terceira” em que Lacan fala do semblante em relação ao objeto a: “Não há nada mais no mundo além de um objeto a — bosta ou olhar, voz ou teta —, que refende o sujeito, caracteriza-o nesse dejeto que ex-siste ao corpo”. Portanto, o objeto a é esse objeto que “ex-siste” — na sua existência fora do corpo. E continua: “Para fazer semblante dele é preciso talento. É particularmente difícil. É mais difícil para uma mulher do que para um homem, ao contrário do que se diz”. O termo “talento” nos remete à arte, no caso à arte de representar, ao teatro, à representação teatral, ao jogo de cena. Será mais difícil para uma mulher bancar o objeto a do que o homem, na medida em que a tendência da mulher é a de ser? Ou seja, ser a causa de desejo para um outro, seja homem ou mulher? O que é diferente de bancar o objeto olhar, voz, merda, e olhar para o analisante. “Que a mulher seja o objeto a do homem” de vez em quando, “isso não quer dizer de modo algum que ela goste de sê-lo. Mas, enfim, acontece. Acontece de ela se parecer com isso naturalmente.”
Surpreende Lacan dizer que as analistas, por serem mulheres e estarem mais acostumadas a esse lugar de objeto, talvez tivessem mais facilidade para ocupar o lugar de semblante de objeto a na análise. No entanto, ele diz que não, que isso pode ser uma dificuldade. Eu trouxe isso para pensarmos que esse fazer semblante, “bancar” o objeto a, não é bancar efetivamente o objeto de desejo como uma mulher na caça, numa paquera, numa performance de azaração, fazendo-se desejar. Fazer semblante de objeto a no discurso do analista é bancar o objeto causa de desejo de saber do paciente, não para fazê-lo desejar sexualmente o ou a analista, e sim para querer saber sobre a causa de seu sofrimento. Para tal, Lacan nos indica que o analista faz isso de maneira ostensiva, banca seu semblante de forma explícita.”
Antonio Quinet, O que faz o psicanalista: Ato, semblante e interpretação



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