Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és discussion

Acho que esta fase foi mais estável, com poucas alterações na história, ou pelo menos poucas deslocações ou viagens e as coisas até parecem estar a correr melhor para o Philip. A Mildred até lhe parece dar alguma atenção (pudera, com ele a resolver-lhe os problemas todos e a dar-lhe dinheiro...) e consegue dar seguimento ao curso de Medicina. Mas depois a Mildred conhece o Griffiths e o pobre do Philip até lhes "financia" a paixoneta! Esta é que eu não esperava! Por mais que a Mildred tivesse defeitos, é preciso ter lata para aceitar que o Philip lhe pague a viagem com o Griffiths! Principalmente depois de tudo o que o Philip lhe perdoou e do que fez por ela e pela filha!
Felizmente para ele, parece que finalmente a consegue esquecer e a vida corre-lhe bem no hospital, onde conhece Athelny que lhe mostra como pode ser boa a vida com uma família grande.

Já avancei um pouco mais na leitura e por isso já sei o que aconteceu a seguir à visita do Philip e estou curiosa para saber onde tudo isto vai dar. Será que o Athelny vai ter um papel ainda mais ativo ou ficou por aqui?

Esta fase foi quando comecei a entrar mais na história. Achei alguma graça à fase Norah, e tive muita pena quando Philip decidiu ceder novamente aos caprichos de Mildred. Por outro lado gostei de ver o Philip assentar e investir na carreira de médico, nunca me parece forçado (enquanto que as outras carreiras sim), e isso talvez tenha a ver com o background do autor.

O aparecimento de Athelny marca novo ponto de viragem na vida de Philip, uma personagem caricata. Parecem não ter nada a ver um com o outro tanto a nível de personalidade, percurso e situação de vida mas o facto é que a presença de Athelny acaba por dar a Philip alguma estabilidade que ele tanto precisa. Os episódios na casa de Athelny têm sempre alguma graça e a relação entre ele e a sua família merece algum destaque num livro em que o conceito família tem sido tão pobremente tratado.

Já a relação com Mildred é francamente incrível. Confesso que nem tenho vontade de perder tempo em descrever o absurdo de relacionamento que estes dois têm. Sempre que chegava a alguma parte em que Mildred aparece, apetecia-me passar à frente porque já sabia que não ia correr bem. Só me restava curiosidade para saber o que é que faria Philip estalar o verniz se nem a história entre ela e Griffiths foi suficiente.

Não posso mais com a Mildred. Primeiro vai dando corda ao Philip (embora pouca) até lhe comunicar que se vai casar com outro. Depois quando ele já estava mais equilibrado com a Norah (fase agradável do livro) aparece de novo para lhe pedir auxilio e lhe esmifrar o dinheiro sem pudor, até desaparecer com o melhor amigo dele (o Philip também que não fosse burro). Agora depois de outra fase agradável em que o Philip faz amizade com o Athelny e a sua numerosa família, eis que chega o capítulo 90 e lá está a Mildred outra vez. Arre!

Realmente, esta personagem irrita mesmo!;)