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This Is How You Lose the Time War
Leitura Coletiva
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This is how you loose the time war (Mar/2020)
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Eu vou começar falando que eu estou muito feliz que esse livro é curtinho, porque se ele não fosse, talvez eu teria desistido dele no começo. Ele é muito surreal, tem uma escrita muito poética e meio nonsence, sabe? Você é jogado em uma realidade em que as personagens principais (são duas) não te dão nenhuma explicação sobre nada. Só dá pra entender que elas não são exatamente humanas, mas também não são exatamente outra coisa; que elas pertencem a duas facções do futuro que estão em guerra para que o futuro delas seja o prevalente, e que você está fora do tempo, de alguma forma. Eu senti que a única coisa que a narrativa me deu no começo foi o tom da história, mas pouco sobre as personagens ou o mundo. Como eu sou uma dessas pessoas que se irrita de ficar confusa 100% do tempo, eu quase desisti. /mas daí eu vi que já estava em um terço do livro, e continuei.
Ainda bem! Uma vez que as nossas personagens principais começam a interagir, e que eu percebi que "esse livro é assim mesmo, paciência", eu comecei a apreciar toda a poesia dessa prosa, e os simbolismos lindos que ela cria. Se sozinhas eu não conseguia entender bem quem elas eram, juntas começa a ficar muito claro.
[Isso me fez pensar em como nós, seres humanos, somos assim mesmo: nos construímos a partir das nossas relações (não só amorosas, óbvio). Elas eram solitárias, e as ações que se forçaram a tomar perante uma a outra construiu também quem elas são. Não sei se essa era a intenção dos autores, mas adorei pensar nisso]
Daí tudo que era surreal continuou surreal, mas daí cheio de significados importantes. É um livro claramente romântico, mas de uma forma diferente do que eu estou acostumada. Eu adorei o meio, o twist e o final. Não foram exatamente originais, mas inovadores na maneira como foram construídos.
[Me fez pensar em como realmente a linha entre o eu e o outro que eu amo é tênue. Quando eu sacrifico (a mim mesma, uma relação, um emprego, uma oportunidade, qualquer coisa). estou sacrificando para quem, por quem? É sempre por mim, mas é também sempre pelo outro, porque essa linha é bem menos definida do que gostamos de pensar que é.]
Enfim, é um livro que me fez pensar muito. Eu li em áudio, que foi legal, mas para quem puder eu recomendaria ler escrito mesmo. Acho que eu aproveitaria mais a beleza das palavras.
Ainda bem! Uma vez que as nossas personagens principais começam a interagir, e que eu percebi que "esse livro é assim mesmo, paciência", eu comecei a apreciar toda a poesia dessa prosa, e os simbolismos lindos que ela cria. Se sozinhas eu não conseguia entender bem quem elas eram, juntas começa a ficar muito claro.
[Isso me fez pensar em como nós, seres humanos, somos assim mesmo: nos construímos a partir das nossas relações (não só amorosas, óbvio). Elas eram solitárias, e as ações que se forçaram a tomar perante uma a outra construiu também quem elas são. Não sei se essa era a intenção dos autores, mas adorei pensar nisso]
Daí tudo que era surreal continuou surreal, mas daí cheio de significados importantes. É um livro claramente romântico, mas de uma forma diferente do que eu estou acostumada. Eu adorei o meio, o twist e o final. Não foram exatamente originais, mas inovadores na maneira como foram construídos.
[Me fez pensar em como realmente a linha entre o eu e o outro que eu amo é tênue. Quando eu sacrifico (a mim mesma, uma relação, um emprego, uma oportunidade, qualquer coisa). estou sacrificando para quem, por quem? É sempre por mim, mas é também sempre pelo outro, porque essa linha é bem menos definida do que gostamos de pensar que é.]
Enfim, é um livro que me fez pensar muito. Eu li em áudio, que foi legal, mas para quem puder eu recomendaria ler escrito mesmo. Acho que eu aproveitaria mais a beleza das palavras.
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Amal El-Mohtar (other topics)Max Gladstone (other topics)



Esse mês o livro do mês chegou um pouco mais tarde, por dificuldades técnicas por aqui. Mas é um que vale a pena: This Is How You Lose the Time War, da Amal El-Mohtar com o Max Gladstone. Um livro surreal onde duas agentes viajantes no tempo, pertencentes a facções de futuros concorrentes, começam a se corresponder e se apaixonar. Curto e de uma escrita bastante lírica, ele foi um dos livros mais falados no ano passado - e quem lê a estranheza linda que é essa obra entende porquê.
E aí? Nos contem o que acharam!