“Era uma angústia petrificada em hilaridade, carregando o peso de um universo de calamidades, e estava emparedado para sempre dentro da jovialidade, dentro da ironia, dentro da diversão alheia; ele partilhava com todos os oprimidos dos quais era a encarnação, essa fatalidade abominável de ser uma desolação não levada a sério; zombavam da sua desgraça; ele era sabe-se lá que grande bufão saído de uma espantosa concentração de infortúnios, evadido da sua prisão, endeusado, elevado do fundo da ralé ao pé do trono, misturado às constelações, e, depois de ter divertido os danados, divertia os eleitos! Tudo que nele havia de generosidade, de entusiasmo, de eloquência, de coração, de alma, de furor, de ira, de amor, de inexprimível dor se resumia a isto: um acesso de riso! E ele atestava, como havia dito aos lordes, que isso não era a exceção, mas o fato corriqueiro, comum, universal, o amplo fato soberano, de tal forma integrado à rotina de viver que ninguém mais reparava nele. O morto de fome ri, o mendigo ri, o preso ri, a prostituta ri, o órfão, para ganhar a vida, ri, o escravo ri, o soldado ri, o povo ri; a sociedade humana é feita de tal forma que todas as perdições, todas as indigências, todas as catástrofes, todas as febres, todas as úlceras, todas as agonias se reduzem, acima do precipício, a uma espantosa máscara de alegria. Ele era isso, a mais rematada das máscaras. Ela era ele.”
― The Man Who Laughs
― The Man Who Laughs
“Tenho palácios na cidade e no campo, palacetes, jardins, campos de caça, florestas, carruagens, milhões; darei festas, farei leis, escolherei as alegrias e os prazeres, e o errante Gwynplaine, que não tinha sequer o direito de pegar uma flor no mato, poderá colher estrelas no céu!”
― The Man Who Laughs
― The Man Who Laughs
“Sou um miserável talhado na matéria de que são feitos os grandes, pelo bel-prazer de um rei. Essa é minha história”
― The Man Who Laughs
― The Man Who Laughs
“É preciso tomar cuidado com o devaneio que se impõe. O devaneio tem o mistério e a sutileza de um odor; ele é, para o pensamento, o que o perfume é para a tuberosa. Às vezes, é a dilatação de uma ideia venenosa, ou pode ser penetrante como a fumaça. Podemos envenenar-nos com o devaneio da mesma forma que com as flores. Suicídio inebriante, delicioso e sinistro.
O suicídio da alma é o mal pensar. Nisso está o envenenamento. O devaneio atrai, bajula, engana, prende, depois faz de você seu cúmplice, faz de você parceiro das falcatruas que perpetra à consciência. Ele o seduz. Depois o corrompe. Podemos dizer do devaneio o que dizemos do jogo. Começamos sendo facilmente enganados e terminamos sendo trapaceiros.”
― The Man Who Laughs
O suicídio da alma é o mal pensar. Nisso está o envenenamento. O devaneio atrai, bajula, engana, prende, depois faz de você seu cúmplice, faz de você parceiro das falcatruas que perpetra à consciência. Ele o seduz. Depois o corrompe. Podemos dizer do devaneio o que dizemos do jogo. Começamos sendo facilmente enganados e terminamos sendo trapaceiros.”
― The Man Who Laughs
“Senhores, seus pés pisam sobre cabeças, e a culpa não é sua. A culpa á da Babel Social. Construção mal feita, toda em camadas sobrepostas, em que uma oprime a outra”
― The Man Who Laughs
― The Man Who Laughs
Lara’s 2024 Year in Books
Take a look at Lara’s Year in Books, including some fun facts about their reading.
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