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“As próprias restrições jurídicas ao pensamento fazem mal (…). A lei pode tornar-se abusiva ao localizar o abuso como aquilo a que se opõe; a lei pode assediar vidas imaginando que as vidas por si afectadas assediam a familia; a lei pode mesmo matar, ou deixar morrer, quando decide que certas vidas são tão corrosivas ou destrutivas que se justifica expô-las, indefesas, a uma violência mortal” JUDITH <3

“estes movimentos [os movimentos feministas e LGBTQIA+ e os movimentos de combate ao racismo e ao colonialismo] têm em comum estes direitos, referindo apenas alguns deles: o direito a habitarmos um mundo habitável; o direito a amarmos, vivermos e respirarmos; o direito de acesso a cuidados de saúde, habitação e alimentação; e o direito de não sofrermos ameaça de violência, prisão e expropriação” <3

“patologizar e criminalizar dissidentes sexuais não é converseta cultural, é uma formação discursiva com o poder de, distinguindo entre a cidadania e a criminalidade, regular a vida e a morte. A força arrebatadora de uma fantasia poderosa de iminente dano e destruição torna-se um dos mecanismos (…) pelos quais os ataques homofóbicos quotidianos se convertem em política - e em violência - do Estado”

“As várias comunidades vulneráveis (…) são ameaçadas de exclusão e criminalização, de patologização e perda de liberdades fundamentais, incluindo a liberdade reprodutiva e a autodeterminação da identidade de género. Estas estratégias de privação de direitos pertencem à história do fascismo: tornam as comunidades falsamente responsabilizadas pela precariedade do mundo ainda mais vulneráveis”

“Cabe-nos ajudar a fazer nascer um mundo em que nos possamos movimentar, respirar e amar sem receio de violência, com a esperança realista e radical num mundo que já não seja movido pelo sadismo moral disfarçado de moralidade” <3