David Machado's Blog
September 6, 2013
A primeira semana
Foi uma semana agitada. O Índice Médio de Felicidade está nas livrarias desde terça-feira. Várias pessoas tiveram a simpatia de me dizer que já compraram o seu, algumas até já o leram, falam de "murro no estômago", de que é uma leitura "sem pausas para respirar". Isso deixa-me feliz - e isto não é qualquer espécie de trocadilho com o título do livro. Espero que mais gente o leia, que sinta o mesmo, que sinta diferente. Acredito que isto é apenas o início.
Antes que me esqueça, duas coisas.
Primeiro, o booktrailer do livro:
Segundo, a Dom Quixote vai oferecer 10 exemplares do Índice Médio de Felicidade. Para saberem mais sobre como ganhar, façam "gosto" na página de facebook do livro e estejam atentos.
E depois, as entrevistas, algumas já foram publicadas, outras o serão em breve. Assim que tiver ligações disponíveis, coloco-as aqui.
Há, para já, a entrevista que dei à Smooth FM, numa tarde de Agosto, pelo telefone, a caminho da praia. Se estiverem com atenção, é possível ouvir as gaivotas ao fundo. Oiçam aqui.
Na Agenda Cultural de Lisboa, um tal de João Tordo cometeu a ousadia de recomendar o Índice Médio de Felicidade como leitura para este Verão. Leiam o que ele diz sobre o livro aqui. (Abraço até Shangai.)
No blog Horas Extraordinárias, a minha querida editora, Maria do Rosário Pedreira, fala um pouco sobre o livro. Aqui. Mais adiante, escreverei sobre o trabalho com a Rosário neste livro. Repito aquilo que disse sobre Deixem Falar as Pedras: sem ela, este romance não seria este romance.
Há também a entrevista que foi publicada no Ipsilon na passada sexta-feira, que ainda não está disponível on-line. Muitas pessoas leram a entrevista, várias escreveram-me a dizer que se tinham identificado com aquilo que eu disse, algumas contaram sobre o período difícil que estão a viver neste momento. É estranho, eu só disse aquilo que penso há anos, que já disse várias vezes entre amigos, e que se resume assim: nós não precisamos de tudo o que possuímos, os bens materiais entretêem-nos mas não nos fazem mais felizes, a vida e a felicidade são coisas bem mais simples. O Índice Médio de Felicidade é sobre isso. Mas dá-me enorme conforto saber que há mais gente que pensa assim. Obrigado por partilharem as vossas histórias. Escrevam sempre que acharem necessário, a minha página no facebook ou este blog terão sempre as portas abertas.
Por agora é tudo. Assim que tiver novidades, virei aqui de novo.
Antes que me esqueça, duas coisas.
Primeiro, o booktrailer do livro:
Segundo, a Dom Quixote vai oferecer 10 exemplares do Índice Médio de Felicidade. Para saberem mais sobre como ganhar, façam "gosto" na página de facebook do livro e estejam atentos.
E depois, as entrevistas, algumas já foram publicadas, outras o serão em breve. Assim que tiver ligações disponíveis, coloco-as aqui.
Há, para já, a entrevista que dei à Smooth FM, numa tarde de Agosto, pelo telefone, a caminho da praia. Se estiverem com atenção, é possível ouvir as gaivotas ao fundo. Oiçam aqui.
Na Agenda Cultural de Lisboa, um tal de João Tordo cometeu a ousadia de recomendar o Índice Médio de Felicidade como leitura para este Verão. Leiam o que ele diz sobre o livro aqui. (Abraço até Shangai.)
No blog Horas Extraordinárias, a minha querida editora, Maria do Rosário Pedreira, fala um pouco sobre o livro. Aqui. Mais adiante, escreverei sobre o trabalho com a Rosário neste livro. Repito aquilo que disse sobre Deixem Falar as Pedras: sem ela, este romance não seria este romance.
Há também a entrevista que foi publicada no Ipsilon na passada sexta-feira, que ainda não está disponível on-line. Muitas pessoas leram a entrevista, várias escreveram-me a dizer que se tinham identificado com aquilo que eu disse, algumas contaram sobre o período difícil que estão a viver neste momento. É estranho, eu só disse aquilo que penso há anos, que já disse várias vezes entre amigos, e que se resume assim: nós não precisamos de tudo o que possuímos, os bens materiais entretêem-nos mas não nos fazem mais felizes, a vida e a felicidade são coisas bem mais simples. O Índice Médio de Felicidade é sobre isso. Mas dá-me enorme conforto saber que há mais gente que pensa assim. Obrigado por partilharem as vossas histórias. Escrevam sempre que acharem necessário, a minha página no facebook ou este blog terão sempre as portas abertas.
Por agora é tudo. Assim que tiver novidades, virei aqui de novo.
Published on September 06, 2013 06:38
August 23, 2013
Índice Médio de Felicidade
Há muita coisa para contar, muita coisa a acontecer. Vamos começar pelo princípio. O meu novo romance. Chama-se Índice Médio de Felicidade. Vai ser publicado no dia 3 de Setembro.
É um livro sobre felicidade e esperança: um homem em crise numa época de crise. O absurdo sempre me fascinou e o nosso mundo tornou-se de repente num lugar onde todos os absurdos parecem fazer sentido.
Há muito tempo que queria escrever esta história. A felicidade foi sempre muito importante para mim. E depois, nos últimos anos, sobretudo após o nascimento dos meus filhos, surgiu em mim uma ideia de futuro que não existia de todo antes. De modo que é um romance sobre o futuro, da mesma forma que o Deixem Falar as Pedras era um romance sobre o passado.
Agora o livro está escrito, algumas pessoas (próximas) já o leram, e espero que muita gente mais o leia. Quero muito falar com as pessoas sobre este livro, não tanto para saber se gostaram ou não, mas para conhecer os pensamentos que lhes surgiram ao lê-lo.
Entretanto, enquanto o romance não está nas livrarias, podem ir sabendo mais sobre o livro aqui no blog ou então na página de facebook do Índice Médio de Felicidade.

É um livro sobre felicidade e esperança: um homem em crise numa época de crise. O absurdo sempre me fascinou e o nosso mundo tornou-se de repente num lugar onde todos os absurdos parecem fazer sentido.
Há muito tempo que queria escrever esta história. A felicidade foi sempre muito importante para mim. E depois, nos últimos anos, sobretudo após o nascimento dos meus filhos, surgiu em mim uma ideia de futuro que não existia de todo antes. De modo que é um romance sobre o futuro, da mesma forma que o Deixem Falar as Pedras era um romance sobre o passado.
Agora o livro está escrito, algumas pessoas (próximas) já o leram, e espero que muita gente mais o leia. Quero muito falar com as pessoas sobre este livro, não tanto para saber se gostaram ou não, mas para conhecer os pensamentos que lhes surgiram ao lê-lo.
Entretanto, enquanto o romance não está nas livrarias, podem ir sabendo mais sobre o livro aqui no blog ou então na página de facebook do Índice Médio de Felicidade.
Published on August 23, 2013 09:28
May 6, 2013
Jantar Literário
Sexta-feira jantei em Aveiro. Mas mais do que com a barriga cheia, vim de lá com o ego cheio.
A Isabel Ribeiro, mulher extraordinária e incansável, organizou mais um dos seus Jantares Literários, desta vez para homenagear, celebrar e divulgar os meus livros. É um evento muito especial, um encontro de amigos e de pessoas que gostam de livros, e ao longo da noite os livros transformam-se em música, pintura, escultura, dança, teatro, todos os pormenores foram pensados. Eu quis participar também e li dois textos: um que escrevi de propósito para a ocasião, o outro eram algumas páginas do meu novo romance. Havia sorrisos no rosto dos comensais que não são habituais nestas coisas da Literatura.
Um grande abraço a todos os que estiveram presentes. Obrigado pela disstinção. Até à próxima.
A Isabel Ribeiro, mulher extraordinária e incansável, organizou mais um dos seus Jantares Literários, desta vez para homenagear, celebrar e divulgar os meus livros. É um evento muito especial, um encontro de amigos e de pessoas que gostam de livros, e ao longo da noite os livros transformam-se em música, pintura, escultura, dança, teatro, todos os pormenores foram pensados. Eu quis participar também e li dois textos: um que escrevi de propósito para a ocasião, o outro eram algumas páginas do meu novo romance. Havia sorrisos no rosto dos comensais que não são habituais nestas coisas da Literatura.
Um grande abraço a todos os que estiveram presentes. Obrigado pela disstinção. Até à próxima.
Published on May 06, 2013 07:31
April 15, 2013
"Che Parlino le Pietre"
Quando eu tinha vinte anos, fui viver para Itália. Estudei lá, no âmbito do programa Erasmus, durante um ano. Em Genova. Fiz muitos amigos. Aprendi a afastar-me do meu mundo e a aproximar-me do Mundo. E conheci a língua italiana, que creio maravilhosa e que, ainda hoje, de vez em quando, se atravessa nos meus pensamentos. Aliás, sempre que um texto meu é publicado em Itália, fico com a sensação de que o escrevi em português apenas para que pudesse ser traduzido para italiano.
E agora o Deixem Falar as Pedras foi publicado em Itália. Essa sensação é mais forte do que nunca.
E agora o Deixem Falar as Pedras foi publicado em Itália. Essa sensação é mais forte do que nunca.

Published on April 15, 2013 02:56
December 10, 2012
"Acho que posso ajudar"
A história é esta: no último Julho ligaram-me a pedir que escrevesse um conto infantil para uma colecção de livros de digitais que o Diário de Notícias iria publicar. Eu respondi a verdade: não tinha vontade de escrever um conto infantil. Havia várias razões para isso, mas a mais forte era a falta de ideias e de tempo para desenvolvê-las nos dois meses que me davam até à data de entrega do trabalho. À excepção do meu primeiro livro, A Noite dos Animais Inventados, todos os outros partiram de ideias que arrastei na cabeça, ensaiando narrativas alternativas, diferentes finais, durante meses, em dois casos mais de um ano. Parecia-me impossível fazê-lo num par de meses, ainda para mais com as férias de Agosto pelo meio.
Não sei de onde chegou a primeira ideia, como habitualmente sucede com as primeiras ideias, mas ela apareceu sem grande esforço. Trabalhei a história e a personagem na cabeça durante as duas semanas que passámos no Algarve. Depois, escrevi a primeira parte durante os cinco dias que estive no Minho, entre as pausas da música da festa da aldeia. No final de Agosto, em Beja, durante as Palavras Andarilhas, tive a ideia para a segunda parte da história. E quando cheguei a casa, na semana seguinte, escrevi o resto do conto.
Entretanto, algumas semanas antes, tinha estado em Óbidos, na livraria Histórias com Bichos, com a minha amiga Mafalda Milhões e perguntei-lhe se gostaria de ilustrar o conto que andava a escrever. Há muito tempo que tinha vontade de trabalhar com a Mafalda e pareceu-me a altura e a história certas. Ela aceitou e fez duas ilustrações para o texto (por enquanto, nesta versão digital, são apenas duas) que eu adoro.
O conto chama-se "Acho que posso ajudar" e foi publicado na semana passada na colecção Biblioteca Digital do Diário de Notícias (na qual estão disponíveis vários contos inéditos de autores portugueses).
Podem encontrá-lo aqui.
Primeiro terão de se registar no site do DN e depois fazer o download GRATUITO do conto. Na versão Epub, para Ipad e para Iphone, as ilustrações são animadas.
Quero muito que o leiam e o partilhem. E espero que gostem.
Não sei de onde chegou a primeira ideia, como habitualmente sucede com as primeiras ideias, mas ela apareceu sem grande esforço. Trabalhei a história e a personagem na cabeça durante as duas semanas que passámos no Algarve. Depois, escrevi a primeira parte durante os cinco dias que estive no Minho, entre as pausas da música da festa da aldeia. No final de Agosto, em Beja, durante as Palavras Andarilhas, tive a ideia para a segunda parte da história. E quando cheguei a casa, na semana seguinte, escrevi o resto do conto.
Entretanto, algumas semanas antes, tinha estado em Óbidos, na livraria Histórias com Bichos, com a minha amiga Mafalda Milhões e perguntei-lhe se gostaria de ilustrar o conto que andava a escrever. Há muito tempo que tinha vontade de trabalhar com a Mafalda e pareceu-me a altura e a história certas. Ela aceitou e fez duas ilustrações para o texto (por enquanto, nesta versão digital, são apenas duas) que eu adoro.

O conto chama-se "Acho que posso ajudar" e foi publicado na semana passada na colecção Biblioteca Digital do Diário de Notícias (na qual estão disponíveis vários contos inéditos de autores portugueses).
Podem encontrá-lo aqui.
Primeiro terão de se registar no site do DN e depois fazer o download GRATUITO do conto. Na versão Epub, para Ipad e para Iphone, as ilustrações são animadas.
Quero muito que o leiam e o partilhem. E espero que gostem.
Published on December 10, 2012 02:35
November 8, 2012
O Gatuno vai ao Porto
Um post curto, só para dizer que este sábado, 10 de Novembro, vou estar na Book House do Arrábida Shopping a apresentar o livro "O Gatuno e o extraterrestre trombudo", da Maria João Lopes e do Paulo Galindro. Apareçam. Levem a criançada.

Published on November 08, 2012 06:40
August 28, 2012
Próxima paragem: Beja
No próximo fim de semana, em Beja, há Palavras Andarilhas. Nunca estive neste festival e há muito tempo que queria ir e agora vou e participo em duas actividades. Na sexta-feira, 31 de Agosto, às 11:00, vou estar à conversa com a Margarida Fonseca Santos e o Vergílio Alberto Vieira, com moderação de Rosário Alçada Araújo. Depois, no sábado, 1 de Setembro, às 18:00, vou ler, pela primeira vez em público, o meu novo conto para crianças "A CIDADE NAS ÁRVORES".
Estou entusiasmado, sobretudo com a leitura do conto. Escrevi-o no início deste ano, mas por percalços editoriais o projecto atrasou-se. Agora a coisa parece reencaminhada, mas não vou dizer mais nada para já. Se tudo correr bem, poderão lê-lo lá para a próxima Primavera. Claro que se quiserem ouvi-lo, basta passar por Beja no sábado.
Estou entusiasmado, sobretudo com a leitura do conto. Escrevi-o no início deste ano, mas por percalços editoriais o projecto atrasou-se. Agora a coisa parece reencaminhada, mas não vou dizer mais nada para já. Se tudo correr bem, poderão lê-lo lá para a próxima Primavera. Claro que se quiserem ouvi-lo, basta passar por Beja no sábado.

Published on August 28, 2012 05:21
April 27, 2012
O meu tempo
Estou há duas semanas em digressão. Estive dois em Chaves a falar com os alunos das escolas da cidade. Daí segui, para Viana do Castelo, onde estive mais dois dias, no âmbito do Festival Contornos da Palavra. Fui a casa um dia para descansar e depois fui à Sertã para a Convenção Anual de Bookcrossing. Mais dois dias de descanso. Depois passei uma manhã na Escola São João de Deus em Lisboa. Feriado. Ontem estive o dia todo na Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha. Hoje estou na Biblioteca Municipal de Abrantes. O conta-quilómetros do meu carro marca 2100km e ainda falta a viagem de regresso a Lisboa hoje ao final da tarde. Pelas minhas contas, nos últimos 10 dias, Falei para 1500 alunos e assinei cerca de 400 livros. Amanhã descanso. Domingo, se a chuva permitir, estarei na Feira do Livro de Lisboa, na Praça Leya, para rabiscar livros, para conversar, para ver amigos que não vejo há muito tempo. Mas a partir de segunda-feira, o meu tempo é outra vez só meu. Vou estar em casa, quieto e a conviver com o silêncio, que é um atributo do nosso mundo que eu prezo muito. Vou ler. Vou publicar um texto neste blog. Vou cozinhar um risotto de espargos e cogumelos e vou comê-lo sem pressas. Vou semear ervas de cheiro. Vou brincar com legos. E vou escrever - tenho tantas saudades de escrever.
Published on April 27, 2012 07:38
February 21, 2012
Conto, micro-conto, folha de sala, conto infantil
Os intervalos entre a escrita de livros são sempre estranhos. Há alívio, claro, por ver terminado o romance no qual trabalhei durante tantos meses; é bom acordar de manhã e não ter mais aquelas personagens e os seus destinos na cabeça. Mas também há um desconforto que nasce nas mãos, que depois sobe pelos braços e que a cada novo dia ocupa mais espaço de pele, até se tornar pânico; porque parece que nunca mais saberei escrever um romance, montar uma narrativa, criar personagens, dar-lhes destinos.
Porém, desta vez, precavi-me, consegui deixar para estes meses vários textos que me tinham pedido, mantive as mãos e a cabeça ocupadas.
Escrevi o conto para a próxima edição da revista Egoísta, do qual já falei aqui. A revista estará à venda este mês.
Escrevi um micro-conto para o Histórias Daninhas, um site de micro-narrativas criado pelo Guilherme Pires e pelo João Afonso. Todas as semanas, o Guilherme e o João publicam contos às segundas e quintas-feiras. De vez em quando têm convidados. Esta semana é a minha vez. O título do meu conto é "O passeio". Começa assim:
Ela olha para o filho: pela primeira vez em muito tempo ele não parece prestes a cair por terra com o peso que o mundo exerce na débil estrutura dos seus treze anos. Ela sente o impulso do alívio. Está convencida de que ele se afundou ainda mais depois de se terem mudado para uma aldeia no meio do nada e qualquer sinal de ânimo lhe serve para afastar a culpa.
Há nuvens negras no céu e o ar está duro do frio. Ainda assim ela diz: O cão não aparece há dois dias. Vamos procurá-lo. Embora não esteja mesmo preocupada com o cão. Quer apenas gozar aquele momento de alento do filho, talvez prolongá-lo. Sem hesitar, ele aceita. A felicidade no corpo dela é quase uma dor, ela quer abraçá-lo mas sabe que isso poderia estragar tudo.
Podem continuar a ler aqui.
Escrevi também o texto da folha de sala para a exposição Contemp, do João Pedro Lomelino, na Galeria Diferença. Conheço o João há vários anos, somos amigos e nas paredes cá de casa há quadros seus. Além disso, é ele o autor da capa do meu livro de contos "Histórias Possíveis". Podem espreitar o portfólio do João aqui. A exposição está em exibição até ao final de Março. Vão lá.

Por último, escrevi um novo conto para crianças. E quero muito falar sobre isso, claro. Mas não vou fazê-lo agora, ainda não é esse momento.
Porém, desta vez, precavi-me, consegui deixar para estes meses vários textos que me tinham pedido, mantive as mãos e a cabeça ocupadas.
Escrevi o conto para a próxima edição da revista Egoísta, do qual já falei aqui. A revista estará à venda este mês.
Escrevi um micro-conto para o Histórias Daninhas, um site de micro-narrativas criado pelo Guilherme Pires e pelo João Afonso. Todas as semanas, o Guilherme e o João publicam contos às segundas e quintas-feiras. De vez em quando têm convidados. Esta semana é a minha vez. O título do meu conto é "O passeio". Começa assim:
Ela olha para o filho: pela primeira vez em muito tempo ele não parece prestes a cair por terra com o peso que o mundo exerce na débil estrutura dos seus treze anos. Ela sente o impulso do alívio. Está convencida de que ele se afundou ainda mais depois de se terem mudado para uma aldeia no meio do nada e qualquer sinal de ânimo lhe serve para afastar a culpa.
Há nuvens negras no céu e o ar está duro do frio. Ainda assim ela diz: O cão não aparece há dois dias. Vamos procurá-lo. Embora não esteja mesmo preocupada com o cão. Quer apenas gozar aquele momento de alento do filho, talvez prolongá-lo. Sem hesitar, ele aceita. A felicidade no corpo dela é quase uma dor, ela quer abraçá-lo mas sabe que isso poderia estragar tudo.
Podem continuar a ler aqui.
Escrevi também o texto da folha de sala para a exposição Contemp, do João Pedro Lomelino, na Galeria Diferença. Conheço o João há vários anos, somos amigos e nas paredes cá de casa há quadros seus. Além disso, é ele o autor da capa do meu livro de contos "Histórias Possíveis". Podem espreitar o portfólio do João aqui. A exposição está em exibição até ao final de Março. Vão lá.

Por último, escrevi um novo conto para crianças. E quero muito falar sobre isso, claro. Mas não vou fazê-lo agora, ainda não é esse momento.
Published on February 21, 2012 11:06
January 24, 2012
Algum sossego
Há muito tempo que não tinha dias tão sossegados. O trabalho sobre o romance está parado, embora o livro não esteja terminado. Há pessoas que vão lê-lo. Confio nessas pessoas e as suas avaliações são importantes para mim. Resta-me esperar.
...
Entretanto, no último mês, escrevi um conto para a revista Egoísta. O título é: História de um Sorriso. Não sei ainda quando será publicado. Fico, sobretudo, curioso para ver a edição. A Egoísta é uma revista diferente de tudo, pela qualidade do grafismo, pela selecção dos autores e dos textos, pela força que exerce numa prateleira. Há muito tempo que queria escrever qualquer coisa para a Egoísta e fiquei contente com o convite da Patrícia Reis. Obrigado, Patrícia.
...
Há duas semanas estive no Colégio do Sagrado Coração de Maria (onde estudei 8 anos), pela segunda vez em menos de um ano. Desta vez, falei com alunos do 10º e 11º anos. Com adolescentes nunca é fácil. Ou melhor: não era habitual ser fácil. Porque agora tenho o Deixem Falar as Pedras, escrito na voz de um rapaz de 14 anos. E não tenho de fazer mais do que ler as primeiras páginas para encher de silêncio uma sala de 150 adolescentes. Levanto os olhos do livro no final das frases e percebo que eles percebem, eles sabem do que estou a falar, eles encontram-se nas palavras que escrevi. É uma sensação incrível.
...
E por falar em escolas, sinto que nas últimas semanas passo os dias a responder a convites de escolas e bibliotecas,livrarias, comunidades de leitores, tentando organizar o calendário de forma a que me restem dias para escrever o que quero escrever nos próximos tempos. Podem espreitar a Agenda no cimo da página. Ainda não está lá tudo, há 7ou 8 datas à espera de confirmação. Mas já dá para perceber que os próximos meses vão ser intensos.
...
Entretanto, no último mês, escrevi um conto para a revista Egoísta. O título é: História de um Sorriso. Não sei ainda quando será publicado. Fico, sobretudo, curioso para ver a edição. A Egoísta é uma revista diferente de tudo, pela qualidade do grafismo, pela selecção dos autores e dos textos, pela força que exerce numa prateleira. Há muito tempo que queria escrever qualquer coisa para a Egoísta e fiquei contente com o convite da Patrícia Reis. Obrigado, Patrícia.
...
Há duas semanas estive no Colégio do Sagrado Coração de Maria (onde estudei 8 anos), pela segunda vez em menos de um ano. Desta vez, falei com alunos do 10º e 11º anos. Com adolescentes nunca é fácil. Ou melhor: não era habitual ser fácil. Porque agora tenho o Deixem Falar as Pedras, escrito na voz de um rapaz de 14 anos. E não tenho de fazer mais do que ler as primeiras páginas para encher de silêncio uma sala de 150 adolescentes. Levanto os olhos do livro no final das frases e percebo que eles percebem, eles sabem do que estou a falar, eles encontram-se nas palavras que escrevi. É uma sensação incrível.
...
E por falar em escolas, sinto que nas últimas semanas passo os dias a responder a convites de escolas e bibliotecas,livrarias, comunidades de leitores, tentando organizar o calendário de forma a que me restem dias para escrever o que quero escrever nos próximos tempos. Podem espreitar a Agenda no cimo da página. Ainda não está lá tudo, há 7ou 8 datas à espera de confirmação. Mas já dá para perceber que os próximos meses vão ser intensos.
Published on January 24, 2012 11:58
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