"Mário Domingues nasceu na Ilha do Príncipe, numa roça denominada "Infante D. Henrique". Contando apenas dezoito meses de idade, trouxeram-no para Portugal e confiaram-no a sua avó paterna, que se encarregou da sua educação. Fez seus estudos em Lisboa, revelando desde muito novo vocação para as Artes e para as Letras. Contrariado, enveredou pela carreira do Comércio, chegando a ser ajudante de guarda-livros e correspondente de Inglês e de Francês.
Mas consagrava todos os seus ócios ao estudo de problemas literários e artísticos. Aos dezassete anos publicou as primeiras tentativas de ficção numa efémera revista de estudantes de Medicina (a "Alba"), apresentada pelo doutor Júlio Dantas. Aos dezanove, porém, o seu nome começou a surgir com freq"Mário Domingues nasceu na Ilha do Príncipe, numa roça denominada "Infante D. Henrique". Contando apenas dezoito meses de idade, trouxeram-no para Portugal e confiaram-no a sua avó paterna, que se encarregou da sua educação. Fez seus estudos em Lisboa, revelando desde muito novo vocação para as Artes e para as Letras. Contrariado, enveredou pela carreira do Comércio, chegando a ser ajudante de guarda-livros e correspondente de Inglês e de Francês.
Mas consagrava todos os seus ócios ao estudo de problemas literários e artísticos. Aos dezassete anos publicou as primeiras tentativas de ficção numa efémera revista de estudantes de Medicina (a "Alba"), apresentada pelo doutor Júlio Dantas. Aos dezanove, porém, o seu nome começou a surgir com frequência a assinar contos e crónicas num jornal diário de Lisboa. E em breve se tornou jornalista profissional, ascendendo a Chefe de Redacção e director de alguns jornais.
Como crítico de Pintura, nos anos Vinte, distinguiu-se pelo ardor com que defendeu os Modernistas, então desdenhados pela opinião pública. Unindo-se a Fernando Pessoa, José Bocheko, Vítor Falcão, António Ferro e outros batalhadores pela renovação da arte em Portugal, teve a coragem de proclamar o excepcional valor de "proscritos" como Almada Negreiros, Eduardo Viana, António Soares, Jorge Barradas e Lino António.
Um dos momentos decisivos da vida de Mário Domingues ocorreu quando ele resolveu manter-se unicamente com o produto dos seus livros. Esta audácia custou-lhe o ter de dissimular-se sob diversos pseudónimos estrangeiros, com os quais assinou mais de uma centena de romances policiais e de aventuras extraordinárias.
Durou alguns anos este trabalho árduo, mas o escritor queria voar um pouco mais alto. Conhecendo os homens do seu tempo, abalançou-se a descrever os de outrora, tal como os visionou no "clima" social, político e religioso em que viveram. E assim nasceu esta "Série Lusíada", que atingiu um êxito invulgar para o nosso meio.
Em atenção ao valor da sua obra de divulgação histórica, dignou-se o senhor Presidente da República agraciá-lo com o grau de Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada, destinada a distinguir individualidades de relevo nas Ciências, nas Artes e nas Letras." http://torredahistoriaiberica.blogspo...
"Mário Domingues, escritor, editor, publicista, jornalista, historiador, mas sobretudo anarquista, de seu nome completo Mário José Domingues, é para muitos leitores um ilustre desconhecido. A exuberância e pujança da sua pena foi tal durante a sua vida que a sua obra em muito ultrapassa a de Camilo Castelo Branco, conhecido como o nosso escritor mais prolífico. Da História ao romance policial, da novela de aventuras à ficção histórica, do jornalismo político à tradução, Mário Domingues merece ser relembrado."...more