Nuno Camarneiro's Blog
July 2, 2015
isto n��o est�� para poemas�� meu desregrado amors��o dia...
isto n��o est�� para poemas�� meu desregrado amors��o dias facas de gumefinoe a pele escassa para tantofioos c��es que lambem as feridass�� nos querem chegar aoosso(se fosse c��o eu tamb��mqueria)nunca os deuses voaramt��o baixonunca as vozes foram t��ogritosquem nos manda tercanelas?havemos todos de serro��dosafinal �� tudo poucochinho
Published on July 02, 2015 15:34
isto não está para poemasó meu desregrado amorsão dias fa...
isto não está para poemasó meu desregrado amorsão dias facas de gumefinoe a pele escassa para tantofioos cães que lambem as feridassó nos querem chegar aoosso(se fosse cão eu tambémqueria)nunca os deuses voaramtão baixonunca as vozes foram tãogritosquem nos manda tercanelas?havemos todos de serroídosafinal é tudo poucochinho
Published on July 02, 2015 15:34
isto não está para poemas ó meu desregrado amorsão dias ...
isto não está para poemas ó meu desregrado amorsão dias facas de gume finoe a pele escassa para tanto fioos cães que lambem as feridassó nos querem chegar ao osso(se fosse cão eu também queria)nunca os deuses voaram tão baixonunca as vozes foram tão gritosquem nos manda ter canelas?havemos todos de ser roídosafinal é tudo poucochinho
Published on July 02, 2015 15:34
April 17, 2015
transeunte
a melhor distância é sempre uma curvacomo chamar dúvida ao que é só chãoou olhar para cima e escapar ao céusó sei viver nos arredoresapear-me quando é já longeperguntar muito o que já sei(sem nunca admitir resposta)onde fica esta merda toda?no centro nada se afaz ao tempomudam as lojas, os dias, mudamtudo esses cabrões centraisquem foi que disse o meu nome?somos tanta gente a só ser eunão te alarmes, não discutas não te espantes nunca por tão poucoleva-te daqui para onde fores assobia enquanto não chegares
Published on April 17, 2015 08:47
March 25, 2015
Do Lado De Aqui
Todos os desastres são úteisTodos os homens tambémOs mortos são belas ferramentasde abrir, e de pensar, e de medoSe olharmos muito para os olhosSe a pele fria por algum tempoSem chorar, sem mágoa, só verHá coisas ardentes que se entendemQue a dor é apenas uma idadeCerta como dedos ou tremerQue tudo afinal é só por dentroQue o outro lado é mais aqui
Published on March 25, 2015 17:47
February 27, 2015
Inst��ncia
N��o deixes que te enfie num poema.Ouviste? Apaga o PC, parte-me osdedosou outros ��rg��os internos, masn��o deixes, n��o aceites versos ou merdinhasliter��rias.Ri-te de mim e de todas as palavraslongas,bate-me quando eu disser Crep��sculo,Imensid��es, Mir��ades, Compassivamente.Tr��s s��labas chegam bem para oque somos,Gaivotas, Beijinhos, Torradas eCinema.Faz de conta ��s vezes, mas n��o meligues,festinha-me o p��lo e diz que sim,que sim.���Tem gra��a, s��o l�� coisas em quepensas.���N��o deixes que te enfie numpoema.
Published on February 27, 2015 17:08
Instância
Não deixes que te enfie num poema.Ouviste? Apaga o PC, parte-me os dedosou outros órgãos internos, mas não deixes, não aceites versos ou merdinhas literárias.Ri-te de mim e de todas as palavras longas,bate-me quando eu disser Crepúsculo,Imensidões, Miríades, Compassivamente.Três sílabas chegam bem para o que somos,Gaivotas, Beijinhos, Torradas e Cinema.Faz de conta às vezes, mas não me ligues,festinha-me o pêlo e diz que sim, que sim.“Tem graça, são lá coisas em que pensas.”Não deixes que te enfie num poema.
Published on February 27, 2015 17:08
January 4, 2015
Intend��ncia
Pode o tempo comer-nos a pele,algumas ideias, como eram asideias?Tantas t��o coisas dobradas na m��oe n��s nunca fomos muito crian��as,(��s mais agora, ��s mais agora).Pode o tempo cair-nos amanh��,e vai doer tudo o que �� para doer.Tens cigarros, tens paci��ncia?Cheg��mos ao outro lado disto,tu cantando, e eu nem assim.Pode o tempo morder-nos os dias,ajuda-me a dan��ar, empurra, pisa,abana, manda, guia, leva-nos demim.N��o h�� mem��ria para o que n��s somos,e �� sempre cedo tu estares aqui.
Published on January 04, 2015 10:36
Intendência
Pode o tempo comer-nos a pele,algumas ideias, como eram as ideias?Tantas tão coisas dobradas na mãoe nós nunca fomos muito crianças,(és mais agora, és mais agora).Pode o tempo cair-nos amanhã,e vai doer tudo o que é para doer.Tens cigarros, tens paciência?Chegámos ao outro lado disto,tu cantando, e eu nem assim.Pode o tempo morder-nos os dias,ajuda-me a dançar, empurra, pisa,abana, manda, guia, leva-nos de mim.Não há memória para o que nós somos,e é sempre cedo tu estares aqui.
Published on January 04, 2015 10:36
December 16, 2014
Ponderabilidade
É fácil ouvir a chuva, sobretudo quando caiUm pouco como a voz, mas de mais alto(cerrando os olhos até o pó ganha peso, pergunta à pele, pergunta ao vento) Andamos todos a pedir no metroMas só os cegos arriscam cantarDe onde sai tanto pó se não da gente?Temos a pressa de montanhas meninasErodidos da vida, penteados pelo tempoValha-nos o aquecimento globalHavemos de morrer quentinhos
Published on December 16, 2014 06:00


