Limbo | poema
Limbo. O poema que andei a escrever durante os últimos tempos.
Deixo aqui apenas um excerto pois a versão completa é longa e está guardada para outra ocasião...
Que vos apraz dizer sobre isto?
Limbo.
Odeio o limbo.
A fronteira entre ser e não ser.
O caminho sinuoso da moralidade bafienta
que me arrasta para o pântano do que não quero ser,
do que abomino ser.
Uma linha ténue que não se vê,
que não se toca,
que não se cheira,
que não se sente
e, no entanto, que somos forçados a seguir,
calcando a sua distância com uma pegada certeira
que não admite o mínimo desvio.
O limbo.
Odeio o limbo.
Uma regra estabelecida,
um juízo alheio,
um preconceito.
E somos forçados a segui-lo!
E somos forçados a caminhar ao longo do já trilhado,
uma via rápida entre o certo e o errado,
entre o aceitável e o abominável...
Não poderei eu fazer as minhas escolhas?
Viver ao sabor das minhas próprias decisões,
discernir por onde caminhar.
A linha é reta.
A linha é estreita.
Não há margem para o erro
nem tampouco para o sucesso,
só para o sucesso dos outros,
para o dos que começaram ainda os caminhos não estavam abertos.
Agora são altos os muros erguidos,
que nos obrigam a manter a trajetória linear,
sempre igual a si própria
mantendo-nos sempre iguais,
iguais a nós próprios.
Escondem os prados verdejantes,
a areia dourada e a água turquesa,
as montanhas caiadas de branco no alto do seu pico,
a floresta velha na grossura dos seus troncos
e a jovem na frescura das suas folhas.
Tudo se esconde, oculto.
O caminho possível é pobre na sua estreiteza
e curto no horizonte.
O mundo está lá fora, do outro lado
do lado b da realidade que julgamos una.
Que tristeza a nossa limitação!
Que podridão se instala no interior!
O limbo.
Deixo aqui apenas um excerto pois a versão completa é longa e está guardada para outra ocasião...
Que vos apraz dizer sobre isto?
Limbo.
Odeio o limbo.
A fronteira entre ser e não ser.
O caminho sinuoso da moralidade bafienta
que me arrasta para o pântano do que não quero ser,
do que abomino ser.
Uma linha ténue que não se vê,
que não se toca,
que não se cheira,
que não se sente
e, no entanto, que somos forçados a seguir,
calcando a sua distância com uma pegada certeira
que não admite o mínimo desvio.
O limbo.
Odeio o limbo.
Uma regra estabelecida,
um juízo alheio,
um preconceito.
E somos forçados a segui-lo!
E somos forçados a caminhar ao longo do já trilhado,
uma via rápida entre o certo e o errado,
entre o aceitável e o abominável...
Não poderei eu fazer as minhas escolhas?
Viver ao sabor das minhas próprias decisões,
discernir por onde caminhar.
A linha é reta.
A linha é estreita.
Não há margem para o erro
nem tampouco para o sucesso,
só para o sucesso dos outros,
para o dos que começaram ainda os caminhos não estavam abertos.
Agora são altos os muros erguidos,
que nos obrigam a manter a trajetória linear,
sempre igual a si própria
mantendo-nos sempre iguais,
iguais a nós próprios.
Escondem os prados verdejantes,
a areia dourada e a água turquesa,
as montanhas caiadas de branco no alto do seu pico,
a floresta velha na grossura dos seus troncos
e a jovem na frescura das suas folhas.
Tudo se esconde, oculto.
O caminho possível é pobre na sua estreiteza
e curto no horizonte.
O mundo está lá fora, do outro lado
do lado b da realidade que julgamos una.
Que tristeza a nossa limitação!
Que podridão se instala no interior!
O limbo.
Published on October 04, 2013 07:52
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