Aos escritores

No topo digladiam-se. Entretêm-se os comandantes em jogos de poder, combatem-se em jogadas palacianas. E nós que assistimos a partir da base, território que nos pertence. Esquecem-se os chefes que comandam o povo, lembra-se o povo que tem nas mãos o poder, aquele que preenche os jogos. E as mesas começam a virar: manifestos aqui, encontros acolá... Os que comandam estão entretidos em birras sem nexo e decisões sem fundamento, cá em baixo, o resto das gentes está a acordar, está a mexer. Subitamente compreende-se que o livro é o do escritor e depois do leitor, que o livro só existe nesta interação, que escrever ainda é uma arte... E começamos a sair para a rua. Tempos perigosos estes que vivemos…
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Published on July 08, 2013 07:49
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