Neurose Quotes

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Robin Sacredfire
“Neurotic: The one who is so obsessed with himself or herself, that believes everything I post on facebook is a personalized message, and reacts with depression, anger or revenge, towards everything he or she reads. Also the delusional one who thinks by unfriending me or blocking me on facebook such will cause me some sort of personal trauma, as if I wasn't pleased to see my facebook list cleaning itself and by itself without any effort from my side. Neurotics are often offended by the truth or have a horrible phobia for arguments they can't fight against, and truly believe that in a perfect society everyone should have their words filtered by a higher authority before speaking, while assuming that freedom of speech is the freedom to talk or write what others expect to hear or read. They also think that as long as they refer to generalizing words before each sentence, such as "everybody", "people" and "normal", nobody will notice how deeply insane they are.”
Robin Sacredfire

Mark Cardoso
“Nunca nos curamos de quem somos, mas podemos apartar... e viver uma vida mais autoral”
Mark Cardoso, Posta-Restante

Isildinha Baptista Nogueira
“Freud denomina “romance familiar do neurótico” o conjunto das representações ligadas a esse processo de afastamento em relação aos pais. Uma vez ultrapassada essa fase, o “romance familiar do neurótico” quase sempre é esquecido e raramente se constitui numa lembrança consciente, que pode ser revelada pela psicanálise.
O romance familiar é produto de uma “atividade imaginativa estranhamente acentuada”, que é uma característica essencial dos neuróticos e de pessoas relativamente inteligentes. A atividade imaginativa que se ocupa das relações familiares aparece, na criança, nas brincadeiras até o período anterior à puberdade. Os devaneios, que são comuns até depois da puberdade, são um exemplo da atividade imaginativa.
Esses devaneios correspondem a “realização de desejos e uma retificação da vida real”. Têm dois objetivos principais: um erótico e um ambicioso – embora o objetivo erótico esteja comumente oculto sob o último.
Nesse período de grande atividade imaginativa, a criança se dedica a libertar-se dos pais, que já não ocupam mais um lugar de alta estima, e os substituir por outros, “em geral de uma posição social mais elevada”: “Nessa conexão ela lançará mão de quaisquer coincidências oportunas de sua experiência real, tal como quando trava conhecimento com o senhor da Casa Grande ou com o dono de alguma grande propriedade, se mora no campo, ou com algum membro da aristocracia, se mora na cidade.”
Isildinha Baptista Nogueira, A cor do inconsciente: Significações do corpo negro

Mariana Salomão Carrara
“Se não quiséssemos engravidar. Se não quiséssemos engravidar e por isso tivéssemos comprado o apartamento da outra rua, de um dormitório. Se eu não gostasse da ventilação cruzada ou então se tivéssemos dinheiro para comprar aqueles apartamentos chiques de janelas de brise que não comportam a passagem de um vizinho suicida.
Se eu não estivesse grávida e por isso não tivesse saído animada do exame, pensando no quadro. Se na viagem não tivéssemos achado a loja do pôster de filme que ia se tornar o quadro. Se um dos dois não tivesse visto o filme do pôster. Se a loja do pôster não aceitasse cartão. Se não tivéssemos feito a viagem do pôster.
Se eu não tivesse apressado o André para me alcançar e levar o pôster que era finalmente um quadro. Se o porteiro Flávio tivesse puxado qualquer assunto, na saída da portaria. Ou se o porteiro Flávio não tivesse puxado o assunto que talvez tenha puxado, seu André, chegou aquela revista, Oi? A revista, o senhor quer agora? Ah, na volta pego. Se eu tivesse aguentado o quadro, feito mais força, pedido ajuda a qualquer um na rua.
Se a Madalena não tivesse escolhido aquele prédio. Se ela não tivesse conhecido o Miguel e casado com ele. Se a Madalena não existisse.”
Mariana Salomão Carrara, Não fossem as sílabas do sábado