Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és discussion

Já terminei esta fase há uns dias mas só agora tive tempo para comentar. Nesta fase, Philip volta da Alemanha e o tio convence-o a ir trabalhar para um escritório, coisa que ele odeia. Consegue finalmente o seu sonho do momento que é ir estudar pintura para Paris, graças à ajuda da tia. No entanto, apesar de gostar bastante desse tempo na capital francesa, chega à conclusão que também não foi feito para ser pintor. Volta então para Londres e vai estudar medicina. Aqui, apaixona-se por Mildred, uma rapariga que ao mesmo tempo detesta!
Realmente, Mildred é tão desapaixonada que é o oposto de Philip! Acho que nem nós conseguimos entender a paixão de Philip por ela, tal como ele!
É uma pena ele deixar-se enredar de tal maneira que falha em todos os exames e chega ao ponto de nos parecer que se vai endividar e estragar a sua vida por ela, quando ela não o merece, nem quer! Felizmente, parece que a história não fica por aqui!
Quanto aos tempos de Paris, são apesar de tudo muito importantes para o amadurecimento de Philip. O suicídio de Miss Price parece que lhe dá finalmente o mote para sair do ciclo vicioso da vida artística parisiense.
Gostei bastante desta parte e espero que a história nos continue a surpreender, mas também queria que ele assentasse de vez!

Realmente para um rapaz que parecia que ia ser padre, a vida do Philip já deu muitas voltas, e ainda o livro vai a meio.
Voltou da Alemanha para a casa dos tios onde conheceu a Miss Wilkinson, decidiu ir para Londres estudar contabilidade para conseguir um emprego estável, decidiu deixar a estabilidade e ir para Paris estudar pintura (e conheceu Fanny Price) e quando se deu conta da mediocridade do seu talento decidiu começar de novo e seguir as pisadas do pai na medicina. Mas isso também não lhe está a correr bem, já que se distraiu com a Mildred e chumbou um exame que deveria ter sido fácil, o que o fez questionar a sua inteligência.
O Philip não gosta de nenhuma das mulheres que se apaixonam por ele. E também não gosta da mulher por quem ele próprio se apaixona, que curioso.
Vamos lá ver o que se segue. Ele ainda não parece perto de assentar, profissional ou pessoalmente.

Para mim a fase Miss Wilkinson foi verdadeiramente maçadora... Só voltei a retomar algum interesse quando ele vai para Paris.

As personagens estão construídas de modo interessante, é uma tertúlia em que se sente as várias tonalidades da vida parisiense exclusivamente sob um olhar estrangeiro. Achei esta opção curiosa, embora uma explicação seja dada no livro: parece que na época era de mau tom os franceses misturarem-se com estrangeiros. As conversas com o velho pintor/filósofo bêbado agradaram-me - qual é o significado de viver?

Percebe-se que o suícídio de Fanny Price, uma das companheiras das aulas de arte o marca muito, e o contraste causado pela visita do irmão de Fanny é algo perfeitamente exasperante.

O regresso a Londres, e a decisão de seguir os passos do pai caiu-me bem. Já a paixão por Mildred... enfim. Aquela mulher é um buraco negro e ele odeia-a tanto mas ao mesmo tempo sente-se profundamente atraído. O que eu ponho em causa não são os seus sentimentos (bem sabemos o quão complicados e incompreensíveis podem ser), mas certas acções que ele acaba por tomar. Ela faz o papel dela, em suma é uma parasita e está muito bem assim.

Sofia wrote: "O que eu ponho em causa não são os seus sentimentos (bem sabemos o quão complicados e incompreensíveis podem ser), mas certas acções que ele acaba por tomar. "

Chega a ser doentio, a forma como ele se humilha! Ela usa-o como um tapete e ele ainda pede desculpa por qualquer coisinha. Degradação Humana. =/

Estou bastante atrasada nesta leitura. Terminei esta fase há uns dias, mas só agora me foi possível fazer um comentário.

Já tudo foi dito sobre os diversos acontecimentos desta fase. Acrescento apenas que estes serviram para mostrar o quão imaturo e egoista Philip se tornou. Apesar de sabermos pelos capítulos anteriores que Philip não cresceu rodeado de carinho a ponto de torná-lo mimado, a verdade é que se comporta como tal. Constantes mudanças que revelam uma personalidade desiquilibrada. Aquilo que adorava ontem, odeia hoje... mais parece que desiste das coisas quando elas não lhe correm como os seus sonhos irreais o faziam acreditar.

Quanto à relação com Mildred ainda estamos muito no início, apesar de facilmente vermos que será motivo de grande sofrimento para Philip. Não deixa de ser irónico vê-lo a ser tratado por uma mulher, da forma como tratou outras, nomeadamente Miss Wilkinson.