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Aborto
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Jackeline
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Jan 31, 2016 07:54AM

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Acho maravilhoso a questão do aborto estar em pauta novamente, o que impede o avanço nas discussões e nas leis é a questão da religião, de uma Câmara regida por evangélicos que esquecem que o Estado é laico (ou ao menos deveria ser). Muitos alegam que a legalização do aborto aumentaria o número de abortos no país, mas temos como exemplo o Uruguai que legalizou o aborto e... o número de abortos caiu. ( http://www.revistaforum.com.br/2015/0... ).
O Brasil Post escreveu uma matéria muito interessante sobre isso chamada "Criminilizar o aborto não protege vidas, nem salva almas" - http://www.brasilpost.com.br/gleyma-l...
Vale a pena dar uma lida, a matéria relata o número estimado de abortos realizados no país e chegam a 200 o número de curetagens realizadas pelo SUS, curetagem é a raspagem do útero, normalmente feita após um aborto clandestino.
Toda mulher deve ter o direito de escolher quando está pronta para ter um filho. O Estado não pode ter direito sobre o seu corpo.
O Brasil Post escreveu uma matéria muito interessante sobre isso chamada "Criminilizar o aborto não protege vidas, nem salva almas" - http://www.brasilpost.com.br/gleyma-l...
Vale a pena dar uma lida, a matéria relata o número estimado de abortos realizados no país e chegam a 200 o número de curetagens realizadas pelo SUS, curetagem é a raspagem do útero, normalmente feita após um aborto clandestino.
Toda mulher deve ter o direito de escolher quando está pronta para ter um filho. O Estado não pode ter direito sobre o seu corpo.

Mas fora isso, eu sou super a favor do aborto, independente do motivo. Meu único medo é que a libertação do aborto acabe gerando um alto índice de pessoas com DSTs no Brasil.
Assunto lotado de polêmica e muito controverso. Falar de aborto mexe com todas as nossas sensações, emoções e pensamentos. É totalmente compreensível os argumentos baseados na fé, porém, os mesmos não me parecem nada relevantes para convencer uma mulher, que foi violentada sexualmente, de que ela deva manter e criar aquela criança, fruto desse ato de violência, por exemplo.
Também não acho nada válido o argumento de que, com a legalização do aborto, haverão muitas mulheres praticando o ato sexual indiscriminadamente, para poder ter o amparo legal para abortar. Como se o aborto passasse então a ser como um tratamento estético, que a mulher escolhe quando e onde deseja fazer. Na boa? Não é possível que exista alguma mulher no mundo que sinta PRAZER em abortar. Se existe, ela deve ter algum motivo para tal, mesmo que seja insanidade mental.
Como disse, é um tema bastante controverso e muito complicado. Li todas as coisas que já foram expostas aqui e respeito MUITO todas as opiniões. Eu sou a favor do aborto, legalizado e seguro, com apoio psicológico para a mulher (e o homem, caso haja um parceiro envolvido) independente do motivo. Porém, sou a favor de, antes que tudo seja estabelecido, permitido e legalizado, que haja um debate profundo e consciente sobre as consequências do ato em si (UTOPIA? Talvez...). Educar para prevenir. Educar para que não haja necessidade de abortar.
Também não acho nada válido o argumento de que, com a legalização do aborto, haverão muitas mulheres praticando o ato sexual indiscriminadamente, para poder ter o amparo legal para abortar. Como se o aborto passasse então a ser como um tratamento estético, que a mulher escolhe quando e onde deseja fazer. Na boa? Não é possível que exista alguma mulher no mundo que sinta PRAZER em abortar. Se existe, ela deve ter algum motivo para tal, mesmo que seja insanidade mental.
Como disse, é um tema bastante controverso e muito complicado. Li todas as coisas que já foram expostas aqui e respeito MUITO todas as opiniões. Eu sou a favor do aborto, legalizado e seguro, com apoio psicológico para a mulher (e o homem, caso haja um parceiro envolvido) independente do motivo. Porém, sou a favor de, antes que tudo seja estabelecido, permitido e legalizado, que haja um debate profundo e consciente sobre as consequências do ato em si (UTOPIA? Talvez...). Educar para prevenir. Educar para que não haja necessidade de abortar.

Falar sobre o aborto é polêmico, mas necessário. O tema muitas vezes parte para um caminho um pouco obscuro. Eu, por exemplo, não acho que falar de aborto em casos de microcefalia seja um preconceito. Acho que talvez seja uma necessidade abrir-se ao diálogo e dar esta como uma das opções, ficando a cargo dos pais e não do Estado a decisão. Não acho que seja um preconceito principalmente devido as implicações que microcefalia traz, é um sofrimento muitas vezes irreparável para a criança, porque remédios não são suficientes para acabar com as dores e convulsões, e também para a família, isto deve ser debatido e tratado com responsabilidade e solidariedade.
Outro ponto importante, é que o debate sobre o tema torna-se infantil quando se afirma que mais mulheres farão sexo sem proteção se o aborto for legalizado, a política de legalização do aborto não está relacionada a isso. Principalmente, porque o ato de abortar é uma dor. Muitas mulheres que já realizaram o aborto não cansam de afirmar a dor e a necessidade de sua escolha. Este não é um ato impensado. Pode ser um ato desesperado, mas não impensado.
O que devemos ter em mente é a chamada autonomia da mulher sobre o seu corpo, anualmente milhares de pais abortam seus filhos. Abortam inclusive o filho que já está na idade escolar. Mas a sociedade não os repreende por tal ação. Exatamente porque nós mulheres estamos sujeitas e somos vítimas da romantização do mito do amor materno. Uma mulher não pode nem mesmo deixar seu filho para adoção sem ser julgada, já que esta é uma opção muito apresentada.
Além disso, o aborto faz milhares de vítimas, em geral, mulheres pobres, já que parte da população já realiza abortos com segurança. O aborto e sua legalização também é uma questão de ter ou não dinheiro. Como foi bem dito acima, "Criminilizar o aborto não protege vidas, nem salva almas".
Em muitos casos, não e dado a mulher o direito de escolha, ter um filho ou ter o filho indesejado ou não planejado, lhe é uma obrigação embutida em sua "personalidade social". (Seja boa mãe, seja boa filha, seja boa namorada, seja uma boa menina...)
Outro ponto importante, é que o debate sobre o tema torna-se infantil quando se afirma que mais mulheres farão sexo sem proteção se o aborto for legalizado, a política de legalização do aborto não está relacionada a isso. Principalmente, porque o ato de abortar é uma dor. Muitas mulheres que já realizaram o aborto não cansam de afirmar a dor e a necessidade de sua escolha. Este não é um ato impensado. Pode ser um ato desesperado, mas não impensado.
O que devemos ter em mente é a chamada autonomia da mulher sobre o seu corpo, anualmente milhares de pais abortam seus filhos. Abortam inclusive o filho que já está na idade escolar. Mas a sociedade não os repreende por tal ação. Exatamente porque nós mulheres estamos sujeitas e somos vítimas da romantização do mito do amor materno. Uma mulher não pode nem mesmo deixar seu filho para adoção sem ser julgada, já que esta é uma opção muito apresentada.
Além disso, o aborto faz milhares de vítimas, em geral, mulheres pobres, já que parte da população já realiza abortos com segurança. O aborto e sua legalização também é uma questão de ter ou não dinheiro. Como foi bem dito acima, "Criminilizar o aborto não protege vidas, nem salva almas".
Em muitos casos, não e dado a mulher o direito de escolha, ter um filho ou ter o filho indesejado ou não planejado, lhe é uma obrigação embutida em sua "personalidade social". (Seja boa mãe, seja boa filha, seja boa namorada, seja uma boa menina...)
Ainda sobre o tema, o tipo de aborto legalizado no Brasil é esse aqui ó:
http://www.brasilpost.com.br/2016/02/...
http://www.brasilpost.com.br/2016/02/...