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As crónicas de Obsidian - Prólogo
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Gostei, mas acabo por não perceber qual é o rumo da história - é a fuga de Hiroshi pela Europa? Penso que há aqui vários erros de linguagem, que ficariam melhor doutra maneira :). Além disso na terceira linha a contar do fim penso que querias dizer Kenji em vez de Hiroshi, ou seja, ficaria "... os mesmos que tinha notado em Kenji..."
De resto está bom e gostaria de saber o resto da história e como vais desenvolver a história ;)
De resto está bom e gostaria de saber o resto da história e como vais desenvolver a história ;)
Se quiseres apresentar-te ao grupo para te podermos conhecer vai à pasta de "Sou nova aqui" e apresenta-te ou preenche o Quizz de A a Z :)
Sim, no fim enganei-me e meti Hiroshi em vez de kenji. A história vai-se passar muito tempo depois, com outras personagens, isso é só para explicar como a esfera foi lá parar, e para dar uma peqena ideia do que vai ser o universo da história. Obrigado
Olá Flávio,pela primeira vez que aderi a este grupo, revejo um texto. Não porque não tenha gostado dos outros, mas porque tive um bocadinho de tempo para responder e vi alguns pontos que realmente acho que poderias mudar e deixar o teu texto fenomenal!
Proponho-te trabalharmos por pontos e assim vais-te organizando ao longo da prosa mais facilmente. Então vamos lá:
1º - em vez de descrever, mostra. Quero eu dizer, em vez de nos dizeres o que as personagens vão fazer, ou como é o ambiente, mostra-nos, como se estivesses lá - visualiza. Por exemplo, quando descreves a figura encapuzada, mostra-nos o efeito que provoca em Kenji ou em quem o observa, o piso intacto debaixo dos seus pés, o sangue enregelado que deixa em quem o observa, coisas assim, percebes? O importante é mostrares as emoções e os sentidos afectados. Desta forma o leitor acaba por se identificar facilmente com o personagem e gostar do que lê;
2º - acho mesmo que deves ter cuidado com as palavras que usas, não repetir vocábulos é importante, não dar erros é importante, a concordância entre sujeito e verbo é importante, a gramática em geral é muito importante, para que a fluidez do texto seja perfeita;
3º - relê tudo o que escreves. Por vezes na pressa da escrita, no entusiasmo de deixar sair as cenas e os personagens, trocamos as voltas ao texto e fica tudo um bocado confuso, mas uma simples releitura resolve pontas soltas;
4º - segue um tema - o que é que queres dizer ao leitor? Acredita, isto é dificil como o raio, porque queremos sempre dizer muita coisa, mais do que um livro é capaz de dizer! Segue o teu instinto e dá-nos um tema - se o teu tema é como a ambição destrói o carácter, segue esse. Se queres dizer-nos que a honra é mais importante que a riqueza, segue esse. Segue um tema geral e cria a tua história a partir daí, vais ver que se torna mais fácil!
Em geral, parece-me que eu compraria o teu livro para o oferecer aos meus filhos (e para o ler eu, que sou louca por histórias fantásticas)!
Esta é a minha opinião, não tens de a seguir, como em tudo na vida, o que nos dizem só é importante para nós se quisermos! Segue acima de tudo o teu instinto e conta a tua história! Isso é o mais importante!
Abraços e boas escritas
Patrícia Grade



Aqui fica o prólogo da história que estou a escrever:
Japão, Outono de 1874, a meio da Era Meiji, duas pequenas mas poderosas familias lutavam para proteger as suas terras. A familia Fujiwara e a familia Fukushima trabalhavam arduamente em conjunto para sobreviver a tempos dificéis. Criavam gado, cultivavam, tinham o essencial para raramente sairem à cidade para comprar bens. Treinavam também os mais novos nas artes de Battojutsu, para se defenderem caso fossem atacados. Estas duas familias viviam em harmonia, pois os seus lideres Fujiwara Hiroshi, e Ryuunosuke Kenji, tinha sido companheiros durante o Bakumatsu. Hiroshi e Kenji eram como irmãos, e fartos de guerra, decidiram viver isolados do mundo, com as suas respectivas familias.
Uma manhã, Kenji foi à floresta à procura de lenha, pois o Inverno estava próximo e ameaçava ser rigoroso. Apenas levou o seu cavalo e um machado. Andou cerca de duas horas a cortar árvores, apanhar ramos e erva seca, tudo o que servisse para acender lume, ele apanhava e metia dentro de um grande saco de pano. Já tinha o saco quase cheio quando disse para si mesmo: -É melhor ir andando, já tenho lenha suficiente por uns tempos e a hora de almoço apróxima-se.
Dito isto, Kenji montou o cavalo, e pôs-se a caminho de casa, mas algo estranho aconteceu, após cavalgar cerca de 50 metros, o seu cavalo ficou inquieto, empinou e Kenji ficou estendido no chão. Levantou-se, com o longo cabelo preto cheio de terra, e viu que o cavalo tinha fugido, apenas o machado e o grande saco de lenha tinham ficado para trás.
- Mas que raio se passou com o bicho? – Dito isto, o céu ficou escuro de repente, e uma figura encapuzada apareceu do nada. Apenas se via a boca, que lhe lançou um sorriso cínico – Quem és tu? Identifica-te – gritou Kenji.
- Fukushima Kenji, és tu certo? – perguntou o misterioso personagem em voz rouca.
- Sim sou eu, e tu quem és e o que fazes perto das minhas terras?
- Toma isto, saberás o que fazer com ela – puxou de uma pequena esfera roxa de dentro do manto negro e atirou-a. Kenji apanhou-a perguntou:
- Que é isto? Ainda não me disseste quem és!
O Homem soltou uma leve gargalhada, e começou-se a afastar, parecia que levitava, não deixava pegadas. Kenji ficou admirado: - Ei espera! Não vás embora! – correu na direcção do encapuzado mas este desapareceu sem deixar rasto. O céu voltou a ficar claro, e Kenji apressou-se a ir para casa.
Já estava a ficar escuro quando Hiroshi avistou Kenji a sair da floresta. Parecia exausto e assustado:
- Kenji! Que alegria ver-te meu amigo! Estava muito preocupado contigo, mais um pouco e teria ido à floresta à tua procura.
- Desculpa Hiroshi... aconteceu um imprevisto – respondeu Kenji ainda a recuperar o folego.
- Que se passou afinal? Onde está o teu cavalo?
Kenji pensou que seria melhor não falar sobre o misterioso homem nem sobre a esfera para não alarmar ninguém – Ele atirou-me ao chão e cavalgou velozmente para leste. Desculpa Hiroshi, mas vou descansar, parti duas costelas na queda.
- Compreendo, descansa amigo. Queres que diga à senhora Mana para te tratar disso?
- Deixa, não são duas costelas partidas que me mandam abaixo! – disse a rir- Ah, desculpa, com isto tudo não trouxe lenha nenhuma...
- Não faz mal, eu amanhã trato disso.
Desde esse dia, Kenji nunca mais foi o mesmo. Primeiro, as suas costela curaram-se num espaço de 24 horas, e a sua personalidade foi-se alterando. Aos poucos começou a ficar mais frio, bruto, deixou de ser o simpático Kenji que todos adoravam. Por vezes até a própria esposa e filhos tinham receio dele.
Certo dia de primavera, Hiroshi estava a retirar água do poço para dar às vacas, quando Kenji com a sua espada desembainhada, coisa que só acontecia quando algum grupo de ladrões era apanhado a roubar algo da quinta, dirijia-se para o amigo com ar feroz:
- HIROSHIIIIIIII!! Devolve-me a esfera, seu ladrãozeco!
- Bem me parecia que era aquela maldita coisa que te andava a alterar o comportamento.
- Cala-te e devolve-ma! Não te pertence, é MINHA!
- Não, a esfera está em local seguro.
- Pega na tua espada e luta como um homem!
- Kenji, por favor, deixa de ser criança, liberta-te do domínio da esfera. Não vamos lutar por causa daquela porcari... – Kenji nem deixou Hiroshi acabar a frase. Atirou-se a ele com um golpe horizontal da sua espada, mas Hiroshi teve tempo suficiente para deflectir o ataque com a sua. – Olha para ti, estás completamente cego! Que pretendes?
- Matar-te, depois usarei Obsidian para governar todo o Japão. – E mais uma vez as suas espadas culminaram, desta vez numa série de ataques.
- Kenji, olha o que estás a fazer, olha para ti! – Mas Kenji já não o ouvia, estava concentrado em tentar ferir mortalmente o amigo - Desculpa velho companheiro... – ao dizer isto, Hiroshi desvia-se de um ataque vertical e de seguida acerta com o punho direito no queixo de Kenji, deitando-o ao chão.
- Imbecil – disse levantando-se, depois de soltar uma gargalhada – posso não ter a esfera em meu dominío, mas ainda tenho uma ligação com ela. O Céu começou a escurecer, como no dia em que Kenji recebeu o maldito artefacto, e uma aura roxa erguia-se à volta do corpo dele. Hiroshi apercebeu-se que algo de terrível iria acontecer, então numa fracção de segundo tomou a decisão mais dificil da sua vida. Lançou-se direito ao amigo e trespassou-o.
- Desculpa, desculpa, mas não posso deixar ver no que te tornaste e no mal que possas a vir a fazer à minha, e à tua familia... – Soltou uma lágrima, e o Sol brilhava de novo no céu.
Os meses seguintes foram os mais dificéis da sua vida. Hiroshi nunca contou o que realmente se passou, disse que um assassino matou Kenji por vingança dos tempos de guerra. Começou a notar mudanças de comportamento, os mesmos que tinha notado em Hiroshi, pressentiu que ia pelo mesmo caminho que o amigo, por isso certa noite, pegou na esfera e fugio para longe, par a europa, onde escondeu-se com a esfera num local remoto, onde ninguém o encontrasse.