Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és discussion
This topic is about
Jane Eyre
Leituras Conjuntas
>
6ª leitura conjunta - 4ª fase
date
newest »
newest »
O seu relacionamento com Mr Rochester evolui dramaticamente e Jane afasta-se dele ao o saber ainda casado e guarda da mulher louca que esconde em sua casa, envolto numa recordação melindrada face à sua família. Por mero acaso, que me pareceu um pouco forçado, Jane descobre alguns membros da sua família e recebe uma herança que a permite sustentar-se e orientar independentemente a sua vida. Chegando à idade adulta de Jane e acompanhando as suas mudanças e decisões, foi-me difícil não comparar a envolvência emocional do início do livro com a inércia demonstrada com o passar do tempo e nos capítulos finais. Senti que os acontecimentos em torno da vida de Jane a tornaram impassível e desinteressada e que as reviravoltas no enredo se assemelham um pouco aos argumentos novelescos.
A parte que gostei mais foi da revelação de que a Jane era prima direita dos irmãos Rivers. Era uma das poucas coisas de que eu já me tinha esquecido! Foi uma alegria genuína para a Jane e fê-la recuperar momentaneamente a vontade própria e impô-la aos primos.Lembrava-me que a Jane repartiria a sua fortuna e que o St. John a pediria em casamento, mas não com que objectivo. A passividade da Jane para com as exigências dele voltou a desiludir, embora o St. John tivesse objectivos tão nobres.
Gostei do final, da recuperação parcial da visão do Rochester e da vinda de filhos. Eu gosto de finais felizes, que hei-de fazer?
Avaliando o livro todo, teve demasiadas tristezas para o meu gosto. As personagens principais têm defeitos e virtudes, mas os defeitos são tão pronunciados que não consegui criar grande empatia com elas. A própria Jane às vezes é um bocadinho insossa.
3,5/5




Teria gostado mais deste livro não fossem tantos momentos Drama Cat (podem ler a minha review para os contar, eu perdi a conta, caro leitor). Mas reconheço-lhe o mérito, na época em que foi escrito e por se tornar, entre outros, na mãe de todos os clichés de telenovela Venezuelana.