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Leituras Conjuntas > 8ª Leitura Conjunta - 2ª Fase

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message 1: by Calypso (last edited Jul 18, 2012 12:48AM) (new)

Calypso | 358 comments Mod
Tal como na fase anterior o livro continua a ser cativante e sem pontos mortos, temos sempre algum acontecimento a decorrer que nos vai mantendo cativados.
Nesta fase foi-nos dado ainda mais conhecimento sobre o passado dos companheiros de D´Artagnan, sendo que o que a história que mais me marcou foi a de Athos.
Perto do final surge uma personagem que traz um clima de mistério à sua volta: Milady. Confesso que sempre foi das minhas personagem preferidas, quer neste livro, quer nas adaptações feitas e até nos desenhos animados.


message 2: by Alexandra (new)

Alexandra (biobreeze) | 105 comments Também continuo a gostar. Achei piada ao facto de o Athos que parecia tão atinadinho se ter trancado na cave do pobre coitado que se lembrou de o atacar e lhe ter gasto tanto vinho!!! Afinal parece-me que são mesmo todos um pouco loucos!;) E a aventura religiosa do Aramis também me fez rir um bocado!


message 3: by Cathy (new)

Cathy (elaine107) Infelizmente, pelo que vejo, sou a unica pessoa que não está a apreciar muito o livro. Soube, quando me propus a lê-lo, que seria dificil para mim, uma vez que não gosto muito deste género. Mas devo confessar que não me sinto de todo estimulada a ler. Nenhuma personagem me agarrou, a história em si também não me desperta grande curiosidade, e o estilo de escrita (não sei se terá a ver com a tradução) também não me satisfaz.
É um livro fácil de ler, sem dúvida, mas que não se me apresenta como estimulante. Creio que vou desistir e vou dar por concluida a leitura. Talvez noutra altura consiga apreciar tanto como vocês.


message 4: by Sofia (new)

Sofia (djamb) | 39 comments Eu continuo a gostar muito e aprecio a forma como Dumas narra a história: roça o discurso oral, como se estivesse na minha sala a contar-me a história em voz alta.
Várias vezes me ri com passagens cheias de humor e ironia, que têm sido recorrentes desde o primeiro capítulo. Juntando isso ao facto de a história ser contada rapidamente e focando apenas os acontecimentos marcantes na vida de D'Artagnan e dos seus amigos Mosqueteiros, e considerando ainda a separação de "cenas" por capítulos, acho este livro muito fácil de ler.


message 5: by Rita P Smits (new)

Rita P Smits Acho que, apesar de a história de Athos a mais interessante, por ser mais misteriosa e sombria, para mim a Milady não chega a ser uma personagem tão interessante quanto ele; acho-a linear, previsível, a mulher-fera esperta e absolutamente pérfida, que faz tudo por levar a sua avante.

Já Athos é um homem sensato, e no entanto surpreende-nos às vezes com as suas decisões inusitadas (incluindo uma muito perigosa que não pertence já a esta fase e sobre a qual é melhor por isso não falar); senti exactamente o mesmo que a Alexandra ao ler o episódio da cave, qualquer coisa como "Athos, até tu?!" :)

De facto creio ser opção do autor deixar Phortos e Aramis colados ao estereótipo, Luís. Facilita a narrativa, ao criar pontos de apoio e de comic relief (hilariantes sem dúvida as dúvidas religiosas de Aramis que se dissipam no momento em que percebe que a sua amada lhe escreveu). Athos é então o escolhido para desencadear as acções mais importantes da narrativa, ao lado de D'Artagnan. Não creio, porém, que o carácter dele tenha mudado de forma determinante; para mim faz mais sentido que aquilo que ele já tinha no seu carácter (todo o orgulho e capacidade de desprezar a leviandade do mundo) tenha sido apenas potenciado pela sua tragédia. Que de resto só é uma tragédia tão grande precisamente por causa desse carácter já dele: se não fosse tão orgulhoso teria esperado por ouvir uma explicação de Milady, e até poderia tê-la perdoado. Pendurá-la numa árvore parece-me a solução mais adequada apenas para quem se leva tão a sério que se sentiu intimamente traído por uma marca no ombro…

Athos foi deixando, ao longo da narrativa, de me fascinar como ao princípio. Trata injustamente o Grimaud, e os seus actos supostamente mais morais — como o não ficar com uma bolsa de dinheiro que encontrou no inimigo de um duelo — são áreas cinzentas, comparados com outros (como o ter jogado o cavalo de D'Artagnan) onde se deveria sem dúvida ter portado muito melhor.

Não sei se a forma como os Mosqueteiros vivem, o seu constante esbanjamento, deva ser considerada corajosa. Reflectindo e tomando em consideração o restante tom do livro, penso que é mais uma partida jocosa de Dumas. No fundo eles são estróinas sob o pretexto de que as suas vidas não interessam e a qualquer momento podem terminar; pelo meio prejudicam os amigos e todos aqueles a quem ficam a dever. Gastam tudo no jogo, mesmo o que não lhes pertence, gostam de andar vestidos da melhor maneira possível e só bebem vinho de qualidade — ora para isso é preciso dinheiro, e eles vão procurando arranjá-lo de uma maneira ou outra (confiando na sorte ou na amante) para beberem e jogarem só mais uma vez, ficarem sem dinheiro, voltarem ao círculo. Não chega sequer a ser uma vida luxuosa ou fútil, porque lhe falta a constância.

Cláudia, acho natural que não se goste deste livro — deste, como de qualquer outro, e é óptimo que queiras debater isso mesmo, trazendo para o fórum os motivos por que não queres continuar a leitura. Como disse na primeira fase, antes de o começar tinha medo de não vir a apreciá-lo, por ter ideia que seria uma coisa antiquada e aborrecida, cheia de falas pomposas e palavras complicadas. Já expliquei que me surpreendeu. Não percebi, contudo, porque dizes que já desconfiavas porque não gostas "deste género" — a que género te referes? (Achavas que era uma coisa antes de leres e agora achas que é outra, por ex?) Isto porque eu própria tenho dificuldades em definir o género deste livro, mais complexo nesse aspecto do que por exemplo um livro de Stephen King (que é algo que anda entre o mistério/suspense/terror).


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