Bruno Lichtnow

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The Selfish Gene
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  (page 70 of 360)
Jul 23, 2017 06:40PM

 
Nausea
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Gustave Flaubert
“[...] e essa ideia de ter um filho homem era como a revanche de todas as suas impotências passadas. Um homem ao menos é livre; pode percorrer as paixões e os países, atravessar os obstáculos, ir atrás das alegrias mais distintas. Ao mesmo tempo inerte e flexível, a mulher tem a seu desfavor as fraquezas da carne e as dependências da lei. Sua vontade, como o véu do chapéu retido por uma fita, palpita ao sabor de todos os ventos; sempre há algum desejo que arrasta, alguma conveniência que retém.”
Gustave Flaubert, Madame Bovary

Gustave Flaubert
“Não tinham mais nada para dizer? Seus olhos, no entanto, estavam repletos de uma conversa mais séria; e, enquanto esforçavam-se para encontrar frases banais, ambos sentiam um mesmo langor invadir-lhes; era como um murmúrio da alma, profundo, contínuo, que dominava o das vozes. Tomados de espanto por aquela nova suavidade, não pensavam em narrar ao outro aquela sensação ou em descobrir sua causa. As alegrias futuras, assim como as costas dos trópicos, projetam suas indolências natais sobre a imensidão que as precede, uma espécie de brisa perfumada, e adormece-se naquela embriaguez sem nem mesmo preocupar-se com o horizonte, o qual não se pode avistar.”
Gustave Flaubert, Madame Bovary

Zygmunt Bauman
“Os filhos estão entre as aquisições mais caras que o consumidor médio pode fazer ao longo de toda a sua vida. Em termos puramente monetários, eles custam mais do que um carro luxuoso do ano, uma volta ao mundo em um cruzeiro ou até mesmo uma mansão. Pior ainda, o custo total tende a crescer com o tempo, e seu volume não pode ser fixado de antemão nem estimado com algum grau de certeza. [...] Além disso, ter filhos é, em nossa época, uma questão de decisão, não um acidente - o que aumenta a ansiedade. Tê-los ou não é comprovadamente a decisão com maiores consequências e de maior alcance que existe, e portanto também a mais angustiante e estressante.”
Zygmunt Bauman, Liquid Love: On the Frailty of Human Bonds

Elias Canetti
“Graças a Karl Kraus comecei a compreender que cada indivíduo tem uma configuração lingüística própria, que o distingue de todos os demais. Compreendi que embora os homens falem uns com os outros, não se entendem; que suas palavras são golpes que ricocheteiam nas palavras dos outros; que não existe ilusão maior do que a opinião de que a língua é um meio de comunicação entre seres humanos. Fala-se com a outra pessoa, mas de uma maneira que ela não entende. Continua-se a falar, e ela entende ainda menos. Um grita, o outro grita também: a exclamação, que tem uma vida miserável na gramática, apodera-se da língua. Como bolas, as exclamações saltam para lá e para cá, chocam-se e caem pelo chão. Raramente algo que se diz consegue infiltrar-se nos outros; e, quando isso afinal acontece, é entendido às avessas.”
Elias Canetti, The Conscience of Words

William Shakespeare
“Eis a sublime estupidez do mundo; quando nossa fortuna está abalada - muitas vezes pelos excessos de nossos próprios atos - culpamos o sol, a lua e as estrelas pelos nossos desastres; como se fôssemos canalhas por necessidade, idiotas por influência celeste; escroques, ladrões e traidores por comando do zodíaco; bêbados, mentirosos e adúlteros por forçada obediência a determinações dos planetas; como se toda a perversidade que há em nós fosse pura instigação divina. É a admirável desculpa do homem devasso - responsabiliza uma estrela por sua devassidão. Meu pai se entendeu com minha mãe sob a Cauda do Dragão e vim ao mundo sob a Ursa Maior; portanto devo ser lascivo e perverso. Bah! Eu seria o que eu sou, mesmo que a estrela mais virginal do mundo tivesse iluminado a minha bastardia.”
William Shakespeare, King Lear

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