Felipe Arruda

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Bigfoot: The Life...
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Michel de Montaigne
“Meditar previamente sobre a morte é meditar previamente sobre a liberdade.Quem aprendeu a morrer desaprendeu a se subjugar. Não há nenhum mal na vida para aquele que bem compreendeu que a privação da vida não é um mal. Saber morrer liberta-nos de toda sujeição e imposição.”
Michel de Montaigne, Ensaios: Que filosofar é aprender a morrer e outros ensaios

Ricardo Piglia
“Mudanças, novos bairros onde circulo como um estrangeiro, renovando meu interesse pela cidade. Já faz algum tempo, Barracas, os velhos prédios da fábrica – por exemplo, a da Bagley –, tão abundante por aqui, junto com os armazéns próximos do porto velho, que dão nome ao bairro. Também fica perto o parque Lezama, que tem uma atmosfera serena, com alguns velhos bares e restaurantezinhos muito agradáveis. Sempre faço a experiência de ficar sem dinheiro e conhecer a cidade a pé, procurando locais baratos, viajando de ônibus, uma experiência mais direta, mais conflituosa, não mediada pela qualidade mágica do dinheiro que alivia todo desconhecimento da realidade, porque quando tudo pode ser comprado não há enigmas.”
Ricardo Piglia, Anos de Formação: Os Diários de Emilio Renzi

Michel de Montaigne
“(...) que a morte me encontre plantando minhas couves, mas despreocupado com ela e ainda mais com minha horta inacabada.”
Michel de Montaigne, Ensaios: Que filosofar é aprender a morrer e outros ensaios

César Aira
“Em 1923, vivendo em Berlim, Kafka costumava ir a um parque, o Steglitz, que ainda existe. Certo dia encontrou uma menina chorando, tinha perdido sua boneca. Kafka naquele instante inventou uma história: a boneca não estava perdida, apenas tinha saído de viagem para conhecer o mundo. Tinha escrito uma casa, que ele possuía em casa e lhe traria no dia seguinte. E assim foi: dedicou aquela noite a escrever a carta, com toda a sinceridade. (...) No dia seguinte, a menina esperava-o no parque, e a ‘correspondência’ prosseguiu à razão de uma carta por dia, durante três semanas. A boneca nunca esquecia de enviar o seu amor à menina, de quem lembrava e a quem abandonava. Suas aventuras no estrangeiro a mantinham longe, e com a aceleração própria do mundo da fantasia, tais aventuras acabaram em noivado, compromisso, casamento e filhos, de modo que a volta era adiada indefinidamente. Isso para que então a menina, leitora fascinada desse romance epistolar, se conformasse com a perda, a que por fim acabou vendo como ganância.

Privilegiada menina berlinense, única leitora do livro mais belo de Kafka. (...)

Tendemos a sorrir diante do choro das crianças, seus dramas nos parecem menores e fáceis de solucionar. Mas para elas não são. Fazer o esforço de entrar nas relatividades de seu mundo equivale ao trabalho de entrar no mundo de um artista, onde tudo é signo.

O contrato de uma menina com sua boneca é um contrato semiótico, uma criação de sentido, sustentada pela tensão verossímil com a fantasia. (...) para o escritor não se trata apenas de observar, é preciso descobrir os signos ocultos naquilo que se observa.”
César Aira, Pequeno Manual de Procedimentos

“(...) o fato de um relato parecer ser “exato” ou não é algo que irá depender de uma tradição da comunidade (...) “falar a verdade” é falar de uma forma que confirme a tradição de uma determinada comunidade.”
Kenneth J. Gergen, Construcionismo social: um convite ao diálogo

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