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Emilly Gabrielle

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Precisamos Falar Sobre o Kevin

by Lionel Shriver (Goodreads Author)

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Reading for the 2nd time

read in December 2025

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Emilly Gabrielle said: " O livro: "Precisamos Falar Sobre Kevin", é um livro onde sua narrativa é feita através de cartas que Eva, a protagonista, escreve para seu ex marido Franklin. Ainda não terminei o livro, estou bem no início tendo livro 90 páginas do livro. O livro, n O livro: "Precisamos Falar Sobre Kevin", é um livro onde sua narrativa é feita através de cartas que Eva, a protagonista, escreve para seu ex marido Franklin. Ainda não terminei o livro, estou bem no início tendo livro 90 páginas do livro. O livro, na minha opinião, tem uma escrita não tão boa o que faz com que a leitura seja um pouco densa e lenta.
O que me despertou curiosidade no livro foi a relação de Eva com a maternidade. Agora vem comigo pois precisamos falar de Eva, mãe de Kevin. Nas cartas escritas por Eva, ela demonstra o quanto a maternidade a assustava e que o que a incentivou discutir sobre ter um filho foi a necessidade de "virar a página". Eva tinha medo que as coisas com Franklin estagnassem, que tudo fosse o mesmo. O medo de perder Franklin, sua necessidade de virar a página e a necessidade preencher algo que faltava em Franklin a fez ceder a ideia de ter um filho. É interessante ver o quão conflituoso foi esse terreno para ela. Ela não queria ter filho, não sentia aquela vontade genuína que as mulheres sentiam para engravidar mas se sentia na obrigação de ter que entregar isso. O medo de Eva perder Franklin a inclinou para engravidar, e só quando recebera a notícia de que estava grávida percebeu de vez por todas que não era isso que ela queria.
Enquanto lia tentei pôr-me no lugar de Eva, de quem fica em conflitos entre o que quer e o que sente que deve a alguém. Eva não ficou grávida por vontade genuína, mas por sentir que devia algo a Franklin. O que me faz pensar: O quanto estamos dispostos a fazer para não perder quem amamos? Qual limite temos que respeitar por nós mesmos, mesmo que isso signifique perder o outro?
Eva, ao tentar salvar Franklin, perde a si mesma. Sua subjetividade e identidade é jogada fora quando ela recebe o rótulo da maternidade. Ao engravidar Eva não é mais a mulher super profissional que viaja e faz seu trabalho como ninguém, ela é a mulher frágil que vai ser mãe.
O olha das pessoas sobre Eva muda, e pior, o olhar de Franklin muda. Eva não gosta de se sentir como alguém frágil e fraca. Ela sofre um apagamento social, tornando-se um processo biológico apenas.
Franklin passa a ser rígido com Eva, sem querer que ela faça demais por estar grávida e Eva passa a se sentir apenas como um meio para um fim: apenas uma mulher grávida que está carregando o filho de Franklin; e não uma mulher com desejos, subjetividade carregando o filho que também é dela.
Pelo que entendi do livro, ele gira em torno da mãe de Kevin e como a vida dela mudou depois do atentado cometido por seu filho que matou várias pessoas. Ainda não cheguei em alguma parte que diga o motivo de Kevin ter feito o que fez, e até agora ele é um personagem do livro que segue meio oculto. Mas com o que li, a impressão que tenho é que ele não teve lá uma infância tão fácil, talvez... Eva, talvez não tenha o amado já que não queria ser mãe. Mas isso não justificaria o que Kevin fez. Aliás, há uma parte em que me deu a entender que talvez Kevin tenha questões para além de questões familiares: questões psiquiátricas talvez.
Por enquanto vou deixar esta leitura em aberto já que estou sentindo necessidade de ler outras coisas, mas pretendo voltar. O livro em poucas páginas me fez refletir muito sobre o rótulo da maternidade e o quanto do que nossos filhos fazem podem nos marcar para sempre. É um livro longo, denso e lento, portanto, não sei se o indicaria para as pessoas. Mas se está afim é disposto a ler, refletir e sentir a história sabendo que será um processo lento, siga em frente. ...more "

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