Status Updates From Pedagogy of Indignation

Muito bom ler pessoas falando contra o fatalismo e a inexorabilidade do amanhã. Contra a desproblematização do futuro. Lembra que não estamos sozinhos e o futuro é construído por nós no hoje.

'O futuro não nos faz. Nós é que nos refazemos na luta para fazê-lo.'

É por estas mesmas razões que nego a desproblematização do futuro a que sempre faço referência e que implica sua inexorabilidade. A desproblematização do futuro, numa compreensão mecanicista da história, de direita ou de esquerda, leva necessariamente à morte ou à negação autoritária do sonho, da utopia, da esperança."

'Os sonhos são projetos pelos quais se luta. Sua realização não se verifica facilmente, sem obstáculos. Implica, pelo contrário, avanços, recuos, marchas às vezes demoradas. Implica luta. Na verdade, a transformação do mundo a que o sonho aspira é um ato político e seria uma ingenuidade não re-conhecer que os sonhos têm seus contra-sonhos.'

"Ao sublinhar a importância fundamental da ciência, a educadora progressis ta deve enfatizar também aos meninos e às meninas pobres como aos ricos o dever que temos de permanentemente nos indagar em torno de a favor de que e de quem fazemos ciência." Pedagogia freiriana sempre contra a neutralidade axiológica do positivismo. Perfeito.

Freire tem uma certa necessidade no meio de sua argumentação em diferenciar a atividade dos seres humanos do resto dos animais (já vi isso em outro de seus livros). Isso me incomoda um pouco porque parece ser feito de uma maneira hierárquica, antropocêntrica. Mas ainda o respeito muito, grande intelectual de seu tempo.

' Gosto de ser gente, pelo contrário, porque mudar o mundo é tão difícil quanto possível. É a relação entre a dificuldade e a possibilidade de mudar o mundo que coloca a questão da importância do papel da consciência na história, a questão da decisão, da opção, a questão da ética e da educação e de seus limites.'

Paulo Freire falando sobre sexualidade, muito a frente de seu tempo! <3

Se a mudança faz parte necessária da experiência cultural, fora da qual não somos, o que se impõe a nós é tentar entendê-la na ou nas suas razões de ser. Para aceitá-la ou negá-la devemos compreendê-la, sabendo que, se não somos puro objeto seu, ela não é tampouco o resultado de decisões voluntaristas de pessoas ou de grupos.

passei um ano enrolando pra ler pedagogia do oprimido e agr tô tendo que ler esse pra uma disciplina em poucos dias provando que eu só faço coisas sob pressão