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“Cartas de um Estoico” apresenta um desenvolvimento muito agradável e eloquente, com mais uma das conversas de Sêneca trocadas entre seus amigos, dessa vez, Lucílio. São diversos os temas abordados, bem como conversas cotidianas a respeito das esquinas da vida. Tem sido uma ótima opção de leitura matinal.

Alguns pensamentos de Seneca parecem tão distantes e impraticáveis, na minha percepção, que chegam quase à utopia. É de uma racionalidade tão rígida que fico pensando quais ferramentas poderiam ser utilizadas pra praticar tais ensinamentos.

Reencontrando meu interesse pelo Estoicismo e divagando um pouco sobre as sensações presentes pelos olhos de Sêneca.

Leitura simples e despreocupada, narrativa bastante homogênea… O típico livro pra relaxar.

O mistério em si, até então, vem sendo muito bem abordado.

Muito já me falaram bem das tramas de Agatha Christie e esse volume já estava há tempo demais tomando poeira na minha prateleira.

Chegou a hora de experimetá-lo.

Enfim concluído, talvez, o livro mais longo que li nos últimos tempos. Não pela quantidade de páginas e palavras, mas pela entorpecência que o livro trás ao longo de 70%+ de seu arco. O final flerta em ser emocionante mas não passa de uma cena épica mal encaixada. Um final que mais parece aqueles pós-créditos que explicam o destino dos personagens após os eventos narrados em um filme.

Um último prego no caixão desse livro me foi colocado agora próximo ao último capítulo. Uma conclusão prática pra uma ponta solta que se abriu no último livro, mas um tanto quanto preguiçosa e sem sentido. Funcionou mas, pra mim, à muito contragosto.

Minhas esperanças estão rasas. Na minha opinião, o pior terceiro livro que a série poderia ter. Toda a bela construção erguida nos livros anteriores é deixada de lado. Toda a narrativa parece estar se equilibrando em uma corda bamba que foi colocada a partir de um devaneio de desafio à altura mas que não passa de um risco incoerente e desnecessário.

O que mais tem me incomodado até então é o Fitz. A história parece estar levando ele da forma que é possível. Não bastam as péssimas decisões que ele tem tomado, o que, pelo menos, tem lhe trazido consequências ruins, mas os esforço do universo em levá-lo a concluir seu objetivo desmonta completamente a figura de alguém a se respeitar.

Basicamente foi necessário metade do livro pra que a Robin começasse a elevar o tom da narrativa. Foi necessário podar o protagonista de suas próprias escolhas pra que a trama realmente andasse. Artifícios do gênero põem em cheque a confiança no personagem, mas nessa altura do campeonato, vale tudo.

Quanto mais eu me aproximo da metade da FdA, mais eu fico me perguntando o que a Robin Hobb tem tentado desenvolver com essa obra.

Não que não seja bacana, de alguma forma, assistir um pouco do Fitz no centro do universo dele próprio, vivendo as consequências dos seus atos, diversos que sejam, mas há tantas perguntas a serem respondidas, que me questiono se isso vai realmente adubar os desfechos da trama.

Eu não sei se passei muito tempo longe do Fitz, ou se os acontecimentos do final do segundo livro realmente mudaram ele (o que é perfeitamente aceitável), mas a personalidade independente dele, somada à uma certa imaturidade notada tem me feito desapegar bastante dele, personagem que eu tanto gostava.