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Esse livro tem me deixado triste, mas não quero parar de consumir, porque também sou triste. Tive que me conter para não chorar (em público).

Depois que sobe montanha e olha para baixo, você se sente bem. É isso que quero dizer. Não se decepcione enquanto sobe e sobe, mas também não escolha montanha alta demais para subir. Você precisa treinar montanha pequena primeiro. Aprende com exercício. Tropeçar pode ensinar

Iniciei a leitura deste depois de assistir ao filme chinês "Queerpanorama" na Mostra de Cinema Internacional. Em meio as transições do protagonista do filme, este livro foi seu companheiro e o emocionou repetidas vezes. Dito isso, estou gostando até o momento.

O verbo no infinito
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
(....)

Esse Vinicius de Moraes era tirão, né?

5. Não use adornos: o estilo não é um molho para temperar uma salada; o estilo deve estar na própria salada.

Mas me diga uma coisa, Mr. Buster
Me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal? O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?

"Não disse alguém que o homem escreve para matar a morte?"

Olha, quero esse Em* na cadeia! Homem chato do cacete.

Eu estou cada vez mais entusiasmado com esse livro e aflito ao mesmo tempo. Que loucura!

O que foi isso?

Que loucura! O que tá acontecendo? É a minha irmã?

Eddy!

Incrível como livro se tornou tópico de discussão da minha sessão de terapia. O sentimento que tive quando o comecei é o mesmo que perdura até agora: quero chorar, quero abraçar, quero acolher.

Ninguém precisava me explicar, eu via que o mundo era organizado em torno de princípios binários: pesado/leve, barulhento/silencioso, gordo/magro, evidente/sugerido, insistente/sutil, grosseiro/distinto, que são também princípios de classe, e que eu sempre estava, fatalmente, do lado menos legítimo dessa estrutura.

Quero abraçar, quero acolher, quero chorar.

O prazer pelo M. O olhar para o corpo.
Até agora, adorando a escrita da autora, leve, ritmada. Adorando os inúmeros kanji aparecendo durante as reflexões de uma personagem, porque tornam as dúvidas mais vivas. Não é só uma dúvida pela dúvida, mas parece um problema a ser solucionado, porque ele carrega um significado. Vamos ver se esse jogo semântico vai se manter.

Até o momento, não sei dizer o que estou achando. A escrita é fácil, há momentos que você consegue parar, refletir, e depois dar continuidade, e isso tudo apenas em um capítulo. Mas ainda não sei...

O que é que tá acontecendo? Perai...

E digo a mim mesma que estou sozinha nesta terra que já não tem carcereiros nem prisioneiros, sem saber o que vim fazer aqui, eu, a senhora do silêncio, a proprietária dos porões e de cadáveres, digo a mim mesma que andei milhares de horas e que em breve darei meus últimos dez passos para deixar estas folhas em cima da mesa e voltar para me deitar no meu leitor de morte [...]

Acolhe, né?

Silêncio.
É quando alguém está na eternidade.

Comecei o livro pela segunda vez. Não sei dizer se era o momento em que estava, mas inicialmente me perdi na escrita e não conseguia acompanhar as narrativa. Agora, talvez seja uma forma da autora construir a personagem que está tão perdida quanto a gente nessa história. Curioso, né?

Há alguns meses que ando fascinado pelo Ailton Krenak. Li uma matéria sobre ele e seu pensamento progressista sobre o presente para pensar o futuro. Incrível

Catequese cultural.
"Diferente dessa noção de catequese religiosa, que é imposição, a cultura é diferente, há uma troca. É uma catequese cultural recíproca. A cultura diferente da minha se apropria de algumas identidades culturais, e eu me aproprio de outras."

ser adulto é uma merda mesmo.

O dito do outro sobre nós mesmos é babado.